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Aplicações da Pesquisa Operacional Muitos conceitos desenvolvidos na área da matemática surgiram da necessidade do ser humano de resolver problemas práticos. E nessa busca incessante, problemas de otimização sempre fizeram parte do rol de aplicações da matemática. No entanto, até a época da II Guerra Mundial, muitos problemas de otimização ainda estavam em aberto, ou seja, ainda estavam sem métodos para a sua resolução. E nessa época, a pedido do governo da Inglaterra, um grupo de cientistas começou a desenvolver um estudo cujo objetivo era utilizar, da melhor forma possível, os recursos militares disponíveis. Na mesma época os Estados Unidos também iniciaram estudos similares. E graças ao pesquisador norte americano George B. Dantzig, muitos avanços foram conseguidos. Em 1947 um excelente resultado dessas pesquisas foi conseguido: o método simplex, importante método destinado à resolução de problemas de programação linear (PL), uma área da pesquisa operacional (PO). O nome pesquisa operacional é oriundo da primeira aplicação dessas técnicas de otimização: a melhor forma de utilização de recursos militares. Com o passar do tempo, muitos desenvolvimentos ocorreram nessa importante área da matemática e, atualmente, a pesquisa operacional é utilizada nas mais diversas situações onde existe a necessidade de tomada de decisão. A pesquisa operacional é uma ciência cujo principal objetivo é a otimização de problemas de caráter prático oriundos das mais diversas áreas do conhecimento. Atualmente, a PO está sendo cada vez mais utilizada dentro dos processos e dos métodos destinados à customização e à otimização dentro de contextos reais, como produção, armazenagem, distribuição e planejamento. Amplamente utilizada por diversas áreas tais como: agricultura, finanças, marketing, meio ambiente, serviços públicos e, em especial, engenharia da produção e logística, que utilizam muito esse recurso para determinar, por exemplo, a programação da produção de uma indústria ou as melhores formas de distribuição desses produtos, uma das principais características da PO é a busca pelo maior lucro possível ou pelo menor custo possível. É possível, então, afirmar que a PO é uma ferramenta matemática que auxilia no processo de tomadas de decisão em situações reais. Para isso, utilizamos modelos matemáticos estruturados em fases. É uma ciência extremamente útil para a tomada de decisões com base em dados concretos e o uso da tecnologia a favor da obtenção da solução de problemas de PO. Quando falamos em PO, automaticamente no referimos a uma solução ótima. No entanto, o que é uma solução ótima? Podemos dizer que é aquela que melhor serve aos objetivos das pessoas e das organizações. Nessa situação, podemos citar como exemplo o propósito de encontrar o lucro máximo ou o custo mínimo. A PO é bastante utilizada como ferramenta nos processos de tomada de decisões no enfrentamento de problemas dos ambientes de negócios. Por sua vez, os principais instrumentos que a PO utiliza são oriundos dos conhecimentos matemáticos, estatísticos e de informática. Você poderá perceber que se trata da utilização da modelagem matemática aplicada à área de realização de negócios e à área empresarial, considerando tanto o setor privado como o setor público. Dessa maneira temos uma série de situações na qual a PO pode ajudar no processo de decisão. Algumas delas: • problemas de otimização de níveis de produção; • problemas de distribuição de mercadorias; • problemas de investimentos; • problemas de alocação de pessoas ou equipamentos; • problemas de conexão de pontos; • problemas de alocação de verbas. Os procedimentos de PO em uma organização abrangem, interligam e beneficiam todos os níveis, ou seja, auxiliam as decisões no âmbito estratégico, tático e operacional. Lembrando que esses três níveis de uma organização correspondem respectivamente à atuação daqueles que definem o rumo da empresa (diretores, assessores), às ações de quem atua na liderança e no comando da execução das atividades (coordenadores, supervisores) e, por fim, dos que executam propriamente as tarefas. Mas por que tomar decisões? Obviamente essa é uma condição da vida humana. Constantemente somos chamados a tomadas de decisões, desde a escolha do supermercado até a compra de um carro ou a cor de uma roupa, entre tantas outras. No entanto, a abordagem da PO, na maioria das vezes, é direcionada para questões do ambiente organizacional. Mas, afinal quais são esses problemas? Veremos, na continuidade, através dos exemplos, que os problemas são situações que a organização precisa resolver para dar seguimento aos seus propósitos ou para atingir seus objetivos. Diante desses problemas, encontramos fatores que irão interferir nos processos de tomada de decisão, fatores que, quando estamos na condição de gerenciar a situação, precisamos considerar. Veja no Quadro 1. Quadro 1 – Fatores e cenários que interferem na tomada de decisão Fatores Cenários Importância Está relacionada ao impacto que a decisão pode provocar na organização (ganhos ou prejuízos). Agentes Número de decisores, individual ou em grupo, que simplifica ou torna mais complexo o processo. Risco As certezas ou incertezas influenciam nossas decisões. Ambiente Aspectos sociais e culturais que interferem no processo decisório. Conflitos Surgem em função de choques de interesses entre setores de uma organização ou entre decisores. É nesse contexto que os modelos utilizados em PO representam uma ferramenta altamente qualificável para o nosso trabalho de gestão, seja no âmbito gerencial, estratégico ou operacional, pois eles, além de fornecerem subsídios para uma decisão individual, facilitam a comunicação entre os decisores, entre os vários setores de uma organização (quando da decisão em grupo) e permitem quantificar as variáveis envolvidas na decisão. Portanto, tornam o processo de tomada de decisão objetivo.
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