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Resumo 1EE PedroGryschek

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Por Pedro Gryschek
PARTE UM – FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL
DA EXPANSÃO COMERCIAL À EMPRESA AGRÍCOLA
Ocupação econômica da América se deu em um contexto de expansão comercial da Europa;
Invasões turcas trouxeram problemas na Rota Oriental Mediterrânea de Comércio com o Oriente Próximo, Índia e China;
A Espanha, através do ouro e prata no México e nos Andes, com consequentes fortificações, tornou suas colônias importantes mais depressa que Portugal;
O medo de outras nações, principalmente da França, acelerou a colonização do Brasil. Especialmente importantes foram a França Antártica (RJ – segunda metade do século XVI) e a França Equinocial (MA – início do século XVII;
A Espanha precisou de colônias de povoamento, como Cuba, para distribuir sua defesa na América, com vistas da Flórida ao Rio da Prata. Também houve penetração nas Antilhas (Hispaniola, Cuba, Jamaica, Porto Rico);
No Brasil, o que se deu, principalmente, foi a exploração agrícola, primeira tentativa séria de praticar a agricultura comercial nas Américas. Houve uma grande necessidade de êxito, pois ainda não haviam sido encontrados metais preciosos no território português na América.
FATORES DE ÊXITO DA EMPRESA AGRÍCOLA
Os portugueses já tinham experiência com a plantação canavieira nas ilhas atlânticas (Madeira, Açores). Os equipamentos tinham sido baseados na produção do Chipre, também uma ilha, um dos grandes produtores açucareiros da época;
Houve a quebra do monopólio veneziano no refino do açúcar, com o surgimento de concorrentes no Flandres e na Holanda;
Foi contraída aliança com cidades em ambas as regiões mencionadas: Antuérpia e Amsterdam, para refino e distribuição da produção açucareira no Norte da Europa; os holandeses eram extremamente organizados e especializados no comércio intra-europeu; tendo, ainda, contribuído com o capital necessário para a instalação de engenhos;
A solução escravagista africana para o problema da mão-de-obra nos canaviais  acrescentou fonte extra de renda para ambas as partes.
RAZÕES DO MONOPÓLIO
O frete na Espanha era caríssimo (de Sevilha para as Colônias). A Espanha queria transformar suas colônias em sistemas econômicos independentes, que produzissem excessos periodicamente transferidos para a metrópole;
Crescimento do Estado e do déficit comercial espanhol. Diminuição das atividades produtivas, que levaram à crise espanhola no século XVII – A Espanha descansara nos fundos e produtos provenientes das colônias.
A Espanha tinha terras melhores e mais próximas da Europa para produzir açúcar para concorrer com Portugal (a mais óbvia, Cuba), mas não o fez.
DESARTICULAÇÃO DO SISTEMA
União Ibérica-> Guerra contra holandeses e flamencos, em busca da independência contra a Espanha;
Os holandeses continuaram comandando o comércio marítimo europeu até cerca de 1730;
A distribuição e produção de boa parte dos produtos coloniais portugueses (i.e. açúcar) tiveram grandes problemas com o afastamento dos parceiros holandeses e flamencos;
Ocupação holandesa do Nordeste, principal zona produtora, com alguma colaboração portuguesa. Os holandeses, nesse período, adquiriram conhecimentos técnicos que foram posteriormente  utilizados em suas colônias caribenhas e no Suriname;
Diminuição do preço do açúcar e quebra do Monopólio;
AS COLÔNIAS DE POVOAMENTO NO HEMISFÉRIO NORTE
Crescimento de Holanda, França e Inglaterra no século XVII;
Inglaterra e França se apossam de Ilhas no Caribe com objetivos militares; sua colonização se deu com propaganda e até sequestro;
Inglaterra tinha vantagem no recrutamento de colonos, especialmente devido à intolerância política e religiosa. Os enclosures também colaboraram;
A América do Norte dava prejuízo graças às dificuldades de encontrar bons artigos de exportação e à resistência indígena;
As Antilhas, por outro lado, permitiam diversos produtos promissores: algodão, anil, café e fumo.
CONSEQUÊNCIAS DA PENETRAÇÃO DO AÇÚCAR NAS ANTILHAS
Falta de mão de obra europeia nas plantações de fumo caribenhas, que também passaram a usar escravos africanos;
Os holandeses criaram um novo núcleo produtor de açúcar, com mais investimentos e maior proximidade à Europa;
Fim das colônias de povoamento inglesas e francesas no Caribe. Parte dos colonos migrou para as colônias da América do Norte, que exportavam trigo para o Caribe;
As ilhas, por sua vez, destilavam bebidas alcoólicas (rum, principalmente) e exportavam para o Norte;
O consumo nas colônias de povoamento da América do Norte era maior que o do Caribe.
ENCERRAMENTO DA ETAPA COLONIAL
Portugal perdera seus entrepostos comerciais no Oriente para a Espanha durante a União Ibérica;
Portugal alienou parte de sua soberania à Inglaterra; tornando-se praticamente um vassalo econômico desta;
Boa parte do ouro achado no Brasil foi para a Inglaterra, ao invés de Portugal;
Portugal, aproveitando-se da proteção inglesa, aproveitou-se para obter importantes vitórias políticas contra França e Espanha em Utrecht;
Ouro -> expansão demográfica no Brasil e financiamento do desenvolvimento manufatureiro inglês;
Privilégios ingleses em relação a Portugal estenderam-se também ao Brasil, quando a família real fugiu para cá das tropas napoleônicas;
Grande Esforço diplomático para a consolidação da independência brasileira criou grandes dificuldades econômicas;
O café facilitou a ampliação de relações com os EUA.
PARTE DOIS – ECONOMIA ESCRAVISTA DE AGRICULTURA TROPICAL DOS SÉCULOS XVI E XVII
VIII.   CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA AÇUCAREIRA
Favores governamentais a quem instalasse engenhos na Colônia;
Mão de obra nativa era inicialmente muito importante;
Havia certo número de assalariados nos engenhos
Forte concentração de renda nas mãos dos senhores de engenho;
Gastos administrativos de Nassau na época da colonização foram bastante altos, aumentando os lucros de comerciantes.
IX.      FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Escravo negro veio substituir outro escravo, menos eficiente e de recrutamento mais incerto (indígenas);
Escravos eram um bem durável de consumo;
Quase toda a renda vinha de exportações. Os gastos, por sua vez, iam para as importações. Era uma economia semi-feudal;
Boas possibilidades de expansão (grande quantidade de terras);
Enfraquecimento de mercado externo certamente geraria decadência.
X .       PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA
Economia canavieira justificava a existência de outras atividades produtivas;
Extrema especialização da economia açucareira ;
Nova Inglaterra construía seus barcos de pesca e ganhou certo know how em transporte marítimo. Isso ajudou muito nas Antilhas;
São Vicente se especializou no complexo exploratório-militar, sendo esse um fator decisivo para a ocupação de áreas centrais da América do Sul;
Abundância de terras não permitiu mercado externo como o Antilhano com a Nova Inglaterra;
Carne era artigo de suma importância, assim como lenha e animais de tração (burros, jumentos, às vezes até bois);
Criação de gado era totalmente diferente da plantação de cana, sendo mais interiorizada e itinerante. Pouca gente se dedicava à pecuária, em geral. A maioria era de colonos com pouco acesso a capital.
XI.      FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO
Crescimento essencialmente extensivo. Não havia grandes mudanças de produtividade;
Disparidade na dependência de importações de mão-de-obra e equipamentos;
Couro era a única fonte de renda de muitos criadores de gado;
Renda real no Nordeste caiu constantemente até o século XIX. A população continuou a crescer graças à oferta estável de alimento.
XII.     CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL
Século XVII apresentou dificuldades políticas para a Colônia;
Portugueses defenderam a Amazônia durante a União Ibérica, tendo que ocupar a região do Maranhão após a experiência da França Equinocial. A região não tinha solo de massapê, como o resto do Nordeste, levando a difíceis condições de vida, pois a cana não poderia ser lá plantada;
Exportação de cravo, canela, baunilha, cacau e resinasaromáticas da região amazônica;
Região do Prata era ameaça aos criadores de gado. A Colônia do Sacramento fortaleceu os portugueses nesse mercado e na região em questão.
Encarecimento de manufaturas importadas.
PARTE TRÊS: ECONOMIA ESCRAVISTA MINEIRA NO SÉCULO XVIII
XIII.   POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES MERIDIONAIS
Crise na cana de-açúcar levou a uma maior procura por metais preciosos na Colônia;
Uso dos paulistas, que conheciam bem o interior, em procurar metais;
Primeira migração espontânea de Portugal para o Brasil. Gente de poucos recursos era atraída à Colônia;
Escravos nunca foram maioria da população mineira. Podiam trabalhar por contra própria e alcançar a liberdade (comprando-a);
Maior mobilidade social em relação ao Complexo Nordestino-Açucareiro;
Desenvolvimento da Pecuária no Sul, com feira de muares em Sorocaba-SP;
Sistema de transporte mais complexo (distância do litoral) –> maior mercado para animais de carga;
Interdependência com regiões mais ao Sul (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sacramento).
XIV.   FLUXO DE RENDA
Base econômica entre Serra da Mantiqueira, Cuiabá e Goiás;
Exportação de ouro atingiu seu ápice em 1760, já experimentando declínio em seguida;
Mercado maior que na região açucareira;
População mais reunida em núcleos urbanos e semi-urbanos;
Nenhum desenvolvimento manufatureiro;
Portugal, baseado no ouro brasileiro, também não desenvolveu manufaturas, comprando-as da Inglaterra;
Inglaterra passou a conseguir saldar suas dívidas relacionadas a matérias primas no norte da Europa através da venda de produtos manufaturados;
Bancos Ingleses fortalecem sua posição. Também crescem as reservas monetárias, que seriam essenciais nas Guerras Napoleônicas.
XV.     REGRESSÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO DA ÁREA DE SUBSISTÊNCIA
Não houve tentativas sérias de solucionar a falta de ouro, como aconteceria na Austrália, um século depois;
Fricções sociais menos graves, devido ao menor grau de dependência do trabalho do escravo africano;
Adoção do regime de subsistência na região.
PARTE QUATRO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO ASSALARIADO NO SÉCULO XIX
XVI.   O MARANHÃO E A FALSA EUFORIA DA ÉPOCA COLONIAL
Novas dificuldades no último quartel do Século XVIII (após a independência norte-americana);
Brasil recupera alguns mercados para o açúcar;
Baixíssima renda per capita;
Maranhão e Pará isolados dos dois outros sistemas macroeconômicos;
Pará: sistema extrativista florestal dos jesuítas, que sofre decadência com a ascensão de Pombal ao poder.
Maranhão: alguma articulação pecuarista ao Nordeste. Único sistema de sucesso no final do século XVIII (algodão em substituição ao do sul dos EUA);
Companhia de Comércio bastante capitalizada para a região foi criada por Pombal;
Guerra de Independência dos EUA havia diminuído a oferta de algodão;
Grande produção também  de arroz (Maranhão);
Escravos indígenas -> Escravos negros;
Depressão nas outras regiões coloniais;
Vinda da família real traz efêmero otimismo;
Revolução Francesa -> Transtornos nas produções tropicais de suas colônias (Ex: açúcar e café no Haiti)
Guerras Napoleônicas -> desarticulação do Império Espanhol;
Crescimento do uso do algodão na indústria têxtil britânica;
Prosperidade da pecuária até a independência.
XVII.  PASSIVO COLONIAL, CRISE FINANCEIRA E INSTABILIDADE POLÍTICA
Invasões napoleônicas -> Contatos diretos com a maioria dos mercados;
Tratados com a Grã Bretanha em 1810 – Limitação à autonomia brasileira, posição reforçada com novos tratados em 1827;
Assunção da responsabilidade de parte da dívida externa portuguesa;
Classe comerciante incipiente (e principalmente lusitana) frente a agroexportadores;
Agroexportadores pressionam por livre mercado;
Britânicos não se abriram aos produtos brasileiros, concorrentes de suas Antilhas;
Luta com os britânicos para manutenção da escravidão. Diminuição do tráfico africano de escravos;
Redução da autoridade central, problemas econômicos na Bahia, em Pernambuco e Maranhão, com queda substancial da renda per capita. Tensçoes refletidas em rebeliões armadas de Norte a Sul;
Surge o café (década de 1830). Solidez financeira nas proximidades da capital, atuando como força agregadora;
Parco aparelho fiscal trouxe dificuldades para o Governo. Guerra no Uruguai (Província Cisplatina) trouxe mais um problema, devido às somas dispendidas;
Ódio urbano contra comerciantes portugueses.
XVIII. CONFRONTO COM O DESENVOLVIMENTO DOS EUA
Pressão sobre  a taxa de câmbio (muitas importações);
Não era possível adotar a política protecionista dos EUA, pois lá já havia uma base econômica interna consolidada;
Nos EUA, a cena era dominada por pequenos agricultores e grandes comerciantes urbanos;
Alexander Hamilton (Protecionista) X Visconde de Cairu (Liberal)
Indústrias que não competissem com as inglesas eram fomentadas desde o período colonial (lembrar de Mauá);
Produção de ferro nos EUA para redução da dependência dos países do Báltico (especialmente a Suécia);
Consciência independente desde cedo. Construção naval local desde muito cedo (período colonial). Guerra de Independência só estimulou ainda mais o desenvolvimento dessas características;
Transtornos napoleônicos ajudaram ainda mais (necessidade da Grã Bretanha de achar novos mercados);
Experiência técnica + lucidez dos dirigentes (founding fathers);
Grandes plantações de algodão (primazia dos têxteis na primeira Revolução Industrial);
Abertura do meio-oeste, abrindo espaço para a imigração europeia massificada;
Balança comercial inicialmente deficitária, mas com o tempo equilibrada;
Dívidas de longo prazo através de bônus federais e estaduais;
Construção da infraestrutura e estímulo a atividades básicas.
XIX.   DECLÍNIO A LONGO PRAZO DO NÍVEL DE RENDA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX
Iniciativas siderúrgicas de Dom João VI falharam por falta de mercado consumidor interno;
Pequeno consumo em declínio, decadência do artesanato têxtil;
Impossibilidade de estabelecimento de cotas de importação e importação de maquinário;
Estancamento das exportações;
Baixa de 40% no preço das exportações. Importações da Grã Bretanha com preço estável.
Não houve aumento da taxa de urbanização.
XX.     GESTAÇÃO DA ECONOMIA CAFEEIRA
Três quartos de século de estagnação e decadência;
Poucas iniciativas governamentais de alterar o rudimentar aparato administrativo;
Falta de expansão da mão-de-obra;
Não era possível desenvolvimento com base no mercado interno, faltavam capitais externos para promover uma economia estagnada;
Mercado do açúcar nada promissor (concorrência de Cuba e do açúcar de beterraba europeu);
Algodão também estagnado (EUA – com exceção do período da Guerra de secessão- e Índia);
Fumos, couros, cacau e arroz eram mercados menores;
Café era o produto ideal. Já havia produção local desde o início do século XVIII (chegou em Belém do Pará);
Concentração perto do RJ, beneficiada pela desagregação da economia mineira;
Grau de capitalização mais baixo do que o da indústria açucareiro;
Nova classe empresária decisiva para o futuro desenvolvimento do país.
Criação de um mercado razoável na capital.

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