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08 ORDENAMENTO URBANO 11

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PLANEJAMENTO E OCUPAÇÃO
TERRITORIAL
ORDENAMENTO TERRITORIAL URBANO
INTRODUÇÃO
Brasil – Rápido aumento da taxa de urbanização nas últimas décadas
País essencialmente rural → País urbano
Migração campo-cidade, impulsionada pelo processo de
industrialização dentre outros fatores (altas taxas de crescimento).
Anos 1960→ Crescente processo de urbanização no Brasil
Crescimento das cidades brasileiras de maneira bastante acelerada,
na maioria dos casos de forma desordenada.
Falta de planejamento → Expansão urbana em direção às áreas
periféricas, geralmente habitadas por uma população de baixa renda.
Em 2000, mais de 80% da população do Brasil já era urbana e em
algumas regiões, mais de 90% da população habitava cidades.
Na maioria das cidades brasileiras existem ocupações irregulares,
situadas em áreas ambientalmente frágeis, carentes de infra-estrutura e
serviços públicos essenciais, o que compromete a qualidade de vida desta
população.
Passa a haver a preocupação dos municípios para tratar destas questões
É o poder público municipal quem está mais próximo desta realidade e
também das cobranças da população local.
O poder público municipal é o principal responsável pelo planejamento
urbano, junto a todos os segmentos da sociedade.
A CIDADE
Uma cidade pode ser identificada como uma entidade resultante do
empilhamento de três camadas distintas, cada uma com funções
próprias.
Conjunto de estruturas antrópicas finalistasConjunto de estruturas antrópicas finalistas
(Moradias, comércio, serviços, educação, etc.)
Dá condições de funcionamento à superestrutura
Sistema viário, de águas, esgotos, drenagem, etc.
É tudo aquilo sobre o qual se constrói
alguma coisa de caráter finalístico (meso e
infraestrutura)
A infraestrutura se encontra não só no solo e subsolo, mas também no
campo que a rodeia e no próprio céu (águas pluviais).
A infraestrutura é um fator independente da vontade do homem, ao
contrário da mesoestrutura e da superestrutura e, embora imutável,
pode ser adaptada a certas necessidades do homem.
Esta adaptação é uma segunda natureza (antrópica), que deveEsta adaptação é uma segunda natureza (antrópica), que deve
constituir-se respeitando as leis da natureza operantes na
infraestrutura.
Assim, as duas camadas superiores devem ser concebidas para que
sua interação com a inferior seja tão harmônica como possível. O
desempenho destas dependem do desempenho da infraestrutura.
AS CIDADES E O MEIO FÍSICO
O ambiente urbano é formado por dois sistemas intimamente inter-
relacionados que são: o “sistema natural” (infraestrutura), composto
pelo meio físico e biológico (solo, vegetação, animais, água, etc...) e o
“sistema antrópico” (meso e superestrutura), consistindo do homem e
de suas atividades.
Muitas vezes criam-se problemas de considerável gravidade,Muitas vezes criam-se problemas de considerável gravidade,
originados da quase completa desconsideração dos fatores
fisiográficos, ignorando as reais potencialidades e limitações das áreas
a ser ocupadas.
A consequência é a ocupação de regiões e locais extremamente
problemáticos, provocando modificações, muitas vezes irreversíveis,
com prejuízos para o ambiente e para a própria população.
- Áreas suscetíveis a movimentos gravitacionais de massa,
- Locais com erosão intensa,
- Áreas sujeitas à inundação,
- Terrenos suscetíveis a colapsos e subsidências, etc.
Soma-se a isto a cultura de tentar sistematicamente amoldar a natureza
aos projetos de ocupação, ao invés de se adequar os projetos àaos projetos de ocupação, ao invés de se adequar os projetos à
natureza dos terrenos.
Consequência - Elevação dos custos das obras, com implantação de
soluções quase sempre de desempenho precário ou insuficiente.
Impõem-se ao poder público pesados ônus → altos custos para a
dotação de infraestrutura urbana (implantação, recuperação e
manutenção).
As características geomorfológicas (forma e dinâmica do relevo),
geológicas (tipos de solos e rochas e estruturas presentes), geotécnicas
(características e propriedades físicas e mecânicas) do meio físico são
os principais fatores que, para um determinado tipo climático,
condicionam os reflexos decorrentes da ocupação do solo.
Nas áreas urbanas, o meio físico é o componente ambiental que,
mesmo alterado em suas características e processos originais, persiste
interagindo e condicionando grande parte dos problemas do ambiente
construído.
Por outro lado, a responsabilidade no uso social da propriedade é um
princípio constitucional presente e detalhado na legislação da União,
estados e municípios.
LEI ORGÂNICAMUNICIPAL
A Lei Orgânica Municipal é a lei máxima do Município. Conforme os
artigos 18, 29 e 30 da Constituição Federal de 1988, o Município possui
autonomia para legislar em termos municipais, ou seja, o Município
pode e deve gerir os seus próprios negócios e atividades.
O Município possui o dever de contribuir para a preservação do meioO Município possui o dever de contribuir para a preservação do meio
ambiente e a lei orgânica pode e deve conter instrumentos relativos à
esta preservação.
Ao Município, cabe estabelecer as formas mais adequadas, diante de
sua realidade geográfica e econômica, de compatibilizar as suas
atividades produtivas e sociais, com a proteção e melhoria da qualidade
ambiental.
PLANEJAMENTO URBANO
Constituição Federal de 1988 → Incluiu em seu texto um capítulo de
Política Urbana, cuja regulamentação aconteceu com a aprovação do
Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001).
O Plano Diretor passou então a ser o instrumento básico de política
urbana e de ocupação territorial, sendo obrigatório para municípios:urbana e de ocupação territorial, sendo obrigatório para municípios:
- Com mais de 20 mil habitantes
- Integrantes de regiões metropolitanas ou de aglomerações urbanas
- Integrantes de áreas de especial interesse turístico
- Inseridos em área de influência de empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
A Constituição Federal de 1988 também instituiu como competência
dos municípios a elaboração e implementação dos planos diretores
municipais ou planos diretores de desenvolvimento urbano.
O artigo 182 da Constituição Federal de 1988, regulamentado nos
artigos 39 à 42 do Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), constitui
na base para a política municipal de planejamento urbano.na base para a política municipal de planejamento urbano.
Agenda 21 → O desenvolvimento urbano sustentável pode ser
entendido como um desenvolvimento da cidade e da sua região de
maneira que os recursos naturais sejam explorados e aproveitados
sem que exista uma degradação destes recursos.
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Municipal é o mais
importante instrumento e fundamental para o planejamento urbano,
uma vez que nele se define a política de desenvolvimento e expansão
urbana.
Objetivos - Conduzir e controlar o crescimento dos municípios
- Disciplinar e controlar as atividades urbanas, em
benefício do bem estar socialbenefício do bem estar social
O planejamento urbano municipal não deve impedir crescimento
econômico, mas fazer que este seja uma meta que, contudo, não
exclua a preservação do meio ambiente, assegurando dignidade à
pessoa humana e possibilitando a participação da comunidade na
elaboração do próprio planejamento urbano e ambiental.
Como pretende corrigir distorções e rumos no desenvolvimento, o Plano
Diretor pressupõe um estudo das potencialidades e deficiências do
Município. Deve-se, portanto, avaliar a dimensão territorial, econômica,
social e ambiental do Município.
Grande relevância de um diagnóstico bem elaborado que oriente a
expansão urbana e a ocupação territorial.
A questão ambiental deve perpassar a elaboração do Plano Diretor nos
aspectos dopatrimônio natural, cultural e artificial, dispondo sobre a
utilização e preservação dos recursos naturais existentes, a utilização e
a conservação do patrimônio natural e cultural e o disciplinamento do
patrimônio ambiental artificial.
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO/ZONEAMENTOAMBIENTAL
O zoneamento ambiental é um dos instrumentos previstos na Lei
6.938/81, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente e Sistema
Nacional do Meio Ambiente.
O artigo 4º do Estatuto da Cidade (Leiº 10.257/2001) estabelece que o
zoneamento ambiental é um dos instrumentos do planejamento
municipal.
O zoneamento ambiental visa oferecer subsídios ao planejamento
municipal, incluindo-se aí a utilização dos recursos ambientais.
Somente pode haver uma Lei de Uso e Ocupação do Solo a partir de
um estudo interdisciplinar e metodológico que revele as características
do meio ambiente (diagnóstico e prognóstico).
Um zoneamento ambiental é apresentado em forma de representação
cartográfica de áreas com características homogêneas. Desse modo,
elucida a melhor alternativa para o uso e ocupação do solo.
Tem servido basicamente para a produção de leis que garantam
condições adequadas de iluminação, ventilação, salubridade, melhor
circulação de veículos, a proteção de áreas de interesse ambiental, e
ainda compatibilizar os diversos usos do solo.
Esse diagnóstico ambiental do município levantará as características
ambientais do mesmo, delimitando as áreas mais adequadas aos
diversos usos e ocupações do solo.
Áreas destinadas às indústrias, à preservação permanente, aos
loteamentos residenciais, etc.
ESTATUTO DAS CIDADES
A Reforma Urbana, inaugurada pela Constituição Federal de 1988 em
seus artigos 182 e 183, propiciou o surgimento do Estatuto da Cidade (Lei
10.257/2001), regulamentando aqueles dois artigos constitucionais.
É uma lei que traz grande avanço para uma política urbana voltada para a
função social da propriedade e a gestão democrática da cidade.
O objetivo do estatuto da cidade é disciplinar a função social da
propriedade urbana.
Porém, exige uma estrutura administrativa e recursos para o cumprimento
de suas exigências legais a partir de recursos tão escassos e muitas
vezes mal administrados, característicos dos municípios brasileiros de
pequeno e médio porte.
LEI DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
Lei Federal no 6.766 de 19/12 1979 (Lei Lehman) → não pode haver
ocupação urbana (parcelamento) nas seguintes condições:
- em terrenos alagadiços e sujeitos à inundação, antes de tomadas as
providências para assegurar o escoamento das águas;
- em terrenos que tenham sido aterrados com materiais nocivos à saúde
pública, sem que sejam previamente saneados;
- em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes;
- em terrenos onde as condições geológicas não aconselhem a edificação;
- em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça
condições sanitárias suportáveis, até sua correção.
PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS
O crescimento urbano de uma cidade, sem um devido planejamento,
acarreta muitas vezes desequilíbrios ambientais.
Os efeitos dos mesmos fazem-se sentir sobre todo o aparelhamento
urbano, principalmente sobre os recursos hídricos, que acabam
recebendo todo os efluentes urbanos.recebendo todo os efluentes urbanos.
Um modelo equivocado de planificar o uso do solo urbano pode gerar
graves problemas de ordem ambiental e socioeconômica devido à
ocupação de áreas inadequadas à expansão urbana:
- áreas de várzeas, que tendem provocar alterações no regime
hidrológico, podendo ainda poluir os cursos d'água;
- encostas declivosas, que aceleraram os processos erosivos,
ocasionando principalmente escorregamentos, corridas de terra com
graus diferenciados de fluidez e obstrução da drenagem natural;
- áreas de recarga de aqüífero subterrâneos, o que tende comprometer a
qualidade e a futura utilização desta água ;
- localização inadequada de depósitos de resíduos sólidos em solos com
alta permeabilidade, tendendo contaminar a água de superfície e
subterrânea;
- desmatamento de áreas susceptíveis à erosão, acelerando os processos
de desagregação e transporte de sedimentos em superfície, podendo
provocar ravinamentos e voçorocamento e criando condições para o
assoreamento dos cursos d'água, dentre outros problemas.
Os impactos como poluição, problemas de ofertas dos recursos naturais,
pobreza e distúrbios sociais são os principais fatores que comprometem
o mecanismo de retroalimentação do sistema natural, visto que não
haverá regeneração do ambiente e nem renovação dos recursos
naturais.
A própria urbanização gera um aumento dos sedimentos produzidos nas
bacias hidrográficas de forma significativa, devido às construções,
limpeza de terrenos para novos loteamentos, construções de ruas,
avenidas e rodovias entre outras.
Estas atividades geram assoreamento da drenagem, redução da
capacidade de escoamento de condutos, rios e lagos urbanos e
transportes de substâncias poluentes agregadas aos sedimentos.
O processo de urbanização e as alterações decorrentes do uso do solo
(retirada da cobertura vegetal) e a impermeabilização dos terrenos
causam impactos significativos no ciclo hidrológico, principalmente nos
processos de infiltração, armazenagem nos corpos d`água e fluxo fluvial.
A conseqüência disso é refletida nos alagamentos e inundações
urbanas, que provocam grandes calamidades sazonalmente,
demonstrando a fragilidade do sistema hidrológico urbano.demonstrando a fragilidade do sistema hidrológico urbano.
Quanto à qualidade da água, deve-se levar em conta que o lançamento
de efluentes domésticos comprometem muitas vezes as condições
físico-químicas da água, pois os canais de drenagem recebem uma
grande quantidade de efluentes e dejetos e não têm vazão e volume
capazes de diluir estes dejetos.
Os aqüíferos urbanos são contaminados principalmente pelos resíduos
sólidos urbanos e pela infiltração indiscriminada de águas pluviais
contaminadas pelo transporte de lixo, sedimentos e lavagem de ruas.
Na implantação de loteamentos e obras públicas ou privadas de grande
porte de maneira geral, ocorrem grandes movimentações de terra, onde
se altera, de forma significativa a topografia local.
Normalmente, remove-se a camada superficial, deixando expostos
substratos que, em algumas situações, podem apresentar taxas de
erodibilidade diferenciada.
O preço pago pela inobservância das regras da natureza tem sido muito
caro para as populações e administrações dos centros urbanos
(desastres ecológicos, perdas de vidas humanas e de patrimônio).
ESTUDOS DO MEIO FÍSICO NO PLANEJAMENTO URBANO
Numa estratégia territorial, no que diz respeito aos processos e elementos
ambientais, os trabalhos de planejamento e ordenamento buscam
minimizar os impactos negativos que por ventura possam ser produzidos
com a ocupação.
Em contrapartida, torna-se preponderante delimitar as áreas potenciais ao
crescimento urbano e industrial, minimizando assim futuras ações
corretivas frente à ocupação de sítios inadequados.
A incorporação das características e condicionantes do meio natural nos
estudos de gestão territorial é imprescindível para a otimização do
aproveitamento dos recursos de um território, com a preservação de seus
valores naturais.
A chave para que se consiga uma relação de equilíbrio entre a
exploração e a conservação está em se conhecer o ambiente em que
se quer ocupar.
Isto só é possível com a elaboração de uma cartografia geoambiental
integrada, que sintetize as informações significativas sobre os
processos e características naturais do território.
Especificamente, tem-se o interesse de definir cartograficamente os
setores do território que apresentem maior “qualidade ambiental” e a
partir daí,propor sua preservação, além de recuperar ou reabilitar áreas
que se encontrem degradadas por atividades que sejam incompatíveis
com sua vocação de uso.
Partindo-se de um inventário de trabalhos anteriores, mapas e cartas
existentes, imagens, etc., pode-se desenvolver uma série de análises
sobre o meio físico.
Estudos do meio físico abordam vários aspectos ou temas básicos,
tais como:
Geomorfologia – Formas de relevo predominantes e sua influência nos 
processos naturais, declividades, etc.
Geologia – Tipos litológicos, estruturas existentes, grau de alteração
das rochas.das rochas.
Hidrografia – Delimitação de bacias hidrográficas, regime de fluxo dos
cursos, vazões, etc.
Hidrogeologia – Disposição dos aquíferos, zonas de recarga, potencial
de extração, surgências, etc.
Pedologia – Tipos de solos, sua interrelação e propriedades.
São
Pedro
Santo
Antônio
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Carmo
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PASSAGEM
Cartucha
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Fonte da
Saudade
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Inconfidentes
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Pedro
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663.000
Bacias hidrográficas
Modelos digitais do terreno também são elementos de grande aplicação
Modelo digital do terreno das áreas urbanas e periurbanas de Mariana
Junto a estas informações básicas, outros levantamentos podem ser
executados, abordando aspectos complementares tais como:
Extração mineral – Pedreiras, areais, extração de argilas, etc.
Processos geodinâmicos ocorrentes – Movimentos gravitacionais de
massa, erosão, assoreamentos, inundações, subsidências, etc.
Uso e ocupação atual – Localização dos diversos usos, urbano,Uso e ocupação atual – Localização dos diversos usos, urbano,
industrial, agrícola, etc.
Áreas de interesse ambiental – Unidades de conservação (APAS,
reservas ecológicas, áreas de preservação permanente, etc.).
Problemas ambientais existentes – Áreas degradadas, poluição.
Cartas geotécnicas – Propriedades geomecânicas dos solos e rochas.
Estes produtos podem ser integrados, gerando novos mapas ou cartas,
chamados de síntese, que podem indicar problemas existentes, aptidões
para determinados usos, etc., fornecendo base para análise, indicações
de usos e tomada de decisões, tais como:
- Cartas geoambientais – Diagnosticando as questões ambientais
- Cartas de aptidão – Abordando usos distintos separadamente- Cartas de aptidão – Abordando usos distintos separadamente
- Cartas de risco – Indicando áreas problemáticas quanto à ocupação.
- Cartas de indicação de usos – Sugerindo formas de ocupação.
A análise destes produtos será a base para a elaboração de
zoneamentos para planos diretores, no que se refere ao meio físico.
4 2, 4 1
, 40
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Os produtos gerados, caso sejam mais amplos em área que a zona
urbana, podem também auxiliar na análise e planejamento das áreas
periurbanas.
No entanto, são vários os procedimentos e métodos de integração de
informação cartográficas adotados no planejamento urbano em relação ao
meio físico.
OUTROS ASPECTOS NO PLANEJAMENTO URBANO
No entanto, não é apenas o meio físico que determina ou que deva ser
somente analisado quando se pratica o planejamento urbano. Pelo
contrário, outros aspectos por vezes podem ter maior relevância.
Aspectos bióticos – Fauna e flora são elementos que nunca podem ser
desconsirados numa prática de ordenamento territorial.
Aspectos socioeconômicos – O ser humano e suas relações culturais
com o meio devem ser os orientadores principais do planejamento em
todos níveis.
Assim, o planejamento urbano é uma atividade multi e interdisciplinar,
que deve contemplar o máximo de áreas de atuação e que tenha
condições de realizar diagnósticos e prognósticos equilibrados.
ESTUDO DE CASO – ORDENAMENTO DA ÁREA URBANA DE MARIANA
Metodologia utilizada nos estudos do meio físico na área urbana de Mariana
O ordenamento do distrito-sede foi resultado do conhecimento da
realidade físico-territorial da cidade, considerando as questões ambientais
e urbanas.
Somou-se a estas questões a identificação das características sociais,
econômicas e culturais.
As aptidões de uso e os impactos existentes foram avaliados a partir doAs aptidões de uso e os impactos existentes foram avaliados a partir do
conhecimento adquirido no estudo.
Foram definidas apenas as principais capacidades do território e as
atividades mais desejáveis ou indesejáveis para cada zona.
Critérios: ambiente urbano existente, ações antrópicas sobre o meio e a
existência de um patrimônio natural ou cultural preservado, a ser
protegido
Santo
Antônio
Fonte da
Saudade
Rosário
Barro
Preto
Morada
do Sol
Jardim dos
Inconfidentes
Santana
Galego
São
Sebastião
PLANO DIRETOR DE MARIANA
Zoneamento da Área Urbana
Cartucha
São
Pedro
Vila do
Carmo
ZONAS DE CONTROLE URBANÍSTICO
São aquelas onde a ocupação urbana está consolidada e a tipologia
urbana é bastante mesclada.
Inserem-se, também, as áreas ocupadas pela população de baixa
renda, com construções mais precárias.
ZONA DE EXPANSÃO URBANA
Foram individualizadas a partir dos estudos sobre o meio físico
realizados, no que tange ao uso e ocupação atual e à susceptibilidade e
risco de ocorr6encia de processos geodinâmicos.
Possuem características geotécnicas e ambientais que as habilitam à
ocupação e condições de articulação com o sistema viário existente.
ZONAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Estão inseridas na malha urbana ou adjacentes à mesma, garantindo a
preservação de recursos naturais, como nascentes e cursos d’água. A
cobertura vegetal é expressiva e, principalmente, as atividades antrópicas
são rarefeitas. Não são passíveis de ocupação.
ÁREAS DE PROTEÇÃO PAISAGÍSTICA
Áreas não ocupadas e vegetadas que circundam o núcleo urbano,Áreas não ocupadas e vegetadas que circundam o núcleo urbano,
garantindo sua ambiência e a paisagem envoltória. A cobertura vegetal é
expressiva. Pode ter ocupação rarefeita.
ZONAS DE REABILITAÇÃO AMBIENTAL
São pequenas “manchas” no interior da malha urbana, remanescentes de
cobertura vegetal original ou plantada. Não são passíveis de ocupação.
ZONAS DE REABILITAÇÃO URBANA E AMBIENTAL
As zonas indicadas para reabilitação, englobam as parcelas do território
degradadas, onde se verificam problemas urbanos e/ou ambientais, que
necessitam de intervenções específicas para garantia da segurança e da
qualidade de vida.
São necessárias ações específicas para cada área, que garantam a
mitigação dos impactos já existentes, bem como a proibição de usos emitigação dos impactos já existentes,bem como a proibição de usos e
ocupações que comprometam a reabilitação das mesmas.
ZONAS DE PROTEÇÃO CULTURAL
São aquelas onde a ocupação urbana é antiga e consolidada, englobando
conjuntos com tipologia setecentista bastante preservados e outros
diferenciados, com desenhos e materiais diversos. Abriga diversos
monumentos tombados pela União.
PLANO DIRETOR DE TIMÓTEO
Zona de Especial Interesse Social (ZEIS) - Áreas nas quais há interesse
público em ordenar a ocupação, por meio de urbanização e regularização
fundiária, ou em implantar ou complementar programas habitacionais de
interesse social, que se sujeitam a critérios especiais de parcelamento,
ocupação e uso do solo.
Zona Urbana de Preservação Relativa (ZP-1) - Áreas não parceladas e
não ocupadas, com declividade entre 30% (trinta por cento) e 45%
(quarenta e cinco por cento), onde serão admitidos chacreamentos,(quarenta e cinco por cento), onde serão admitidos chacreamentos,
centros de lazer, clubes recreativos, hotéis-fazenda, acampamentos e
afins, bem como atividades de reflorestamento com fins comerciais,
desde que obedecidas as normas municipais pertinentes e observada a
obrigatoriedade de licenciamento pelo órgão municipal de controle
ambiental.
Área de Proteção Ambiental Serra de Timóteo (APA) - Áreas sujeitas a
Plano de Manejo, definida pela Lei Municipal n.º 2.451, de 04/06/2003.
Zona Urbana de Preservação Absoluta (ZP-2) - Áreas consideradas de
preservação permanente pelas legislações ambientais da União e do
Estado, assim como as ocupadas por matas nativas, as de proteção de
nascentes e margens de águas correntes e dormentes, as de
declividade superior a 45% (quarenta e cinco por cento) e as de
reflorestamento em terrenos com declividade superior a 30% (trinta por
cento), nas quais só serão permitidas atividades relacionadas com as
respectivas funções de preservação.
Zona Urbana Adensável (ZA) - Áreas parceladas ou ocupadas,
destinadas a usos urbanos múltiplos - residenciais, comerciais, de
serviço e industriais, nas quais a infra-estrutura instalada permite o
adensamento.
Zona Urbana de Interesse Econômico (ZE) - Áreas destinadas
exclusivamente aos usos comerciais, industriais e de serviços.
PLANO DIRETOR DE OURO PRETO
BIBLIOGRAFIA
Adail Ribeiro de Carvalho - Planejamento Urbano – por estratégia de
inclusão territorial*
Allaoua Saadi - A geomorfologia como ciência de apoio ao planejamento
urbano em Minas Gerais. Revista Geonomos*
Elzelis de Aguiar Muller, Carlos Alberto de Melo Lima - Planejamento
urbano e águas subterrâneasurbano e águas subterrâneas
João Cândido André da Silva Neto, Valter Guimarães, Ricardo Miranda
dos Santos - Uso do solo e os problemas ambientais urbanos da cidade
de Bodoquena – MS*
José Lázaro de Carvalho Santos - Planejamento e gestão urbana
sustentáveis nos municípios brasileiros*
* Trabalhos disponíveis na Internet
Bitar, O. Y. Curso de geologia aplicado ao meio ambiente. ABGE/IPT,
São Paulo. 1995
Carvalho, E. T. – Geologia urbana para todos. Edição Independente.
Belo Horizonte. 1999.
Oliveira, A. M. S. & Brito, S. N. – Geologia de Engenharia. ABGE, São
Paulo, 1998.
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