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Avaliação laboratorial da função do pancreas

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Fundação Presidente Antônio Carlos – FUPAC
UNIPAC Lafaiete
Avaliação laboratorial do Pâncreas Endócrino e Exócrino
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Patologia Clínica e Diagnóstico Laboratorial Medico Veterinário
Docente: Paulo Gabriel Pereira da Silva Júnior
Discentes: Annyellen Rodrigues de Souza
Letícia 
Patrícia
Conselheiro Lafaiete, 27 de Novembro de 2017.
INTRODUÇÃO
O pâncreas exerce importante função no organismo dos animais como glândula mista que se encontra anexa ao sistema gastrointestinal desepenhando papel tanto endócrino como exócrino através de suas células. 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
O pâncreas endócrino executa a função hormonal na liberação de muitos hormônios de extrema importância como é o caso da insulina, glucagon e a somatostatina. Doenças que acometem de forma aguda ou crônica essa glândula podem levar animais como cães e gatos a terem diversos tipos de problemas, portanto são necessários testes que possam diagnósticas as funções comprometidas para se tomar as devidas providências. Segue alguns testes:
Glicemia
É realizado para saber qual o nível de glicose no sangue. Deve ser feito com o animal em jejum de 12 horas.
Pode ser feito com o método de fitas reagentes, porém o resultado pode ser incorreto em caso de hipoglicemia e hiperglicemia muito elevadas.
Também é feito pela coleta usual de sangue. Insere-se a agulha de calibre ideal nas veias cefálica, jugular ou safena e coloca-se o material no tubo com anticoagulantes. É indicado que o teste de glicemia seja feito de 20 a 30 minutos, pois as células do sangue utilizam a glicose, mas, pode ser realizado em uma diferença de tempo maior se o soro for separado das células imediatamente.
Valores de referência da glicose: inferior a 70 mg/dl: hipoglicemia
 70 a 110 mg/dl: normal
 110 a 125 mg/dl: pré-diabetes
 Superior a 125 mg/dl: diabetes 
Causas de hipoglicemia: demora na separação do soro das hemácias, doenças hepáticas, hiperinsulinismo, neoplasias extrapancreáticas.
Causas de hiperglicemia: pós-prandial, epinefrina do exercício, elevação dos glicocorticoides, Diabetes mellitus, pancreatite aguda, medicamentosa ou tóxica, glucagon.
Causas de hiperglicemia transitória: anestesia geral, epinefrina, exposição ao frio, morfina, digestão, emoção e ingestão de glicose.
Provas de tolerância à glicose
A prova de tolerância a glicose feita pela forma oral ou intravenosa, serve para observar a intolerância à glicose em pacientes hiperglicêmicos persistentes, cujo limiar renal está abaixo do normal (160 a 180 mg/dl). Também pode ser feita para avaliar a absorção intestinal e avaliar um indivíduo com hipoglicemia e com suspeita de neoplasia funcional de células beta.
Em um cão, o nível de glicose no sangue é medido após o animal ter feito um jejum de 12 horas (para medir a glicemia basal). Após a primeira coleta, é dado ao animal 1g de glicose/ 2,2 kg. O sangue é coletado novamente nos intervalos de 20, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos. 
Em animais saudáveis, a taxa de glicose deve atingir 160 mg/dl em 30 a 60 minutos e retornar aos valores normais em 120 a 180 minutos.
Na diabetes, os valores não voltam ao normal em 180 minutos. Hiperadrenocorticismo pode ter resultados parecidos com os animais diabéticos. E em animais com a absorção intestinal desregulada, o valor não atinge 160 mg/dl em 60 minutos. No caso de tumor de células beta, há um pico inferior da concentração de glicose e retorna a valores hipoglicêmicos 60 a 120 minutos após a dose de glicose.
No gato, para ser feita a prova de tolerância à glicose, é administrada uma dose inferior, de 0,25g/2,2 kg. Será realizada as coletas de sangue nos devidos intervalos de tempo. No animal saudável a concentração de glicose voltará ao normal em até 90 minutos, caso isso não aconteça, o diagnóstico é de Diabetes mellitus.
Insulina
É realizado para saber qual o nível de insulina no sangue para que possa ser feito o diagnóstico de algumas doenças, como diabetes e insulinomas, investigar as causas de hipoglicemia aguda ou crônica, monitorar a produção de insulina endógena pelas células beta, etc. Porém, muitas vezes, o médico veterinário precisa pedir em conjunto o exame de peptídeo C, para que possa analisar corretamente os exames e dar o diagnóstico correto.
É retirado o sangue através das veias jugular, cefálica ou safena e armazenado o material em um tubo com anticoagulantes, para não alterar a constituição das células sanguíneas.
 O valor de referência em um cão é de 5 a 25 uU/ml e em um gato é de 2 a 10 uU/ml. Um valor inferior a 5 em um cão e a 2 em um gato indica hipoinsulinemia. Valores acima de 25 em cães e 10 em gatos, indicam hiperinsulinemia, geralmente causadas por resistência à insulina (Diabetes mellitus) e/ou tumores. Tem como consequência a desordem no metabolismo na glicose.
Prova de tolerância à insulina
O animal deve estar em uma dieta que tenha no mínimo 300g de carboidratos por 2 a 3 dias antes da realização do exame.
Após 12 horas de jejum, deve-se colher a primeira amostra de sangue para determinar o nível de glicose basal. Depois injeta-se 0,1 unidades/kg de insulina e colhe-se o sangue novamente nos intervalos de 20, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos. 
Nos animais saudáveis, a glicemia abaixa por volta de 50% da concentração em jejum em 30 minutos e depois retorna aos níveis adequados entre 90 a 120 minutos.
Animais que não retorno aos níveis adequados de insulina até os 120 minutos apresentam um diagnóstico de Diabetes.
Diagnóstico de hiperinsulinismo
A hiperinsulinemia é o excesso do hormônio insulina no organismo. Pode ser causado pela obesidade, ingestão excessiva de carboidratos refinados, sedentarismo, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, alterações cognitivas, insulioma. As consequências do hiperinsulinismo são diabetes, pressão alta, lesões nas paredes dos vasos sanguíneos, aumento do colesterol, síndromes metabólicas, doenças ateroscleróticas. Os animais diagnosticados possuem surtos de enfraquecimento e colapso.
Para dar o diagnóstico de hiperinsulinismo podemos utilizar uma fórmula que calcula a associação da proporção de insulina à de glicose (AIGR), dada por:
Insulina sérica x 100 (µU/ml) / glicose sérica (mg/dl) – 30 = AIGR
Prova de resposta ao glucagon
Glucagon: é um hormônio produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans. A concentração plasmática de glicose, é o principal fator regulador de glucagon. Quando o nível de glicose plasmática está baixo, o glucagon é secretado agindo junto com a insulina para adequar e aumentar os níveis de C6H12O6. 
A prova de resposta ao glucagon tem como objetivo levar a liberação de insulina de acordo com o efeito hiperglicêmico do glucagon.
 Após o animal ser submetido ao jejum de 12 horas e ter a concentração de glicose sanguínea determinada, é dado ao animal 0,03 mg de glucagon por via intravenosa.
Uma resposta excessiva da insulina é esperada em pacientes que apresentam tumor funcional das células beta, gerando intensa hipoglicemia, com valores abaixo de 50 mg/dl, entre 45 a 90 minutos depois de administrada o glucagon intravenoso.
Os animais saudáveis que não respondem aos efeitos insulinogênicos do glucagon, não revelam hipoglicemia.
Prova de glucagon e epinefrina
Tanto o glucagon como a epinefrina produzem resposta hiperglicêmica. Com a intenção de diagnosticar um paciente, é mais recomendado o uso do glucagon afim de evitar os efeitos colaterais perigosos da epinefrina, também tem como vantagem que é afetada apenas a glicogenólise hepática e possui uma resposta mais precisa.
O procedimento é realizado com a coleta de sangue depois de injetar 0,01 mg/kg de P.V. intravenosa e realizar outras coletas aos 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos.
Em um homem normal que se injeta epinefrina,espera-se um aumento da glicose em 50% em 30 minutos, ou até em 60 minutos. O retorno de glicemia ao normal espera-se que aconteça em até 120 minutos.
Em bovinos, a administração de 0,7 microgramas/kg de P.V., em 20 minutos duplica ou triplica a glicose plasmática. O aumento da resposta hiperglicêmica à epinefrina e a reseva de glicogênio hepático, são menores em vacas cetônicas que em normais e parece estar baseado em um aumento absoluto mais que em porcentagem.
Corpos cetônicos
Corpos cetônicos são produtos da transformação de lipídios em glicose, apresentam grupo funcional cetona, são sintetizados na matriz mitocondrial dos hepatócitos a partir do excesso acetil-coA, causado pelo excesso de lipólise gerado por uma baixa glicemia, ou seja, jejum prolongado que aumenta a lipólise. Em outras palavras, as cetonas são uma substância química produzida pelo corpo quando, devido a uma falta de insulina,este não é capaz de usar a glicose como fonte de energia, e em vez disso começa a utilizar a gordura.Na diabetes, as cetonas são produzidas quando a glicemia não está bem controlada. Cetonas na urina são um sinal de que o corpo está utilizando gordura para a ter energia em vez de usar a glicose. Isto pode ser porque não há insulina disponível suficiente para levar a glicose a partir da corrente sanguínea para as células a ser usada para produzir energia.
O exame para verificar é feito pelo pelo exame de sangue usual, porém em níveis muito elevados, podem ser encontrados corpos cetônicos na urina. O exame de urina pode ser feito na imersão de tiras de medição específicas (fitas reagentes) comparando o resultado com as cores indicadas na caixa, e também o uso do Acetest e teste de Rothera.
Os valores de referência são: 
Valor inferior a 5 mg/dl: saudável 
Valor de 5 a 20 mg/dl: quantidade pequena
Valor de 20 a 40 mg/dl: quantidade moderada
Valores acima de 40 mg/dl: quantidade grave, evidência de cetoacidose.
Hemoglobina glicosilada
 Hemoglobina glicosilada é a incorporação da hemoglobina a glicose. 
Durante a vida do eritrócito, a hemoglobina se une a glicose devido a quantidade de açúcar livre no sangue, assim, o teste de hemoglobina glicosilada nos mostra uma média das concentrações de glicose sanguínea entre aproximadamente 60 a 90 dias, se diferenciando a glicemia em jejum, que mostra o nível de glicose apenas no momento em que foi feita a coleta. 
Para a realização do exame não é necessário que o paciente faça qualquer tipo de preparo, nem mesmo o jejum. É feito o exame de sangue usual, ou se for pedido apenas o teste de hemoglobina glicosada, pode ser feito apenas uma punção no dedo. Geralmente, o resultado pode ser entregue após uma hora da coleta. 
 Este exame é indicado para monitorar o diabetes do tipo 1 e 2, quando se pretende controlar a glicemia por mais tempo (até três meses), glicemia em jejum acima do normal, poliúria, polidipsia, perda de peso apesar da ingestão normal de alimentos, desidratação, náuseas, mal-estar, fome intensa, parentes com Diabetes mellitus. 
Em caso de pacientes não diabéticos, os valores de referência são:
Normal: 4,5 a 6,5 % 
Pré-diabetes: 5,7 a 6,4 %
Diabetes mellitus (no caso de 2 exames separados): superior a 6,5 %.
Em pacientes diabéticos:
Indicativo de controle da doença e bom tratamento: 6,5 a 7,0 %
Indicativo de mau controle da doença, tratamento deve ser mudado: 7,1 a 12 %
Indicativo de péssimo tratamento: superior a 12 %.
PÂNCREAS EXÓCRINO
As principais funções da parte exócrina do pâncreas é produzir e secretar lipase, amilase, tripsinogênio, quimotripsinogênio, proelastase, procarboxipeptidase e amilase. Existe uma gama de exames laboratoriais que permitem a identificação de vários problemas relacionados a tal função do órgão como lesões do parênquima pancreático que é comprovada pelo extravasamento de enzimas pancreáticas no interstício do pâncreas e na cavidade peritoneal diagnosticado através do aumento na atividade sérica das enzimas. Seguem alguns testes capazes de diagnósticas problemas relacionados com essa função da glândula:                                  
Amilase e Lipase 
A medida da amilase no sangue é usada, com frequência, junto com a dosagem de lipase, para o diagnóstico e o acompanhamento de pancreatites e de outras doenças pancreáticas. Podem ser pedidas também a dosagem de amilase na urina.Em alguns casos, a amilase é medida no líquido peritonial.
A amilase no sangue é pedida quando há sintomas de pancreatite, principalmente dor abdominal intensa na parte superior do abdome ou nas costas. Podem ocorrer outros sintomas menos específicos, como febre, náuseas e perda do apetite.
Alguns medicamentos podem alterar o resultado do exame, então é preciso que o tutor do animal passe o nome de todos os medicamentos usados no momento para o médico veterinário. 
Lipase - Marcador essencial na doença pancreática. 
Condição de coleta- jejum de 8 horas.
Material- sangue. 0,5ml de soro.
Método- cinética automatizada. 
Amilase- 
Condição de coleta - jejum não obrigatório.
Material- sangue. 0,5 ml de soro. 
Método - colorimétrico. 
O aumento da amilase e da lipase séricas, geralmente é causado pela saída das enzimas das células pancreáticas, diretamente para o sangue periférico ou através de vasos linfáticos. O vazamento por alteração da permeabilidade, geralmente é ocasionado por necrose. 
A insuficiência renal crônica pode causar um aumento em uma ou ambas enzimas. Uma vez que a pancreatite aguda pode estar associada à descompensação renal aguda e que os sinais clínicos possam parecer similares, valores 3a 4 vezes maiores de amilase, são indicativos de pancreatite aguda, quando houver insuficiência renal crônica concorrente. A interpretação do aumento de atividade da amilase sérica como indicação da necrose pancreática, depende da demostração da função renal normal. 
Embora a pancreatite ocorra em gatos, muito pouco é conhecido a respeito dos sinais clínicos do processo patológico ou seu diagnóstico. Experimentalmente, observou-se aumento de até duas vezes o valor da lipase e diminuição do valor da amilase, o que o torna diferente do cão, além do fato de que em gatos, não se observa a ocorrência de vômitos nos casos de pancreatite aguda, sendo a hiporexia, letargia, dor abdominal de origem desconhecida e à palpação, aumento de volume doloroso na porção anterior do abdome, os sinais mais comuns. 
A amilase pode estar aumentada de modo inespecífico em certas doenças não pancreáticas, como lesões salivares, prostatite e outras doenças intra-abdominais.
A lipase pode permanecer elevada por período maior que a amilase após a necrose pancreática. Então pode-se relacionar aumentos da amilase e lipase séricas, com processos inflamatórios, necrose e neoplasias pancreáticas, além de obstruções dos ductos pancreáticos, insuficiência renal crônica, uso de glicocorticóides (leve aumento da lipase) e perfurações intestinais. 
11.Interleucina 6 
Método- Quimioluminescência
Condições- Soro. 
Volume recomendável- 0,5 mL. 
Conservação- Até 2 dias refrigerado entre 2 e 8 ºC, após congelar a -20 graus por até 30 dias. 
A interleucina-6 (IL-6) é uma citocina (proteína multifuncional) que pode ser liberada por várias células do organismo frente aos mais diversos estímulos. Mais especificamente, a IL-6 secretada pelos adipócitos, células endoteliais e células do sistema imune é um importante fator na manutenção do estado de baixo grau de inflamação característico da obesidade, diabetes e doença cardiovascular, bem como pela ativação imunológica aguda desencadeada por infecções e sepse.
A produção de IL-6 é regulada, tanto de forma positiva como negativa, por uma variedade de agentes e mecanismos que compreendem os mitogênios, a estimulação antigénica, os lipopolissacarídeos, a IL-1, o TNF, o PDGF e os vírus. Os níveis séricos de IL-6 podem refletir a presença de estímulos inflamatórios sistêmicos, metabólicos e fisiológicos subjacentes. Níveis elevados desta proteína foram encontrados emassociação com diversas patologias, incluindo doenças auto-imunes tais como a artrite , a glomerulonefrite proliferativa mesangial, a doença inflamatória intestinal e tumores malignos tais como os plasmacitomas, os mielomas, os linfomas, as leucemias e o cancro do ovário.
Aumentos modestos de IL-6 podem ocorrer com o envelhecimento, hiperglicemia e após exercício físico.
12.Tripsina e tripsinogênio
Tripsinogênio (TLI) – Tripsina Imunorretiva Caninos (imunorreatividade semelhante à tripsina)
Material: Soro 1,0 ml. Enviar em até 3 dias refrigerado ou congelado por tempo indefinido.
Condições de coleta: Jejum de 6 horas.
Método: Quimioluminesência
Interpretação: O pâncreas exócrino secreta tripsinogênio e outras enzimas digestivas dentro do intestino delgado. Como o tripsinogênio é produzido somente pelo pâncreas, uma baixa concentração sérica de tripsinogênio é achado compatível com insuficiência pancreática exócrina. Já concentrações séricas elevadas de T.L.I. são consistentes com pancreatite aguda, doença renal ou desnutrição. 
13. Polipeptídeo pancreático 
Material: soro congelado 
Volume Lab.: 1,0 mL
Coleta: Jejum necessário de 4 horas.
O polipeptídeo pancreático é um hormônio produzido por células das ilhotas pancreáticas diferentes das que produzem insulina, glucagon e somatostatina. Sua liberação está relacionada com a ingestão de alimentos e com a hipoglicemia. Esse hormônio tem utilidade como marcador de tumores de ilhotas pancreáticas e de outras formas de adenomas endócrinos múltiplos.
Negativo: Inferior a 100 pmol/L
14. Absorção de gordura
Material: Plasma, sendo uma amostra de um animal normal para controle e outra do animal teste.
Coleta: Necessita-se que a coleta do sangue seja feita com heparina após 12 a 24 horas de jejum do animal. Com isso o material obtido será um plasma límpido em ambos os frascos, já que um contém a amostra de controle positivo e outro a amostra do teste. Faz-se a administração de 3 ml de óleo de milho ao animal, por cada kilo de peso vivo através da via oral, repete-se a coleta após 1 e 2 horas e o tubo controle positivo terá plasma turvo. Se o tubo teste contiver ainda plasma límpido será realizada nova prova. Segue agora com nova administração ao animal teste de 3ml/Kg de óleo de milho por via oral adicionada de um composto enzimático pancreático com lípase (pancreatina) e após 1 a 2 horas obteremos por nova coleta o tubo controle positivo com plasma turvo e seguiremos à análise do tubo com plasma do animal teste.
Interpretação: O que se faz é a observação da turbidez do plasma após a centrifugação. É um teste de absorção que avalia a função da lipólise e a absorção de lipídios Caso o tubo do animal teste fique com o plasma turvo como no controle positivo indicará que esse animal tem insuficiência pancreática, caso o plasma permaneça límpido, diferente do tubo controle há indicação de que o animal teste possui síndrome da má absorção. 
15. Testes enzimáticos hepáticos
São testes com diversas avaliações laboratoriais bioquímicas clínicas que são realizados a fim de fornecer informações sobre o estado enzimático ou funcional do fígado do paciente e estes são obtidos através da amostra de sangue dele. O teste de Bilirrubina total examina os níveis de bilirrubina direta e no caso de um resultado de hiperbilirrubinemia, esta pode estar associada à uma pancreatite aguda já que esse aumento é comum, por exemplo, em cães com esse problema. Isso acontece pela liberação de enzimas digestivas ativas na circulação porta hepática o que vem a causar lesões intra-hepáticas ou ainda por uma obstrução do ducto biliar comum devido à uma invasão permanente ou temporária do tecido pancreático ou peripancreático inflamado e gerando uma colesterase.
16. Atividade da quimiotripsina pancreática – teste da bentiromida
Material: Urina
Coleta: Duas amostras de urina, sendo uma em jejum e outra coletada durante 6 horas. 
Armazenamento: As amostras devem ser congeladas a -18ºC 
Valores: Excreção urinária PABA U% Normal ≥ 70,0, Duvidosa 50,0 a 69,9, Diminuída ≤ 50,0, Pós-gastrectomia BII 25,0 a 57,0.
Teste: O teste se dá pela administração oral de bentirimida para que a quimiotripsina que é secretada pelo pâncreas se divida em ácido P-aminobenzóico (PABA) e avalie a funnção absortiva da porção proximal do intestino delgado mensurando a concentração de folato sérico e a fração distal do intestino delgado através da concentração sérica de cobalamina. 
Interpretação: A mensuração citada anteriormente será realizada em quatro pontos a cada trinta minutos, sendo que quando existe insuficiência pancreática exócrina a curva de concentração do PABA será contínua. O mecanismo se dá através do pâncreas que secreta na luz duodenal, tripsinogênio e quimiotripsinogênio. O tripsinogênio se transforma em tripsina através da enteroquinase gástrica e, e esta transforma o quimiotripsinogênio em quimiotripsina. Havendo qualquer falha neste mecanismo a hidrólise da bentiramida será reduzida e não liberará o PABA, consequentemente este será menos absorvido pela mucosa intestinal e menos eliminada na urina. 
17. Exame fecal
Ambos os testes descritos abaixo são realizados a fim de se descobrir se há ou não a presença de tripsina nas fezes do animal. A tripsina é um tipo de enzima produzida pelo pâncreas e está presente nas fezes de animais sadios, em caso de ausência indica a existência de uma deficiência pancreática exócrina, pois significa que não está havendo produção dela pelo pâncreas, já que apesar da dieta é esperado que ela esteja sempre presente.
Prova do filme de raios-X
Material: Usa-se 3 tubos de ensaio, sendo o primeiro com 1 parte de fezes normais, ou se já, de um animal sadio e 9 partes de bicarbonato 5% para ser o controle positivo, outro tubo conterá 10 partes de bicarbonato 5% e será o controle negativo, e o terceiro tubo destinado ao teste conterá 1 parte de fezes para o teste e 9 partes de bicarbonato 5%.
Métodos: Em cada tubo será adicionado uma tira de raio X usado e os tubos serão incubados por uma hora a 37°C ou por 2 horas e meia a 26°C.
Interpretação: O raio-X do tubo de controle positivo ficará transparente indicando a presença de tripsina. O tubo de controle negativo terá o raio-X escuro indicando ausência de tripsina. E o tubo teste nos mostrará presença ou não de tripsina nas fezes do animal analisado.
Prova da gelatina
Material: Usa-se 3 tubos de ensaio contendo 2ml de gelatina 7,5%, 1 ml de bicarbonato 5%. No primeiro será adicionado 1 ml de fezes normais (porção 1:10) que será o controle positivo, no segundo tubo que será o controle negativo adiciona-se 1 ml de solução fisiológica e por ultimo o tubo teste terá a adição de 1 ml das fezes do animal a que deseja fazer o teste.
Método: Os tubos serão encubados por 1 hora a 37°C, depois irão para o refrigerador por 20 minutos.
Interpretação: No tubo controle positivo a gelatina estará liquida e será possível perceber com isso a presença de tripsina. No tubo de controle negativo teremos a gelatina solidificada pela ausência da tripsina e, portanto no tubo teste será feita a avaliação da presença ou ausência da tripsina através da consistência da gelatina. Caso haja presença da tripsina a gelatina estará solidificada indicando que o animal encontra-se normal, caso esteja liquida comprovará a ausência de tripsina indicando má digestão e mal absorção pelo intestino e estar associado à diarréia crônica e perda de peso por disfunção pancreática ou intestinal. 
CONCLUSÃO
Pode-se concluir a partir do conteúdo estudado que existem diversos testes que possibilitam o diagnóstico das doenças que se referem às funcionalidades do pâncreas, já que se trata de um órgão com funções tanto endócrinas quanto exócrinas. Alguns desses testes são eficientes no diagnóstico de alguns animais, outros nem tanto, havendo variação de acordo com cada espécie. Existe também a viabilidade comercial de alguns deles, que por diversas vezes se torna uma grande limitação. É importante salientar a grande dificuldade encontradamuitas vezes em se realizar alguns tipos de teste na Medicina Veterinária, já que nem sempre é possível adotar alguns procedimentos junto ao animal que se pretende analisar. Apesar disso, é de extrema importância conhecer todos os meios possíveis para que o profissional de veterinária, quando em atuação na clínica possa ter em mente todas as possibilidades de se diagnosticar alguma patologia que esteja acometendo as funções endócrinas ou exócrinas do pâncreas de seu paciente, assim como a relação dela com outros sintomas ou distúrbios que esse animal possa estar apresentando para assim cumprir sua função com eficácia. 
BIBLIOGRAFIA
Lopes, Sonia Terezinha dos Anjos, et al. Manual de Patologia Clínica Veterinária. 3. ed. Santa Maria: UFSM/Departamento de Clínica de Pequenos Animais, 2007.
Meyer, D. J. et al. Medicina de Laboratório Veterinária; Interpretação e Diagnóstico. São Paulo: ROCA, 1995.

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