Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE ESTÁCIO - CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL IV - PROFESSOR: OSNI RIBAS ALUNA: SULEY ANDRADE – 201509227164 SEMANA 1 CASO CONCRETO APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. Sim, pois de acordo com o art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. Ronaldo cometeu conduta tipificada como Corrupção Passiva, de acordo com o art. 317, CP, quando solicitou vantagem indevida. O crime dá-se por consumado no momento da solicitação, não sendo necessário que lhe tenha sido entregue qualquer quantia ou sequer que as vítimas tenham concordado com o repasse. Trata-se, portanto de crime consumado. Questão objetiva. Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. QUESTÃO CORRETA b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo, funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública. (ERRADO, segundo o final do § 1°, fica clara a necessidade de que a conduta deve ser feita “valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário”.) c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. ERRADO. Curador não é funcionário público. d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. ERRADO. 313-A (o funcionário deve ser autorizado) e no 313-B ( funcionário o faz sem autorização) e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. ERRADO. Concussão é crime formal e se consuma com a exigência somente, não sendo necessário o recebimento da vantagem.
Compartilhar