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ATIVIDADE MELHORAMENTO GENETICO

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Universidade Estadual do Ceará - UECE
Faculdade de Veterinária - FAVET
Melhoramento Genético Animal
Discente: Amanda Ribeiro de Sousa
● Resenha científica sobre o melhoramento genético de bovinos de leite
Atualmente a pecuária bovina de corte no Brasil é uma das atividades econômicas de
maior importância para o agronegócio, visto que, seu Produto Interno Bruto (PIB) equivale a
aproximadamente 64,06 bilhões de reais, com isso, além de auxiliar os empreendedores locais
acaba gerando empregos para a comunidade. É nítido que a pecuária bovina brasileira se
destaca mundialmente, seja pelo grande número da população bovina (250 milhões de cabeças),
ou pela potência de seu crescimento, e este fatores podem levar o Brasil a se tornar uma grande
fonte de produção de proteínas de origem bovina.
Sendo a segunda maior portadora de rebanho bovino, o Brasil, apresenta uma produção
mundial de carne, superando países como a Austrália e o EUA, apresentando uma produção
anual de 7,5 milhões de toneladas de carne, entretanto, essa liderança foi assumida devido as os
surtos da Doença da Vaca Louca (encefalopatia espongiforme bovina) no EUA em 2007, fazendo
com que a exportação brasileira aumentasse, e rendendo ao país 3,5 bilhões de dólares.
Tendo em vista o crescimento internacional, além de movimentos ambientalistas, a
perspectiva em avanços para a exportação de carne vem ganhando força, visto que sua produção
ocorre no pasto e sem adição de composto que podem pôr em risco a saúde humana podem
acarretar na expansão de exportação da carne bovina no Brasil, entretanto, existe uma prioridade,
que é melhorar a qualidade da carne já produzida e obter melhores desempenhos reprodutivos
que sejam compatíveis com a pecuária moderna utilizada para a produção dos bovinos.
Atualmente 80% do germoplasma bovino brasileiro é constituído por genes zebuínos, visto
isso, pode-se notar a importância desse material genético para a pecuária nacional, tendo isso em
vista, o Zebu naturalizou e se multiplicou de uma forma autêntica das faixas tropicais e
subtropicais do país, ocasionando a necessidade de elevar um valor quantitativo em contrapartida
do valor qualitativo limitado com tendência a sofrer alterações no desempenho econômico.
O Zebu foi introduzido no Brasil casualmente, em 1813 na Bahia, na qual apresentaram
importações bem sucedidas até 1962, quando por ordens sanitárias foram restritas
definitivamente, permitindo apenas 6300 espécies ingressarem no país. Por apresentar uma
adaptação ao ambiente, os Zebus se multiplicaram, alcançando a população que hoje estima em
média 100 milhões de animais. Apresentando uma deficiência em relação aos seus produtores
geneticamente qualificados, o Brasil apresenta uma dificuldade para atender a demanda dos
produtores comerciais de gado, visto que sua qualidade genética é impossível de alcançar sua
eficiência econômica, mesmo com o engajamento dos produtores de gado nos programas de
avaliação genética; a inseminação artificial poderia até ser uma solução decisiva para suprir esse
déficit de qualidade, entretanto, é pouco difundida, já que atinge apenas 5% da população bovina.
Essa situação já se apresenta a bastante tempo, e vai se tornando cada vez mais
inquietante para os técnicos da área, já que sua oferta de reprodutores é limitada, e acaba se
tornando mais acessível para os produtores de gado comercial, ocasionando perdas econômicas,
além de visões negativas no desempenho desses animais, trazendo consequências lucrativas,
tendo em vista disso, podemos observar que há uma necessidade na intensificação dos esforços
acerca das Associações de Raça, dos criadores, dos pesquisadores e das indústrias de semem
visando a multiplicação das avaliações genéticas dos Zebus no país.
Existe uma expressão que é baseada na eficiência reprodutiva baseada em todas as fases
da vida do animal, desde sua fecundação até seu nascimento e morte. Nas fêmeas, essa
eficiência abrange sua puberdade, ovulação, ciclos estrais, idades à primeira concepção e
primeiro parto, período de serviço (do parto até início de nova gestação), intervalo de partos,
número de crias produzidas ao longo da vida útil, longevidade, facilidade de parição, entre outros;
e essa variação se expressam fenotipicamente por fatores que envolvem sua genética e o
ambiente, tais como, a nutrição e a mineralização, por exemplo. Todavia, vale ressaltar que a
omissão de tais informações pode acarretar na redução da variação genética da fertilidade do
rebanho, causando estimativas de herdabilidades mais baixas.
A fertilidade é um termo que permite definições mais variadas, proporcionando ao produtor
observar a capacidade de produção da fêmea regularmente, sendo analisada em alguns critérios,
tais como: a produção percentual de bezerros nascidos vivos, produção percentual de bezerros
desmamados, intervalo de partos, número de serviços por concepção, idade à puberdade,
número de bezerros produzidos durante a vida útil, percentagem de prenhez, índice de
concepção, percentagem de não retorno, percentagem de prenhez ao 1º serviço, percentagem de
prenhez nas vacas palpadas, número de vacas expostas ao acasalamento, entre outros; porém,
mesmo assim fica difícil fazer uma avaliação mais precisa, devido a isso, a resposta vai depender
de alguns fatores como: qualidade dos registros disponíveis das informações reprodutivas,
qualificação do pessoal de campo, sistema de monta utilizado no rebanho, o tamanho da
população de animais a ser mensurada e a prioridade dada pelo criador ao conjunto de
características associadas à fertilidade.
No gado leiteiro, há dois picos de mortalidade pré-natal: na segunda semana
pós-inseminação ou monta natural e no segundo mês de gestação. Geralmente a mortalidade
pós-natal, na fase de aleitamento é alta, com cerca de 15% do rebanho durante a fase de
aleitamento, e 5% na fase pós desmama. Esse índice pode estar associado com a precariedade
dos cuidados higiênicos sanitários, e com esses índices altíssimos, fica mais evidente a
necessidade de reformas de plantéis, e apesar de ser mais difícil de executar essa reforma
durante essas fases, é bom observar que isso vai causar uma alta mortalidade e reduzir a
fertilidade, só reforçando a ideia de que o melhoramento genético da população é o mais viável.
Na puberdade podemos observar a maturidade sexual e o início da reprodução das fêmeas
que pode ser avaliada no primeiro cio, sendo controlada por mecanismos neuro-endócrinos,
provavelmente pelo aumento da frequência de de secreção do hormônio liberador da
gonadotropina hipotalâmica (GnRH), que controla a liberação dos hormônios folículo estimulante
(FSH) e luteinizante (LH) pela hipófise e que são os responsáveis pela atividade ovariana. Existe
uma atenção maior na identificação correta da idade da puberdade dos Zebus, pois seu primeiro
cio acaba sendo problemática, devido ao seu regime de criação extensiva, tornando mais difícil a
observação dessa ocorrência, e avaliando esse fato geneticamente, esse fator, se apresenta
extremamente importante, já que expressa a precocidade da fêmea para reprodução; visto que se
ela entra em reprodução mais cedo, sua vida útil será maior, bem como o número de produtos por
vaca, permitindo intensidade maior de seleção, com reflexos evidentes na mudança da
composição genética dos animais.
Com relação à idade ao primeiro parto, esse fator é apenas reflexo da taxa de crescimento,
geralmente no período chuvoso que ocorre em dezembro é o período onde as fecundações
alcançam seus maiores valores, devido à maior disponibilidade de forragens, tanto em qualidade
como quantidade, resultando em uma maior concentração de nascimento em setembro, tendo seu
desmame no início da seca, onde geralmente há uma escassez de forragem, e as mesmas
apresentam baixo valor nutritivo, e é essa alternância na qualidade e quantidade da forragem
ofertada que afeta a taxa de crescimento, causando retardo na idade,na fecundação, entre outros
fatores. Outro fator importante na avaliação eficiente reprodutiva é o intervalode partos, o período
ideal é 365 dias, ou seja, um bezerro/vaca ao ano, sendo que o período ideal para a fecundação
da fêmea ocorra em forno de 75-80 dias após o parto. Apesar de todos esses fatores serem
importantes, o planejamento nutricional acerca do desempenho reprodutivo não deve ser
dispensado.
Mesmo com as melhores técnicas relacionados a genética reprodutiva, ainda pode ser
obtido melhorias maiores, como condições ambientes, especialmente da nutrição, manejo
profilático-sanitário e do manejo geral da criação, visto que em situações onde o manejo e
alimentação são de boa qualidade, as variações genéticas das características de eficiência
reprodutiva são mais evidentes e permitem ações seletivas no sentido de melhorá-las
Nos machos, as características mais importantes para o melhoramento de eficiência
reprodutiva são as seguintes: puberdade, circunferência escrotal, libido, capacidade de serviço e
qualidade do sêmen. Há três fatores que caracterizam a puberdade nos machos: presença da
libido ou do desejo pela fêmea, produção de espermatozóides em quantidade e qualidade
satisfatórias, desenvolvimento dos órgãos sexuais primários que possibilitam a cópula. A
puberdade pode variar em função da raça, das condições nutricionais e climáticas e com a própria
individualidade. Do ponto de vista genético, animais que apresentam maior velocidade de
crescimento, avaliado pelos pesos e ganhos de peso, tendem a alcançar a puberdade mais
precocemente.
A libido dos touros é uma característica fortemente influenciada por genes de ação aditiva.
A estimativa da prova de libido pode ser feita com a seguinte rotina: calculando-se a freqüência de
monta com ejaculação quando o touro está exposto a um estímulo adequado, comparando-se o
número de cópulas completas (monta e serviço) durante um período de tempo previamente
estabelecido, tempo transcorrido entre o estímulo e o primeiro serviço (tempo de reação). A
qualidade do sêmen é outra característica de vital importância na seleção de reprodutores,
principalmente quando se tem em conta que a pecuária de corte do Brasil é caracterizada, na sua
quase totalidade, por monta natural e em condições extensivas de exploração. O crescimento é
uma medida quantitativa que depende dos seguintes aspectos: do aumento do tamanho das
células (hipertrofia), do aumento do número de células por divisão miótica (hiperplasia), da
diferenciação das células dando origem aos tecidos de diferentes estruturas e funções, da
organização da hipertrofia, hiperplasia e da diferenciação a nível tissular ou de região.
Para a seleção, a identificação de animais geneticamente superiores, tendo por base seus
pesos ou ganhos em pesos, é fundamental para qualquer programa de melhoramento genético,
principalmente nas fazendas de elite, responsáveis pelo fornecimento de reprodutores às outras
camadas da população bovina.

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