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TECIDOS CONJUNTIVOS Variedades Greg Kitten Introdução A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados • Tecidos Conjuntivos de sustentação Frouxo Denso Modelado / Ordenado Não modelado / Desordenado Elástico Reticular Mucoso Embrionário/ Mesenquimático Sangue / Hemocitopoiético Adiposo Unilocular Multilocular Cartilagem Osso Introdução A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados • Tecidos Conjuntivos de sustentação Frouxo Denso Modelado / Ordenado Não modelado / Desordenado Elástico Reticular Mucoso Embrionário/ Mesenquimático Sangue / Hemocitopoiético Adiposo Unilocular Multilocular Cartilagem Osso Tecido Conjuntivo Frouxo • Não há predomínio de nenhum componente; • As células mais comuns são fibroblastos e macrófagos; • Consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações. Caracterização Di Fiori (1995) Tecido Conjuntivo Frouxo • Sob os epitélios; • Em torno de vasos sanguíneos; • Entre fibras e feixes musculares; • Circundando o parênquima das glândulas. Localização Welsch (1999) Gartner, Hiatt (1999) Tecido Conjuntivo Frouxo * Tecido Conjuntivo Frouxo (mesentério 10X) Núcleo de fibroblasto Fibra elástica Feixe de fibras colágenas Tecido Conjuntivo Frouxo (mesentério, 10X) Tecido Conjuntivo Frouxo (mesentério, 40X) Tecido Conjuntivo Frouxo • Contém muitas células transitórias responsáveis por inflamação, alergia e resposta imunológica; • É o primeiro local onde o organismo ataca antígenos, bactérias ou outros invasores. Correlação Clínica Martini (1989) Introdução A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados • Tecidos Conjuntivos de sustentação Frouxo Denso Modelado / Ordenado Não modelado / Desordenado Elástico Reticular Mucoso Embrionário/ Mesenquimático Sangue / Hemocitopoiético Adiposo Unilocular Multilocular Cartilagem Osso Tecido Conjuntivo Denso • Possui mais fibras e menos células; • Menos flexível do que o frouxo, e muito mais resistente às trações. • A orientação e arranjo dos feixes de fibras colágenas tornam-no resistente às trações. Caracterização Gartner, Hiatt (1999) Tecido Conjuntivo Denso – Tipos: • Modelado / Ordenado: - feixes de fibras colágenas paralelos entre si; - resistente a trações exercidas numa só direção; - encontrado em tendões e ligamentos. • Não modelado / Desordenado: - feixes de fibras colágenas em arranjo aleatório; - resistente a trações em várias direções; - encontrado na derme, bainha de nervos, cápsulas do baço, ovários, rins, linfonodos etc. Tecido Conjuntivo Denso Martini (1989) Modelado Não Modelado TECIDO CONJUNTIVO DENSO Menos flexível que o frouxo, resistente a trações, Prodomínio de fibras colágenas Denso não modelado (resistência a trações em todas as direções) ex. derme profunda Denso modelado (resistência a trações em direção específica) Ex. tendões Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Tendões: feixes de fibras colágenas que conectam músculos aos ossos. - Envolto pelo tecido conjuntivo denso modelado. Tecido Conjuntivo Denso Modelado Tecido Conjuntivo Denso Modelado Tendão Núcleos de fibroblasto Fibras colágenas Introdução A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados • Tecidos Conjuntivos de sustentação Frouxo Denso Modelado / Ordenado Não modelado / Desordenado Elástico Reticular Mucoso Embrionário/ Mesenquimático Sangue / Hemocitopoiético Adiposo Unilocular Multilocular Cartilagem Osso Tecido Conjuntivo Elástico • Fibras elásticas abundantes formando feixes; • Os espaços entre as fibras elásticas é ocupado por fibras colágenas e fibroblastos achatados. Caracterização Ross et al. (1993) Welsch (1999) Tecido Conjuntivo Elástico • Ligamentos amarelos da coluna vertebral; • Ligamento suspensor do pênis; • Parede de vasos sanguíneos de grande calibre. Localização Alberts et al. (1999) Tecido Conjuntivo Reticular As fibras colágenas (tipo III) formam redes, mescladas com fibroblastos e macrófagos; Fibroblastos especializados (células reticulares) ajudam a formar o retículo que sustenta as células livres.... Forma o arcabouço de sustentação de órgãos formadores de células do sangue, etc. Caracterização Junqueira, Carneiro (1999) Baço Tecido Conjuntivo Reticular • Sinusóides hepáticos; • Tecido adiposo; • Medula óssea e órgãos hematopoéticos; • Músculo liso. Localização Welsch (1999) Fígado Tecido Conjuntivo Reticular 10X Tecido Conjuntivo Reticular 40X Tecido Conjuntivo Reticular Tecido Conjuntivo Mucoso • Consistência gelatinosa; • Predomínio de substância fundamental amorfa (especialmente ácido hialurônico); • Poucas fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares. • [cordão umbilical – células tronco, MEC, laminina etc] Caracterização Geléia de Wharton Fibroblasto SFA TECIDO MUCOSO Predomínio de matriz extracelular Encontrado no cordão umbilical (“gelatina de Wharton”) e na polpa dental jovem. cordão umbilical Tecido Conjuntivo Mesenquimático • Muito semelhante ao tecido conjuntivo mucoso, exceto pelo fato de possuir células pluripotentes; • Abundante substância fundamental amorfa e células em constantes divisões mitóticas. Caracterização Células mesenquimáticas indiferenciadas SFA Tecido Conjuntivo Mesenquimático As células tendem a formar grupos (blastemas) a partir dos quais se originam todos os tecidos conjuntivos, de suporte, musculares e órgãos de origem mesodérmica (ex.: parte do rim e córtex da adrenal). Caracterização Kristic´ (1985) Introdução A classificação dos tecidos conjuntivos reflete o componente predominante ou a organização estrutural do tecido: • Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos • Tecidos Conjuntivos Especializados • Tecidos Conjuntivos de sustentação Frouxo Denso Modelado / Ordenado Não modelado / Desordenado Elástico Reticular Mucoso Embrionário/ Mesenquimático Sangue / Hemocitopoiético Adiposo Unilocular Multilocular Cartilagem Osso TECIDO ADIPOSO Tecido Conjuntivo Adiposo • As células adiposas podem ficar isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo comum, embora a maioria se agrupe no tecido adiposo espalhado pelo corpo.Caracterização Welsch (1999) Adipócitos Armazenamento eficiente de energia: triglicerídeos fornecem 9,4Kcal/g, contra apenas 4,1kcal/g do glicogênio; Funções: Modelamento da superfície do corpo, sendo em parte responsável pelas diferenças entre o corpo do homem (15-20% de gordura corporal) e da mulher (20-25% de gordura corporal); Como as gorduras são má condutoras de calor, o tecido adiposo contribui para o isolamento térmico do organismo; Formação de coxins absorventes de choques, principalmente na planta dos pés e palmas das mãos; Preenchem espaços entre outros tecidos, ajudando também a manter certos órgãos em suas posições originais; Os adipócitos multiloculares são especializados em produzir calor, ajudando na termorregulação. Variedades do Tecido Adiposo Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular: células adiposas contêm apenas uma gotícula lipídica que ocupa quase todo o citoplasma. Tecido adiposo pardo, ou multilocular: formado por células que contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. - Importante reserva energética (triglicerídeos), modela superfícies, absorve choques, isolamento térmico. - Tipos: adiposo unilocular e multilocular (pardo) TECIDO ADIPOSO Mama Adipócitos Formam o tecido adiposo unilocular (cor branca ou amarela), abundante no adulto; Células grandes, esféricas, mas que se tornam poliédricas quando se reúnem no conjuntivo; Acumulam gordura continuamente em uma única gotícula (sem membrana) que acaba preenchendo quase todo o citoplasma. Uniloculares: Ross et al. (1993) Tecido adiposo unilocular Tecido adiposo multilocular Adipócitos Formam o tecido adiposo multilocular ou pardo, mais frequente no feto e recém-nascido ; Células menores e mais poligonais, com núcleo esférico e pigmentos carotenóides; Acumulam gordura em várias gotículas lipídicas; 1 Gartner, Hiatt (1999) Multiloculares: 2 pathology.mc.duke.edu/research/PTH225.html 1 2 Principal função: produção de calor (importante como auxiliar na termoregulação do recém-nascido). UFMG Função: dissipar a energia em forma de calor. Acelera a lipólise e oxidação dos ácidos graxos. - Termogênese: importante para mamíferos que hibernam. A termogênese depende da fisiologia mitocondrial: atividade da proteína desacopladora (UCP-1) ou termogenina só existente em mitocôndrias do tecido adiposo multilocular. Tecido Adiposo Multilocular M.Mit.Externa M.Mit.Interna Espaço intermembranoso UCP-1 ou termogenina. Dissipa o gradiente de prótons através da membrana interna quando os elétrons passam pela cadeia transportadora de elétrons. A UCP-1 desacopla a produção de ATP do movimento de prótons contra o gradiente de concentração, gerando calor. Tecido adiposo multilocular Tecido Conjuntivo Adiposo Tipos Unilocular Multilocular Adipogênese Pré-adipócito IGF-1 (Insulin-like Growth Factor): A ligação do IGF- 1 ao receptor IGF-1R estimula a formação dos dois tipos de tecido adiposo, dependendo das necessidades metabólicas do organismo. IGF-1R Adipogênese Adipócitos Armazenam triglicerídeos; Possuem receptores de membrana para diversos mensageiros químicos (neurogênicos e humorais), o que explica seu metabolismo complexo; Em casos de necessidade, os lipídeos são primeiro retirados dos depósitos subcutâneo, mesentérico e retroperitoneal; os dos coxins das mãos e pés resistem mais tempo. Armazenamento e liberação de gordura: Gartner, Hiatt (1999) Adipócitos Armazenamento e liberação de gordura nos adipócitos Origem dos Triglicerídeos (ARMAZENAMENTO) - Absorvidos da alimentação; - Trazidos até às células adiposas como Triglicerídeos dos quilomícrons (90% triglicerídeos, restante: colesterol, fosfolipídeos e proteínas); - Ocorre a hidrólise dos quilomícrons em ácidos graxos. Mobilização dos Triglicerídeos (LIBERAÇÃO) A hidrólise dos triglicerídeos para a liberação é desencadeada pelo hormônio noradrenalina. -A noradrenalina estimula uma via celular [do AMP cíclico (cAMP)]... -...ativando a enzima Lipase Sensível a Hormônio (LSH). - Hidrólise, pela LSH, dos triglicerídeos armazenados, formando-se ácidos graxos e glicerol que se difundem para os capilares para a distribuição em outros tecidos. Significado clínico: obesidade e diabetes -Distúrbio no equilíbrio energético: energia ingerida > energia consumida. - Aumento na adiposidade visceral está associado a um alto risco de resistência à insulina, dislipidemia e doença cardiovascular. - LEPTINA: proteína de 16-kDa (codificada pelo gene ob) secretada pelos adipócitos. Liberada na circulação: age perifericamente para regularizar o peso corporal. Age sobre os alvos hipotalâmicos envolvidos no apetite e no equilíbrio energético. -Camundongos ob/ob (deficientes em leptina) são obesos e infertéis = essas condições são reversíveis com a reposição de leptina. ob/ob ob/ob control Sem leptina ob/ob FIM
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