Trabalho analise do nível da escrita

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ANDREIA DOS SANTOS BENTO
EVALDO LUZIVAN DANTAS DE MEDEIROS
MARIS TEREZA TELES DE OLIVEIRA
 PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA: Relatório de uma pesquisa teórica e prática
NATAL/RN
2017
ANDREIA DOS SANTOS BENTO
EVALDO LUZIVAN DANTAS DE MEDEIROS
MARIA TEREZA TELES DE OLIVEIRA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA: Relatório de uma pesquisa teórica e prática
 Pesquisa teórica e pratica produzida para a disciplina Organização e Práticas Alfabetizadoras, como requisito parcial para nota da II unidade do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Facex. 
Orientador: Prof. Eleide Gomes Teixeira
NATAL/RN
2017
Introdução
Esta pesquisa qualitativa objetiva analisar os níveis e hipóteses de escrita de crianças, segundo a teoria de Emília Ferreiro sobre a Psicogênese da Língua Escrita, foi realizado um estudo sobre tais conceitos, através de uma pesquisa exploratória, que nos ajudou a desenvolver uma aproximação com o assunto estudado. Para isto realizamos uma sondagem diagnóstica com uma atividade impressa para nomear três figuras e duas imagens para elabora duas frases, a atividade foi gravada, apresentada e comentada em sala de aula, os sujeitos dessa sondagem foram duas crianças de idades diferentes a primeira é Alicia de 4 anos e a segunda Deliane de 6 anos ambas estudam em Instituições diferentes de Educação Infantil pública no município de Natal, a primeira estuda no nível II e a segunda no nível II.
Atualmente muitos são os estudos sobre aprendizagem que buscam compreender e esclarecer sobre como a criança aprende. Não podemos deixar de fazer referência os estudos da psicogênese da Língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, de acordo com esses estudos a aprendizagem se processa mediante a interação do aprendiz com a escrita mediada pela ação (mental) com a escrita – experimentações de escrever e ler. 
O processo de aquisição da linguagem e da escrita não difere do processo de aprendizagem, ambos acontecem no decorrer de toda a vida do ser humano.
Segundo Marchesan e Zarzi (1999/2000) “a aprendizagem da escrita pode ter início na vida da criança muito antes de que qualquer tentativa formal de ensino seja proposta.”
Já Ferreiro e Teberosky (1999) afirmam que a compreensão dos processos de aquisição de conhecimento sobre a língua escrita, faz necessário no intuito de contribuir na solução de problemas de aprendizagem.” Ferreiro (1995) afirma que as crianças não são meros aprendizes, e sim sujeitos que sabem. São protagonistas do seu próprio conhecimento. No processo de desenvolvimento, a criança adquire novas formas de comportamento, adquirindo conhecimento. Assim, assimilam conhecimentos e logo após começam a testar suas próprias hipóteses, por necessidade de compreensão de informações.
Ferreiro (1995) acredita no que as crianças são participantes ativos de seu próprio conhecimento e, por isso enfatiza a importância construção das hipóteses de escrita das crianças.
Nesse sentido, a aplicação da sondagem diagnóstica com as crianças, os resultados foram os seguintes: 
Como podemos ver na página anterior Alicia 4 anos, escreve pé da seguinte forma:
I A I O I W A 
Ao ser questionada relata que a palavra não pode ser escrita com menos de 3 letras, peço que repita a palavra e localize o início e o fim, mesmo após a interferência a menina não relaciona as letras a palavra e não faz nenhuma modificação na sua escrita.
Nas palavras que se seguem ocorrem trocas de letras, mas não apresentam valor sonoro.
L A I O I – LÁPIS
O I M N – CELULAR
Ao escrever a frase compreende o sentido de frase por apresenta uma quantidade satisfatória de palavras ainda usa o desenho como forma de escrita.
Por apresentar essas características esta criança encontra-se no nível pré-sílabico. 
Ao analisarmos a escrita de Deliane podemos perceber que ela se contra no nível pré-sílabico pois ela só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a língua oral e acredita que para que uma escrita possa ser lida deve ter pelo menos três símbolos assim podemos perceber na escrita dela ao escrever a palavra:
AGENDELA HOTANA – PÉ
Percebemos que inicialmente ela quase escreve o nome agenda para escrever pé associamos isso ao fato da codificação e decodificação que é acontecida em sala de aula, pois todos os dias os alunos da sala dessa criança fazem a agenda de maneira tradicional. 
 Para escrever o nome das outras imagens ela fez da seguinte forma:
ELIDEAGMON – LÁPIS
MTOANOANO – CÉLULAR
Podemos perceber claramente as características do nível pré-sílabico pois ela não faz a correspondência entre fonema e grafema, para ela as ordens das letras não importam, acredita que só é possível ler e escrever se tiver muitas letras e letras diferentes e variadas. 
Na escrita das frases obtivemos os seguintes resultados:
DEUAO MOAEN – BOLA QUICA E É LEGAL
MOAGMEE MONAOM – A BONECA FALA E É BOA PRA BRINCAR 
 Ela escreve aleatoriamente as palavras, utilizando letras em diferentes posições e não faz relação nenhuma com o som. Além disso, percebemos que a criança repetiu algumas letras do seu nome. Nesse nível de escrita a criança pensa que só existe a possibilidade de escrever substantivos, pois ele tem significado, como podemos ver na primeira frase em que ela não colocou a bola, mas sim bola, ou seja, já partindo do substantivo. Quando ela terminava de escrever cada palavras e frase eu pedi para que fizesse a leitura das palavras, e a leitura foi feita rapidamente, passando o dedo indicador por toda palavra de uma vez só, falando sem pausas, fazendo assim a leitura global e demonstrando realmente não compreender ainda a questão silábica. Existe também marcas da escrita quantitativa pois as palavras têm muitas letras, qualitativa por apresentar letras variadas e diferentes e direção pois ela faz a leitura da esquerda para a direta.
 
Conclusão
A pesquisa realizada nos permitiu compreender na pratica que a teoria de Ferreiro e colaboradores compreende a escrita como uma construção original
e inteligente. 
A realização da coleta de escrita com as crianças nos permitiu enxergar 
que as alunas participantes dessa pesquisa, apesar de estarem, em idade diferentes, encontram-se no mesmo nível de escrita, Alicia que tem 4 anos idade usa as letras do nome para escrever e ainda usa o desenho como forma de escrita, o que causa descontentamento é a segunda criança Deliane tem 6 anos e 6 meses já está indo para o ensino fundamental e ainda se encontra no nível pré-sílabico de leitura e escrita. Evidenciamos que a criança no nível pré-sílabico como em todas as outras fases necessitam de estimulo que favoreça o seu desenvolvimento de forma adequada, nós, como professores, precisamos perceber que as crianças não são apenas receptoras de informações e conhecimentos, mas são inteligentes, criativas e pensantes.
A contribuição desses estudos é muito importante para a organização pedagógica da aprendizagem da escrita pela criança. 
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1999.
MARCHESAN, Irene, ZORZI, Jaine. Anuário CEFAC de fonoaudiologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
CÓCCO, Maria Fernandes, HAILER, Marco Antônio, Didática da Alfabetização: decifrar o mundo: Alfabetização e Socioconstrutivismo. São Paulo:FTD, 1996.