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RESUMO PRA P1 DE OCUPAÇÃO

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OCUPAÇÃO E PLANEJAMENTO TERRITORIAL – PROVA 1
AULA 1
ESTUDOS DE ORDENAMENTO E PLANEJAMENTO TERRITORIAL
Base para uma adequada gestão da ocupação do meio físico. Caráter inter e multidisciplinar.
ORDENAR E PLANEJAR
Explorar recursos existentes, territoriais, minerais, hídricos e energéticos, de forma equilibrada e harmônica, buscando o desenvolvimento autossustentável.
A OCUPAÇÃO TERRITORIAL E O AMBIENTE
Recursos naturais minerais e hídricos - decisivos para o desenvolvimento das civilizações. 
Desenvolvimento da humanidade
O homem apodera-se do território e dos materiais dos ambientes em que vive;
Agricultura, exploração de bens minerais, aproveitamento dos recursos hídricos, utilização dos materiais energéticos, áreas urbanas, domínio territorial e desenvolvimento de tecnologias.
Degradação ambiental 
Poluição e destruição dos ambientes naturais; 
Exploração dos recursos até os últimos limites e subutilização ou desvio do uso ótimo dos territórios.
O homem como agente geológico 
Grandes estruturas de engenharia e mineração: Criação de grandes lagos, mudanças na topografia, alterações no regime hídrico, desmatamentos e indução de mudanças climáticas 
Urbanização e o surgimento de grandes metrópoles 
O homem ocupa quase todos espaços naturais, em condições muitas vezes adversas. A urbanização crescente da população mundial, provocando o surgimento de grandes aglomerações urbanas criou um novo ambiente: o ambiente urbano, com processos típicos, mas regidos pelas leis da natureza.
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
Princípios: Constituem linhas gerais de ação, isto é, são direcionamentos genéricos que orientam o desenvolvimento de políticas secundárias. 
Princípio do Desenvolvimento Sustentável: 
▪ Princípio 1: “Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza.” 
▪ Princípio 3: “O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras.”
Princípio da Prevenção e Precaução: 
▪ Princípio 14: “O planejamento racional constitui um instrumento indispensável para conciliar às diferenças que possam surgir entre as exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente.” 
▪ Princípio 15 - Precaução: “Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.”
Princípio da Participação: 
▪ Princípio 10: “A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos.”
Princípio da Poluidor-Pagador: 
▪ Princípio 16: “As autoridades nacionais devem procurar promover a internacionalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos internacionais.”
BRASIL
1981 – Lei de Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) → Antes dela as diretrizes legais eram setorizadas (Código Florestal, Código das Águas, Lei de Proteção à Fauna, etc.) Surgimento de proposta de planejamento ambiental como forma de orientação de ordenamento territorial. 
1986 – Resolução 001 CONAMA → obrigatoriedade de estudos de impacto ambiental no Brasil para empreendimentos diversos. 
1988 – Constituição Federal → Obrigatoriedade de Planos Diretores para municípios com mais de 20 mil habitantes.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Capítulo VI - Do Meio Ambiente: 
▪ Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Objetivos globais de estudos do meio físico envolvendo a componente ambiental
Fornecer orientação básica que permita o uso do meio físico de modo ótimo; 
Assegurar a máxima segurança possível para as populações;
Frente aos perigos e riscos naturais; 
Aproveitamento máximo dos recursos naturais com o mínimo de desequilíbrio ambiental; 
Fornecer subsídios para a recuperação de áreas degradadas para um futuro uso.
PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL
Planejamento – Meio sistemático de se determinar o estágio em que se está, onde se deseja chegar e qual o melhor caminho para tal. 
Ordenamento do território – análise os fatores físicos naturais e socioeconômicos de uma área geográfica; determinação das formas de uso idôneas ou não para cada parte do território; definição da amplitude e localização dos usos; estabelecimento de normas para a ocupação do território e utilização dos recursos na área em questão.
Etapas no processo de ordenamento territorial: 
Planificação → análise, diagnóstico e recomendações
Ordenação → estabelecimento de normas com base na etapa anterior
Manejo e gestão → implantação, acompanhamento e controle de atividades e usos
MEIO FÍSICO E PLANEJAMENTO
Fatores envolvidos no planejamento físicos (e químicos), econômicos, sociais.
Aspectos do meio físico mais relevantes no ordenamento 
Geomorfologia, pedologia, hidrologia, hidrogeologia, recursos minerais e energéticos, geotecnia, processos geodinâmicos, além da natureza litológica dos terrenos envolvidos, condicionante fundamental de todos outros.
Etapas principais dos estudos do meio físico no ordenamento territorial 
Inventário de todos elementos disponíveis de informação;
Caracterização inicial do meio físico;
Cartografia temática;
Definição das propriedades físicas dos materiais existentes;
Definição, caracterização e cartografia dos recursos naturais geológicos existentes;
Identificação e análise dos perigos naturais;
Identificação e localização dos pontos de interesse geológico, paleontológico, arqueológico e paisagístico;
Elaboração de carta de síntese dos elementos do meio físico.
AULA 2 - GEOMORFOLOGIA
Geomorfologia → ciência que estuda as formas do relevo terrestre, assim como sua origem (gênese), composição (materiais) e evolução (processos atuantes). 
Relevo terrestre → resultado da interação da litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera 
Relevo → condicionante fundamental do uso e ocupação do espaço territorial.
Globo terrestre → imensa escultura esculpida pelos processos internos e externos da natureza.
OBJETOS DE ESTUDO DA GEOMORFOLOGIA
Morfogênese: Resultado da atuação dos processos endógenos e exógenos que resultarão nas formas de relevo ao longo do tempo geológico. 
Processos endógenos – Movimentos sísmicos, vulcanismo, tectonismo. 
Processos exógenos – Intemperismo (físico e químico); erosão (denudação); acumulação (deposição).
Morfodinâmica: Processos exógenos e endógenos atuais - fatores do meio físico controladores e as variáveis morfológicas que condicionam o tipo e intensidade do processo.
Morfocronologia: Estudo das idades relativas e absolutas das formas de relevo e os processos a elas relacionados.
Morfometria: Variáveis relacionadas a medidas de altura, comprimento, largura, superfície, volume, altura, declive etc. 
Altitude – Altura em relação ao nível do mar. 
Amplitude – Diferença de altitude entre o topo e o fundo do vale.Extensão – Distância entre o topo (divisor) e a base da vertente. 
Declividade – Inclinação em relação à horizontal. 
Densidade de drenagem – Comprimento dos canais em relação à área. 
Amplitude interfluvial – Distância entre dois interflúvios.
Morfografia: A superfície da Terra caracteriza-se por elevações e depressões que constituem o relevo.
Macroformas – Depressões, planícies, planaltos e montanhas.
Formas menores de relevo – Chapadas, tabuleiros, escarpas, serras, morros, morrotes, colinas e terraços.
TIPOS DE RELEVO
Relevo plano – Planícies, terraços, tabuleiros e chapadas. 
Relevo suave – Colinas. 
Relevo suave ondulado – Colinas e morrotes. 
Relevo ondulado – Morros e morrotes. 
Relevo fortemente ondulado – Morros e serras. 
Relevo montanhoso – Montanhas e serras. 
Relevo escarpado – Serras e escarpas.
VERTENTES OU ENCOSTAS
É a mais básica de todas as formas de relevo, razão pela qual assume importância fundamental: Permitem o entendimento do processo evolutivo do relevo em diferentes circunstâncias, o que leva à possibilidade de reconstituição do modelado como um todo. Sintetizam as diferentes formas do relevo tratadas pela geomorfologia, encontrando-se diretamente alterada pelo homem e suas atividades.
Levantamentos geomorfológicos podem indicar o comportamento morfodinâmico de áreas e setores da paisagem, considerando as declividades, características do manto de alteração, cobertura vegetal e processos geodinâmicos.
REDE DE DRENAGEM
Sistema definido pelas condições geomorfológicas. É a forma de escoamento de uma bacia hidrográfica. A rede de drenagem pode ser caracterizada a partir de diferentes parâmetros descritores: área, textura, tipo de drenagem, hierarquia fluvial, etc.
PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO
Se desenvolve sobre a calha de um vale preenchido por terrenos aluvionares e que apresenta baixa declividade. Em épocas de cheia, o canal fluvial extravasa e inunda a região.
TERRAÇOS FLUVIAIS
Antigo nível de planície que não pode mais ser alcançado pelas águas do rio, nem mesmo nas cheias.
AMBIENTES COSTEIROS
Exemplos: Planícies marinhas, planícies flúvio-marinhas, terraços marinhos, praias, campos de dunas, restingas.
AULA 3 – SOLOS E OCUPAÇÃO TERRITORIAL
IMPORTÂNCIA
Os solos são fatores decisivos (potencializadores ou limitantes) em qualquer prática de ocupação territorial. Os solos são os receptores imediatos dos efeitos das atuações sobre o meio físico: erosão, perda de fertilidade, contaminação, compactação, etc. Assim, é importante determinar e interpretar as propriedades que conferem aos solos a aptidão ou vulnerabilidade frente as atuações humanas.
CARACTERÍSTICAS E QUALIDADES
Características – Atributos que podem ser medidos ou estimados (textura, estrutura, conteúdo de matéria orgânica, etc.). 
Qualidades – Atributos que influenciam a capacidade ou aptidão do solo para um determinado uso (disponibilidade de água, resistência à erosão, produtividade, etc.).
Pedologia → ciência que estuda os solos do ponto de vista de sua formação e evolução.
Mecânica dos solos → estudo das propriedades físicas e mecânicas para utilização como suporte de edificações, estabilidade frente a escavações e utilização como material natural de construção.
Recurso finito, limitado e “não renovável” → taxas de degradação potencialmente rápidas, que têm aumentado nas últimas décadas (pela pressão crescente das atividades humanas) em relação às suas taxas de formação e regeneração extremamente lentas.
Degradação do solo → reduz a sua disponibilidade e viabilidade a longo prazo, alterando a sua capacidade para desempenhar funções a ele associadas. 
Desertificação → perda de capacidade do solo para realizar as suas funções, deixando de ter condições de manter ou sustentar a vegetação. 
Principais ameaças → erosão, mineralização da matéria orgânica, redução da biodiversidade, contaminação, impermeabilização, compactação, salinização, efeito degradante das cheias e dos movimentos de massa. 
Erosão → principal ameaça ambiental para a sustentabilidade e capacidade produtiva do solo. 
Ex: Desmatamento, superutilização na agricultura e intervenções humanas 
Impermeabilização → redução da superfície do solo disponível, reduzindo a capacidade para realizar as suas funções, nomeadamente a absorção de águas pluviais. 
Ex: Construção de habitações, estradas e outras ocupações.
Compactação → ocorre quando sujeito a uma pressão mecânica. 
Ex: Uso de máquinas ou sobrepastoreio.
Redução da biodiversidade → deficientes práticas agrícolas ou por outras razões já apontadas, tornando-os mais vulneráveis à degradação. 
Salinização → acumulação de sais solúveis de sódio, magnésio e cálcio nos solos, reduzindo a sua fertilidade. 
Ex: Irrigação quando a água das regas apresenta maiores quantidades de sais. 
Cheias e os movimentos de massa → são na sua maioria, acidentes naturais intimamente relacionados com a gestão do solo, causando erosão, poluição com sedimentos, danificação de edifícios e infraestruturas e perda de recursos do solo. 
Ex: Subsequente impacto sobre as atividades e vidas humanas.
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Solo residual: Os produtos da rocha intemperizada permanecem ainda no local em que se deu a transformação. 
Ex: Maduro (solo eluvial) ou jovem (solo saprolítico)
Solo transportado: Os produtos de alteração foram transportados por um agente qualquer, para local diferente ao da transformação.
Ex: Aluvionares, eólicos, coluvionares, tálus, marinhos e glaciais
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE SOLOS
Seis níveis categóricos, compreendendo 13 classes no 1º nível (ordens). 
Seguem–se os seguintes níveis: 2º nível (subordens), 3º nível (grandes grupos), 4º nível (subgrupos), 5º nível (famílias) e 6º nível (séries). 
As 13 classes do 1º nível categórico são: Argissolos, Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Latossolos, Luvissolos, Neossolos, Nitossolos, Organossolos, Planossolos, Plintossolos e Vertissolos.
CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS
Profundidade → espessura até o substrato rochoso.
Porosidade → volume ocupado pelos poros (vazios).
Textura → granulometria.
Estrutura → propriedades como resistência, compressibilidade, permeabilidade, aeração, etc.
Pedregosidade → proporção relativa de fragmentos.
Permeabilidade → capacidade de deixar fluir ou transmitir água e ar.
Consistência → grau de coesão e resistência a deformação do solo (argilosos).
Compacidade → reflete o arranjo das partículas do solo mais ou menos compactos (arenosos).
Plasticidade → mudança de forma sem ruptura.
Capacidade de troca catiônica → quantidade de cátions que um solo pode adsorver ou trocar.
Fertilidade → capacidade de fornecer elementos nutrientes para a vegetação.
Produtividade → potencial de produção agrária.
APLICAÇÕES E SOLICITAÇÕES NA ENGENHARIA
Fundações:
Quase todas estruturas são fundadas na superfície;
Transferência de cargas das estruturas para o solo;
Prevenção de assentamentos prejudiciais à estrutura.
Escavações e encostas:
Ação da gravidade e movimentação;
Água, peso de estrutura supera a resistência ao cisalhamento. 
Uso como material de construção:
Mais abundante, por vezes o único;
Propriedades como empréstimo em aterros;
Barragens, base de estradas e ferrovias, etc.
DEGRADAÇÃO DO SOLO
Todo processo capaz de produzir a longo prazo uma mudança profunda e negativa dos ecossistemas. Processo que diminui a capacidade atual e potencial do solo para produzir bens ou serviços.
Degradação química → Remoção de bases, levando à acidificação do solo (decréscimo do pH).
Degradação biológica → Diminuição dos húmus, principalmente devido à redução da cobertura vegetal.
Erosão hídrica e eólica → Processos de perda de solo, com consequências na fertilidade, estrutura, comprometimento de recursos hídricos, etc.
Salinização → Acumulação de sais solúveis na superfície e no perfil do solo por causas naturais ou pela rega com água de má qualidade, principalmente pelo acúmulo de sódio.
CONSERVAÇÃO DOS SOLOS
Práticas de caráter edáfico → Buscam a manutenção e melhoriada fertilidade do solo, pela eliminação ou controle de queimadas, adubações e rotação de culturas.
Práticas de caráter mecânico → Conservação do solo com utilização de máquinas construindo canais ou patamares em linhas de nível, de forma a interceptarem a água de enxurradas.
Práticas de caráter vegetativo → Visam controlar a erosão pelo aumento da cobertura vegetal (reflorestamento, manejo adequado de pastagens, cultivo em faixas, cobertura com palha).
AULA 4 – CONTAMINAÇÃO E REMEDIAÇÃO: SOLO E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
BACIA HIDROGRÁFICA
É a área ou região de drenagem de um rio principal e seus afluentes. É a porção do espaço em que as águas das chuvas, das montanhas, subterrâneas ou de outros rios escoam em direção a um determinado curso d’água, abastecendo-o.
CICLO HIDROLÓGICO
Precipitação;
Interceptação;
Evaporação;
Infiltração;
Transpiração;
Escoamento subsuperficial;
Escoamento subterrâneo;
Escoamento superficial.
Múltiplos usos da água:
Conflitos pelo uso da água:
Abastecimento x irrigação;
Navegação x geração de energia;
Turismo x geração de energia;
Geração de energia x irrigação.
Acentuadas diferenças socioeconômicas + elevado número/diversidade de atividades produtivas = grande complexidade espacial → multiplicidade de problemas relacionados aos recursos hídricos.
ÁGUA SUBTERRÂNEA
Importância para o ordenamento territorial:
Identificação e análise ambiental de uma bacia hidrográfica;
Importante ferramenta na tomada de decisões sobre o planejamento ambiental.
Intervenções antrópicas inadequadas:
Alterações na dinâmica hidrológica, sedimentológica e morfológica dos mananciais;
Contaminação e poluição por diversas vias.
Lençol freático:
Quando o lençol freático intercepta a superfície do terreno, formam-se fontes e/ou cursos superficiais (córregos e rios).
Tipos de aquíferos: livres x confinados
ARTESIANISMO
Aquífero confinado → a água sobe pressionada pela pressão hidrostática devido ao peso da coluna de água entre a região perfurada e a zona de recarga. A água jorrada sobe na tentativa de atingir a zona de recarga.
INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANAS
Extração intensiva → bombeamentos excessivos com consequente descida do nível freático.
Principais consequências: 
Redução da capacidade produtiva;
Indução de fluxos de águas salinas e fluxos contaminados;
Drenagem corpos de água;
Subsidências.
Contaminação → alteração nas características químicas da água que colocam em risco a saúde e o bem-estar do ser humano.
Principais contaminantes/fontes:
Hidrocarbonetos → tanques, refinarias, vazamentos, oficinas mecânicas.
Organoclorados → pesticidas, removedor de graxa, limpeza à seco, indústrias.
Metais pesados → aterros sanitários/industriais, controladores de lixões.
Pesticidas → resíduos industriais, plantações, disposição inadequada de embalagens.
Aterro sanitário: 
Impermeabilização de base;
Drenagem do chorume e de gases;
Segmentado em células.
SÍTIOS CONTAMINADOS
Consequências:
Restrições à urbanização;
Especulação imobiliária;
Exposição à contaminantes;
Desenvolvimento de doenças crônicas;
Possibilidade de explosões/incêndios.
Balanço hídrico: resultado da quantidade de água que entra e sai de uma certa bacia hidrográfica.
ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Instrumento desenvolvido para avaliar a qualidade de água bruta → foco no abastecimento público. É calculado pelo produto das qualidades de água correspondentes a nove parâmetros: oxigênio dissolvido; coliformes termotolerantes; pH; DBO; temperatura da água; nitrogênio total; fósforo total; turbidez e resíduo total.
CALOR
Afeta as características físicas, químicas e biológicas. Altera a cinética das reações químicas e favorece o desenvolvimento de seres termófilos.
EUTROFIZAÇÃO
Excesso de nutrientes;
Aumento da biomassa vegetal;
Diminuição de oxigênio dissolvido;
Morte de organismos sensíveis;
Predomínio de condições anaeróbias;
Ocorrência de uma faixa superficial de algas.
SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
Eleva a turbidez da água;
Reduz a taxa de fotossíntese;
Prejudica a procura de alimentos;
Pode trazer elementos tóxicos.
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS → Lei nº 9.433/1997
Objetivos:
I. Assegurar à atual e às gerações futuras água em quantidade e qualidade;
II. Promover a utilização racional e integrada dos recursos hídricos;
III. Praticar a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos.
Alguns fundamentos:
I. A água é um bem de domínio público;
II. A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III. Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV. A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V. A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Instrumentos:
I. Os Planos de Recursos Hídricos;
II. O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água;
III. A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV. A cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Suspensão da outorga:
Não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;
Ausência de uso por três anos consecutivos;
Necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, etc.
ENQUADRAMENTO DOS CURSOS DE ÁGUA
O instrumento de planejamento deve considerar a qualidade da condição atual do corpo d’água e a qualidade que deveria possuir/manter para atender às necessidades estabelecidas pela sociedade.
PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA
Resolução CONAMA 357/2005: Estabelece as classes de qualidade para as águas doces, salobras e salinas.
Resolução CONAMA 430/2011: Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluente.
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS – IGAM: Autarquia estadual responsável por planejar e promover ações direcionadas à preservação da quantidade e qualidade das águas de Minas Gerais.
Atividades:
Concessão de outorga de direito de uso da água;
Monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneos do Estado;
Planos de recursos hídricos;
Consolidação de Comitês de Bacias Hidrográficas e de Agências de Bacia.
COMITÊ DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Competências:
Promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos;
Aprovar o plano de recursos hídricos de bacia;
Acompanhar a execução do plano;
Arbitrar conflitos pelo uso da água;
Estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água.

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