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Fato Gerador e Sujeito Passivo Fato Gerador É um fato praticado por alguém (sujeito passivo), que irá gerar, acarretar, uma obrigação tributária (principal ou acessória). Ele é necessário por que, quando não há fato gerador, não haverá obrigação tributária. E sempre está determinado em lei para que, assim, possa caracterizar a obrigação tributária. Características do Fato Gerador: Os elementos que compõem um fato gerador são: lei; • situação jurídica; • sujeitos passivos; e • sujeitos ativos. Os aspectos do fato gerador são: • material; • pessoal; • temporal; • espacial; e • valorativo. As situações do fato gerador podem ser: • de fato, aquela em que o fato se concretizará independentemente da condição futura. A realização do fato gerador é automática, por exemplo a exportação de uma mercadoria, o ato de exportar, já realiza o fato gerador do Imposto de Exportação); • de direito, aquela em que o fato será definitivamente concretizado quando houver a realização de uma condição futura. Por exemplo, a doação de um imóvel, pois somente após a doação se realizará a incidência do Imposto ITD. O fato gerador indica a ocorrência de um determinado procedimento que gera, no mundo fenomênico, uma obrigação tributária. Porém, para surgir esta obrigação tributária é imprescindível que a ocorrência da situação - fato - esteja prevista em lei. “costuma-se definir o fato gerador como uma situação abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento da obrigação tributária. Logo, essa expressão fato gerador pode ser entendida em dois planos: no plano abstrato da norma descritiva do ato ou do fato e no plano da concretização daquele ato ou fato descritos.” O fato que gera uma obrigação tributária é utilizado como sinônimo da hipótese de incidência, mas há um diferencial entre as duas: - Fato Gerador: É a ocorrência de um fato concretamente, é o acontecimento do fato. - Hipótese de Incidência: É a descrição abstrata de um fato na lei que gerará uma obrigação tributária, caso ocorra. Para ambas as situações factuais, concreta e abstrata, é utilizada a expressão “fato gerador”, inclusive como sinônimo de “hipótese de incidência” sendo apenas uma questão de divergência terminológica. SUJEITO ATIVO Conforme o Artigo 119 do CTN, “Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento”, é aquele que tem o direito de exigir a obrigação tributária imposta ao sujeito passivo, é o credor, ou seja, o que integra o polo ativo da relação jurídica tributária. O sujeito ativo será sempre quem tiver a competência para cobrar o tributo ou exigir o cumprimento de uma obrigação tributária acessória. SUJEITO PASSIVO O CTN, nos Artigos 121 e 122, prevê a existência de dois sujeitos passivos, o da obrigação acessória e o da obrigação principal que se divide em direto e indireto, ou seja, o contribuinte e o responsável. A obrigação tributária principal e/ou acessória é dever do sujeito passivo assim como o crédito tributário é direito do sujeito ativo, nascendo assim a relação jurídica tributária entre estes dois sujeitos, passivo e ativo. Fato Gerador da Obrigação Principal O Artigo 114 do CTN, diz que "fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência", ou seja, é a situação de fato que gera a obrigação tributária de pagamento imposta ao sujeito passivo a crédito do sujeito ativo. Para a ocorrência do fato gerador da obrigação principal é preciso que esteja este fato, definido em “lei”, ou seja, é matéria compreendida na reserva legal, não podendo a legislação infralegal discriminar a situação hipotética geradora da obrigação principal. O fato gerador da obrigação principal está submetido ao princípio da estrita legalidade descrita na Constituição Federal no inciso I, do Artigo 150, quando diz ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Fato Gerador da Obrigação Acessória O fato gerador da obrigação acessória está descrito no Artigo 115 do CTN, como sendo qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Quando o Artigo 115 diz “na forma da legislação aplicável”, está dizendo que não necessariamente deva ser definido por “lei”, pode ser definido pela legislação infralegal. Hugo de Brito Machado, ilustrando o nascimento de um fato gerador de uma obrigação acessória, exemplifica dizendo que “A situação de quem é estabelecido comercialmente faz nascer as obrigações acessórias de não receber mercadorias sem o documento fiscal correspondente e de tolerar a fiscalização em seus livros e documentos”. Assim, o fato gerador da obrigação acessória não necessariamente está ligado à obrigação principal, estão ligados independentemente, ou seja, uma situação factual pode ser fato gerador de uma obrigação acessória sem haver essencialmente uma obrigação principal a cumprir. Emitir Nota fiscal é uma obrigação acessória. Exercício: É um fato praticado por alguém (sujeito passivo), que irá gerar, acarretar, uma obrigação tributária (principal ou acessória). R: Fato Gerador Os ... que compõem um fato gerador são lei, situação jurídica, sujeitos passivos e sujeitos ativos. R: Elementos Os ... do fato gerador são material, pessoal, temporal, espacial e valorativo. R: Aspectos É a descrição abstrata de um fato na lei que gerará uma obrigação tributária, caso ocorra. R: Hipótese de Incidência ... da obrigação é aquele que tem o direito de exigir a obrigação tributária imposta ao sujeito passivo, é o credor, ou seja, o que integra o polo ativo da relação jurídica tributária. R: Sujeito Ativo Há dois, o da obrigação acessória e o da obrigação principal que se divide em direto e indireto, ou seja, o contribuinte e o responsável. R: Sujeito Passivo
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