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01 - UNIDADE I - TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL

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ESUP – ESCOLA SUPERIOR – CURSO DE DIREITO
Disciplina: Responsabilidade Civil – Período: 5º
UNIDADE I - TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL
1.1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:
Não há que se confundir obrigação com responsabilidade. Pode haver obrigação sem responsabilidade: ex. débitos prescritos. Assim como pode haver responsabilidade sem obrigação: ex. fiador, que pagará a dívida somente em caso de inadimplemento.
A OBRIGAÇÃO, pois, é sempre um dever jurídico originário. A RESPONSABILIDADE É um dever jurídico sucessivo consequente à violação da obrigação.
A RESPONSABILIDADE não constitui uma das fontes das obrigações, e pode ser contratual ou extracontratual ( extra-obrigacional ou delitual, ou ainda, aquiliana), e tem por função, segundo SERGIO CAVALIERI FILHO “O anseio de obrigar o agente, causador do dano, a repará-lo inspirado no mais elementar sentimento de justiça...Impera neste campo o princípio da restitutio in integrum, isto é, tanto quanto possível, repõe-se a vítima à situação anterior à lesão. Isso se faz através de uma indenização fixada em proporção ao dano”.
A responsabilidade civil pode apresentar-se sob diferentes espécies, conforme a perspectiva que se analisa. Assim sendo, poderá ser classificada:
I) Quanto ao fato gerador: A) - Responsabilidade contratual e B) - Responsabilidade extracontratual.
II) Em relação ao seu fundamento: A) - Responsabilidade subjetiva e B) - Responsabilidade objetiva.
III) Quanto ao agente: A) - Responsabilidade direta e B) - Responsabilidade indireta
1.2 – RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL:
A)-  RESPONSABILIDADE CONTRATUAL se origina da inexecução contratual. Pode ser de um negócio jurídico bilateral ou unilateral. Resulta, portanto, de ilícito contratual, ou seja, de falta de ADIMPLEMENTO ou da MORA no cumprimento de qualquer obrigação. 
É uma infração a um dever especial estabelecido pela vontade dos contratantes, por isso decorre de relação obrigacional preexistente e pressupõe capacidade para contratar. 
A responsabilidade contratual é o resultado da violação de uma obrigação anterior, logo, para que exista é imprescindível a preexistência de uma obrigação.
Na responsabilidade contratual, não precisa o contratante provar a culpa do inadimplente, para obter reparação das perdas e danos, basta provar o inadimplemento. 
O ônus da prova, na responsabilidade contratual, competirá ao devedor, que deverá provar, ante o inadimplemento, a inexistência de sua culpa ou presença de qualquer excludente do dever de indenizar. Para que o devedor não seja obrigado a indenizar, o mesmo deverá provar que o fato ocorreu devido a caso fortuito ou força maior.
B) – A RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL, também chamada de AQUILIANA resulta do inadimplemento normativo, ou seja, DA PRÁTICA DE UM ATO ILÍCITO por pessoa capaz ou incapaz, DA VIOLAÇÃO DE UM DEVER FUNDADO EM ALGUM PRINCÍPIO GERAL DE DIREITO, visto que não há vínculo anterior entre as partes, por não estarem ligadas por uma relação obrigacional. 
A fonte desta inobservância é a lei. É a lesão a um direito sem que entre o ofensor e o ofendido preexista qualquer relação jurídica. Aqui, ao contrário da contratual, CABERÁ À VÍTIMA PROVAR A CULPA DO AGENTE.
Ressalta-se, a responsabilidade civil extracontratual decorre de uma lesão ao direito de alguém, sem que haja qualquer liame obrigacional anterior entre o agente causador do prejuízo e a vítima.
O nome a este tipo de responsabilidade ocorreu com o advento da Lex Aquilia, em Roma, QUANDO SURGIU O ELEMENTO CULPA PARA A CARACTERIZAÇÃO DO DELITO, com reparação não somente dos danos materiais, mas também morais. Até então, havia penas pecuniárias fixas e até a morte do devedor ou do causador do dano. 
A partir da Lex Aquilia, a construção da responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana sofreu várias alterações. 
No Brasil pode-se afirmar que é uma obrigação de reparar, para o agente causador ou por imposição legal, os danos suportados pela vítima, sejam eles materiais, morais ou à imagem (art. 5º, V, da CF/88); quando possível, com a sua restituição à situação anterior (antes do evento danoso), ou, sendo impossível tal hipótese, com a fixação, pelo juiz, de uma quantia em dinheiro (indenização pecuniária). 
É o que dispõe os arts. os arts. 186 e 187, combinados com o art. 927 do novo CC.
1.3 - RESPONSABILIDADE DIRETA e INDIRETA
I - RESPONSABILIDADE DIRETA é aquela nos casos em que o ato que causa dano é realizado pelo agente, devendo este responder pela consequência de seu ato. 
Esta modalidade de responsabilidade também é chamada de simples ou por fato próprio, já que deriva de fato causado diretamente pelo agente que gerou o dano. 
A ação ou omissão da pessoa imputada é que viola direito de outrem ou causa prejuízo, devendo ser provados o nexo de causalidade e o dano. 
Maria Helena Diniz (2003, pag.120) afirma que a responsabilidade será direta se “se proveniente da própria pessoa imputada – o agente responderá, então, por ato próprio(...)”.
II - RESPONSABILIDADE INDIRETA A responsabilidade indireta ocorre quando o ato que provoca o dano deriva de terceiro cuja determinada pessoa é responsável por ele ou por seus atos. 
Pode estar vinculado a PESSOA ou COISA sob a guarda da pessoa responsabilizada. 
A responsabilidade indireta ou complexa “se promana de ato de terceiro, com o qual o agente tem vinculo legal de responsabilidade, de fato de animal e de coisas inanimadas sob sua guarda.” 
Portanto, a responsabilidade indireta SE DÁ POR FATO PROVOCADO POR TERCEIRO nos casos em que o causador do dano está sob ordens de outrem, e nos casos em que coisas estiverem sob a guarda de determinada pessoa e causem dano a alguém.
1.4 – RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA:
I - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
A responsabilidade civil subjetiva é aquela que tem por base a culpa do agente, que deve ser comprovada pela vítima para que surja o dever de indenizar. 
Segundo esta teoria não se pode responsabilizar alguém pelo dano ocorrido se não houver culpa. Não basta apenas que haja o comportamento humano causador de dano ou prejuízo.
Sílvio Rodrigues (2002, pag. 11) ensina que “se diz ser subjetiva a responsabilidade quando se inspira na ideia de culpa” e que de acordo com o entendimento clássico A “CONCEPÇÃO TRADICIONAL A RESPONSABILIDADE DO AGENTE CAUSADOR DO DANO SÓ SE CONFIGURA SE AGIU CULPOSA OU DOLOSAMENTE”. 
De modo que a prova da culpa do agente causador do dano é indispensável para que surja o dever de indenizar. A responsabilidade, no caso, é subjetiva, pois depende do comportamento do sujeito.”
II - RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
A teoria da responsabilidade objetiva abstrai a ideia de culpa para que se caracterize a responsabilidade. 
Para esta teoria a relação de causalidade entre o ATO DO AGENTE e O DANO CAUSADO à vítima surge o dever de indenizar. 
Em determinados casos, a culpa do agente será presumida ou desnecessária a sua prova. 
Carlos Roberto Gonçalves (2003, pag. 18) afirma que “quando a culpa é presumida, inverte-se o ônus da prova. O autor da ação só precisa provar a ação ou omissão e o dano resultante da conduta do réu, porque sua culpa já é presumida.” 
O Código Civil em seu parágrafo único do artigo 927 torna clara a responsabilidade civil objetiva BASEADA NA TEORIA DO RISCO ao afirmar que existe obrigação de reparar o dano “independentemente de culpa, NOS CASOS ESPECIFICADOS EM LEI, ou QUANDO A ATIVIDADE normalmente desenvolvida pelo autor do dano IMPLICAR, POR SUA NATUREZA, RISCO PARA OS DIREITOS DE OUTREM”. 
Desta forma o elemento importante para o surgimento do dever de indenizar É A OCORRÊNCIA DO FATO e não A CULPA. 
Sílvio Rodrigues (2002, pag. 10) assim define a responsabilidade objetiva:
“Na responsabilidade objetiva a atitude culposa ou dolosa do agente causador do dano é de menor relevância, pois, desde que exista relação de causalidade entre o dano experimentado pela vítima e o ato do agente, surge o dever de indenizar, quer tenha este último agido ou não culposamente.”A RESPONSABILIDADE OBJETIVA TEM SEU SUSTENTÁCULO NA TEORIA DO RISCO. 
Segundo esta teoria, todo aquele que desempenha atividade cria risco de dano para terceiros, devendo reparar o dano, mesmo que o agente não tenha atuado com culpa. 
A obrigação de reparação é proveniente do risco do exercício que determinada atividade do agente causa a terceiros em função do proveito econômico auferido pelo agente. 
O fato do agente se beneficiar de sua atividade gera a obrigação de suportar os danos que porventura outros sofram por sua atividade. Sílvio Rodrigues (2002, pag. 10) assim comenta a teoria do risco:
“A teoria do risco é a da responsabilidade objetiva. Segundo essa teoria, aquele que, através de sua atividade, cria risco de dano para terceiros deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamento sejam isentos de culpa. 
Examina-se a situação, e, se for verificada, objetivamente, a relação de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano experimentado pela vítima, esta tem direito de ser indenizada por aquele.”
Por meio da teoria do risco fica evidenciado que quando alguém exerce atividade profissional que possa causar prejuízo a outrem, deve sustentar o risco e reparar o dano que porventura ocorra, mesmo que esteja isenta de culpa. Pois a responsabilidade é decorrente do RISCO CRIADO pela atividade e NÃO DA CULPA. 
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