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Administração Pública

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Administração Pública 
Qualquer um dos poderes (executivo, legislativo ou judiciário) tem como atividade típica a administração pública. Esta não se encontra definida em um documento único, mas sim em códigos e leis esparsas. Portanto, as fontes  do Direito são: leis, doutrinas, jurisprudência e costumes.
Administração Pública no sentido SUBJETIVO (ou formal) é definido como QUEM ADMINISTRA, a Administração Pública no sentido OBJETIVO (ou material) é definido como as ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS.
Existem 4 funções administrativas fundamentais:
Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública;
Intervenção: regula e fiscaliza a atividade econômica privada;
Poder de Polícia: condiciona e limita os direitos individuais em benefício do interesse geral;
Serviço Público: atividade para atender as necessidade públicas.
A estrutura que encontramos é divida em:
Administração Direta: União, Estados, Distrito Federal e Municípios (entes políticos). São Pessoa Jurídica;
Administração Indireta: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista (entes administrativos. São Pessoa Jurídica;)
Órgãos Públicos: subdivisões da administração direta, não são pessoa jurídica, podem possuir capacidade postulatória;
Entidade Paraestatais (3º setor): Serviço Social Autônomo-SSA, Organizações Sociais-OS, Organização da Sociedade Civil de Interesse Coletivo-OSCIP.
Uma diferença muito importante que deve ser conhecida é entre Centralização, Descentralização e Desconcentração.
Vejamos:
Centralização: o Estado executa diretamente as tarefas administrativas (administração direta);
Descentralização: o Estado executa as tarefas administrativas por meio de outras empresas (administração indireta). Pode ser outorgada por lei ou delegada por contrato;
Desconcentração: subdivisões internas das tarefas (através de órgãos).
Atos Administrativos 
Ato Administrativo é toda manifestação voluntária, lícita e unilateral da Administração Pública, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar ou impor obrigações.
Alcance
Administrados e a própria administração. Segundo Hely Lopes Meirelles, dividem-se em:
Instruções
Ordens escritas e gerais emanadas do superior hierárquico, com finalidade de atingir e orientar seus subordinados em relação ao modo e forma de execução de um determinado serviço;
Circulares
Ordens de serviço escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários, incumbidos de certos serviços, ou de desempenho de determinadas atribuições, em circunstâncias especiais;
Avisos
Atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos seus Ministérios. Atualmente, também são utilizados como instrumento destinado a dar conhecimento de assuntos relacionados à atividade administrativa;
Portarias
Atos internos pelo quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam servidores para funções ou cargos secundários ou instauração de sindicância e processos administrativos;
Ordens de serviço
Determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando o seu início, ou, a admissão de operários, a título precários, desde que haja verba destinada a esse fim;
Ofícios
Comunicações escritas de autoridades entre si, entre subalternos e superiores e entre a Administração e particular, em caráter oficial;
Despacho
Decisões proferidas pela autoridade executiva, judiciária ou legislativa em função administrativa, em requerimentos e processos administrativos sujeitos à sua administração.
Cancelamentos de Atos Administrativos 
A principal confusão que a maioria dos candidatos fazem é entre REVOGAÇÃO e ANULAÇÃO. Esses tipos de cancelamento de Atos Administrativos não se confundem.
A seguir, listaremos algumas diferenças importantes sobre eles.
Revogação de Atos Administrativos
Usado em Atos que ainda estão Válidos;
Serve para rever os critérios de Conveniência e Oportunidade;
Faz Análise de Mérito;
Usado em Atos Discricionários;
Excepcionalmente para Atos Vinculados (por exemplo, Supremacia do Poder Público sobre o Privado, na concessão de licenças);
Quem pode revogar um ato? Somente a Administração Pública, de qualquer Poder;
Poder Judiciário não revoga ato administrativo;
Geralmente é ex-nunc (não retroage);
Respeita direito adquirido.
Anulação de Atos Administrativos
Usado em Atos considerados Ilegais ou Viciados;
Usado em Atos Discricionários ou Vinculados;
Quem pode anular um ato? A Administração Pública (se provocado ou por ofício) e o Poder Judiciário (somente se provocado);
Geralmente ex-tunc (pode retroagir até o início do ato ou a qualquer momento entre o ato e o tempo presente);
Tem prazo decadencial de 5 anos (Lei 9.784/99) para se anular um ato, se for de interesse público, esse prazo se estende para 10 anos;
Os atos podem ser Convalidados (tornar-se válidos);
Respeita os parceiros de boa-fé.
Observações:
Ato Válido: possui todos os elementos de formação, é completo, tem efeitos efetivos;
Ato Viciado ou Ilegal: possui problemas de formação do ato;
Autorização é um ato discricionário;
Licença é um ato vinculado;
Ação Popular: movida por qualquer cidadão que julgue que há prejuízo à moralidade pública, patrimônio público, etc;
Prazo Decadencial: o prazo não interrompe, a contagem do tempo é corrida;
Prazo Prescricional: a contagem do tempo pode ser suspensa ou pode-se iniciar novamente o prazo.
Outros tipos de cancelamento de atos administrativos
Cassação - para Atos válidos. Na formação, o Ato é legal , mas na sua execução torna-se ilegal. Tem natureza de punição, sanção, contanto sempre existirá o princípio da ampla defesa e do contraditório.
Caducidade - para atos válidos. Na formação, o Ato é valido, porém, lei superveniente, que é contrária, faz o ato ficar caduco.
Contraposição - retirada do ato pela edição de um outro.
Extinção Natural - o prazo do ato terminou. Ex: Ato de posse de servidor público.
Extinção Subjetiva - o sujeito do ato extinguiu-se ou não existe mais.  Ex: servidor, sujeito do ato faleceu.
Extinção Objetiva - o objeto do ato extinguiu-se . Ex: prédio ou área pública, objeto do ato não existe mais.
A Administração Pública é formada por um conjunto de entidades, pessoas jurídicas, agentes públicos e órgãos públicos que tem por finalidade exercer a função administrativa (planejar, dirigir, organizar e controlar) do Estado, ou seja, obedecer os objetivos do governo, de forma a atingir o bem comum.
A palavra administração ad (direção), minister (obediência), vem do latim e significa administrar obedecendo a vontade de uma autoridade. No caso da Administração Pública, o administrador público irá realizar o seu serviço visando atender as necessidades da comunidade que o elegeu para esse cargo.
Desde os primórdios da sociedade a administração fez parte do cotidiano dos indivíduos. Na Pré História, o homem já se organizava de acordo com a sua necessidade, evoluindo com o passar dos tempos. Há teorias que sugerem indícios de gestão dentro da Bíblia Sagrada. Um exemplo disso, trata a Teoria da Criação, quando no princípio, Deus criou o homem e os abençoou para que fossem fecundos. Outros exemplos são documentos históricos como os papiros egípcios e as parábolas de confúcio, documentos que mostram as formas de organização e administração do governo egípcio e chinês.
Essas mudanças exigiram que o governo e sua administração evoluíssem na sua forma de governar, afim de atender as necessidades do povo. Um dos conceitos fundamentais para se entender a administração pública é compreender os elementos fundamentais do Estado. São eles:
Governo – responsável por administrar e dirigir um Estado. Ele é importante para que o poder seja executado e cumprido dentro da sociedade.
Povo – formado pelos indivíduos que habitam um determinado local.
Território – é uma área delimitada e dominada por um governo.
Soberania – é representado pela autoridadesuprema de organizar e conduzir de acordo com a vontade do povo, cumprindo as decisões tomadas, até mesmo com o uso da força.
O Estado é formado pelos detentores dos poderes políticos, econômicos e ideológicos e é uma organização capaz de aplicar normas e regras que devem ser cumpridas pelos indivíduos. Quando a democracia não faz parte do Estado, este tende a beneficiar apenas as classes privilegiadas. Assim, com a evolução, o Estado Moderno passou a também se sujeitar às leis.
A administração pública é uma atividade constante e importante para a resolução dos problemas da sociedade no tempo. Assim, é função do administrador público estar aberto à essas mudanças e não se acomodar com uma administração fixa, mas entender as relações entre os cidadãos, e destes com o Estado.
As Formas de Governo
Alguns filósofos da antiguidade já eram influenciados pelas organizações do Estado como Sócrates, Platão, Aristóteles, Maquiavel e Montesquieu. Cada um apresentava seu conceito sobre as formas de organização do Estado.
Atualmente, os sistemas de governo presentes na democracia são:
Parlamentarismo – nesse sistema, o chefe de Estado e o chefe de Governo não são semelhantes. O chefe de Estado, não participa das decisões políticas, mas é a figura central desse governo. Já o chefe de governo é convocado pelo chefe de Estado para fazer parte do governo, se ele for aprovado pelo parlamento se tornará chanceler (Alemanha), presidente do conselho (Espanha) ou primeiro-ministro (Inglaterra). Em momentos de crise o parlamento poderá substituí-lo.
Para governar, é preciso ter o apoio da maior parte dos membros do parlamento (Poder Legislativo), se não houver essa maioria ele poderá ser substituído. Os membros, no parlamentarismo, podem apoiar o chefe de governo ou eleger um novo.
Presidencialismo –  sistema em que um presidente (chefe do Poder Executivo) é eleito para realizar as funções do chefe de Governo e de Estado. Ele não depende do Poder Legislativo, como no parlamento e o presidente poderá governar, mesmo não tendo a maioria dos votos do Poder Legislativo. Os parlamentares podem se aproximar do Poder Executivo, quer seja por ideologia, quer seja por defenderem ou para alcançar benefícios.
Saiba Mais 
No Brasil, em 1993, foi feito um Plebiscito para decidir se iria continuar o regime presidencialista. O povo decidiu dar continuidade a esse sistema de governo.
Divisão dos Poderes
As ideias sobre divisões dos poderes surgiram na antiguidade com os filósofos. Primeiro, Aristóteles comentou sobre essa divisão em seu livro A Política, abordando que na estrutura dos poderes, deveria fazer parte os magistrados, os juízes e a assembleia dos cidadãos.
Já John Locke, decidiu basear-se pela Constituição Inglesa, defendendo que o Poder Executivo deveria estar separado do legislativo e que este teria o poder de exercer o poder público para defender os cidadãos e seus membros das injustiças dos governantes.
Por último, Montesquieu, em seu livro Espírito das Leis. Segundo ele, os poderes do Estado deveriam ser divididos em Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, e o Estado, por meio deles, dividir suas funções para cada poder, sendo independentes a ponto que um não pudesse impedir o outro de exercer a sua função.
Na sociedade civil, a teoria da tripartição dos poderes do Estado, proposta por Montesquieu, passou a fazer parte da forma de organização dos poderes, presente na Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, e na Constituição Federal Brasileira de 1988.
Poder Executivo
O Poder Executivo administra aquilo que é público e é responsável por gerir as ações e os recursos de um país com o objetivo de trazer o bem comum.
Poder Legislação
O Poder Legislativo é responsável por criar leis. Assim, esse poder, em algumas monarquias e repúblicas é formado por congresso, parlamento, assembleias ou câmaras. Outra função do poder legislativo é fiscalizar o Poder Executivo.
Poder Judiciário
O Poder Judiciário é responsável por julgar, ou seja, realizar julgamentos e resolver os conflitos originados das ações do Poder Legislativo ou Executivo para que a legislação possa ser cumprida, além dos conflitos da sociedade, de acordo com as leis criadas pelo Poder Legislativo, de forma imparcial e que resolva determinado conflito. Isso é feito por meio do processo judicial, baseado na jurisprudências, das leis e dos bons costumes e da doutrina

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