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Fichamento as formas elementares da vida religiosa


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Fichamento do Capitulo I do texto “As formas elementares da vida religiosa”- Durkheim
 “Definição do fenômeno religioso e da religião”
Necessário definir Religião para não correr o risco de definir qualquer um conjunto de práticas como religioso, o que nos afastaria do que seria religioso de fato.
Afastar-se das pré-noções para que seja possível perceber os fenômenos religiosos onde quer que eles estejam, usando sinais exteriores e perceptíveis. 
Devido as nossas necessidades de criar uma representação sobre tudo que nos cerca, os homens criaram para si o que seria a religião.
Utilizar os traços em comum das religiões para uma definição do que ela é. 
Para todos que enxergam a religião como natural da atividade humana, ela tem o papel de instruir o homem, pois a religião exprime o homem à sua maneira auxiliando a compreensão da sua própria natureza.
É atribuído o sentido de que tudo que é religioso é sobrenatural, a religião se torna uma forma de “compreender” tudo que foge da ciência.
Em outros períodos da história essa ideia de religião oposta a ciência não existe, como no século 17, onde a fé, a ciência e a filosofia não tinham dificuldade de conciliar-se, esse aspecto de oposição surge ao decorrer do tempo.
Durkheim acredita que os homens só conseguiram ter essas ideias que para as sociedades modernas são perturbadoras por não encontrar ideias mais racionais.
A noção de forças naturais provavelmente surgiu de das forças religiosas para que não houvesse um discernimento entre o irracional e o racional
“Foi a ciência, e não a religião, que ensinou aos homens que as coisas são complexas e difíceis de compreender” pp. 9
O sobrenatural não é imprevisível, o novo faz parte da natureza, devido a quebra da nossa expectativa tratamos estes acontecimentos como extraordinários e não apenas como um acontecimento natural.
Não é necessário que sejamos testemunhas para definir o acontecimento como sobrenatural, e sim, que este acontecimento seja lindo como algo imprevisível. 
As concepções religiosas têm como objeto exprimir e explicar o que é constante e regular, ou seja, a noção de religioso está longe do extraordinário. 
A ideia de mistério foi forjada pelo próprio homem, por isso ela está presente, segundo Durkheim em um pequeno número de religiões. Ou seja, mistério não pode ser uma das características dos fenômenos religiosos.
Divindade também foi um preceito muito utilizado para definir o que era religião e os sacrifícios, as preces, etc. Mas como podemos ver no Budismo e em outras religiões não há especificamente essas características.
Presença de ritos nas religiões deístas que não são ligados aos deuses ou seres espirituais e há ritos onde se surgem os deuses.
A religião vai além da ideia de deuses ou de espíritos.
Religião é um todo formado de partes, é um sistema mais ou menos complexos de mitos, de dogmas, de cerimônias.
Um todo tem que ser definido pelas partes que o formam. 
Caracterizar os fenômenos dos quais as religiões resultam, antes do sistema produzindo com a união desses fenômenos 
Duas categorias dos fenômenos religiosos: Crença e mito.
Crenças: “estados da opinião, consistem em representações” pp. 19
Mitos: “modos de ação determinado” pp.19
É através da natureza especial do objeto do rito que o podemos distinguir de outras práticas humanas, e é caracterizando o objeto do rito que será possível caracterizar o rito.
É na crença que surge a natureza desse objeto, então é preciso definir crença para definir rito.
Todas as crenças conhecidas têm uma característica em comum que é classificar as coisas, reais ou ideais, que os homens as concebem em duas formas que podem ser tidas como “sagrado e profano”.
Como distinguir o sagrado e o profano sem utilizar a questão hierárquica seria sua heterogeneidade*
O que torna a heterogeneidade para caracterizar a classificação das coisas é o fato dela ser absoluta. 
O sagrado e o profano foi tido pelo homem como dois gêneros opostos que não teriam nada em comum, que manifestariam energias diferentes uma da outra, a uma foi entrega a região do ideal e transcendente e a outra o mundo material.
Mas não é impossível passar de um universo para o outro, porém devido a ideia dessa grande diferença que há entre os dois mundos, é preciso uma espécie de metamorfose, como seriam os ritos de iniciação em alguns povos.
“A iniciação é uma longa série de cerimônias que têm por objeto introduzir o jovem na vida religiosa”, ou seja, sair do mundo profano para entrar no mundo das coisas sagradas.
Esses dois mundos são tidos como rivais um do outro, você só pode entrar em um saindo totalmente um do outro. 
O profano não deve e não pode tocar na coisa sagrada, pois os dois não podem se aproximar e conservar sua natureza própria.
As crenças religiosas exprimem o que são as coisas sagradas e as relações que ela mantém entre si e as coisas profanas, os ritos mostram como os homens devem agir com as coisas sagradas.
Quando algumas coisas sagradas têm entre si relações de coordenação e subordinação, formando um sistema de unidade, mas que o mesmo não participe de nenhum outro sistema do mesmo gênero, esse conjunto de crenças e ritos constitui uma religião (DURKHEIM, 1912. pp.24) **
Distinguir Magia e Religião, pois assim como a religião a magia possui suas crenças e mitos, assim como a religião têm seus deuses a magia também.
A religião abomina o que é mágico.
As crenças religiosas são sempre comuns ao coletivo, mesmo tendo uma importância individual elas são validadas enquanto grupo pois pertence ao grupo, o que faz com que as pessoas se unam as outras por acreditarem que compartilham uma fé em comum.
As crenças mágicas também possuem uma generalidade, mas elas não têm o efeito de ligar seus adeptos a um mesmo grupo e vivendo todos uma mesma vida. Os encontros com os mágicos não funcionam como nas igrejas, por exemplo, é um contato mais rápido, ele possui “clientes”.
Religião inseparável da ideia de igreja.
Durkheim apresenta que religião é um sistema de crenças e práticas sobre as coisas sagradas que unem numa mesma comunidade moral, a igreja, todos aqueles que á aderem. Tornando a religião eminentemente coletiva. (DURKHEIM, 1912. pp. 32)
*Diferente, desigual, dessemelhante.
** Definição não completa do que é religião