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ANATOMIA DE SUPERFÍCIE COXA E JOELHO Prof. William B. Leite FÊMUR O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia. FÊMUR Extremidade proximal: cabeça, colo, trocânter maior e trocânter menor Cabeça do Fêmur: lisa e arredondada Colo: liga a cabeça com o corpo Trocanter Maior: eminência grande, irregular e quadrilátera localizada na borda superior do fêmur Trocanter Menor: localiza-se posteriormente na base do colo. É uma eminência cônica que pode variar de tamanho. FÊMUR Extremidade distal: Face Patelar: articula-se com a patela Côndilo Medial: articula-se com a tíbia medialmente Côndilo Lateral: articula-se com a tíbia lateralmente Fossa Intercondilar: localiza-se entre os côndilos Epicôndilo Medial: proeminência áspera localizada medialmente ao côndilo medial Epicôndilo Lateral: proeminência áspera localizada lateralmente ao côndilo lateral PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Trocânter Maior – Palpação direta Paciente: em Pé Terapeuta: atrás ou ao lado do paciente Manobra: Visualize uma depressão, que está a 3 dedos transversos abaixo da crista ilíaca. Com a polpa dos dedos da mão aprofunde a palpação e sinta uma resistência rígida que corresponde a borda superior do trocânter maior. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Cabeça femoral – Palpação indireta Paciente: Em DL, Coxo femural e joelhos flexionados Terapeuta: em pé, atrás do paciente Manobra: O terapeuta posicionará o seu polegar atrás e abaixo do trocânter maior, deverá penetrar na massa glútea da região. O quadril deverá ser mobilizado, passivamente, em adução e rotação medial, fazendo com que a porção posterior da cabeça femoral se desloque para fora e para trás. 8 PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Côndilo medial – Palpação direta Paciente: Em DD ou posição recostada, com o joelho flexionado Terapeuta: Em pé, de frente para a região anteromedial do joelho do paciente. Manobra: Com a polpa do 2º e 3º dedos da mão, palpará a região anterior do côndilo, iniciando a palpação pelo lado medial do ligamento patelar, na interlinha articular medial do joelho. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Côndilo lateral – Palpação direta Paciente: Em DD ou posição recostada, com o joelho flexionado a 120º Terapeuta: Em pé, de frente para a região anterolateral do joelho do paciente. Manobra: Inicie a palpação pelo côndilo lateral da tíbia para poder subir seus dedos e ir ao encontro da barreira óssea representada pelo côndilo lateral do fêmur. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Epicôndilo medial – Palpação direta Paciente: Em DD ou posição recostada, com o joelho flexionado Terapeuta: Em pé, de frente para a região medial do joelho do paciente. Manobra: Palpe o côndilo medial globalmente e próximo ao seu centro, identifique uma pequena proeminência, bem superficial, que é o epicôndilo medial. Ponto de inserção do ligamento colateral medial do joelho. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Epicôndilo lateral – Palpação direta Paciente: Em DD ou posição recostada, com o joelho flexionado Terapeuta: Em pé, de frente para a região lateral do joelho do paciente. Manobra: Palpe com o indicador, um pequeno tubérculo saliente sobre o côndilo lateral do fêmur. Local da inserção do ligamento colateral lateral do joelho. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Face patelar do fêmur – Palpação direta Paciente: Em DD, com joelho em flexão máxima Terapeuta: Em pé. Manobra: O Terapeuta irá visualizar a face patelar que é uma depressão situada acima da base da patela, irá palpá-la com a polpa de seu indicador. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Interlinha articular – Palpação direta Paciente: Em DD ou posição recostada, com o joelho flexionado a 90º Terapeuta: Em pé, de frente para a região anterior do joelho do paciente. Manobra: Palpe a interlinha posicionando os dedos sobre os côndilos femorais, a cada lado do ligamento patelar. Movendo os dedos posteriormente alcance os ligamentos colaterais do joelho. Confirme a palpação com rotação do joelho, percebendo o movimento dos côndilos tibiais sob o fêmur. PATELA É um osso pequeno e triangular Localizado anteriormente à articulação do joelho. É um osso sesamóide. É dividida em: Base (larga e superior) e Ápice (pontiaguda e inferior). PATELA Face Anterior: convexa Face Posterior: apresenta uma área articular lisa e oval Borda Proximal: é espessa e pode ser chamada de BASE Borda Medial: é fina e converge distalmente Borda Lateral: é fina e converge distalmente A Patela articula-se com o Fêmur, formando a articulação patelofemoral. PALPAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Base/ ápice/ bordas lateral e medial/ face anterior da patela – Palpação direta Paciente: Em DD, joelho estendido ou flexionado Terapeuta: em pé, ao lado do paciente Manobra: palpe com o indicador a base da patela, sem perder o contato desloque o dedo em direção caudal palpando o ápice com seu formato pontiagudo. Entre o ápice e a base, palpe no contorno da patela as suas bordas lateral e medial com os indicadores. Já a face anterior é subcutânea, palpe-a com a polpa do indicador. BASE DA PATELA ÁPICE DA PATELA BORDAS LATERAL E MEDIAL DA PATELA MIOLOGIA DA COXA Tensor da fáscia lata (TFL) Origem: Crista ilíaca e EIAS Inserção: Trato íleo-tibial Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4 – S1) Ação: Rotação Medial do Quadril, flexão e abdução de quadril TÉCNICA PALPATÓRIA TFL Paciente: em DL, com a CF ligeiramente flexionada Terapeuta: em pé, atrás do paciente Manobra: Traçe uma linha entre a EIAS e a borda anterior do trocânter maior. Coloque a polpa de seus dedos no ponto médio dessa linha. Resista aos movimentos de flexão, abdução e rotação medial de CF. Sinta a tensão do TFL e palpe em pinça. Nesta situação, consegue-se palpar lateralmente o trato ilio tibial. SARTÓRIO Músculo mais longo do corpo Origem: Espinha ilíaca ântero-superior Inserção: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Femoral (L2 – L3) Ação: Flexão, Abdução e Rotação Lateral da Coxa e Flexão e Rotação Medial do Joelho TÉCNICA PALPATÓRIA SARTÓRIO Paciente: Em DD Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Peça ao paciente para flexionar a CF, logo abaixo da EIAS mais medial, corresponde ao tendão do sartório. Peça o para combinar a flexão de CF com flexão de joelho e rotação medial da tíbia, palpe o seu ventre. RETO FEMORAL Origem: Espinha ilíaca antero-inferior Inserção: Base da patela Inervação: Nervo Femoral (L2 – L4) Ação: Flexão do quadril, extensão de joelho, participa na anteversão pélvica TÉCNICA PALPATÓRIA RETO FEMORAL Paciente: Em DD Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Palpe fossa crural que fica 3 dedos transversos abaixo da EIAS, com a mão cefálica. Com a mão caudal, na região anterior do tornozelo, resista à flexão de CF combinada com a extensão de joelho. Palpe com a polpa dos dedos da mão cefálica o ventre do reto femoral. BÍCEPS FEMORAL Origem: Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera Inserção: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2), exceto L5 para a cabeça longa Ação: Extensão do Quadril, Flexão do Joelho e Rotação Lateral do Joelho TÉCNICA PALPATÓRIA BÍCEPS FEMORAL Paciente: Em DV Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Peça ao paciente para realizar uma flexão do joelho combinada com rotação lateral do joelho. Visualize um tendão proeminente no lado lateral da região posterior da coxa. Com a mão caudal no tornozelo do paciente, resista a flexão do joelho. Palpe o tendão da porção longa e deslocando os dedos cranial e um pouco medialmente o ventre do músculo. No sulco entre a borda lateral do tendão do bíceps e a borda posterior do trato ilio tibial palpe a porção curta. SEMITENDÍNEO (SEMITENDINOSO) Origem: Tuberosidade isquiática Inserção: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho TÉCNICA PALPATÓRIA SEMITENDÍNEO Paciente: Em DV, com o joelho flexionado Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Resista com a mão caudal no tornozelo, à flexão do joelho combinada com a rotação medial da tíbia. Com a polpa dos dedos de sua mão cefálica, palpe o tendão mais medial na região posterior da coxa. Acompanhe esse tendão cefalicamente até o terço médio da coxa e palpe sua porção carnosa. SEMIMEMBRANOSO Origem: Tuberosidade isquiática Inserção: Côndilo medial da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho TÉCNICA PALPATÓRIA SEMIMEMBRANOSO Paciente: Em DV, com o joelho flexionado Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Identifique o tendão do semitendinoso na região posterior e distal da coxa, é o tendão + saliente no lado medial da região posterior da coxa. Com a mão caudal localizada no tornozelo, resista à flexão do joelho combinada à rotação medial da tíbia. Sinta a tensão do semimembranoso que se encontra descoberto do semitendineo nessa região, mais medial. GRÁCIL Origem: Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Inserção: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L3) Ação: Adução da Coxa, Flexão e Rotação Medial do Joelho TÉCNICA PALPATÓRIA GRÁCIL Paciente: Em DD, com a CF flexionada e abduzida, joelho estendido Terapeuta: Em pé, segurando o MI do paciente Manobra: Com a mão caudal, resista aos movimentos simultâneos de adução e flexão de CF, mantendo o joelho do paciente estendido. Com a mão cefálica, palpará o terço proximal ou médio da porção carnosa do grácil. ADUTOR LONGO Origem: Superfície anterior do púbis e sínfise púbica Inserção: Linha áspera Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L4) Ação: Adução da Coxa TÉCNICA PALPATÓRIA ADUTOR LONGO Paciente: Em DD, com a CF ligeiramente abduzida, joelho flexionado Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente Manobra: Segure o MI com a mão caudal, as polpas do polegar e do 2º dedo de sua mão cefálica irão palpar a sínfise púbica, para depois se deslocarem caudalmente e lateralmente a ela, para encontrarem o tendão do adutor longo. A mão caudal resiste a adução e os dedos da mão cefálica sentem ainda mais saliente o tendão, a partir dele, palpe a porção carnosa do Adutor longo. MANOBRA DIFERENCIAL GRÁCIL E ADUTOR LONGO Paciente: Sentado, com os pés apoiados no chão Terapeuta: Em pé ou sentado para orientar o paciente Manobra: Auto palpação – Paciente coloca o 2º e 3º dedo de sua mão homolateral na seguinte ordem: 2º dedo no tendão do adutor longo e 3º dedo abaixo e medial sobre aponeurose do grácil. Com a mão contralateral posicionada na face medial de seu próprio joelho, resista à adução da CF, os dois tendões ficam salientes. Cessar o movimento e depois pressione o pé no solo como se fosse deslocar o calcanhar para trás e os dedos em direção ao outro pé. Nessa situação somente o grácil ficará tenso. Muito Obrigado!
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