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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIAN- SP Santo Andre 2017 AGNALDO VIEIRA GARCIA PRODUÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS Santo Andre 2017 AGNALDO VIEIRA GARCIA PRODUÇÃO DE MISTURAS ASFÁUTICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (Universidade Anhanguera de são Paulo – UNIAN-SP), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em (Engenharia Civil). Orientador: André Bueno Antonachi AGNALDO VIEIRA GARCIA PRODUÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (Universidade Anhanguera de São Paulo- UNIAN-SP), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em (Engenharia Civil). BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Santo Andre,11 de Setembro de 2017 Dedico este trabalho, primeiramente ao grande arquiteto do universo que é Deus, quem me deu a vida, a fé, a força e muito fôlego para chegar até aqui.Aos meus pais Aparecido Garcia e Dalva Vieria Garcia, meu irmão Ronaldo Vieira Garcia, minha esposa Vanessa Pereira de Freitas Garcia e minha filha Ana Lívia Pereira Garcia. Aos meus amigos. AGRADECIMENTOS Elemento opcional. Agradeço primeiramente o grande arquiteto do universo que é Deus, pelo fôlego da vida, também por me conceder a oportunidade e auxilio durante o período graduação, pois sem ele não teria alcançado tal objetivo. Agradeço a minha família, pela paciência, força, incentivo e dedicação nos momentos mais difíceis, ajudando a superar todos os obstáculos apresentados. Agradeço aos professores, pelo carinho e dedicação, proporcionando essa experiência valiosa, no trocar informação e repassar ensinamentos, de forma bem didática, ajudando nosso entendimento, e com isso, colaborando com á minha graduação. Agradeço o coordenador Andre Antonachi, que sempre auxilio e concedeu apoio quando necessário. Agradeço a Emparsanco S/A, pois me abriu a porta para que eu pudesse acompanhar o procedimento de produção asfáltica. Agradeço a todos, que de forma direta ou indiretamente, colaboraram na conclusão da graduação. GARCIA, Agnaldo Vieira. Produção de misturas asfálticas. 2017 de Realização. 29 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIAN-SP, Santo Andre,2017. RESUMO Esta pesquisa retrata sobre método de fabricação de mescla asfáltica, desde surgimento das matérias primas utilizada, como poços naturais de asfalto, e histórico de utilização desse composto durante os anos. No país, o composto mais utilizado na camada final do pavimento, onde recebe a carga proveniente do tráfego dos veículos e também o atrito dos pneus, é o concreto asfáltico. Pois que é a mescla mais utilizada, pesquisou-se sobre os equipamentos que produzem essas misturas, denominadas usina de asfalto à quente, sendo estacionária ou móveis. O termo à quente se deve pelo fato dos materiais agregados sofrerem aquecimento prévio, e posteriormente, adicionado o material betuminoso, formando assim, a mistura asfalticas. Citou-se outra alternativa de produção de asfalto, como as usinas de pré-misturado á frio. Um sistema mais simples, onde os agregados não são pré- aquecidos, e realiza a mistura com a emulsão asfáltica à temperatura ambiente através de equipamentos menos complexos. Portanto, pesquisou-se desde a armazenagem correta dos agregados até o processamento final da mistura, pronta para aplicação. Descrevendo os equipamentos utilizados em cada etapa do processo, bem como a função de cada componente: mão de obra e equipamentos complementares para que a usina opere perfeitamente: sistema de combustão e equipamentos necessário para aplicação das massas asfálticas nas vias. A produção de mistura asfáltica, é tema que nem todos conhecem o suficiente, e procurou-se descrever de forma bem didática sobre usina asfálticas e os tipos de pavimentos que as usinas produzem. Palavras-chave: Mistura asfáltica; Usina à quente; Usina à frio; Estacionária; Móvel. GARCIA, Agnaldo Vieira. Asphalt mix production2017 de Realização. 29 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIAN-SP,Santo Andre,2017. ABSTRACT This research is about the method of manufacturing asphalt blend, from the appearence of raw materials used, such as natural asphalt Wells, and history of the use of this compound over the years. In the country, the most used compound in the final layer of the pavement, werw it receives the load coming from traffic of the vehicle and also the friction of the tires, is asphaltic concrete. As it is the most used mixture, we investigated on the equipment that produce these mistures, denominated hot asphalt plant, being stationary or movable. The term hot is due to the fact that the aggregate materials undergo previous heating, and subsequently added the bituminous material, thus forming the mixture asphaltic. Another alternative of asphalt production was mentioned, such as cold pré-mixed plants. A simpler system where aggregastes are not preheated, and blends with the asphalt emulsion at room temperature through less complex equioment. Therfore, it was investigated form the correct storage of the aggregates until the final processing of the mixture, ready for application. Describing the equipment used in each stage of the process, as well as the function of each component: labor and complementary equipament for the plant to operate perfecty: combustion system and equipment required for the application of asphalt in the Road. The production of asphalt mix is a subject that not everyone knws enough, and we trind to tried to describe in a very didatic way about asphalt plants and the types of pavements that the plants produce. Key-words: Asphalt mix; Hot mill; Cold plant; Stationary; Mobile. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Camadas de pavimento asfáltico flexível (corte transversal)...................15 Figura 2: Lago de asfalto Trinidad.............................................................................21 Figura 3: Processo de destilação..............................................................................24 Figura 4: Graduação típica dos Agregados...............................................................27 Figura 5: Esquemático (Silo dos agregados, Silo Balança e Misturador).................33 Figura 6: Representação esquemática usina por batelada ou gravimétrica.............34 Figura 7: Usina asfáltica por batelada ou gravimétrica.............................................34 Figura 8: Representação esquemática usina contínua.............................................35 Figura 09: Usina asfáltica continua...........................................................................35 Figura 10: Maquete de uma Usina Estacionária.......................................................36 Figura 11: Silos alimentadores de Usina Gravimétrica.............................................37 Figura 12: Silos de descarga de grande capacidade................................................38Figura 13: Tambor Cilíndrico Rotativo.......................................................................39 Figura 14: Queimador................................................................................................40 Figura 15: Sistema de Peneiras................................................................................41 Figura 16: Separador Estático de partículas.............................................................42 Figura 17: Mangas filtrantes.....................................................................................43 Figura 18: Silos Quentes...........................................................................................44 Figura 19: Balança de Agregados.............................................................................44 Figura 20: Misturador ...............................................................................................45 Figura 21: Cabine de Comando................................................................................46 Figura 22: Estoque cobertos para proteção dos agregados.....................................47 Figura 23: Tanques Horizontais para Estocagem com Aquecimento.......................48 Figura 24: Silo Frio ...................................................................................................49 Figura 25: Aquecimento do Secador.........................................................................50 Figura 26: secador com Ventilador de Exaustão......................................................50 Figura 27: Secador de Fluxo Parelo..........................................................................51 Figura 28: Secador de contra fluxo...........................................................................51 Figura 29: Coletores Primários e Secundários.........................................................52 Figura 30: Coletor de Pó...........................................................................................52 Figura 31: Peneiramento de usina por Batelada.......................................................53 Figura 32: Elevador de Agregados Aquecidos e Silos Quentes................................54 Figura 33: Fabricação de uma Batelada de Mistura Asfáltica...................................55 Figura 34: Secador-Misturador de fluxo paralelo em usina contínua.......................56 Figura 35: secador-Misturador de contra fluxo em usina continua..........................56 Figura 36: Usina Estacionária ou Gravimétrica........................................................57 Figura 37:Usina Móvel..............................................................................................58 Figura 38: Usina para fabricação de PMF.................................................................66 Figura 39: Usina Estacionária a frio..........................................................................67 Figura 40: Misturador à frio.......................................................................................67 Figura 41: Usina Móvel à frio ....................................................................................68 Figura 42: Silos Dosificadores Móveis......................................................................69 Figura 43: Correias Transportadoras........................................................................70 Figura 44: Misturador Pug-Mill..................................................................................70 Figura 45: Detalhes da Vibroacabadora ...................................................................73 Figura 46: Vista frontal da Vibroacabadora...............................................................74 Figura 47: Esquema do Fluxo de Massa...................................................................75 Figura 48: Tipo de Acabadora...................................................................................76 Figura 49: Rolo compactador de Pneu......................................................................76 Figura 50: Rolo de Tandem Liso...............................................................................77 Figura 51: Densímetro Fonte Radioativa e Eletromagnético....................................79 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Granulometrias e requisitos para concreto Asfáltico (DNIT 031/2004 – ES) – Fonte Bernucci, 2008.............................................................................................27 Quadro 2: Granulometrias e requisitos de dosagem da Camada Porosa de atrito (DNER-ES 386/99).....................................................................................................28 Quadro 3: Granulometrias e requisitos de SMA pela especificação alemã (ZTV Asphalt – StB 94,2001)...............................................................................................29 Quadro 4: Exemplo de uma faixa Gaap-Graded com asfalto – borracha usada em projetos no país..........................................................................................................29 Quadro 5: Granulometrias e características de dosagem recomendadas pelo DNIT para AAUQ com CAP (DNIT 032/2005 – ES)............................................................30 Quadro 6: Temperaturas de Estocagem e Usinagem de Alguns Ligantes e dos Agregados..................................................................................................................48 Quadro 7: Características Principais de Usina de asfalto Gravimétrica....................58 Quadro 8: Características Principais de Usina Móvel...............................................59 Quadro 9: Funcionário e Equipamento Complementares.........................................59 Quadro 10: Classificação do PMF.............................................................................60 Quadro 11: Granulometrias de Dosagem Recomendada Pelo DNIT para Pré Misturado à Frio (DNER-ES 317/97)..........................................................................61 Quadro 12: Fluxograma do Procedimento de Dosagem de PMF.............................63 Quadro 13: Fluxograma de produção de camada de PMF.......................................64 Quadro 12: Características Principais de Usina à frio..............................................71 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR Norma Brasileira CPA Camada Porosa de Atrito CAUQ Concreto Asfáltico Usinado a Quente CBUQ Concreto Betuminoso Usinado a Quente CAUF Concreto Asfáltico Usinado a Freio CAMP Concreto Asfáltico Modificado com Polímero CAMB Concreto Asfáltico Modificado com Borracha LA Lama Asfáltica MB Macadame Betuminoso MCA Micro Concreto Asfáltico PMF Pré-Misturado a Frio PMQ Pré-Misturado a Quente SB Solo Betume TSD Tratamento Superficial Duplo TSS Tratamento Superficial Simples TST Tratamento Superficial Triplo LIG Pintura de Ligação IMP Imprimação Impermeabilizante CAP Cimento Asfáltico de Petróleo GLP Gás Liquefeito de Petróleo SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 1. TEORIA DA PAVIMENTAÇÃO ............................................................................. 15 1.1 TIPOS DE PAVIMENTAÇÃO ............................................................................... 15 1.1 REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS ..................................................................16 1.2 TÉCNICAS EXECUTIVAS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS .................. 16 1.3 USINA ASFÁLTICAS ...................................................................................... 17 1.4 TIPOS DE USINAS DE ASFALTO PARA MISTURA A QUENTE .................... 17 2. ANOS DE OURO DO ASFALTO .......................................................................... 18 3. USINAGEM DE MISTURA ASFÁLTICA ............................................................... 25 3.1 MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE................................................................. 26 3.2 TIPOS DE USINAS DE ASFALTO ....................................................................... 32 3.2.1 USINAS FIXA OU ESTACIONÁRIA .................................................................. 32 3.3 SILOS ALIMENTADORES ................................................................................. 366 3.3.1 SECADOR ...................................................................................................... 377 3.3.2 SISTEMA DE PENEIRAS ................................................................................. 39 3.3.4 SEPARADOR ESTÁTICO ................................................................................ 39 3.4 FILTRO DE MANGAS ........................................................................................ 400 3.4.1 SILOS QUENTES ........................................................................................... 411 3.4.2 BALANÇA DE AGREGADOS ......................................................................... 411 3.4.3 MISTURADOR PUG-MILL .............................................................................. 422 3.5 CABINE DE COMANDO .................................................................................... 433 4 OPERAÇÕES VITAIS ENVOLVIDAS NA FABRICAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE ...................................................................................... 444 4.1 ARMAZENAGEM E MANIPULAÇÃO DOS MATERIAIS E ELEMENTOS DAS MISTURAS ASFÁLTICAS NA REGIÃO DA USINA. ................................................ 444 4.2 DOSAGEM E ABASTECIMENTO DO AGREGADO FRIO ................................. 466 4.2.1 SECAGEM E ACALORAMENTO EFETIVO DO AGREGADO À TEMPERATURA APROPRIADA ............................................................................. 466 4.3 CONTROLE E RECOLHIMENTO DE PÓ NO SECADOR .......................... 488 4.4 DOSAGEM, ABASTECIMENTO E MESCLA DO LIGANTE ASFÁLTICO COM O AGREGADO AQUENTADO .................................................................................... 500 4.5 USINA ESTACIONÁRIA GRAVIMÉTRICA. ......................................................... 55 4.5.1 Usina Móvel e/eu Contínua ....................................................................... 56 5 PRÉ-MISTURADO A FRIO ................................................................................... 58 5.1 VANTAGENS DO PRÉ MISTURADO À FRIO. ............................................ 62 5.2 USINA DE MISTURA À FRIO .............................................................................. 64 5.3 Silos Dosificadores........................ ...................................................................... 67 5.3.1 Correias Transportadoras ................................................................... 67 5.3.2 Misturador ................................................................................................ 68 5.4 Aplicação Mistura Asfáltica..................................................................................69 5.4.1 Vibroacabadora.........................................................................................71 5.4.2 Rolos Compactadores...............................................................................74 CONDIÇÕES FINAIS ................................................................................................ 77 REFERÊNCIA ........................................................................................................... 78 13 INTRODUÇÃO O principal meio de transporte no Brasil de cargas e passageiros é o sistema rodoviário, segundo a (CNT), Confederação Nacional do Transporte no ano de 2016, na malha rodoviária do Brasil com uma extensão de 211.468 Km de rodovias com pavimentos flexíveis ou rígidos e com 1.351,978 Km sem pavimentos. Foi realizado uma pesquisa sobre o estado de conservação do pavimento pela Confederação Nacional do Transporte, Ótima 41,6%, Bom 9,8%, Regular 35,4%, Ruim 10,1% e Pessimo 3,1%. Com os resultados apresentados são necessários serviços de implantação de restauração das vias. No Brasil, o pavimento flexível é o mais utilizado, através da execução de camadas, bases, sub-base e reforço do subleito. O revestimento asfáltico é dividido em duas camadas, (camada de rolamento com contato direto das rodas dos veículos, camada de ligação ou intermediaria chamada de BINDER). O assunto deste trabalho consiste em pesquisar métodos de armazenagem das matérias primas até a fabricação e distribuição do produto final nas vias, métodos utilizados equipamentos, técnicas na misturas asfálticas e métodos de aplicação. Esta pesquisa tem como objetivo de adquirir conhecimento em usina asfáltica, tratando de asfalto lembra-se daquele buraco ou obstáculo mo trajeto da via. Será que aplicação do asfalto nas vias passa por teste ou fiscalização, pois a população esta cansada de reclamar do asfalto que é aplicado, passando alguns dias ou meses vai se deteriorando. Com isso será pesquisado o método de produção de mistura asfáltica por ser uma área pouco explorada, causas que podem ocasionar um revestimento de qualidade ruim, erro na sondagem do agregado, presença de material pulverulento “grão de argila”, alterando a coesão do material, má qualidade do cimento asfáltico, aditivos petróleo, teor de umidade, temperatura da mistura e processo mecânico que podem influenciar em um pavimento de qualidade ruim,transporte, aplicação e a compactação do pavimento. Observar os cuidados para que a usina asfáltica opere sem ser interrompido com a produção, analisar 14 como uma situação financeira, não saudável, pode impactar no funcionamento, produção da mistura asfáltica e afetando o cliente final. No pavimento flexível, utiliza-se como camada final de rolamento.Qual técnica adequada para armazenagem da matéria prima e como é produzida a mistura asfáltica? O processo construtivo do revestimento asfáltico está ligado á produção da mistura, tipos de usinas, equipamentos mecânicos, eletrônicos e seus procedimentos de misturas a quente, processo de produção do asfalto e sua forma correta de acomodação e armazenamento de seus agregados e seu processo final para aplicação. A metodologia adotada neste trabalho será de pesquisa documental, teórica, consultar livros e documentos retrospectivos autênticos. 15 1. TEORIA DA PAVIMENTAÇÃO 1.1 TIPOS DE PAVIMENTAÇÃO De acordo com a NBR 7207/82 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o pavimento é uma estrutura constituída após a terraplenagem e destinada economicamente e simultaneamente em seu conjunto a: resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego: melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança; e resistir aos esforços horizontais que nele atuam tornando mais durável a superfície de rolamento. Geralmente, as camadas mais próximas da superfície têm melhores características e custo de implantação mais elevado. O pavimento rodoviário classifica-se tradicionalmente em doistipos básicos: rígido e flexível, (BERNUCCI.et AL., 2008) Pavimento trata-se de estrutura constituída de camada de espessuras finitas, sobre o terraplenagem de fundação, considerado como subleito. Deve ser adquirido com qualidade de baixo custo. A estrutura deve resistir e repartir ao subleito as solicitações verticais causados pelo tráfego, tornando durável a faixa de rolamento. (SENÇO, 1997). Define pavimento como estrutura não perene, obtida através de camadas sobrepostas, utilizando diversos materiais sobre o subleito, adequado atendendo estrutural e operacional ao tráfego, com objetivo de atingir a maior vida útil e com baixo custo de implantação, que proporciona-se a melhor condição de rolamento e suporte, independente das condições climáticas. (BALBO, 2007). O pavimento é obtido através das seguintes camadas (Figura 1): Figura 1 – Camadas de pavimento asfáltico flexível (corte transversal) Fonte: Bernicci ET. AL. (2006) 16 1.1 REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS Os revestimentos devem suportar cargas estáticas e dinâmicas não sofrendo grandes deformações plásticas ou elásticas, desagregar componentes ou perder compactação, todas as camadas contem materiais aglutinados (agregados e ligantes de petróleos) e dispostos, evitando movimentação horizontal. (BALBO, 2007). Revestimentos dividem-se em misturas asfálticas, tratamentos superficiais, micro revestimentos e lama asfáltica. Onde a lama asfáltica consiste de uma associação, fluida de agregados, material de enchimento “filer” , emulsão asfáltica, água, misturada e espalhada no local temperatura ambiente. Micro revestimentos são misturados a frio melhorando suas propriedades de flexibilidade. Tratamento superficial obtém-se por aplicação separada e seqüencial de ligante betuminoso e agregado mineral com espessura especificada. Podemos obter nas usinas, á quente ou frio, envolvendo agregados e ligantes, adequadamente. (BERNUCCI, 2008). No Brasil o maior índice de utilização é o concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), trata-se de mistura de agregados minerais, naturais ou artificiais, britados ou na forma disponível, (material fino, pó de pedra, cimento portland, cimento asfáltico de petróleo CAP), tendo homogeneizaçãodesses materiais, a quente em usina asfáltica. (BALBO, 2007). Principais matérias primas utilizada na mistura usinada são: densa (concreto asfáltico, areia-asfalto, pré misturado a frio), SMA, porosa e gap-graid, em temperatura da mistura a quente. (BERNUCCI, 2008) 1.2 TÉCNICAS EXECUTIVAS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS Para obter uma mistura asfáltica homogênea, envolve fusão de agregado juntamente com ligante asfáltico em proporções fixadas no projeto de dosagem na produção da mistura homogênea. Realizam-se esses procedimentos em instalação pertinente, prestigiadas como usina de asfalto, simplificação da designação, haja vista que se trata de usinas para a produção de misturas asfálticas a quente, caso ligante utilizado seja emulsão asfáltica, as usinas são para mistura a frio. (BERNUCCI, 2 17 1.3 USINA ASFÁLTICAS Para obter uma mistura asfáltica, envolve a fusão de agregado com ligante asfáltico, na proporção determinada em projeto de dosagem para fabricar uma massa homogênea. Deve-se remover a umidade do agregado antes da mistura com o ligante asfáltico previamente através do aquecimento e elevar a temperatura para que seja possível, a coesão com o ligante asfáltico. São fabricados em instalações apropriadas mais conhecidas como usinas asfálticas a quente. (BERNUCCI, 2008). 1.4 TIPOS DE USINAS DE ASFALTO PARA MISTURA A QUENTE Usina de asfalto é um agrupamento de equipamentos mecânicos e eletrônicos interconectados, a fabricar misturas asfálticas. Podendo ser móveis ou estacionaria tipos básicos de usinas: usina gravimétrica produz quantidade unitária, usina de fabricação contínua. Os dois tipos produzem as misturas asfálticas em uso no país, não exigem um tipo especifico de usina, exceto as misturas recicladas, precisando de adaptação. (BERNUCCI, 2008). 18 2. ANOS DE OURO DO ASFALTO Deus mandará a Noé: Faze para ti uma arca de madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E disseram uns aos outros: Vamos fazer tijolos e queimá-los bem. E foi – lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. Ainda que o asfalto, com o nome, conceito, forma e aplicação que conhecemos hoje, seja algo do século passado, o uso desse material vem milhares de anos e é citado, inclusive, no Velho Testamento. E sempre cumprindo papel especial na vida do ser humano, principalmente como ligante e impermeabilizante milenar. Ele começou a ser utilizados milhares de anos antes de Cristo, sob as mais diferentes denominações: Betume, Alcatrão, Lama, resina, Azeite, Nafta, Óleo de São Quirino, Nafta da Pérsia, entre outras (Canuto, 2002). Denominação dada a uma substancia negra que aflorava do solo e que passaria a ter diferentes usos. O uso do asfalto teria começado na pré-história, na última fase do período Paleolítico (idade da pedra lascada), ou, mais, no período Neolítico, quando antepassados teriam utilizado essa substância para unir as pontas de sílex (rocha dura, com um corte incisivo quando lascada) a varas de pau para fazer lanças e flechas. Existem registros de que há pelo menos 6.500 anos as populações que viviam nos pântanos da Mesopotâmia (terra entre rios em grego), na região sul do Iraque e em parte do sudoeste do Ira (antiga Pérsia), descobriram as propriedades de impermeabilização do betume, que era agregado as misturas de tijolos e argamassas, para impermeabilizá-los e assim, proteger suas casas das cheias (SPE, 2013). Na antiguidade em muitas regiões do Oriente Médio, o betume (ou petróleo) contido em jazidas subterrâneas aflorava á superfície, formando poças dessa substância negra e densa. A disseminação de seu uso se dará a partir dessas regiões. Em fim, há registros que remontam a 4000 a.C., de exsudações e afloramentos frequentes no Oriente Médio. Povoda Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Judéia utilizavam o betume para pavimentação de estradas, calafetação 19 de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo. As sociedades da antiga Babilônia usaram betume para impermeabilizar as estradas com superfícies lisas e mais resistentes á chuva. No período de esplendor da babilônia, cerca de 1800 a.C., “floresceu no Oriente Médio uma vasta rede de trocas comerciais baseada nesse ‘ouro negro’, com o qual se edificaram cidades inteira” (SPE, 2013). O comercio do betume na região era dominado pelo nabateus – antigo povo nômade estabelecido perto do Mar Morto, eles o traziam até a margem, cortavam-no e então o levaram para o Egito. Como o betume (fragmentos ou placas) é, vez por outra, lançado pelas águas em suas margens, há quem acredite que esse vale está do Mar Morto. Tanto é assim, que os gregos o chamavam de Lago Asphaltite (mar de asfaltite) em função da presença do betume, considerado um mineral estratégico... razão pela qual faziam reservas dessa substância para uso posterior. Asfaltite é a junção da palavra asfalto e o sufixo ite (formador de termos de mineralogia), que indicaria sua origem mineral. Os romanos, que faziam uso bélico do betume, a princípio o batizaram de estercus diaboliou estercore diaboli(esterco do diabo), por seu mau cheiro (decorrente da presença de sulfeto de hidrogênio, além de metano e etano). No século V a.C., Heródoto de Halicarnasso escreve Histórias,primeira obra relatando fatos históricos, apontada como a tentativa pioneira do homem em sistematizar o conhecimento de suas ações ao longo do tempo. Datada de cerca de 440 a.C., a obra registra a existência de processo de obtenção do betume no Oriente Médio (Cotta, 1975, p. 174). Há relatos de que até os Incas teriam utilizado o betume, por eles denominado “goma da terra” para asfaltar suas estradas e impermeabilizar vivendas. Francisco Pizzarro, o explorador espanhol que derrubou o império Inca, citaria uma destilaria dessa goma da terra, que aflorava no chão (Canuto, 2002). É na idade Moderna, mais de 1.500 anos depois de Cristo, que o uso do asfalto vai se disseminar com força, com a descoberta dos chamados “lagos de piche”. O primeiro deles, La Brea (breu ou piche, em espanhol), em Trinidad e Tobago, na América Central, ficou mundialmente conhecido pelo nome em inglês, Pitch Lake. Localizado na intersecção de duas falhas (ruptura das camadas 20 rochosas), pela qual emerge o asfalto natural, esse lago foi ‘descoberto’ para o resto do mundo pelo explorador britânico Sir Walter Raleigh, que aportou nessa região da costa sudoeste de Trinidad em 1595. Raleigh deparou-se com uma planície de solo negro e utilizou esse material para vedar vazamentos e impermeabilizar os barcos com os quais iria fazer viagem de regresso, destacando os atributos daquele ‘piche’, que não derretia sob o sol (SPE, 2013). A reserva de La Brea tornou-se um recurso econômico importante, quando se constatou a qualidade do produto natural para pavimentar estradas. Há informações de que engenheiros norte-americanos, em 1876, o usaram na pavimentação da Avenida Pensilvânia, em Washington, DC, que se manteve em excelente estado de conservação por 11 anos, consolidando a reputação do material utilizado. Ainda que não seja um lago, ganhou essa denominação por alcançar cerca de 80 m de profundidade em alguns pontos de seu 0,47 km². Suas reservas seriam em torno de 40 milhões de barris. Depois seriam descobertos outros lagos de asfalto natural nas Américas. O maior de todos é o de Guanoco, também conhecido como lago Bermudez, na Venezuela com 420 hectares (4,2km²) e profundidade de 1,5m a 2m. Foi descrito pelo naturalista e explorador alemão Alejander Von Humboldt em sua expedição a Venezuela, em 1806 (Humboldt, 1991). O instituto Venezolano Del Asfalto (Inveas) avalia suas reservas em 75 milhões de barris. De 1885 até 1934, era exportado basicamente para os Estados Unidos e Brasil, quando o asfalto derivado da refinação do petróleo substitui o produto natural. A Venezuela tem uma das duas maiores reservas de petróleo do planeta, ao lado da Arábia Saudita. Também à um lago de asfalto na Califórnia (EUA), denominado Rancho La Brea Tar Pits, na área do Park Hancock, coração de Los Angeles. Descoberto em 1883, nele foram encontrados fósseis em excelente estado de conservação de tigres-dente-de-sabre, lobos gigantes e mamutes (SPE, 2013). 21 Figura 2: Lago de asfalto Trinidad Fonte; Betuseal A forma de asfalto tem origem em uma técnica desenvolvida no início do século XIX, pelo engenheiro de estrada escocês John Loudon McAdam (1756-1836). Ele criou um sistema denominado mais tarde como macadam (macadame), em homenagem a seu criador. Consistia no assentamento de três sucessivas camadas de pedras (brita, gradualmente menor a cada camada), em uma função com valas laterais, para escoamento da água da chuva. O macadame do engenheiro escocês lembra o sistema utilizado nas vias implantadas durante os 500 anos do império Romano, uma das mais fortes potências econômicas, políticas e militares do seu tempo. Existem vestígios dessas vias em diversos países sobre os quais os romanos avançaram em busca de ampliar a expansão territorial desse império. Esse sistema foi aperfeiçoado, primeiro, pelo engenheiro e inventor inglês Richard Edgeworth, que criou o water-bound macadam, utilizando água com pedra moída (Stone dust), técnica descrita por ele em 1813 em um artigo (Na Essay on the Construction of Roads and Carriages) que se tornou um manual prático popular. Surgia o tar-bound macadam, que em 1902 foi aplicado pela mrimeira vês em ruas de Mônaco. Em 1901, o inglês Edgar Purnell Hooley patenteia o Tarmac (tarmacadam), no qual adicionava alcatrão ao pavimento feito pelo processo de macadame, utilizando um rolo compressor (Hooley, apud Sheail, 2004/2002). Atéhá rodovias em macadame, inclusive no Brasil. 22 Na mesma época em que o macadame surgia, inicia-se a saga da exploração do petróleo pelas mãos do nova-iorquino Edwin Laurentine Drake. A serviço da Seneca Oil Company, em 1857, ele foi enviado a Titusville, Pensilvânia, para explorar petróleo nas exsudações encontradas. O dono da empresa atribui a ele uma patente militar, para impressionar a população local, tornando-o conhecido como Coronel Drake, buscou alternativas, incluindo a perfuração, nos moldes do que era feito em minas de sal.(SPE, 2013). A história do asfalto e do petróleo no mundo chegará ao Brasil no século XX, o Brasil imperial começa a dar os primeiros passos na integração de suas cidades por estradas. Mas foi a partir das primeiras rodovias, ainda no século XIX, e mais fortemente com a política do rodoviarismo, amplamente difundida no século XX, que o Brasil começa a trilhar a via que levará à criação e consolidação da indústria do asfalto. Calçada do Lorena, capital de São Paulo a necessidade de pavimentação e alinhamento dessas vias para interligação de um Brasil continental vai estabelecer as bases do futuro rodoviarismo. O que ficou conhecido como Calçada de Lorena foi uma via calçada de pedras construída por determinação do governador de São Paulo Bernardo José Maria de Lorena. A obra, iniciada em 1790 (Mendes, 1994), era necessária em função das precárias condições do antigo Caminho do Padre José de Anchieta, o que inviabilizava o transporte do açúcar e demais gêneros do planalto de Piratininga, pela serra do Mar, ao porto de Santos, no litoral. A cargo do brigadeiro João da Costa Ferreira, engenheiro da Real Academia Militar de Lisboa, a Calçada do Lorena foi concluída em 1792, com 50km, reduzindo em cerca de 20% percurso entre Santos e São Paulo de Piratininga. Foi considerado uma das maiores obras da engenharia na colônia (Toledo, 1981). Os remanescentes da Calçada do Lorena encontram-se preservados e abertos á visitação turísticas no trecho que se estende do seu início, no planalto, até seu terceiro acesso á Rodovia Caminho do Mar, como é conhecido essa via. 23 O ano de 1937 seria marcado por dois fatos importantes, que consagrariam a formação de uma indústria brasileira de asfaltos. (Em Julho, Vargas promulga a Lei n. 467, criando o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER), subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas. (Prego, 2001). E no dia 07 de Setembro de 1937 era inaugurada a Ipiranga S/A, companhia Brasileira de Petróleo (Refinaria de Petróleo Rio-grandense S/A). Em 1938, inicia-se uma campanha de perfuração de poços na Bahia, o que resulta a primeira descoberta de petróleo. Foram recolhidos 70 litros de petróleo bruto. A descoberta foi um marco histórico. Em 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias na Bahia, o primeiro poço comercial de petróleo brasileiro. Em 1953 a criação da Petrobras. A intuição da Ipiranga dizia que era o momento de continuar investindo. Ainda na década de 1940, tornou-se a primeiraempresa a produzir asfalto no Brasil. A primeira refinaria nacional de petróleo, a Refinaria Nacional do Petróleo ou Refinaria de Mataripe, começou a ser construída em 1949 e entrou em funcionamento em 17 de Setembro de 1950. A campanha do petróleo se tornaria um dos movimentos de opinião pública mais vigorosos da história política brasileira. Seu lema: “O Petróleo é nosso”. São nomeados presidentes honoríficos do Cedpen o ex-presidente Artur Bernardes e os generais Horta Barbosa e José Pessoa. N presidência em exercício do Centro estava o general Felicíssimo Cardoso, chamado carinhosamente de o “General do Petróleo”, pois ele organizou o seminário Emancipação, fundado em 2 de Fevereiro de 1949. O revestimento asfáltico é a camada superior destinada a resistir diretamente às condições do tráfego e transmiti-las de forma atenuada às camadas inferiores. (BERNUCCI, et AL., 2008, p. 09.) Os pavimentos são estruturas de múltiplas camadas, sendo o revestimento a camada que se destina a receber a carga dos veículos e mais diretamente a ação climática. Portanto, essa camada deve ser tanto quanto possível impermeável e resistente aos esforços de contato pneu-pavimento. (BERNUCCI et al., 2008,p. 158). 24 Todo asfalto utilizado é obtido pelos processos de destilação, é quando elementos mais leves como, por exemplo, querosene, gasolina e diesel são separados por vaporização, fracionamento, condenação e no final o mesmo é destilado a vácuo (Figura 3, BETUSEAL,2014). Figura 3: Processo de destilação. Fonte:(Química : caderno do estudante. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) : Secretaria da Educação (SEE), 2015. il. - - (Educação de Jovens e Adultos (EJA) : Mundo do Trabalho modalidade semipresencial, v. 1) Durante esse processo, as frações vão se condensando nos pratos à medida que atingem suas temperaturas de ebulição. As frações menos voláteis ocupam posições mais baixas e, portanto, são recolhidas posteriormente. Atualmente, o petróleo é refinado em várias frações úteis, como o gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP) – que é envazado em botijões, transportado com facilidade e extensamente utilizado como gás de cozinha, gasolina, óleo diesel e o asfalto. (Química : caderno do estudante. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) : Secretaria da Educação (SEE), 2015. il. - - (Educação de Jovens e Adultos (EJA) : Mundo do Trabalho modalidade semipresencial, v. 1) 25 3. USINAGEM DE MISTURA ASFÁLTICA Em todo mundo, rodovias em pavimento asfáltico são amplamente utilizadas. O concreto asfáltico (CA) é utilizado como ligante na pavimentação por possuir boa aderência aos agregados. É um produto do refinamento do petróleo cru, apresentado coloração negra ou marrom escuro. Muito viscoso, age como ligante na pavimentação, apresentando a temperaturas ambientes, consistência sólida a semissólida, necessária para manter o envolvimento dos agregados (ASPHALT INSTITUTE apud BALBO,2007) De acordo com Balbo (2007), o CAP é composto por hidrocarbonetos alifáticos e areomáticos, alem de enxofre, nitrogênio e oxigênio em pequenas quantidades. Os asfaltenos contribuem para a rigidez do CAP, enquanto os maltenos representam a sua parte oleosa, proporcionando plasticidade e viscosidade. Deve-se ao fato do asfalto ser uma mistura de agregados com ligante asfáltico, em que a formula do CAP abrange aproximadamente 95% de agregados e 5% de CAP, sendo que o mesmo, varia, em função da dosagem de agregados finos na mistura e do volume de vazios determinados pelo projeto. No concreto asfáltico, para ocorre a aderência entre os materiais, é necessário aquece-los, aumentando a capacidade do CAP em aglutinar ás superfícies dos agregados e “trabalhabilidade” à compactação da mistura em campo. (BERNUCCI, 2008). Apresenta, favoravelmente a seu uso, propriedades como flexibilidade, relativa durabilidade e grande resistência à maior parte dos ácidos, sais e álcalis, alem de ser insolúvel em água. É um material termoplástico, de comportamento reológico complexo e dependente da temperatura, que, com o intemperismo, se altera, perdendo suas propriedades iniciais, tornando-se mais viscoso e frágil. (BALBO, 2007, p. 111) Usina de asfalto fabrica a mistura conforme a formulação. Para cada tipo de aplicação, exigindo um tipo específico de mistura asfáltica. Por exemplo, em área residencial, com tráfego leve, aplica-se a mistura com proporção maior de areia natural. Em rodovia com tráfego intenso e pesado, o indicado é que haja maior quantidade de agregados britados, fornecendo maior vínculo do esqueleto pétreo e, elevada capacidade de suporte para a mistura. (BERNUCCI, 2008). 26 A produção do concreto asfáltico em usina dá-se em três etapas principais: Dosagem dos agregados e CAP; Secagem de agregados; Mistura com o ligamento asfáltico. Essas etapas são fundamentais para alcançar uma mistura asfáltica homogênea, na temperatura ideal e excelente qualidade. Uma quarta, e notável etapa, a filtragem dos gases, é a retenção dos poluentes contaminantes e manter a produção permanente, sem interrupções. (BERNUCCI, 2008). O equipamento apresenta flexibilidade de aplicação, adaptando-se para a fabricação de asfaltos modificados e misturas especiais tal como SMA, utilização da mistura a seco dos agregados, entre outros. (BERNUCCI, 2008). 3.1 Misturas Asfálticas à Quente O revestimento recebe de modo direto os esforços e deve passar a ter um tratamento especial, de acordo com Bernucci (2008), as essenciais características para um bom desempenho do revestimento são “[...] impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistência à derrapagem, resistência à fadiga e ao trincamentotérmico, de acordo com o clima e ao tráfego previsto para o local.”. O Instituto Asfalto (1989) elucida o agregado sendo “[...] todo material inerte, resistente, usado nas misturas sob a forma de partículas ou fragmentos graduados. Inclui areia, pedregulhos, rochas britadas, escória e pó de pedra.”. Esse material possui elevada atuação no comportamento dos pavimentos, e particularmente, á eficiência de sustentação de cargas. É importante conhecer a origem e propriedades das rochas, escolhendo a apropriada. Um dos materiais mais antigos utilizados pela humanidade é o cimento asfáltico de petróleo (CAP). Pois trata de material aglutinante e impermeável, diversos povos utilizaram como material impermeável e de revestimento. A norma DNER-ME 083/98 descreve o procedimento de análise por peneiramento. Nesse caso, a distribuição granulométrica com densidade máxima aparece uma linha reta iniciando-se em zero e se desenvolvendo até o tamanho máximo. As mesclas convencionais são classificadas conforme a gradação dos agregados, podendo ser densa (ou bem graduada), descontínua (ou com degrau), aberta e uniforme. 27 Figura 4: Graduação típica dos Agregados. Fonte: Bernucci, 2008 Conforme o preparo, os fragmentos de agregados adquiridos por britagem recebem designações especificas, regionais, na prática da pavimentação, bom como: brita corrida, pedrisco, granilha etc. Na graduação densa, praticamente não existe vazios dentro dos agregados, onde os grãos menores ocupam os esforços por meio dos grãos graúdos, exemplo do concreto asfáltico (CA). A especificação classifica ainda as faixas de mistura em A,B ou C quando à sua granulometria e percentual de ligante asfáltico utilizado, conforme pode ser visto no Quadro1. Quadro 1: Granulometrias e requisitos para concreto Asfáltico (DNIT 031/2004 – ES) – Fonte Bernucci, 2008. Fonte: Bernucci, 2008 28 Na abertura, a porção de vazios por meio dos agregados é muito elevada (Quadro 2). São formadas, particularmente, com grãos de mesma dimensão sem existência de material miúdo, propiciando uma estrutura extremamente drenante, tal a qual a camada porosa de atrito (CAP) ou revestimento asfáltico drenante. Contêm elevados montantes de vazios, dentro de 18 a 25%, cheios com ar, devido á baixa porção de materiais finos, fíler e ligante. (BERNUCCI, 2008). Quadro 2: Granulometrias e requisitos de dosagem da Camada Porosa de atrito (DNER-ES 386/99) Fonte: Bernucci, 2008 Na graduação uniforme, mostrado uma faixa altamente estreita na curva granulométrica, agregados contém tamanho idênticos. A descontínua, retrata as mais diversas grandezas de agregados, todavia, os grãos graúdos prevalecem, determinando, uma estrutura altamente robusta às deformações, o Stone Matrix Asphal (SMA) (Quadro 3). Devido à escassez de finos na mescla SMA, sua superfície torna-se rugosa, determinando assim, uma classe de microdrenagem, não proporcionando a formação de lâmina d’água em estação de precipitações. (BALBO,2007). 29 Quadro 3: Granulometrias e requisitos de SMA pela especificação alemã (ZTV Asphalt – StB 94,2001) Fonte: Bernucci, 2008 Encontra-se ainda, a graduação com intermitência entre densa e descontínua, classificada como Gap-Graded (Quadro 4). É considerada especial devido a faixa granulométrica, pois resulta em macrotextura superficial aberta ou rugosa, sem denotar teor de vazio excessivo, essa mescla asfáltica, emprega-se camada estrutural de revestimento e de recuperação de pavimentos rodoviários. (BERNUCCI, 2008). Quadro 4: Exemplo de uma faixa Gaap-Graded com asfalto – borracha usada em projetos no país. Fonte: Bernucci, 2008 30 Outra casta de mistura é ária de asfalto usinado á quente (AAUQ), produzido onde há carestia de agregados graúdos (Quadro 5). Utiliza-se, como revestimento, uma argamassa composta, principalmente, por agregados miúdos, usualmente areia, fíler se necessário e ligante (CAP). A desvantagem dessa mistura é a baixa resistência ás deformações permanentes, devido a granulometria dos agregados, portanto, utiliza-se essa mistura em rodovias com pouco fluxo de veículos. (BERNUCCI, 2008). Quadro 5: Granulometrias e características de dosagem recomendadas pelo DNIT para AAUQ com CAP (DNIT 032/2005 – ES). Fonte: Bernucci, 2008. A mistura mais empregada no país é concreto asfáltico (CA) e/ou, similarmente, denominado concreto betuminoso usinado á quente (CBUQ). De acordo com Bernucci (2008), “Trata-se do produto da mistura conveniente proporcionada de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico, ambos aquecidos em temperaturas previamente escolhida, em função da característica viscosidade temperatura do ligante”. Conforme Balbo (2007), o concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) é : [...] um material para construção de revestimentos de pavimentos, incluindo as capas de rolamento e camadas de ligação imediatamente subjacentes aos revestimentos, obtidos a partir da mistura e homogeneização de agregados minerais (naturais ou artificiais, britados ou em sua forma disponível), em geral bem graduados, de material fino de enchimento – Fíler (pó de pedra, fino calcário ou cimento Portland) e 31 de cimento asfáltico de petróleo (CAP). Trata-se uma mistura elaborada a quente, em usina misturadora (central de usinagem), contínua ou descontínua, de grande, médio ou pequeno porte[...]. Na fabricação de (CA), os agregados devem ser acertadamente dosados e integralmente secos, previamente, da usinagem. Além da secagem, os agregados são aquentados a uma temperatura conciliável para que, quando misturados, permaneçam na temperatura ideal, próxima a 140 a 145ºC(BALBO, 2007). A tempertura de aplicação em pista depende de alguns fatores, tal qual, a distância de transporte da usina até o local à ser aplicado, as condições climáticas no, dia, o cuidado com material até o local de aplicação, etc. Com essas alterações, necessita-se efetuar a verificação através de controle da mistura, ainda, no caminhão basculante. Caso seja detectada modificação na viscosidade, corre-se o risco de inutilizar o material, devido às alterações nas características da massa asfáltica. As propriedades são vulneráveis à modificações da proporção de ligantes asfáltico, ocorrendo uma pequena variação, para mais ou menos, mesmo que dentro do admissível, acarreta-se em problemas de deformidade permanente por fluência e exsudação ou prostração da mistura e da resistência á formação de trincas.(BERNUCCI, 2008). Considera-se uma faixa de 3 a 5% de vazios para camadas de rolamento e da 4 a 6% de vazios para camadas de ligação. Caso não haja o devido cuidado, a mistura deixa de ser estável ao trafego e, por fluência, deformam-se consideravelmente (BERNUCCI, 2008). As misturas asfálticas retratadas anteriormente caracterizam-se como misturas asfálticas a quente, tal como na produção em usina e compactação em pista. São fabricadas em altas temperaturas para garantir “[...] a secagem dos agregados, cobrirem com o ligante asfáltico, alcançar as condições de trabalhabilidade, e fornecer tempo suficiente para a compactação desta mistura em campo”. (NAKAHARA, 2010). 32 3.2 Tipos de Usinas de Asfalto O objetivo básico das usinas de asfalto é proporcionar de forma adequada a mistura de frações de agregados, aquecer essa mistura e o ligante asfáltico, e misturar todos esses materiais, produzindo misturas asfálticas dentro de características previamente especificadas. Através de pesquisas em diversos sites e livros de biblioteca, nota-se que há pouco conhecimento sobre usinas de asfalto. Podendo considerá-la o coração das obras de pavimentação já que a mesma produz toda mistura que deverá ser designada para o local a ser aplicada. Para que a mistura asfáltica possua um bom desempenho, diversos fatores são fundamentais para que isso ocorra, tais como, transporte do material agregado, armazenamento, mão de obra qualificada e preparada para toda a operação, a calibragem da usina e tantos outros fatores. Segundo Gewehr (2016), hoje em dia são encontrados dois tipos de usinas de asfalto, as fixas que possuem uma dosagem descontínua e usinas móveis, que possuem uma dosagem contínua (Figura 7). No Brasil um pouco mais de 90% das usinas de asfalto que são comercializadas no País são as do tipo móvel. Também é possível classificar usinas por outros pontos, como seu processo de secagem sendo de contra fluxo ou fluxo paralelo, sendo o processo de mistura externo ou interno ao tambor de secagem dos agregados, no entanto, o ponto mãos relevante é o da dosagem dos agregados minerais. (GEWEHR, 2016). 3.2.1 Usinas Fixa ou Estacionária Usinas fixas possuem um tipo de pesagem estática de todo o seu material agregado e seu carregamento é efetuado através de silos que tem a função de transportar os agregados para o tambor de secagem que na sua ordem é conduzido até o cume de torre, que por sua vez cai no conjunto de peneiras vibratórias que com o deslocamento de um lado o outro e com o auxilio gravitacional lhe dá a denominação de Usina Gravimétrica(Figura 5 e 6). (GEWEHR, 2016). 33 Figura 5: Esquemático (Silo dos agregados,Silo Balança e Misturador) Fonte: Blog Asfalto de Qualidade – 2012 Essas usinas que produzem o concreto Betuminoso ou mistura asfalticas, se dividem em dois tipos básicos existentes que são, Usina descontinua de produção Bartelada ou gravimétrica que produz quantidades unitárias de misturas asfalticas. Figura 6: Representação esquemática usina por batelada ou gravimétrica. Fonte: BERNUCCI et al., (2008, p. 374) 34 Figura 7: Usina asfáltica por batelada ou gravimétrica. Fonte: Bernucci et al.,( 2008,p.375) Usina continua de produção continua ou volumétrica que também produz quantidades unitárias de mistura asfáltica. Figura 8: Representação esquemática usina contínua. Fonte: Bernucci et al.,( 2008) 35 Figura 09: Usina asfáltica continua. Fonte: BERNUCCI et al., (2008,p.375) De acordo com GEWHR (2016), a torre possui quatro zonas, uma com peneira vibratórias, outra com silo de dosagem, outro com a balança de dosagem e por fim o misturador, que de acordo com a fórmula determinada ou estabelecida para o traço da mistura asfáltica. Com isso a comporta de passagem é acionada até que cada agregado chegue na porcentagem indicada para cada um dos agregados. Esta porcentagem é estabelecida no silo da balança, onde é pesado cada tipo de agregado individualmente. Por último é despejado o ligamento asfáltico ao misturador. Figura 10: Maquete de uma Usina Estacionária Fonte: Blog Asfalto de Qualidade, 2012 A usina de processo descontínuo possui interrupções em seu processo, o ciclo de dosar e interromper essa dosagem, misturar e descarregar todo material asfáltico sãodenominados como batelada. Embora esse processo seja o mais 36 preciso, as usinas gravimétricas possuem problemas com a logística para transporte e também montagem. (GEWEHR, 2016). Os dois tipos de usina têm condições de produzir as misturas asfálticas em uso corrente no país (Figuras 9 e 10). 3.3 Silos Alimentadores Nos silos de alimentação a dosagem dos materiais é controlada automaticamente através de moto – redutores elétricos e variadores de velocidade em cada uma das correias dosadoras (Figura 11). Cada silo contém correia individual. O controle de dosagem, independente, é realizado mediante conversores de freqüência em forma automática. (CIBER,2008). Figura 11: Silos alimentadores de Usina Gravimétrica Fonte: CIBER, 2008. Por meio de formação em linha, possuem abertura superior abastadamente grande para coletar alimentação por intermédio de pá carregadeiras, sem que haja contaminação dos agregados, possibilitando operação e assegurando a qualidade. (CIBER,2008). 37 São silos externos empregados para acumulação temporária da mistura asfáltica, potencializando a eficácia de obras. Sendo portáteis e ou estacionários (figura 12). (CIBER,2008). Figura 12: Silos de descarga de grande capacidade. Fonte: CIBER Ltda 3.3.1 Secador O secador cilindro rotativo possui alertas internas aparafusadas, funciona com procedimento contra-fluxo de mistura, têm particularidades que assegura uma produção eficaz de massa asfáltica homogenia com secagem excessivamente eficiente (Figura 13). Isso suspende que a umidade residual chegue ao misturador, oxidando o asfalto e danificando suas propriedades. É a técnica de secagem com efeito eficiente para acaloramento e secagem de agregados, melhorando o rendimento de energia, economia de combustível e produtividade. O calor é investido gradualmente aos agregados, dando eficiência de transferência térmica. O tambor detém função particular de secar e aquentar os agregados, sempre que, por sua vez, a mistura fica a cargo do misturador. (CIBER,2008). 38 Figura 13: Tambor Cilíndrico Rotativo. Fonte: CIBER, 2008. Esse processo de mistura assegura longevidade à mistura, das quais as propriedades do CAP, ligantes, são conservadas: só os agregados, na técnica de secagem e acaloramento, mantêm contato com os gases quentes no seu fluxo. Já o CAP, componente vulnerável a radiação e gases em temperaturas elevadas são injetados apenas no misturador, componente hermeticamente selado. (CIBER,2008) Componente encarregado gerar intensidade para secagem e acaloramento dos agregador mediante da combustão de óleos (leves/ou pesados) combustíveis e ou gases (GLP e ou Gás natural) (Figura 14). Dispõe de um poderoso controle de mistura onde a relação da mistura ar e combustível ajusta-se de forma automática ou manual. (CIBER,2008). Figura 14: Queimador Fonte: CIBER,2008. 39 Tem ignição monitorizada pelo operador com chama piloto e controle de purga e pressão, nos casos de emprego de GLP. As quantidades de combustível e ar são cuidadosas, garantindo aproveitamento máximo de combustível e economia, podendo ser acessado facilmente para efetuar limpeza, manutenção e regulagem. (CIBER) 3.3.2 Sistema de Peneiras Além dos controles iniciais de dosagem de materiais na entrada, as usinas gravimétricas dispõem de um sistema constituído por perneiras vibratórias para especificação granulométrica, que padronizam e separam os agregados em distintos tamanhos (Figuras 15). Com vibração variável, o método permite a recusa de material fora de padrão e é capaz de conter sistema de inclusão de filler, polímeros e fibras, alem de passagem e desmembramento de finos. (CIBER) Figura 15: Sistema de Peneiras Fonte: CIBER,2008. 3.3.4 Separador Estático Separador Estático realiza a atividade de pré – filtro, junto todo material particulado com elevada eficácia de aproximadamente de 80% considerando-se todos os seus tamanhos, e 100% considerando partículas com magnitude superior a 200 micros (Figura 16). Eleva a longevidade dos elementos filtrantes, uma vez que as partículas maiores são mais escaldantes e possuem temperatura superios que os gases. (CIBER,2008). 40 Figura 16: Separador Estático de partículas Fonte: CIBER,2008. O material reunido no separador estátil é voltado de modo direto ao misturador. O atributo da massa em usina contínua de mistura externa compara-se á daquelas produzidas em usinas gravimétricas. 3.4 Filtro de Mangas Para se qualificar plantas de extração de gás de purificação e atender os mais rigorosos padrões mundiais de proteção ambiental, desenvolveu-se um sistema com mangas filtrantes dobráveis (Figura 17). Construído em forma de cartucho, mangas dobradas tem área de filtragem cinco vezes maior do que mangas lisas tradicionais, permitindo a construção de uma planta móvel com a retenção de partículas de alta eficiência e alta estabilidade operacional, mesmo em alta produção. (CIBER,2008) Figura 17: Mangas filtrantes Fonte: CIBER,2008. As mangas infiltram-se na superfície, não permitem a contaminação do tecido, que os torna totalmente lavável. Em adição a todas as vantagens, mangas dobráveis 41 facilitam a operação de filtragem em superfície auto – limpante. O consumindo menor quantidade de ar comprimido e gerando uma menor perda de pressão no filtro. O material angariado no filtro de mangas é introduzido diretamente no misturador. (CIBER,2008) 3.4.1 Silos Quentes Ordenado em linha e com isolamento térmico, sensores de carga e portas de inspeção, os silos quentes são encarregadospor estocar, em curto espaço de tempo e simplesmente para dosagem, os agregados antecipadamente separados (Figura 18). Contém comportas controladas por balança de agregados, através de válvulas pneumáticas. (CIBER,2008) Figura 18: Silos Quentes Fonte: CIBER,2008. 3.4.2 Balança de Agregados A balança de agregados provenientes dos silos quentes, dosados através das comportas (Figura 19). (CIBER,2008) 42 Figura 19: Balança de Agregados Fonte: CIBER,2008. A balança sistematiza as comportas dos silos quentes e guarda os agregados. O sistema, com sensores eletrônicos, trabalha de maneira a integrar (somar a+b+c+d) as quantidade essenciais de cada material. Quando a porção está completa, todo o agregado é descarregado no misturados. (CIBER) 3.4.3 Misturador Pug-Mill Com controle absoluto tempo, o misturador Pug-Mill executa a mistura dos agregados minerais com CAP (Figura 20). O misturador Pug-Mill é composto por uma ampla caixa metálica, e possui tampa superiores móveis, aquentadas pelo trajeto de óleo térmico que conserva a temperatura enquanto o processo; existem dois eixos paralelos, girando em sentido oposto, com alertas, braços e proteções internas formados em aço de elevada resistência. Executa o acionamento diretamente por dois moto-redutores, sincronizados por duas caixas de redução angulares. (CIBER2008) Figura 20: Misturador Fonte: CIBER,2008. 43 3.5 Cabine de Comando Climatizada, com grande visibilidade e painel de controle ergonômico, proporciona longas jornadas de operação com segurança e conforto (Figura 21). (CIBER,2008) Figura 21: Cabine de Comando Fonte CIBER,2008. Sistema constituído por um computador industrial, próprio para aplicabilidades severas, possui tela de cristal líquido de 15”, sensível ao toque e dois controladores CLP, com componentes intercambiáveis (Figura 21). A usina possibilita operação em três regimes:. Totalmente automático: as funções e componentes são controlados automaticamente através de sistema computadorizado,permitindo máxima produtividade e qualidade. (CIBER,2008) Semi-Automático: as funções rigorosamente relacionadas a produção, bem como dosagem de agregados e CAP, são monitoradas automaticamente por sistema computadorizado, garantindo a exatidão de dosagem e a qualidade da mistura asfáltica. O acionamento dos motores é controlado manualmente, permitindo continuidade á produção. (CIBER,2008) Totalmente manual: todas as funções e componentes são manuseados manualmente, atribuindo continuidade à produção com absoluta independência do sistema automatizado. (CIBER,2008) 44 4. OPERAÇÕES VITAIS ENVOLVIDAS NA FABRICAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE As operações relacionadas na fabricação de mesclas asfálticas a quente são descritas sucintamente à seguir: Armazenagem e manipulação dos materiais e elementos das misturas asfálticas na região da usina. Dosagem e abastecimento do agregado frio. Secagem e acaloramento efetivo do agregado a temperatura apropriada. Controle e recolhimento de pó no secador. Dosagem, abastecimento e mescla do ligante asfáltico com o agregado aquentado. Armazenagem, repartição, pesagem e manejo das mesclas asfálticas fabricadas. 4.1 Armazenagem e Manipulação dos Materiais e Elementos das misturas Asfálticas na Região da Usina Os agregados devem-se, preferencialmente, ser manejados e armazenados de modo a esquivar-se de contaminação e minorar a segregação e sua degradação. A região de estocagem, recomenda-se, que seja limpa evitando a contaminação do material. Deve obter um bom sistema de drenagem, evitando acúmulo da umidade. Preferivelmente a armazenagem dos agregados deve ser realizada em áreas cobertas, evitando as precipitações de água (Figura 22). (BERNUCCI,2008) Figura 22: Estoque cobertos para proteção dos agregados Fonte: BERNUCCI et al., (2008,p.376) 45 O ligante asfáltico tem que ser armazenado em porção aceitável, mantendo o procedimento da usina de maneira regular, são necessários dois tanques ou mais, tanque abastecedor no decorrer da usinagem e os restantes de armazenagemdo ligante (Figura 23). (BERNUCCI, 2008) Figura 23: Tanques Horizontais para Estocagem com Aquecimento. Fonte: BERNUCCI et al.,( 2008,p.376) O ligante asfáltico deve-se manter fluido o bastante para se movimentar por meio dos dutos e utilizar-se no procedimento de usinagem. Exemplos de grandezas, temperaturas de armazenagem de alguns ligantes asfálticos e agregados (Quadro 6). (BERNUCCI, 2008) Quadro 6: Temperaturas de Estocagem e Usinagem de Alguns Ligantes e dos Agregados. Fonte: Bernucci, 2008 46 4.2 Dosagem e abastecimento do agregado à Frio O composto de silos frios é um dos fundamentais componentes da usina asfáltica (Figura 24). Recebem agregados frios, assegura as diferentes porções granulométricas e encaminha-se com destino ao secador. Compostos por série de quatro silos, carregados separados em porções de agregados procedentes da estocagem. Inclui-se o apropriado dimensionamento da largura dos silos, a aparelhagem dos divisores verticais nas divisas no meio dos silos, para não ocorrer o sobre carregamento dos mesmos. Portas posicionadas no fundo de cada silo coordenam as medidas de cada porção dos agregados, sendo transportado no secador por meio de correias transportadoras. (BERNUCCI, 2008) Figura 24: Silo Frio Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.377) 4.2.1 Secagem e Acaloramento Efetivo do Agregado à Temperatura Apropriada Os agregados adequadamente dimensionados originário dos silos frios são encaminhados ao secador no qual são secos e abrasados à temperatura apropriada. O secador trata-se de um cilindro rotatório com diâmetro de 1,5m e 3,0m e comprimento de 6,0m e 1,20m, conforme a amplitude da usina (Figura 25). O conjunto dispõe de um queimador de gás e/ou óleo numa borda e um ventilador de exaustão na outra (Figura 26). (BERNUCCI, 2008) 47 Figura 25: Aquecimento do Secador Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.378) Figura 26: secador com Ventilador de Exaustão. Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.378) Existem dois tipos vitais de secadores, dessemelhantes pela associação no seu interior, entre os fluxos de agregados e de ar. Secadores de fluxo paralelo o agregado e o ar decorrem no mesmo sentido (Figura 27). Nesses secadores, introduz o agregado frio na mesma extremidade em que encontra-se o queimador e deslocam-se na direção da outra borda. (BERNUCCI, 2008) 48 Figura 27: Secador de Fluxo Parelo Fonte: BERNUCCI et al., (2008,p.379) Secadores de contra fluxo o agregado e o ar aquecido fluem em sentido oposto (Figura 28). As usinas asfálticas modernas são equipadas, em grande predomínio, com secadores contra fluxo. (BERNUCCI,2008) Figura 28: Secador de contra fluxo Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.379) 4.3 Controle e Recolhimento de Pó no Secador O ar que desloca-se por entre o secador, transfere consigo gases proveniente da exaustão e quantidade pequena de fragmento de pó do agregado. Deve-se recolher esses fragmentos, antes que sejam lançadas na atmosfera, através de um conjunto de controle de projeções. Esse conjunto é constituído, na supremacia das usinas de asfalto, por coletores primários e secundários de pó (Figura 29). São49 inseridos no fim do secador e filtra-se o ar que acessa o queimador e o que sai no esquema de exaustão. (BERNUCCI,2008) Figura 29: Coletores Primários e Secundários Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.380) O coletor primário tem como objetivo, recolher nos gases de exaustão, os fragmentos maiores de pó (Figura 30). Os coletores primáros são a caixa de queda e o tipo ciclone. O coletor secundário separa e recebe as partículas mais finas de pó. O filtro de mangas são os coletores secundários mais utilizados e o de coleta úmida. O pó acumulado, neste último, recomenda-se não reincorporá-la á mistura asfáltica em produção. (BERNUCCI, 2008) Figura 30: Coletor de Pó 50 Fonte: BERNUCCI et al., (2008,p.380) 4.4 Dosagem, Abastecimento e Mescla do Ligante Asfáltico com o Agregado Aquentado O procedimento de mescla do agregado com ligante asfáltico, diferenciam de acordo com cada tipo de usina utilizada. Usina de fabricação por batelada ou gravimétrica, o agregado seco e apresentado oriundo do secador é conduzido por um elevador e cruzam várias peneiras que o desmembra em diversas porções granulométricas e são conservadas nos silos quentes (Figura 31). Exemplo de elevador e os silos quentes (Figura 32). (BERNUCCI,2008) 51 Figura 31: Peneiramento de usina por Batelada Fonte: BERNUCCI et al., (2008,p.381) 52 Figura 32: Elevador de Agregados Aquecidos e Silos Quentes. Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.382) Porções de agregados preestabelecidas são dimensionadas e estocadas juntas em depósito de pesagem. Desde depósito, são encaminhadas ao misturador logo abaixo, no qual mistura-se com o ligante asfáltico em frações predeterminada (Figura 33). (BERNUCCI,2008) 53 Figura 33: Fabricação de uma Batelada de Mistura Asfáltica. Fonte: BERNUCCI et al.,(2008) Em usina de produção continua, a mescla do ligante asfáltico junto ao agregado é efetuada no respectivo tambor secador, detrás a secagem e aquentamento do agregado, num método continuo. O agregado acesso a região primária do tambor, onde, pelo calor gerado pelo queimador, é aquecido e seco. Mobiliza-se, portanto, para a região secundária, onde introduz o ligante asfáltico e fortemente misturado. No decorrer dessa técnica o controle adequado da temperatura dos elementos da asfáltica é substancial para o desempenho porvir. (BERNUCCI, 2008) Entres os tambores secadores e misturadores, existem dois tipos primordiais. Um de fluxo paralelo, onde o agregado adentra o tambor na borda do queimador e percorre no sentido dos gases aquecidos. Introduz o ligamento asfáltico no último terço do tambor, em companhia com algum pó essencial à mistura asfáltica(Figura 34). (BERNUCCI,2008) 54 Figura 34: Secador-Misturador de fluxo paralelo em usina contínua. Fonte: BERNUCCI et al.,(2008,p.383) No contra fluxo, o agregado acessa na borda contrária ao queimador e decorre no sentido oposto gases aquecidos. O queimador é fixado permitindo a introdução de ligante e a mescla deste com agregado realiza-se fora de sua região de influência (Figura 35).(BERNUCCI, 2008) Figura 35: secador-Misturador de contra fluxo em usina continua Fonte:BERNUCCI et al.,(2008,p.388) 55 Esses tambores, descritos anteriormente, permitem a inserção de material fresado para reciclagem, adequadamente afastado de chama, evitando danos. Encontram-se variantes dos tipos principais de tambores secadores e misturadores, bem como o de cilindro duplo, em que agregado é seco e aquecido num tambor de contra fluxo e a mescla com o ligante asfáltico sucede num tamborde diâmetro maior, cobrindo dois terços do tambor interno. Existe, ainda, o conjunto com tambor triplo de contra fluxo, em que as fazes de secagem, aquentamento e mescla são efetuadas em três regiões distintas. Por fim, o tambor duplo, onde utiliza- se um tambor de contra fluxo com finalidade de secar e aquecer o agregado e um misturador rotatório em que o ligante asfáltico e os finos são incorporados e misturados.(BERNUCCI, 2008) 4.5 Usina Estacionária Gravimétrica Alta fabricação em processo descontínuo, dosagem precisa de agregados e CAP, possibilita a melhor qualidade de mesclar entre todos os tipos de usina (Figura 36). A usina Estacionária descreve as principais características (Quadro 7). (BERNUCCI,2008). Figura 36: Usina Estacionária ou Gravimétrica. Fonte: CIBER,2008. 56 Quadro 7: Características Principais de Usina de asfalto Gravimétrica. Fonte: CIBER Ltda. 4.5.1 Usina Móvel e/eu Contínua A linha de usinas móveis, concilia a portabilidade total alcançado com a tecnologia de fabricação contínua á característica de mistura semelhantes as usinas gravimétricas (Figura 37). O CAP não é submetido a temperaturas elevadas, certificando assim maior longevidade da massa asfáltica e, em conseqüência, uma qualidade maior. Uma linha de equipamentos confiáveis, versáteis e adaptáveis a diversos materiais e circunstância climáticas (Quadro 8). (BERNUCCI, 2008) Figura 37:Usina Móvel Fonte: CIBER,2008. 57 Quadro 8: Características Principais de Usina Móvel. Fonte: BERNUCCI,2008. Para o bom desempenho das usinas asfálticas, necessita-se de funcionários capacitados e equipamentos em perfeita condição de trabalho. Mantendo a produção das mesclas asfálticas, garantindo a quantidade e preservando os equipamentos, evitando grandes gastos com manutenção preventiva ou corretiva (Quadro 9). (BERNUCCI, 2008) Quadro 9: Funcionário e Equipamento Complementares. Fonte: BERNUCCI,2008. 58 5 PRÉ-MISTURADO A FRIO O pré-misturado á frio, é um segundo grupo de misturas, produzidas em usinas estacionárias próprias, onde emprega-se como ligante, e as emulsões asfálticas para que os agregados sejam envolvidos. Dimensionados de maneira conveniente, atendendo os requisitos de composição da estrutura mineral, particularidades volumétricas e de resistência mecânica estabelecida, são realizadas sem aquecimento antecipado dos agregados. O ligante, pode ser submetido a um pequeno aquecimento, mas em geral, usa-se em temperatura ambiente. (BERNUCCI, 2008) De acordo com Abeda (2001), na classificação de PMF abrange-se na granulometria, quantidade física de agregados, e sua quantidade de preenchimentos, sendo tradicional classificar o seu percentual de vazios em três classes (Quador 10). Quadro 10: Classificação do PMF. Fonte: ABEDA, 2001. Na classificação Abeda, a ,mescla utiliza mínima ou nenhuma proporção de material miúdo, mas com baixo proporção ou até mesmo nenhum filler, permanecendo após ser compactado com uma grande proporção de vazios (SANTANA, 1993). 59 Na classificação Semi Denso, utiliza-se média proporção de material miúdo e também com pouca proporção ou até mesmo nenhum filler, permanecendo após ser compactado com uma média proporção de vazios. (SANTANA, 1993). Na classificação Densa, é uma mescla com apreciável proporção de material agregado miúdo, tendo ou não filler na sua composição, ficando após ser
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