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Resenha As Formas Elementares da Vida Religiosa

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Resenha da Obra
DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. 1ª Edição. ed. São Paulo: Livraria Martins, 1996. Introdução e Conclusão
Warlison Cavichioli da Silva¹
Na introdução Durkheim busca definir o sentido em ser necessário estudar as religiões tidas como primitivas ao invés das mais complexas, caso do cristianismo, porém em uma tentativa de não diminuir as mais simples fala que “não há religião falsa. Todas são verdadeiras a seu modo”. Elas respondem às necessidades básicas do ser humano e para o autor é questão de método partir do estudo do mais simples e gradativamente chegar ao mais complexo.
Ele demonstra os traços característicos de suas sociologia objetivista quando se refere que como razões errôneas os fatos que os fiéis se concedem mas explicando que os fatos verdadeiros existem e basta ele descobrir ou melhor a ciência descobrir. Como todas as religiões são comparáveis, temos elementos que são comuns a todas. Segundo esse modo comparativo que na maioria dos casos não se aplica ao que é mais visível exteriormente e sim no mais profundo de cada uma dessas práticas.
No que se tem chamado de primitivo para Durkheim tudo se limita a sua essência, o tipo individual se confunde com o tipo genérico, ou seja está tudo reduzido ao indispensável. Essa compreensão significa que estudando as formas mais simples de religião podemos entender a verdadeira motivação para sua existência se assim pode se dizer, pois está mais próxima, sem se fazer uso da história, da sua motivação determinante.
A representação da noção de Deus para o ocidente era característica essencial para uma forma de manifestação religiosa porém para como fala Durkheim “a religião que estudaremos mais adiante é, em grande parte estranha a toda ideia de divindade”.
Apesar das ideias evolucionistas em explicar a religião o autor fala que assim como em todas as instituições humanas a religião não começa em parte alguma. O que se busca entender são suas causas essenciais presentes na prática religiosa.
Muitas noções humanas como: espacialidade, tempo, número, etc. vem desde Aristóteles como propriedades universais. Pois como afirma Durkheim “Se a filosofia e a ciência nasceram da religião, é que a própria religião começou por fazer as vezes de ciências e de filosofia”. A principal ideia do autor é obviamente essa, ele afirma que essa é uma constatação que que deverá ser feita várias vezes durante sua obra.
A religião ou melhor as representações religiosas para Durkheim são representações coletivas que exprimem realidade coletiva e que atribuem maneiras internas de agir. Pode se tirar de conclusão e de forma muito simplificada a ideia de que a religião são formas de representações coletivas destinada a manter ou refazer alguns estados mentais de uma determinada coletividade humana.
Na conclusão percebemos que o autor trabalho como que sua teoria foi provada e universaliza a noção de religião, não em relação às suas manifestações como algo parecido e sim por que da criação de mitos para explicar e conceber uma visão de mundo. Durkheim ressalta e sobre o valor do sentimento dos crentes e que isso não é ilusório e seu conhecimento se baseia em uma experiência específica e de certa forma não é inferior ao conhecimento científico.
Partido da principal ideia do autor já citado anteriormente, percebemos que ele ver a religião como uma forma que antecede a própria ciência e fornece uma visão de mundo que até os seus dias é a mesmo. A idéia da sociedade é a alma da religião. Ou seja, a religião não nega a sociedade ela reflete seus aspectos sejam bons ou ruins.
O autor faz um questionamento: se a religião é um produto de causas sociais, como explicar o culto individual e de cunho universalistas de certas religiões? A existência da crença e da prática na particularidade e no interior nada mais é do que uma manifestação da fonte de que o indivíduo se alimento, que é na coletividade das práticas rituais. E para sintetizar a ideia de Durkheim ele afirma que pelo contrário que muitos afirmam que as ideias de religião representa uma espécie de atraso daquela sociedade o que acontece é justamente o oposto já que a consciência coletiva é a forma mais elevada da vida psíquica já que é uma consciência de consciências. 
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¹Discente do Curso de Antropologia junto a Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA sob o número de matrícula 201400384.

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