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Melhoramento Genético Introdução: *Melhoramento genético é escolher características de um indivíduo e melhorá-las com base em algum interesse, principalmente econômico. *É o conjunto de processos que visam aumentar a frequência de genes ou suas combinações desejáveis em uma população. *Tem por objetivo escolher o melhor material genético para aumentar a produção em determinada condição ambiental. Base do melhoramento animal: Força de origem genética: é o fator que determina a capacidade de resposta ao processo seletivo. Força de origem ambiental: é essencial compatibilizar a parte genética com as condições ambientais. Necessidade de realizar melhoramento animal: demanda crescente de proteína de origem animal pelas populações humanas. Biotecnologias para o Melhoramento Genético Animal: *Biotecnologia: qualquer técnica que utilize organismos vivos ou suas partes para usos específicos. Inseminação Artificial: coletar material genético do macho (sêmen) e depositar na fêmea. Usada para melhoramento genético, diminuição da relação entre macho e fêmea, disseminação de genes, etc. Vantagens: potencializa o MG, custo baixo, inseminação de varias femeas com um único macho, importar sêmen. Transferência de embrião: implantar em fêmeas receptoras embriões produzidos por fêmeas doadoras. Usado para obtenção de maior número de progênie, comércio de embriões, etc. os fatores que afetam a eficácia da técnica são qualidade do sêmen utilizado, qualidade dos embriões, nutrição e manejo dos animais, sincronização do cio das femeas doadoras e receptoras, mão de obra qualificada, etc. Vantagens: maior ganho genético. Sexagem de sêmen: determina o sexo do espermatozoide: y ou x. Tem por vantagens a melhor programação das populações, ganhos genéticos, maior ganho na produção de carne e leite. Fertilização IN VITRO: embriões são produzidos fora do corpo da fêmea. Escolha do ovulo e espermatozoide. Congela embrião para ser usado em momento propicio. Sexagem de embriões: determinação do sexo dos embriões. Técnicas caras e sujeita a erros. Clonagem: produção de indivíduos geneticamente idênticos. Não traz variedade genética. Usado para utilizar embriões de um animal morto ou que tem problemas de reprodução, mas que é bom geneticamente em características. Animais Transgênico: possui em seu genoma um DNA estranho, de outra espécie geralmente, em que se transmite sua descendência. Marcadores genéticos: qualquer característica molecular ou morfológica que diferencia indivíduos (facilmente detectável). Precisa ser herdável e de fácil observação. Ação Gênica (como os genes interagem entre si) e Hereditariedade (aquilo que é herdável) *manter alta variabilidade genética em um grupo pequeno de animais: importar material genético (sêmen) *DNA não é imutável *MG: controlar informação a todo momento, medir para comparações (peso, crescimento) Conceitos: Cromossomos: filamentos de cromatina compostos por DNA e proteínas. Gene: fragmento do DNA que determina as características. Código para produção de uma proteína que irá determinar quais características um indivíduo irá ter. Locus: local especifico em um cromossomo ocupado por um alelo. Genes Alelos: genes que ocupam o mesmo locus de um cromossomo, pareados. Genótipo: representação gráfica dos genes alelos (AA, Aa, aa). São todos os genes que um indivíduo possui. Fenótipo: características expressadas pelo genótipo (altura, cabelo, cor da pele, etc). Aspecto ou manifestação de uma característica. *a expressão de um gene também depende do meio em que o indivíduo está inserido. Homozigoto: indivíduo que possui dois genes alelos iguais em um locus. Heterozigoto: indivíduo que possui dois alelos diferentes em um locus. Gene recessivo: só vai se expressar quando estiver em dose dupla, homozigose. Gene dominante: aquele que irá se expressar na heterozigose. Características de interesse econômico: são modeladas por um conjunto de genes, fenótipo. Características qualitativas: vinculadas a um aspecto físico, conjunto pequeno de genes e pouco influenciado pelo ambiente. (Cor, chifres, albinismo, etc). Menor interesse econômico. Mais fácil de selecionar a característica. Características quantitativas: número maior de genes, com maior interesse econômico e bastante influenciado pelo ambiente. (Quantidade de carne, produção de leite, ovos, etc). Mais difícil de selecionar a característica. *alimentação, manejo interferem pouco nas características qualitativas. *características quantitativas são de grau, sofrendo efeito de vários genes, fortemente influenciados pelo ambiente. São mais difíceis de transmissão. Ação Gênica *Como os genes interagem para manifestar uma dada característica (fenótipo). Interação entre alelos: Dominância completa: o heterozigoto (Aa) e um dos homozigotos (AA) apresentam o mesmo valor fenotípico. O indivíduo heterozigótico apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante, ou seja, o alelo recessivo só se manifesta em homozigotia. Alelo dominante impede a expressão do alelo recessivo. BB preto + bb marrom = Bb preto Dominância incompleta: o valor fenotípico dos heterozigóticos apresenta-se entre os valores dos dois homozigóticos, mas fora do ponto médio. (Entre os pais, menos no meio). 25% ou 75%. Sobredominancia: ocorre quando o fenótipo do heterozigoto é superior a um dos homozigotos (hibrido superior aos pais) Aditividade ou codominância: hibrido está entre os pais, exatamente no meio. (Segregação dos gametas: quando acasala híbridos iguais, havendo variabilidade). Expressão simultânea dos dois alelos. Ausência de dominância: um não sobrepõe o outro, geram um terceiro produto. Interações entre não alelos: *conjunto de genes que se localizam em locais diferentes do cromossomo. Epistasia: interação entre alelos de genes diferentes que podem afetar a expressão do outro. Recessiva Dominante Pleitropia: um gene condiciona várias características simultaneamente. Correlação negativa: aumento de um diminui o outro. (aumenta leite e diminui gordura). Correlação positiva: aumento de um aumenta o outro. (crescimento aumenta alimento) Alelos múltiplos: 3 ou mais alelos com o mesmo gene que condicionam uma única característica. Herdabilidade: h² *características passiveis de serem transmitidas para os seus descendentes ou herdadas de antepassados. *qual a porcentagem de características pode ser transmitida. Herdabilidade qualitativa: pequeno número de genes com herdabilidade alta, facilmente observada nas progênies. Não sofrem alteração do ambiente. (Características físicas: cor, chifres, albinismo, etc). Herdabilidade quantitativa: grande número de genes com herdabilidade baixa, pois sofrem interferência do ambiente. Diferenças apenas de grau (peso, produção de leite, produção de ovos, etc). Maior interesse econômico. Escala de herdabilidade: varia de 0 a 1 ou de 0% a 100% Baixa: até 0,1 ou de 0% a 10% Média: 0,1 até 0,3 ou 10% a 30% Alta: 0,3 a 1 ou 30% a 100% Quanto mais o meio interferir, mais difícil a visualização. Repetibilidade: *mede a correlação existente entre as mensurações repetíveis de uma mesma característica em um mesmo indivíduo. *varia de 0 a 1: quando maior o “n”, maior a segurança na repetibilidade e menor a variância ambiental. Métodos de Seleção: *Seleção: escolha de características desejáveis (produtivas ou reprodutivas) aumentando a frequência genica favorável e reduzindo a frequência dos genes desfavoráveis. Seleção artificial: repor animais reprodutores Reposição: determina quais animais serão pais pela primeira vez para substituir os reprodutores da população Descarte: determina quais animais não permanecerão como reprodutores na população. Seleção artificial fenotípica: baseada nos valores fenotípicos dos animais Morfológica: qualitativa (exterior do animal) Fisiológica: quantitativa (valores produtivos) Gene recessivo: só vai se manifestar quando estiver em homozigose. É um processo lento. Gene dominante: processo mais simples. Diferencialde seleção: diferença entre a média de um grupo selecionado para pais da próxima geração e a média de toda população de onde provem esse grupo selecionado (média do que se tem hoje para a média inicial). DS= Ps-P. Média do que se tem hoje para a média inicial. Utiliza-se a curva de Gaus. Ex.: animais são separados pelo numero de crias geradas em uma gestação. Se faz uma média. Os animais abaixo da média são descartados e os animais na média e acima continuam no programa de melhoramento. Intensidade seletiva: aumentar ou diminuir o ganho genético. Pressão de seleção: pode ser baixa ou alta, independente da intensidade seletiva. Baixa: descarte baixo, ganho genético e custo menor. Alta: descarte muito grande, inviável financeiramente, mas com ganho genético muito alto e custo elevado. Menos usada. Ganho ou progresso genético: Depende da intensidade de seleção Depende da herdabilidade Intervalos entre gerações Seleção de várias características: Método unitário: selecionar uma característica por vez. Ganho rápido e risco alto quando a característica muda na sociedade (gordura de porco). Método dos níveis de seleção: estabelecer nível mínimo de produção. Se não passar em uma característica será descartado. Seleção precoce. Quanto maior o número de características, menor o DS. Falta de uma característica gera descarte. Métodos dos pontos: estabelece padrão de importância para cada característica. O que é mais importante tem uma pontuação maior. Evita erros e número de descartes. Julga o animal comparando o total de pontos. Métodos de seleção pelo desempenho: seleção de indivíduos no mesmo meio. Observação visual: harmonização do padrão racial. Informação do pedigree: linhagem do animal, não confiável. Informação de desempenho: performance do animal (crescimento, fertilidade, produção de leite) Medidas avançadas: carcaça (ultrassom), conversão alimentar Acurácia: correlação entre o valor genético previsto e o observado. Acurácia do mérito genético (único indivíduo). Quanto maior a acurácia, maior o ganho genético. Correlacionar estimativa em um melhoramento e o valor genético alcançado. Quanto maior a acurácia, maior a confiança naquele melhoramento e menor risco de erro. Seleção pelo pedigree: seleção baseada pelo mérito dos ancestrais (nem sempre o animal irá trazer as características necessárias). DEP (diferença esperada na progênie): apenas em bovinos de corte. Ferramenta que serve para dar estimativa do que se esperar para os filhos do touro. DEP para cada característica do gado. Permite comparar touros para características de interesse. Capacidade de um animal transmitir para sua descendência genes que afetarão o desempenho desta descendência em uma determinada característica. Diferenças esperadas de progênie são usadas para comparar animais, dentro de uma raça, quanto ao desempenho de suas futuras progênies. Por exemplo, compare um touro A com uma DEP de +10Kg e um touro B com uma DEP de -2Kg relativas ao peso de desmama. A diferença entre as DEPs dos dois touros (10-(-2)=12) significa que, se estes dois touros forem acasalados com um grande número de vacas geneticamente parecidas e se os bezerros resultantes forem criados sob as mesmas condições ambientais e de manejo, a diferença esperada na performance média dos dois grupos de bezerros seria de 12 Kg, com os bezerros do touro "A" sendo mais pesados. Seleção pela progênie: avalia o pai pelo mérito ou desempenho dos filhos (fêmea e ambiente podem interferir). Para aumentar a acurácia, distribui-se o material genético em várias femeas em vários ambientes diferentes = teste de progênie (método caro). Seleção usando informações da família: desempenho do indivíduo complementado pelo desempenho médio da família. Parentesco: dois indivíduos são parentes por apresentarem, pelo menos, um ancestral em comum. Apresentam semelhança genética, aumentando a consanguinidade, podendo ocasionar anomalias. Diminui a variabilidade genética. Usado para fixar característica. Maior numero de mortalidade. T0 – primeira geração (coleta de dados) T1 – segunda geração T2 – terceira geração T3 – quarta geração Melhoramento genético de caprinos e ovinos Ovinos Caprinos Fossa lacrimal Ausente Cauda longa e pendente Cauda curta e elevada Chifres estriados e espiralados, base triangular Chifre liso, não espiralado, base circular Perfil nasal convexo (romano) Perfil nasal retilíneo Corpo recoberto por lã ou pelo Corpo recoberto por pelo Sem barba Presença de barba (brinco) nos machos *características físicas podem indicar a aptidão do animal Caprinocultura *Brasil com o 6º maior rebanho do mundo *Localizados no nordeste brasileiro (bem adaptado ao clima semiárido) Produtos: Leite e derivados Carne Esterco Couro e pelos Sistemas de produção: Intensivo: aprisco ou capris Semi intensivo: áreas de pastagem Vegetação nativa em clima chuvoso Cactácea em clima seco e suplementação no cocho Caprinocultura leiteira Raça Saanen: Regime de confinamento Melhoradas para grande produção de leite Produzem em diversos ambientes Melhores trabalhadas geneticamente Raça Parda Alpina: Dupla aptidão (leite e carne) Comum no Brasil Sistema semi intensivo Raça Alpina: Sistema semi intensivo Confinamento e pastejo Fêmea leiteira e bode leiteiro (produz filhas com boa aptidão leiteira) Raça Toggemburg: Sistema de confinamento Aptidão leiteira Raça Anglonubiana: Glândula mamaria menor Pastejo Sistema semi intensivo Caprinocultura de corte Raça Boer: Macho e femea com muita massa muscular Pastejo (filhote vai para confinamento) Raça Savana: Aptidão carne Qualidade inferior Pastejo Melhoramento genético: Raças nativas: moxotó, canindé, repartido, marota, SRD Animais de dupla aptidão Animais de grande rusticidade Pequeno porte Baixa capacidade de crescimento e produção de leite Raça Canindé: Condição rudimentar Raça Moxotó: Aprisco e pastagem Pouco rústicos Raça Marota: Rusticidade Raça repartida: Rusticidade Exploração de caprinos no nordeste do Brasil Criação extensiva Sem cuidado sanitário e profilático Precariedade das condições alimentares e manejo Alta mortalidade Baixa rentabilidade da exploração Impacto social na vida dos habitantes Justificando assim a implementação na área Ovinocultura *Grande parte no Nordeste *Não apenas para produção de lã, também é utilizado para carne e leite (depende da região) *Importância de entrega de animais com atributos melhorados *Carne de carneiro x carne de cordeiro *Raça impacta diretamente com a qualidade do produto *Muito suscetíveis a verminoses Raça Dorper: Pele negra (mais resistente ao sol) Raça White Dorper: Pele rosada (mais propensa a feridas causadas pelo sol) – se preocupar com o ambiente de pastejo Mais utilizados em melhoramento genético Animal mais longo (carcaça melhor aproveitada) e marmorização de carne maior em relação ao Dorper *ambos adaptados ao pastejo *rusticidade é importante *ambos são melhores para carne e apresentam boa precocidade (reprodução e acabamento (peso e gordura)) Raça Texel: Aptidão carne Rusticidade boa (menor que a do Dorper) Precocidade boa (reprodução e acabamento) Lã de baixa qualidade Excelente marmorização da carne Adaptados ao pastejo Pele pigmentada Raça Suffolk: Ovino de grande porte Mais tardio (pouca precocidade) Lã de baixa qualidade Usado para aumentar porte de rebanho (fêmeas) Adaptados ao pastejo Raça Hampshire Down: Presença de lã no rosto Animal tardio Porte grande Aptidão para carne Lã de baixa qualidade Bastante rusticidade Pouca aplicação no Brasil Raça Ille de France Dupla aptidão (carne e lã) Lã de media para boa qualidade Animal precoce (reprodução e acabamento) Médio porte Muito utilizado no Brasil Pele rósea Raça Highlander: Animal muito rustico Animal tardio Grande porte (aumentar porte do rebanho) Aptidão carne Lã de baixa qualidade Raça Carriedale: Dupla aptidão (carne e lã) Lãde boa qualidade Precoce Raça Romney Marsh: Dupla aptidão (carne e lã) Precoce Lã de media qualidade Raça Santa Inês: Ovelha deslanada (pelo) Rusticidade Adaptada a temperaturas elevadas Tardia Adaptada ao pastejo Menor quantidade de gordura e massa muscular Gordura pouco marmorizada Aptidão carne Médio porte Raça Morada Nova: Pequeno porte Rustico Aptidão carne Melhoramento genético em bovinos de corte Importância da bovinocultura de corte: É elemento fundamental para a expansão da fronteira agrícola. Fundamental importância no agronegócio. Objetivos do melhoramento genético: Melhorar a fertilidade do rebanho Evidenciar os animais mais precoces Melhorar os índices de ganho de peso Diminuir o intervalo entre gerações Animais prontos para o abate mais jovens (carne mais macia) Colocar animais testados a venda, agregando valor aos mesmos (animal conhecido) Proporcionar ao consumidor carne de melhor qualidade Aperfeiçoar os recursos da propriedade Aumentar a lucratividade Diminuir o custo de produção por unidade de produto ou melhorar a relação custo/benefício. Ferramentas: Controle do desenvolvimento ponderal (corporal) - CDP (peso de nascimento, desmame) Provas de ganho em peso - (PGP) A partir dessas duas ferramentas será levantado uma estimativa do valor genético (VG) Avaliação da eficiência reprodutiva das fêmeas: Puberdade (precoce) Ovulação Período de serviço (tempo que leva de um parto para nova concepção) Facilidade de parição Intervalo entre partos (365 dias) Longevidade Numero de crias produzidas ao longo da vida útil (4 crias) Mortalidade Criador deve selecionar femeas que no mesmo ambiente revelam-se superiores e melhores adaptadas. Avaliação da eficiência reprodutiva do macho: Antigamente valorizavam características ligadas a beleza estética dos animais. Atualmente avaliam a performance reprodutiva: puberdade, circunferência escrotal, libido, capacidade de serviço e qualidade do sêmen. Puberdade: caracterizada pela presença de libido, produção de espermatozoide em quantidade e qualidade satisfatórias, desenvolvimento dos órgãos sexuais que possibilitam a copula. Varia em função da raça, condições nutricionais, climáticas e individuais. Há correlação negativa entre ganho de peso e idade à puberdade. Libido: apetite sexual. Capacidade de serviço: numero de montas que o touro é capaz de efetuar num determinado tempo. DEP – Diferença Esperada na Progênie: são estimativas de ganho de progênie, das características econômicas. Ex.: Touro A – estimativa de DEP para peso ao desmame (205 dias de idade) de +16kg Touro B – da mesma raça, tem DEP para a mesma característica de +5kg. São acasalados com grupos semelhantes de vacas. Resultado: o peso médio aos 205 dias de idade dos filhos do touro A deverá ser superior aos apresentados pelos filhos do touro B. Melhoramento genético em bovinos leiteiros Produção de leite = atividade econômica com papel social. O objetivo do produtor do leite, ao executar um programa de MG, é o de mudar a herança dos seus animais pela incorporação de novos genes capazes de ter maior produção e produtividade. Aumentar o ganho genético pelo método de seleção e reprodução. Características de uma boa vaca: Alta produção de leite com alta porcentagem de gordura, proteína e lactose (rendimento) Longa vida produtiva Problemas reprodutivos mínimos Conformação que reduz a incidência de mastite e doenças de casco Resistência a doenças Conversão alimentar eficiente *A vaca para dar leite precisa primeiramente parir. *Tem vaca que produz maior quantidade de leite e outras que produzem elite com maior índice de solido (gordura). *O animal não pode ser selecionado apenas pela estética, pois as vezes não produz tanto leite quanto parece. *Portanto, a produção de leite é influenciada pela constituição genética do anima l e por fatores ligados ao seu ambiente e manejo. Fertilidade é um fator importante (puberdade precoce, alta taxa de ovulação) *Ter cuidado com o cio da vaca, problemas reprodutivos (quando a vaca produz muito) Características a serem selecionadas: Produção de leite Produção de gordura do leite (alta) Reprodução Tipo e conformação (aspecto secundário) Longevidade produtiva Idade da vaca Duração da lactação Numero de ordenhas (2 ordenhas diárias) Temperamento leiteiro Sistema mamário (úbere) Capacidade corporal (analisar o resto do corpo com úbere) PTA – Capacidade de Transmissão Prevista (DEP): É a capacidade de um touro de transmitir determinadas características as suas filhas (produção de leite, qualidade do sistema mamário, etc.). Quando dizemos que um touro tem PTA positivo para leite, significa que é esperada em suas filhas uma produção superior a média de produção das femeas contemporâneas da mesma raça (base genética). O valor genético de um animal pode ser calculado separadamente para cada característica. O valor genético é mais acurada para touros com muitas filhas em diferentes rebanhos. Os efeitos do meio ambiente provocam um desvio na expressão do genótipo. A base genética é um ponto de referencia usado para avaliar o mérito dos animais. A alteração da base genética não modifica o mérito dos touros, mas facilita a comparação entre eles Alguns animais com PTA positivo antes da mudança, podem se tornar negativos. O valor genético do animal não muda, o que muda é o ponto de referencia a partir do qual esse valor é calculado O objetivo do PTA é ordenar os touros de acordo com o seu genótipo. Um touro com um PTA de + 1.000 kg de leite não significa que suas filhas produzirão 1.000 kg a mais do que as demais vacas do rebanho/raça. A interpretação correta é a de que suas filhas produzirão em média 1.000 kg a mais do que a média das filhas dos touros usados na base genética. Os valores do PTA tendem a mudar na medida em que mais filhas são avaliadas. Quanto maior o número de filhas maior a confiança nos valores do PTA e ele tende a mudar menos, no futuro. Touro A = PTA pl = +500kg leite/lact. = 7500kg Touro B = PTA pl = +700kg leite/lact. = 7700kg (PTA +, melhor) Touro C = PTA pl = -500kg leite/lact. = 6500kg (PTA -, sêmen mais barato (melhor para quem está começando)) Base genética pl = 7000kg Seleção: como proceder os acasalamentos Planejamento por um longo período de tempo, pois o processo de mudança genética é lento Cada rebanho deve ser considerado como um conjunto de genes (desejáveis e indesejáveis) O fluxo de genes para dentro do rebanho ocorre via introdução de animais e/ou de sêmen de fora deste O fluxo de genes para fora ocorre pelo descarte de vacas Para um progresso genético é recomendável a utilização de sêmen de touros provados O primeiro passo é a definição do objetivo zootécnico O objetivo zootécnico deve levar em conta situação particular de cada propriedade e visar a produção de animais com desempenho máximo em relação ao ambiente ao qual serão submetidos As características podem variar de acordo com a remuneração do leite, em cada região, determinando acasalamentos para aumentar o volume total de leite ou para aumentar os sólidos do leite As características de conformação devem visar a correção de defeitos existentes no rebanho para características relacionadas a uma vida produtiva mais longa O úbere é a característica que tem a maior relação com longevidade a produtiva, especialmente a colocação de tetas, a profundidade e o ligamento do úbere anterior. Vacas com profundidade de úbere intermediária permanecem mais tempo no rebanho. Úbere muito raso (próximo ao corpo) em geral indica baixa produção. Úberes muito baixos são mais susceptíveis a mastite e injúrias As pernas, principalmente as traseiras devem ser consideradas. Eliminar animais que possuem pés com má conformação, problemas de fertilidade, mastite O programa de seleção não deve conter mais do que quatro ou cinco características. A tentativa de corrigir muitas características ao mesmo tempo reduz consideravelmente a taxa de ganho genético Uma vez estabelecido o objetivozootécnico e identificadas as características a serem melhoradas, o próximo passo é a seleção de touros com base nos PTAs. Melhoramento genético em suínos A carne do suíno é a mais produzida no mundo. O Brasil possui o 3º maior rebanho do mundo. Programa: Femea F1 -> meio sangue Reprodutores mestiços: Linha Pai Linha Mãe Ligado a carne, carcaça Habilidade materna Femea descartada Macho descartado Instalações de novos núcleos Melhoramento genético dos animais é estável e permanente. Enquanto que as mudanças ambientais tem caráter transitório e não são transferidas de uma geração para outra. Apesar dos valores dos ganhos genéticos serem pequenos, eles são expressivos por serem acumulativos. Relacionados a: Produtividade (leitão desmamados/matriz/ano) Eficiência de crescimento (ganho de peso) Conversão alimentar (kg alimento/kg de ganho de peso) Qualidade de carcaça (% de carne magra) *aumentar volume de carne, com quantidade menor de alimento. Melhoria de desempenho nas últimas décadas: Redução da idade de puberdade das femeas (7-8 meses para 4-5 meses) Aumento do numero de leitões nascidos por leitegada (7-8 para 10-12) Redução do período de aleitamento aumentou a prolificidade (15-16 leitões/ano para 22-24) Melhoria das condições ambientais (instalação, manejo sanitário, nutrição) Exigências para o MG suíno: Instalações e equipamentos para avaliações individuais dos animais (aferição da conversão alimentar) Avaliações da qualidade da carne (exigências do mercado consumidor) Rigoroso sistema de coleta e processamento de dados Manutenção de populações puras que podem acarretar prejuízos em relação a cruzamento de animais melhores. Eliminação precoce de femeas visando encurtar a duração do intervalo de gerações Controle sanitário rigoroso (transito de pessoas, exames laboratoriais de e carcaças) Pessoal altamente qualificado e com excelente motivação Eficiência reprodutiva dos suínos: Número de leitões desmamados/porca/ano Sistemas: Melhoramento em núcleos genéticos: Raças puras Planteis de tamanhos adequados Machos utilizados por apenas 6 meses Femeas aproveitadas em 1 ou 2 leitegadas Seleção e transferência de reprodutores Granjas multiplicadoras Produção de híbridos Multiplicação e transferência de reprodutores Granjas de produção Cruzamento de híbrido Exploração de heterose e complementariedade Comercialização de produtos para o abate Substituição na granja: 50% dos machos – 2 a 4 anos 30 a 40% das femeas – 2,5 a 3 anos Substituir por animais de melhor qualidade genética Atenção aos machos (1 machos/20-30 femeas) Adquirir matrizes em granjas de reprodutores Raças: Principais raças disponíveis no Brasil: Duroc – Rusticidade e melhor qualidade de carne Landrace – Prolificidade, habilidade materna e desempenho, produção de híbridos Large White – Prolificidade e produção de híbridos Raças secundarias: Hampshire – Qualidade de carcaça, rusticidade Landrce belga Pietran – Excelente massa muscular (ótimos pernis, menor camada de gordura) e cruzamentos Wessex – Prolificidade, rusticidade e habilidade materna Raças nacionais: Piau - Rusticidade Canastra Nilo Melhoramento genético em aves Fatores ligados ao crescimento da avicultura: Preço acessível do produto final Paladar consumidor Geração saúde (carnes brancas) Produtos semi-processados Rápido preparo Objetivos: Melhorar parâmetros produtivos (porcentagem carne nobre (peito e coxa), produção de ovos...) Melhoria na resistência a doenças (salmonelose e coccidiose) Bem-estar animal Lucratividade do sistema Linhagens: Através do cruzamento entre raças puras A progênie resultante do cruzamento não é denominada hibrida, mas sim linhagem A partir de diversos cruzamentos se obtém inúmeras linhagens diferentes Linhagens desenvolvidas no brasil Frangos de corte Peso corporal maior Conversão alimentar Conformação de carcaça Aspecto físico do peito Esqueleto robusto Rendimento da carcaça Rendimento de carne de peito Rendimento de carne de coxa e teor de gordura Produção de ovos incubáveis Fertilidade e eclodibilidade dos ovos Viabilidade da matriz Resistência a doenças e estresses Produção de ovos Maturidade sexual Conversão alimentar Empenamento Produção de ovos comerciais Viabilidade da matriz Resistência a doenças e estresses
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