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EXERCÍCIO DE DIREITO PENAL 1 PARTE 1

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Universidade Federal de Roraima – UFRR
Instituto de Ciências Jurídicas – ICJ
Curso de Bacharelado em Direito – 2º Semestre
ALUNO: Ícaro Vitório Viana Braga
EXERCÍCIO DE DIREITO PENAL I – 1
Professora Denise Meneses Gomes
1) Na hipótese da mãe que, querendo causar a morte de seu filho, deixa de alimentá-lo
por período suficiente que possa conduzi-lo à morte, o que vem efetivamente a acontecer,
qual a natureza da norma constante no tipo penal que a referida conduta se enquadra,
proibitiva ou mandamental?
R: É uma norma incriminadora proibitiva, por executar a ação contida no Artigo 121 do
Código Penal, matar alguém, implícita na vontade da autora de privar a alimentação, e
também, é mandamental, devido a ação omissiva da mãe de não prestar a devida
alimentação ao seu filho fazendo necessário o uso de norma de extensão prevista no
Artigo 13 do Código Penal, parágrafo segundo alínea “a”.
2) No direito penal como se denomina a possibilidade de ampliação do conteúdo do termo
“restaurante”, contido no art 176 CP, para abranger também boates, bares, pensões, entre
outros estabelecimentos similares?
R: Segundo Cezar Roberto Bitercourt, denomina-se método de interpretação extensiva,
no qual o magistrado pode ampliar o sentido do texto da lei, muito restrito, para abarcar
casos de características semelhantes, desde que não afete o princípio da reserva legal,
previsto no Artigo 1 do Código Penal e no Artigo 5, inciso 39 da Constituição Federal.
3) O furo na orelha de uma menina para colocação de um brinco pode ser formalmente
uma lesão (não insignificante) à integridade corporal (art. 129 CP), mas materialmente,
para parte da doutrina, trata-se de fato atípico. Qual o fundamento que sustenta esta
posição?
R: O fundamento se calca no fato de que a situação é uma causa supralegal de exclusão
da tipicidade material, onde reina o princípio da adequação social do caso concreto, tem-
se a lesão tipificada formalmente na lei, mas materialmente ignorada pela sociedade por
se tratar de algo costumeiro.
4) Comente clara e objetivamente o princípio da ultima ratio no direito penal.
R: Este princípio dita que ao Estado, só cabe a tutela de bens relevantes ao ordenamento
por meio do Direito Penal quando se esgotarem todas as outras vias de solução de
litígios, ou seja, quando os outros ramos do Direito não puderem resolver e quando a
ofensa for significante e oferecer real risco.
5) Em que casos a interpretação analógica e a integração analógica podem ser aplicadas
às normas penais.
R: A interpretação analógica só é aplicada quando a norma contém uma fórmula
casuística seguida de uma cláusula genérica, estendendo o sentido da norma para casos
similares. Já a analogia, só é aplicada em normas não incriminadoras e sempre a favor do
réu, com o intuito de não criar tipos penais (reserva legal)
6) Qual o fundamento que impede que o costume sirva de elemento integrador das leis
penais na hipótese de lacunas?
R: Fundamento previsto no princípio da reserva legal, previsto no Art 5, inciso 39 da CF e
Art 1 do CP. Como também, no escrito do Artigo segundo da LINDB, que só permite que
leis modifiquem ou revogue outras leis.
7) Por que Zaffaroni diz que “Na realidade, em que pese o discurso jurídico, o sistema
penal de dirige quase sempre contra certas pessoas mais que contra certas ações”?
R: Porque para o autor, o Direito Penal é um modo de controle social formal, que usa de
certos tipos de pessoas para refletir seu caráter preventivo, ou seja, pune classes
estigmatizadas para servir de exemplo para outros não repetirem a conduta delituosa
dirigindo-se ao autor e não ao ato.
8) Pratica crime alguém que, de forma extremamente imprudente, ao fazer uma manobra
em seu automóvel, acaba por encostá- lo na perna de um pedestre que por ali passava,
causando-lhe um arranhão de meio centímetro ?
R: Não, pois mesmo havendo a tipicidade formal de lesão corporal, conforme o escrito no
Art 129 do CP, a mesma foi irrelevante aos bens que o Estado tutela, como a vida e
integridade física. Logo, por princípio da insignificância, exclui-se a tipicidade material
desconfigurando o fato típico e excluindo o crime.

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