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02 - UNIDADE II - PRESUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVL

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ESUP – ESCOLA SUPERIOR – CURSO DE DIREITO
Disciplina: Responsabilidade Civil – Período: 5º
UNIDADE II - PRESSUPOSTOS ou ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 186
2.1 – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:
A análise do art. 186 do CC, que disciplina a responsabilidade extracontratual, evidencia quatro pressupostos necessários para que a responsabilidade surja. 
Com efeito, para se apresentar o dever de reparar, necessário se faz: 01 - que haja uma ação ou omissão, por parte do agente; 02 - que a mesma seja CAUSA DO PREJUÍZO experimentado pela vítima; 03 - que haja ocorrido efetivamente um prejuízo; e 04 - que o agente tenha agido com dolo ou com culpa. Incorrendo um desses pressupostos não aparece, regra geral, o dever de indenizar. 
2.2 – DOLO E CULPA DA CONDUTA:
 Ao referir à ação ou omissão voluntária, o art. 186 do CC cogitou do DOLO. Em seguida, referiu-se à culpa em sentido estrito, ao mencionar a “NEGLIGÊNCIA ou IMPERÍCIA”. 
Dolo é a violação deliberada, intencional, do dever jurídico. Consiste na vontade de cometer uma violação de direito. A culpa é evidenciada na falta de DILIGÊNCIA. 
 Para emergir a responsabilidade civil, é necessário que o agente do dano tenha agido dolosa ou culposamente. 
Age com dolo aquele que, intencionalmente, procura causar dano a outrem; ou ainda aquele que, consciente das consequências funestas de seu ato, assume o risco de provocar o evento danoso. 
Atua culposamente aquele que causa prejuízo a terceiro em virtude de sua imprudência, imperícia ou negligência. Aqui existe infração ao dever preexistente de atuar com prudência e diligência na vida social. 
Assim, o motorista que, conduzindo imprudentemente seu automóvel, atropela um pedestre, age com culpa e, por isso, deve reparar o prejuízo causado. 
Se, ao invés, apenas deixa seu veículo num declive, sem o frear devidamente, de modo que o mesmo desliza e destrói um bem alheio, comporta-se com negligência, e caracterizada se manifesta sua culpa, devendo, por igual, reparar o dano causado.
ESPÉCIES DE CULPA:
A) – Culpa in eligendo: é oriunda da má escolha do representante ou do preposto. Caracteriza-se, exemplificativamente, o fato de admitir ou manter o preponente a seu serviço empregado não legalmente habilitado, ou sem aptidões requeridas.
B) – Culpa in vigilando: é a que surge de ausência de fiscalização por parte do patrão, quer relativamente aos seus empregados, quer no tocante à própria coisa. É o caso da empresa e transportes que tolera a saída de veículo desprovidos de freios, dando causa a acidentes.
C) – Culpa in committendo: quando o agente pratica ato positivo (imprudência) para a eclosão do ato danoso.
D) – Culpa in omittendo: decorre de abstenção (negligência). O resultado danoso é fruto da omissão do agente.
E) – Culpa in custodiendo: é a falta de cautela ou atenção em torno de alguma pessoa, de algum animal ou de algum objeto, sob cuidados do agente.
F) – Culpa in concreto: Considera-se in concreto a culpa quando se examina a imprudência ou negligência do agente, no caso sub judice, verificando as condições que cercam uma espécie determinada.
G) – Culpa in abstracto: abstrato quando se compara o procedimento do agente ao do homem normal, isto é, ao de um tipo fictício que se tem em vista.
2.3 – Imputabilidade:
A imputabilidade subjetiva, além de exigir uma conduta do agente lesivo, exige também a imputabilidade. Imputar é atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato ou ato. Desse modo, a imputabilidade é pressuposto não só da culpa, mas da própria responsabilidade.
Se o agente quanto da prática do ato ou da omissão, não tinha condições de entender o caráter ilícito da conduta, não pode, em princípio , ser responsabilizado. Nessa premissa, importa verificar o estado mental e a maturidade do agente.
2.4 – OMISSÃO:
O ato ilícito também poderá ocorrer por omissão, quando decorrer da infração a um dever (contratual ou extracontratual) de realizar determinada conduta. A dúvida que surge é se a omissão pode causar um prejuízo, pois, sendo uma atitude negativa “a rigor não pode gerar, física ou materialmente, o dano sofrido pelo lesado” No entanto, “a omissão adquire relevância jurídica, e torna o omitente responsável, quando este tem o dever jurídico de agir, de praticar um ato para impedir o resultado” (CAVALIERI FILHO 2009, p. 24). (grifos do autor).
 2.5 – NEXO CAUSAL RELAÇÃO DE CAUSALIDADE:
O nexo de causalidade é um elemento que deriva das próprias leis naturais. Como a responsabilidade civil só existe em razão da relação de causa e efeito existente entre ação ou omissão do agente e o dano, o nexo de causalidade é “o liame que une a conduta do agente ao dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do dano” (VENOSA, 2009, p. 47).
“Não basta, portanto, que o agente tenha praticado uma conduta ilícita; tampouco que a vítima tenha sofrido um dano. É preciso que esse dano tenha sido causado pela conduta ilícita do agente, que exista entre ambos uma necessária relação de causa e efeito. 
Em síntese, é necessário que o ato ilícito seja a causa do dano, que o prejuízo sofrido pela vítima seja resultado desse ato, sem o que a responsabilidade não correrá a cargo do autor material do fato” (CAVALIERI FILHO, 2009, p. 46).
A tarefa de estabelecer o nexo de causalidade não é simples. Por esta razão, o legislador elencou hipóteses em que a pessoa será obrigada a reparar o dano ainda que não seja a responsável por ele. 
É o caso da responsabilidade por fato de terceiro. Assim, é perfeitamente possível que haja a responsabilidade sem culpa do agente, porém, a responsabilidade só poderá existir se houver nexo de causalidade entre a conduta do ofensor e o prejuízo experimentado pela vítima.
2.6 – TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS:
O nexo de causalidade é um dos pressupostos da responsabilidade civil e o primeiro a ser analisado para que se conclua pela responsabilidade jurídica, uma vez que SOMENTE PODEREMOS DECIDIR SE O AGENTE AGIU OU NÃO COM CULPA SE ATRAVÉS DA SUA CONDUTA ADVEIO UM RESULTADO. 
Vale dizer, não basta a prática de um ato ilícito ou ainda a ocorrência de um evento danoso, mas que entre estes exista a necessária relação de causa e efeito, um liame em que o ato ilícito seja a causa do dano e que o prejuízo sofrido pela vítima seja resultado daquele. É necessário que se torne absolutamente certo que, sem determinado fato, o prejuízo não poderia ter lugar. 
2.7 – TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA
Essa teoria, concebida pelo filósofo Von Kries, procurou identificar, na presença de uma possível causa, aquela POTENCIALMENTE APTA A PRODUZIR O DANO. Faz-se um juízo de valor abstrato para verificar se a causa do dano ordinariamente é apta a produzir aquele resultado. 
Em outras palavras, não basta que o fato praticado pelo agente tenha sido, no caso concreto, condição sine qua non do dano; É IMPRESCINDÍVEL AINDA QUE, EM ABSTRATO, O FATO SEJA CAUSA ADEQUADA DO DANO. 
Deve-se escolher entre os antecedentes históricos do dano, aquele que, segundo o curso normal das coisas, se pode considerar apto para o produzir, afastando aquela que só por virtude de circunstâncias extraordinárias o possa ter determinado
2.8 – CONCAUSAS PREEXISTENTES CONCOMITANTE E SUPERVENIENTES.
 O problema da causalidade se torna ainda mais difícil quando várias causas concorrem para a ocorrência de um dano. É o fenômeno denominado concorrência de causas. 
Na produção de um dano podem participar várias causas. Essa participação pode se dar de diversas formas. Elas podem ser subsequentes, complementares, cumulativas ou alternativas.
SUBSEQUENTES: o fato praticado por uma pessoa é a causa do fato praticado por outra: o depositário deixa, por negligência, a coisa abandonada em local que propicia o furto cometido por outra pessoa.
COMPLEMENTARES: quando duas ou mais causas concorrem para a produção de um resultado que não seria alcançado de forma isoladapor nenhuma delas. Ex. A colide com um veículo pesado em certa casa deixando-a bastante abalada, logo a seguir, B, condutor de outro veículo do mesmo tipo bate na mesma casa e deita-a abaixo.
CUMULATIVA os fatos praticados pelos agentes não necessitariam de somar-se um ao outro para a ocorrência do dano, visto que qualquer deles produziria o resultado isoladamente.
ALTERNATIVA: é a situação em que não se pode definir exatamente qual dos vários participantes causou o dano. Isto é, o agente de um grupo causou um dano, mas não é possível determinar qual agente.
Ressalte-se, por fim, que as causas complementares e as concorrentes podem ocorrer de forma simultânea ou sucessiva. 
A regra do art. 942 estabelece que todos os que contribuíram para o dano respondem solidariamente perante a vítima. 
Entretanto, na hipótese de causas suspensivas, “é possível cogitar-se de uma espécie de ‘causalidade parcial’ em que cada uma das causas vai dar origem a uma parcela independente do dano que, justamente por ser formado por partes autônomas, será imputado a diferentes autores sem a regra de solidariedade” .
Classificam-se, ainda, em: (i) preexistentes; (ii) concomitantes ou (iii) supervenientes.
QUANTO ÀS CONCAUSAS PREEXISTENTES:
Não são hábeis a eliminar a relação causal. Por isso é que as condições peculiares da vítima em nada reduzem a responsabilidade do agente, ainda que sirvam para agravar o resultado da conduta.
 No exemplo de Sérgio Cavalieri Filho, diz o autor que “será irrelevante, [...], que de uma lesão leve resulte a morte por ser a vítima hemofílica;
 que de um atropelamento resultem complicações por ser a vítima diabética; 
que da agressão física ou moral resulte a morte por ser a vítima cardíaca; 
que de pequeno golpe resulte fratura de crânio em razão da fragilidade congênita do osso frontal etc. 
Em todos esses casos, o agente responde pelo resultado mais grave, independentemente de ter ou não conhecimento da concausa antecedente que agravou o dano”. 
AS CONCAUSAS CONCOMITANTES: são aquelas que se dão simultaneamente ao fato gerador do dano.
AS SUPERVENIENTES são aquelas que, naturalmente, ocorrem após o evento danoso. Em ambos os casos, o tratamento a ser dado às concausas concomitante e superveniente é aquele dispensado às concausas preexistentes.
No entanto, uma observação se faz quanto às concausas supervenientes. Estas terão relevância quando inaugurarem um novo curso de acontecimento que rompa com o nexo causal anterior. 
Isso significa que se a concausa superveniente for suficiente para gerar o dano por si só, ela interromperá o nexo causal eximindo o agente de responsabilidade.
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