CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. Geotecnia Experimental - 1º semestre 2012 36 b) Resistência a seco b.1) Molda-se uma bola de solo úmido com, aproximadamente, 1 cm de diâmetro; b.2) Em seguida, coloca-se essa amostra em uma estufa, a 50-60°C, por 8 horas; b.3) Retirada da estufa, deve-se tentar realizar o esmagamento, com as mãos, da bola de solo; b.4) A partir do comportamento da amostra ao esmagamento, classifica-se o solo segundo a resistência a seco: Tabela 5.2 - Critérios para classificar uma amostra de acordo com a Resistência a seco: DESCRIÇÃO CRITÉRIOS Nenhuma A amostra seca esmigalhando-se em pó com mera pressão do manuseio Baixa A mostra seca esmigalhando-se em pó com alguma pressão dos dedos Média A amostra seca quebra em pedaços e esmigalha-se com considerável pressão dos dedos Alta A amostra quebrará em pedaços entre o polegar e uma superfície dura Muito Alta A amostra não pode ser quebrada entre o polegar e uma superfície dura c) Tenacidade c.1) Preparar a amostra da mesma forma como descrito na dilatância; c.2) Em seguida, deve-se rolar tal amostra sobre as palmas das mãos, até a mesma se tornar um rolinho de cerca de 3mm de diâmetro que começa a romper-se na mão; c.3) Faz-se, então, o julgamento da rigidez do solo quando próximo do seu limite de plasticidade: Tabela 5.3 - Critérios para classificar uma amostra de acordo com a Tenacidade: DESCRIÇÃO CRITÉRIOS Baixa Somente leve pressão é requerida para rolar o filete próximo ao limite plástico. O filete e o torrão são frágeis e macios Média Pressão média é requerida para rolar o filete próximo ao limite plástico. O filete e o torrão são medianamente rígidos Alta Pressão considerável é requerida para rolar o filete próximo ao limite plástico. O filete e o torrão têm rigidez alta. 5.1.3.2. MCT a) Pega-se a amostra e submete-a à peneira de 0,42mm; b) Umedecer a amostra para se formar uma pasta facilmente moldável (deixar em repouso por 10 horas); Rideci Farias. Haroldo Paranhos. Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. Geotecnia Experimental - 1º semestre 2012 37 c) A porção é transferida para uma placa de vidro de superfície despolida, procedendo-se à espatulação por um período de 1 min, no mínimo; d) Verifica-se, então, a penetração pelo uso do penetrômetro portátil. Para isso, obtém-se uma superfície plana, lisa e horizontal, situada a cerca de 1cm da placa de vidro, com uso de lâmina de Teflon. Em seguida, é determinada a resistência à penetração, mantendo-se o penetrômetro vertical e encostando-se suavemente a sua ponta na superfície da pasta. Solta-se, então, o penetrômetro e avalia-se visualmente a penetração. Se a penetração for igual a 1mm, a pasta está com teor de umidade próxima para a moldagem das pastilhas. Se a penetração obtida for bastante diferente de 1mm, deve-se ajustar o teor de umidade deixando-se secar ou adicionando-se pequena quantidade de água, até que se obtenha essa penetração. Tanto o umedecimento como a secagem deve ser seguida de espatulação intensa para se conseguir maior uniformidade possível do teor de umidade; e) Molda-se, então, uma bola com a porção da pasta, com diâmetro de cerca de 1cm e forçando-a dentro de uma anel previamente untado na superfície interna com um desmoldante apropriado e colocado sobre uma superfície plana de teflon disposta horizontalmente. São utilizados 3 anéis de PVC , todos eles com diâmetro de 20mm e altura de 5 a 6 mm, que serão levados para uma estufa a 50-60°C; f) Passado tal tempo, retiram-se os corpos da estufa, extrai-se a pastilha seca dos anéis e se limpa levemente suas bordas com os dedos; g) Coloca-se o anel com a pastilha em uma superfície plana. Encosta-se uma parte da pastilha com a borda interna do anel, medindo-se, então o espaço entre a borda da pastilha e a borda interna do anel (aplicando uma escala milimétrica, com precisão de 0,1mm: paquímetro); h) Os anéis com as pastilhas são colocados sobre uma placa porosa saturada, com o objetivo de se medir o tempo de ascensão da água nos mesmos (mede-se esse tempo com o auxílio de um cronômetro); i) Após realizada a medição da contração, deixando os anéis em repouso por 2 horas, mede-se também a penetração de uma agulha, graduada em milímetros, nos corpos envoltos pelos anéis. 5.1.4. Cálculos 5.1.4.1. MCT a) Com os dados da contração, faz-se o cálculo da contração média (média aritmética das contrações obtidas); b) Calcula-se, então, o parâmetro C’, que permitirá classificar o solo dentro dos grupos MCT. Este parâmetro é obtido a partir do resultado da contração, e, de acordo com este valor, a fórmula para o cálculo de C’ variará entre as duas abaixo: ( ) 5,0 7,0log ' + = contraçãoC , caso a contração (ct) seja maior que 0,7 ou ( ) 904,0 1log ' + = contraçãoC , caso a contração (ct) esteja entre 0,1 e 0,7 Rideci Farias. Haroldo Paranhos. Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. Geotecnia Experimental - 1º semestre 2012 38 5.1.5. Resultado Tabela 5.4 - De acordo com a classificação USCS, deve-se preencher o quadro abaixo: Símbolo dos solos Resistência a seco Dilatância Tenacidade ML Nenhuma a baixa Baixa e rápida Nenhuma CL Média a alta Nenhuma a baixa Média MH Baixa a média Baixa a nenhuma Baixo a média CH Alta a muito alta Nenhuma Alta Sendo que as primeiras letras significam: C: clay (argila) M: mö ( silte, em sueco) E as segundas letras: L: low (baixa plasticidade) H- high (alta plasticidade) O símbolo que obtiver maior número de parâmetros correspondentes será a classificação do solo. 5.1.6. MCT C’ Penetração (mm) Grupo < 0,5 < 3 LA < 0,5 3 a 4 NA < 0,5 > 4 NS’ 0,5 a 0,9 <2 LA-LA’ 0,5 a 0,9 2 a 4 NA’-NA 0,5 a 0,9 > 4 NS’-NA 0,9 a 1,3 <2 LA’ 0,9 a 1,3 2 a 4 NA’ 0,9 a 1,3 > 4 NS’ 1,3 a 1,7 < 2 LA’-LG’ 1,3 a 1,7 2 a 4 NA’ 1,3 a 1,7 > 4 NS’-NG’ > 1,7 < 2 LG’ > 1,7 2 a 4 NA’ > 1,7 > 4 NG’ Rideci Farias. Haroldo Paranhos. Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. Geotecnia Experimental - 1º semestre 2012 39 Amostra: Local: Furo: Cota: Operador: Data: Granulometria volumétrica Volume (ml) Porcentagens(%) Classificação ret. entre fundo e # 0,42mm P 0,42/0 > 90% muito fino (mf) retido entre # 0,42