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MATERIAIS PARA IMPERMEABILIZAÇÃO

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MATERIAIS PARA 
IMPERMEABILIZAÇÃO 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
ENGENHARIA CIVIL 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
Professora Dra. Juliana Alves de Lima Senisse Niemczewski 
 
 
JÚLIA MARIÁ FIGUEREDO LEAL 
MATHEUS VOSGNACH 
PATRÍCIA ZEMBRUSKI 
RAFAELA CASA BETIOL 
 
 
Impermeabilizar é o conjunto de operações, técnicas 
e serviços construtivos, compostos por uma ou mais 
camadas, que tem por finalidade proteger as 
construções contra a ação deletéria de fluídos, 
vapores e umidade. 
 
NORMATIZAÇÃO 
• ABNT NBR 9575:2010, Impermeabilização - Seleção e projeto; 
• ABNT NBR 9574:2008, Execução de impermeabilização; 
• ABNT NBR 13321:2008, Membrana acrílica para 
impermeabilização 
• ABNT NBR 9690:2007, Impermeabilização - mantas de cloreto de 
polivinila (PVC) 
• ABNT NBR 9685:2005, Emulsão asfáltica para impermeabilização 
IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO 
• Proteção: barreira física que veda um determinado local, 
contendo a propagação da umidade e evitando infiltração; 
• A impermeabilização está ligada à habitalidade e funcionalidade 
da edificação; 
A presença de água pode gerar nas edificações: 
 Manchas de bolor; 
 Eflorescências; 
 Desplacamento de azulejos; 
 Surgimento de goteiras; 
 Corrosão de Armaduras; 
 Curto- circuito; 
 Degradação da Estrutura; 
 Empolamento e bolhas de tinta; 
A vida útil de uma construção é diretamente influenciada pela 
presença dos sistemas de impermeabilização, que protegem as 
estruturas contra a ação nociva da água. 
Presença de água nas edificações: 
 
Água de Percolação (Ex. chuva, lavagem) 
 
 Umidade do Solo (Água Capilar) 
 
 Água Sob Pressão 
 
 Água de Condensação 
Paredes, coberturas, pisos 
Fundações, Cortinas, Pisos 
sobre solo 
Piscinas e Reservatórios 
Superfícies expostas ao 
vapor e ao frio 
 
• Presença de água nas edificações: 
 
TECNOLOGIA DO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
• Projeto de impermeabilização; 
• Qualidade dos Materiais e Sistemas utilizados; 
• Qualidade da execução; 
• Qualidade da construção e do substrato; 
• Preservação; 
CLASSIFICAÇÃO 
Quanto ao método de execução: 
 
• PRÉ- FABRICADOS (mantas estendidas e unidas na obra); 
• MOLDADOS NO LOCAL (emulsões asfálticas, feltro asfáltico, etc.) 
 
Quanto à Flexibilidade: Variam conforme o local a serem 
aplicadas. 
• Sistema Rígido; 
• Sistema Flexível; 
SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA 
• Baixa capacidade de absorver deformações da base; 
• Não resistem a movimentações intensas; 
• Produtos normalmente incorporam-se à estrutura protegida e, com 
uma cura adequada, apresentam baixa porosidade e grande 
estanqueidade; 
• Argamassas industrializadas, produtos bicomponetes ou aditivos 
para argamassas e concretos; 
• Sua eficácia depende da integridade do sistema, isto é, a superfície 
sobre a qual esta for aplicada não deverá apresentar trincas e 
fissuras; 
• A superfície a impermeabilizar deverá estar limpa e áspera (melhor 
aderência); 
• A espessura final do revestimento variará entre 2 e 3cm; 
 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Partes mais estáveis da edificação; 
• Locais menos sujeitos a trincas e fissuras; 
• Utilizados em fundações, revestimentos de subsolos, alicerces, 
caixas d’ água, pisos internos em contato com o solo, contenções 
e piscinas enterradas. 
COMO SÃO VENDIDOS 
• Como aditivos químicos para argamassas ou como 
argamassa industrializada; 
• Misturas aplicadas em forma de pintura (revestimento 
impermeável); 
• Nas impermeabilizações RÍGIDAS a camada estanque é 
aplicada diretamente sobre a base e geralmente sem 
outras camadas complementares 
TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÕES RÍGIDAS 
 Concreto e Argamassa Impermeável; 
 Cimentos Poliméricos; 
 Cimentos Cristalizantes; 
 Resinas Epóxi; 
 Argamassa Polimérica; 
 
ARGAMASSA IMPERMEÁVEL 
• Com aditivos que repelem a água (hidrofugantes); 
• Mistura aos componentes do CO e AR; 
• Atuam como impermeabilizantes; 
• Aplicadas em locais não sujeitos à trincas e fissuração; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Baldrames; 
• Piscinas; 
• Subsolos; 
• Pisos em contato com o solo; 
• Argamassa de assentamento de 
alvenaria; 
 
CIMENTOS POLIMÉRICOS 
 Aplicado com trincha ou broxa; 
 Sistema bicomponente (componente em pó com fibras e componente 
líquido); 
 Pasta cimentícia resistente à umidade; 
 Ideal para áreas enterradas; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
 Reservatórios enterrados; 
 Baldrames; 
 Floreiras sobre terra; 
 Muro de Arrimo; 
 Poço de elevador; 
 
CIMENTOS CRISTALIZANTE 
• Composto químico de cimentos aditivados, resinas e água; 
• Aplicado sobre o concreto ou argamassa; 
• Água de saturação formação de gel  colmatação dos poros; 
• Incorpora-se ao substrato (elevada vida útil); 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Áreas sujeitas à umidade; 
• Reservatórios enterrados; 
• Baldrames; 
• Piscinas enterradas; 
RESINAS EPÓXI 
 Impermeável à água e ao vapor; 
 Revestimento com grande resistência mecânica e química; 
 A base de resinas epóxi, bicomponente, com ou sem adições; 
 Indicada para impermeabilização e proteção anticorrosiva de 
estruturas de concreto, metálicas e argamassas; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Tanques de armazenamento de 
produtos químicos; 
• Tubos Metálicos; 
 
ARGAMASSA POLIMÉRICA 
 Argamassas Industrializadas na versão bicomponente (cimento 
aditivado e resinas líquidas); 
 Devem ser misturadas e homogeneizadas antes da aplicação; 
 Revestimento impermeável e resistente à umidade e 
encharcamento; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
 Reservatórios e piscinas 
enterradas; 
 Subsolos; 
 Paredes; 
 Pisos Frios; 
 Baldrames; 
 
 
SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL 
• Suportam deformações da base com amplitudes variáveis (em 
função do sistema de impermeabilidade), inclusive em fissuras e 
trincas. 
• Sem esforços; 
• Reforçados (com materiais resistentes à tração); 
• Ideal para locais sujeitos à variações de temperatura, como varandas, 
coberturas, terraços, piscinas suspensas, pisos frios e lajes; 
• Geralmente feita com materiais compostos de elastômeros e 
polímeros; 
• Garantem estanqueidade das estruturas e, por serem mais elásticos, 
se adaptam às movimentações a que estão sujeitas; 
 
• Este tipo de impermeabilização pode ser moldada no local 
(membrana) ou ser pré- fabricada (mantas); 
Membrana Asfáltica (moldada in loco) Manta Asfáltica (pré- fabricada); 
TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÕES FLEXÍVEIS 
 MEMBRANAS 
 Asfálticas; 
 Poliméricas; 
 Elastoméricas (ex. neoprene, hypalon); 
 Acrílicas; 
 
  MANTAS 
 Asfálticas; 
 Poliméricas; 
 Elastoméricas (ex. butílicas, EPDM); 
 Plásticas (ex. PVC, PE); 
MEMBRANAS ASFÁLTICAS 
• Asfalto à quente: Suportam deformações e dilatações da estrutura 
onde são aplicadas; 
• São feitas a partir de asfalto derretido; 
• Devem ser aquecidas em torno de 180 a 220ºC para atingir a 
viscosidade adequada, que influencia na aplicação e no desempenho 
final da impermeabilização. 
• A produtividade da aplicação é baixa; 
 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Ideal para áreas de pequenas dimensões; 
• Lajes médias ou com muitos recortes; 
 
 
MEMBRANAS ASFÁLTICAS 
Emulsão Asfáltica: 
• Mistura de asfalto (modificados ou não com polímeros) em água ou 
solvente; 
• São aplicados à frio em áreas molháveis internas,estruturada com 
telas; 
• Maior tempo de cura; 
• Reforçada com fibra de vidro; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Pintura de ligação; 
• Pequenas lajes; 
• Banheiros, cozinhas, áreas de serviço 
e floreiras; 
 
 
MEMBRANAS POLIURETANO- POLIMÉRICAS 
 
• Impermeabilização bicomponente; 
• Aplicada à frio; 
• Grande estabilidade química; 
• Aderência à diversas superfícies; 
• Elasticidade e resistência à altas temperaturas; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Ambientes agressivos; 
• Lajes e áreas molháveis; 
• Tanques de efluentes industriais 
e esgotos; 
• Reservatórios de água potável; 
MEMBRANAS DE POLIURÉIA- POLIMÉRICA 
• Alta resistência química e abrasão; 
• Resistência a raios U.V; 
• Alta aderência em diversos substratos; 
• Excelente resistência em substratos fissurados; 
• Não possui sensibilidade ao clima ou umidade após a aplicação; 
• Alta resistência à tensão na ruptura. 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Pisos Industriais; 
• Revestimentos internos de tanques; 
• Piscinas, lajes e telhados; 
 
MEMBRANAS ACRÍLICAS- POLIMÉRICA 
• Formadas por polímeros acrílicos termoplásticos em dispersão aquosa; 
• Resistente aos raios ultravioletas; 
• Deve ser aplicada em áreas com inclinação (evitar acúmulo de água); 
• Aplicar em superfícies expostas e não transitáveis; 
• Sem adição de cimento ou com adição de cimento (MAI); 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Sheds; 
• Coberturas inclinadas; 
• Abóbadas; 
• Telhas pré- moldadas; 
 
 
 
 
MANTAS ASFÁLTICAS 
• Mantas pré- fabricadas com asfalto oxidado ou modificado com polímeros; 
• Moldadas in- loco; 
• Após imprimação com o primer, aplicação e soldagem das sobreposições 
com: maçarico de gás; com asfalto oxidado, por auto adesividade; 
• Elevada resistência mecânica; 
• Fácil aplicação; 
• Material Uniforme; 
• Sistema + usado em obras; 
• Mais leve e adequado para 
 movimentação na obra; 
• Rápida liberação (dispensa 
secagem); 
• Durabilidade; 
• Alta aderência; 
• Elasticidade; 
 
 
 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Lajes; 
• Áreas frias (banheiros, lavabos, cozinhas, áreas de serviço); 
• Sob telhados; 
• Pisos de barrilets; 
• Barreira de vapor; 
• Varandas; 
• Baldrames; 
• Terraços; 
• Piscinas; 
• Tanques; 
• Túneis; 
• Viadutos; 
 
 
MANTAS POLIMÉRICAS 
• Ótima relação custo/benefício; 
• Fácil e rápido de aplicar; 
• Compatíveis com diversos climas; 
• Flexibilidade, resiste à fissuras e movimentações da superfície; 
• Leve e oferece conforto térmico; 
• Resistência à raízes; 
• Durabilidade; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Áreas molháveis; 
• Muros de Arrimo; 
• Construções à seco (drywall); 
• Sacadas/varandas; 
• Piscinas e reservatórios de água enterrados; 
 
 
MANTAS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) 
• Conhecidas como geomembranas de polietileno de alta densidade 
(97,5% de polietileno virgem e 2,5% de fuligem); 
• Contém aditivos químicos (aumentam a resistência mecânica e química); 
• Resistência aos raios ultravioletas; 
• Resistência à intempéries, ao calor e à degradação; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Aterros sanitários; 
• Lagoas de rejeitos industriais; 
• Tanques de estação de tratamento 
 de esgoto; 
• Lagos artificiais; 
• Tanques; 
 
 
 
 
 
MANTAS DE ETILENO- PROPILENO- DIENO- MONÔMERO 
(EPDM) 
• Possui grande elasticidade; 
• Pode ser moldada em quase qualquer tipo de superfície; 
• Possui fixação mecânica ou aderida; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Reservatórios; 
• Lagos artificiais; 
• Canais de irrigação; 
• Coberturas (mantas); 
 
 
MANTAS DE POLICLORETO DE VINILA (PVC) 
• Mantas resistentes aos raios ultravioleta, podendo ficar expostas às 
intempéries; 
• Não propagam fumaça ou fogo em caso de incêndio; 
• Há opções com resistência à raízes e micro-organismos; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Túneis; 
• Subsolos; 
• Fundações; 
• Telhados; 
• Coberturas; 
 
 
 
 
MANTAS TERMOPLÁSTICAS DE POLIOLEFINA (TPO) 
• Fabricadas a partir de materiais termoplásticos flexíveis reforçados 
com malhas de poliéster; 
• Possuem resistência a rasgos e perfurações; 
• Resistência à raios UV, agentes biológicos e intempéries; 
 
APLICAÇÕES INDICADAS 
• Coberturas; 
 
 
PRINCIPAIS SISTEMAS APLICADOS NAS EDIFICAÇÕES 
• Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; 
• Argamassa polimérica (+ argamassa + cimento modificada 
com polímero); 
• Membranas asfálticas; 
• Membranas acrílicas; 
• Manta asfáltica; 
• Mantas poliméricas (EPDM e PVC); 
PRINCIPAIS PATOLOGIAS 
• Mantas: perfurações provocadas por ausência de limpeza prévia, 
trânsito ou queda de objetos antes de sua proteção; 
• Manifestações patológicas provocadas pela infiltração d’água, devido à 
ausência ou falha da impermeabilização.; 
 
FATORES 
• Mão de obra não qualificada; 
• Uso de materiais não normalizados; 
• Preparação inadequada do substrato; 
• Caimentos insuficientes; 
• Revestimento inadequado; 
 
 
REFERÊNCIAS

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