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prova de Formação Econômica do Brasil

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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Faculdade de Economia
Prof: Valcir Bispo Santos                           Turma: 01 (2021.3)
Aluno(a): Alcindo Gomes de Moraes Neto
Matrícula: 201905340055
Formação Econômica do Brasil - FEB
2ª Avaliação – 2ª Chamada
Questões discursivas
Responda as questões em forma dissertativa a partir da sua própria interpretação e utilizando como referencia os textos utilizados ao longo do nosso curso, selecionando pelo menos três (3) questões, utilizando para cada questão em torno de 25 linhas.
Atenção: não será permitido cópias dos textos (tipo “control c + control v”) ou copiar respostas de outros estudantes.
0. O liberalismo possui como base de sua doutrina, que os homens nascem com direitos inalienáveis, como o direito à vida, a liberdade, à igualdade, à propriedade. No entanto, no Brasil o liberalismo, no início do século XIX, assumiu características diferentes e se conciliou inclusive com o regime de escravidão. Quais são as características do liberalismo no Brasil?
Em 1822 o Brasil se torna um país independente e vai ter toda sua dinâmica calcada nas ideias do liberalismo. Desse período até hoje muitas foram as mudanças no pensamento liberal no Brasil, discursões acerca do abolicionismo e até mesmo lutas anticoloniais. 
Primeiramente, é fundamental marcar a luta pela abertura da economia brasileira, pela flexibilidade das tarifas da alfandega, afim de tornar mais eficiente e fluido o comercio com diferentes países do globo, propondo acabar com o pacto colonial que prendia o país sob o julgo dos desejos políticos e econômicos de Portugal.
Outro ponto, foi a transformação institucional causada pela abolição, unindo em prol de uma causa, liberais e conservadores. Essa discussão era profundamente em defesa da vida e da dignidade, pois colocava o homem a uma condição de subjugação e exploração severa. No que tange a forma que se conduzia o governo, assim como hoje, ainda causa conflito entre os liberais, mas há uma visão positivista que propaga a ideia de um estado mais atuante e que coordena as ações conjuntamente entre os poderes.
0. Na visão de Celso Furtado, quais seriam as principais implicações da economia do café para o futuro da economia brasileira no século XX?
No que diz respeito as principais implicações da economia do café para o futuro da economia brasileira no século XX, Celso Furtado aponta:
“A transformação estrutural mais importante que possivelmente ocorrerá no terceiro quartel do século XX será a redução progressiva da importância relativa do setor externo no processo de capitalização. Em outras palavras, as indústrias de bens de capital - particularmente as de equipamentos - terão de crescer com intensidade muito maior do que o conjunto do setor industrial. Essa nova modificação estrutural, que já se anuncia claramente nos anos cinquenta, tornará possível evitar que os efeitos das flutuações da capacidade para importar se concentrem no processo de capitalização.”
Pois, para o autor, essa seria a base fundamental para que a política econômica atinja os seus dois principais alvos, o de garantir certo nível de emprego e assegurar o ritmo de crescimento. Não haveria outra forma de se atingir tal fim, apenas seguindo essa política o sistema econômico teria maior possibilidade para agir com resiliência e poderá estar em uma situação mais confortável para ter sucesso nas relações de intercambio, já que irá ter maior adaptabilidade as adversidades da força de procura que impactam em mercados globais no século XX. 
Celso Furtado nos chama atenção ao discutir sobre tais implicações especialmente no que diz respeito as diferenças regionais, aos diferentes níveis de industrialização e desenvolvimento dentro do Brasil. Pois mesmo que a economia brasileira havia atingido um nível de conexão entre as diferentes regiões, por outro lado as diferenças nos níveis regionais de renda se tornavam cada vez maiores. Ele afirma que, a “prosperidade cafeeira, acentuava-se a tendência à concentração regional da renda”. Ademais, o autor aponta que na segunda metade do século XX, possivelmente iria se exacerbar a competição, dado que haveria o temor de que o desenvolvimento econômico de uma região significaria tornar outra fraca e estagnada.
0. Com base em seus conhecimentos prévios, descreva a relação entre a economia cafeeira e a industrialização no estado de São Paulo.
A produção de café, durante o período de 1889 a 1930, atuou decisivamente nas transformações econômicas do Brasil, em especial para a economia do estado de São Paulo. O desempenho do setor cafeeiro, bem como a postura econômica tomada pelo Governo eram responsáveis pela forma que se comportava o nível de renda da população e o volume das exportações de café. Ao realizar um analise histórica, nota-se que a economia fundamentada na produção do café era o centro de parte extremamente grande e importante da economia do Brasil, além de ditarem as bases da transformação político-econômica, por abranger atividades das mais diversas aéreas, em especial da indústria (ALMEIDA, 2016).
Segundo Celso Furtado, houve a escolha colocar em pratica uma política keynesiana de suporte a demanda agregada e ao emprego que alcançou a cultura cafeeira e também toda a estrutura econômica circundante. Sendo assim, não diferentemente ocorre com a economia do estado de São Paulo, especialmente por se tratar como grande polo de produção e exportação. Nesse período, passam a surgir os primeiros sinais de uma economia industrial, é possível notar isso ao observar o funcionamento da estrutura capitalista de produção estabelecida, como também nas mudanças ocorridas nas relações sociais de trabalho, pois se tem as greves dos chapeleiros no final do século XIX e o fechamento de algumas fábricas, devido à crise cafeeira, denotando que o Estado de São Paulo deixava de ser referência no latifúndio e passava a modificar-se em um estado mais industrializado. É um fato que o café criou um ambiente institucional e econômico que favorecia o desenvolvimento da industrialização. 
A ascendente expansão da exportação cafeeira, mesmo durante os momentos de crise e com as estratégias financeiras elaboradas afim de assegurar a valorização do café no período do século XX que antecipa à primeira grande guerra, permitiu que houvesse um alivio na balança comercial do Brasil por algum tempo. Com isso, a retenção de parte do lucro, permitia investimento em toda a cadeia produtiva e bancava o processo de industrialização, com atenção a indústria paulista, afirma Fernando Henrique Cardoso.

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