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Técnicas básicas para interpretar o Direito

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COMO INTERPRETAR O DIREITO 
 A Hermenêutica é a arte de interpretar o Direito, propondo-se a problematizar a sua interpretação. O termo hermenêutica tem por etimologia a palavra grega hermeneutike, com o significado de “a arte de interpretar". A composição do termo está ligada ao deus Hermes, da mitologia grega. Desta forma a comunidade jurídica liga a ordem jurídica à sociedade. 
 Existem inúmeros métodos de interpretação, tais como: gramatical (prioriza-se o sentindo literal, o Direito escrito), lógico/sistemático (compreensão e aplicação do direito como um sistema), histórico (lê-se o direito desde o surgimento da sociedade), sociológioco (o direito como um fato social) teleológico (finalidades das normas jurídicas) e savigny (por meios de conceitos organizados). 
 Visando uma interpretação totalizadora do discurso jurídico em seu seio social é necessário um estudo da Semiótica, que tem como objeto os signos linguísticos empregados no âmbito jurídico. 
 Para apreender o estudo do Direito é necessário interpretar a pirâmide de Kelsen, foi ele quem criou  a ideia de hierarquização e subordinação das leis e usou uma figura geométrica (pirâmide) para explicá-la. Esta ideia implica que todas as leis estão subordinadas a uma ‘lei maior’ e à ela tem de ser adequadas. 
 Há efeitos de interpretação jurídica, entre eles o efeito declaratório, que faz coencidir o sentido da norma como sentido aceito pela comunidade júridica. Há também o efeito extensivo, que ocorre quando o interprete amplia o sentido da norma jurídica para alcançar um significado mais amplo no vocabulo. E por fim, o restritivo que específica, ou seja, reduz o sentido da norma jurídica. 
 Para uma interpretação constitucional existem alguns métodos, tais como: 
- Hermenêutico-Clássico: defende que a constituição deve ser interpretada conforme a métodos tradicionais (literal, lógico, sistemático, histórico). 
- Tópico-Problemático: a interpretação deve ter um caráter prático, no qual a discussão do problema passa a ter preferência sobre a discussão da norma em si. 
- Hermenêutico-Concretizador: reflexão entre o problema e a norma, no qual a concretização é lapidada por meio de uma análise mais profunda, em que a norma prevalece sobre o problema.
- Científico-Espiritual: a interpretação deve buscar o conteúdo axiológico último da Lei Maior, onde os valores comunitários e a realidade existencial do Estado se articulam com o fim integrador da Constituição.
- Normativo-Estruturante: a interpretação entendida como aplicação. 
 Por fim, o Direito pode ser visto atráves de Regras e Princípios. Regras: como normas que descrevem em sua estrutura lógico doêntica uma hipótese fática e uma consequência jurídica. Princípios: preescrevem valores e diretrizes, encerrando mandados e otimização.

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