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Avaliação Laboratorial do Pâncreas @livialourencovet PÂNCREAS ENDÓCRINO Ilhotas de Langerhans → produção de hormônios e controle da glicemia. Exócrino → digestão, enzimas da digestão (amilase, lipase e proteases). Quais as fontes de glicose do organismo? Fonte intestinal → ingestão e absorção de glicose. Fonte hepática → o fígado estoca glicogênio e disponibiliza glicose, faz a gliconeogenêse (produção de glicose). Fonte renal → os rins fazem gliconeogênes (porém em menos quantidade). Quais hormônios participam da homeostase da glicose? Hormônio hipoglicemiante → diminui a concentração da glicose. Insulina Hormônio hiperglicemiante → aumenta a concentração da glicose. Glucagon Adrenalina Cortisol GH → hormônio do crescimento Progesterona Situações que envolvem a homeostase da glicose: Hiperadrenocosticismo → aumento da produção de cortisol, animal pode ter hiperglicemia, pois tem excesso de um hormônio hiperglicemiante. Tumor de glândula adrenal → (Feocromocitoma), aumento de adrenalina e hiperglicemiante. Alteração hipofisária → deficiência do hormônio do crescimento, causando hipoglicemia, quanto o excesso do hormônio, causando hiperglicemia. CAUSAS DE HIPOGLICEMIA Lembrar das duas principais fontes → fígado e intestino Lembrar dos hormônios! Causas para maior consumo de glicose: Exercício intenso → consumo da glicose Neoplasia → envolvendo hormônios que controlam a glicemia. Tumores que crescem rapidamente, fazem muita glicólise, produzindo ácido lático, contribuindo para um quadro de acidose metabólica. Sepse → consumo pelos leucócitos. Hipoglicemia juvenil neonatal → fêmea que produza pouca quantidade de leite (agalactia), principalmente em suínos. Animal com período muito longo sem ser alimentado, com baixa reserva de glicogênio e as enzimas não amadureceram pra produzir enzimas no fígado, levando a hipoglicemia. Baixa reserva do glicogênio hepático Não amadurecimento das enzimas relacionadas a mobilização de glicose (gliconeogenese e glicogenólise). CAUSAS DE HIPERGLICEMIA Fisiológica → pós-prandial Lembrar dos hormônios também em situações patológicas: Hipopituitarismo → baixa concentração do hormônio hipofisário → HG → baixa produção do hormônio do crescimento, causa hipoglicemia. Glucagonoma → neoplasia Hiperadrenocorticismo Pancreatite → acometimento das Ilhotas de Langerhans. Obstrução proximal de duodeno → em bovinos, hiperglicemia, também volvo de abomaso ( não é hiperglicemia grave). Liberação do cortisol → acentua a hiperglicemia. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA GLICOSE. Glicemia pontual de jejum → se tiver glicosímetro, utiliza apenas uma gota do sangue (jejum de no mínimo 8h). Levar em conta o estresse Se enviar pro laboratório → acondicionar no tubo correto (tubo de tampa cinza). Em outros tubos → há diminuição de 10% a cada hora. Animal hiperglicêmico pode se transformar normoglicêmico, ou o normoglicêmico em hipoglicêmico. Tubo de tampa cinza →contém anticoagulante fluoreto → impede o consumo de glicose pelas hemácias e que levaria a diminuição da glicemia. Teste de tolerância à glicose→ coleta pelo menos 2 amostras em sangue (animal em jejum e coleta) (administra solução glicosada e coleta). Por via oral ou via endovenosa. Oral – desvantagem pelo processo de absorção. Paciente diabético →não produz insulina para baixa logo após a indução de solução glicosada. Tirotixocise → hipertireoidismo pode causar hiperglicemia marginal, pois aumenta a taxa metabólica. Hipoglicemia rebote → quando faz hiperglicemia, faz queda aguda e vira hipoglicemia. Produção exagerada de insulina. Muitas vezes, antecede as diabetes, por resistência a insulina ou esgotamento de pâncreas. Curva glicêmica → monitoramento da glicemia do paciente em tratamento. Prescreve insulina, o tutor faz em casa e pede pra ele registrar a glicemia de 2h em 2h para notar se vai ter hipoglicemia ou se vai manter em estado hiperglicêmico em muito tempo. Cuidado com o fracionamento da insulina durante o dia. Proteina glicada → envolve a hemoglobina glicada e frutosamina. A glicose pode se ligar a hemoglobina (proteínas do sangue). Quanto maior a quantidade de glicose, mais tem a ligação da glicose com proteínas sanguíneas. Coleta o sangue e vê quanto está marcando a proteína glicada (albumina glicada ou hemoglobina glicada). Albumina glicada é a frutosamina → maior concentração no sangue. Monitoramento a longo prazo da glicemia. Glicose de 212, espera hemoglobina glicada de 9% → 9% da hemoglobina circulante no sangue do animal, está ligada a glicose. Hipoalbuminemia → afeta a frutosamina. Glicosúria → excedente da capacidade tubular da glicose. No túbulo proximal tem que reabsorvar 100% da glicose que passou pelo filtrado glomerular. Se não reabsorve → o excedente sai na urina. Hiperglicemia + glicosúria = excedido a capacidade renal . Normoglicemia + glicosúria = lesão tubular. Outras anormalidades: Hemograma → paciente diabético faz poliúria→ desidratação. Policitemia, hiperproteinemia. Achados de urinálise → infecções de trato urinário. Cetonúria. Alterações hepáticas → lesão hepatocelular pode doença metabólica Hiperlipidemia – alteração do metabolismo de lipídeos, triglicerídeos e colesterol. hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia. Acidose metabólica → produção de corpos cetônicos. PÂNCREAS EXÓCRINO Função de digestão. Quando solicitar? Sinais clínicos inespecíficos → diarreia, perda de peso, pelos feios, déficit de crescimento e vomito. TGI alterado e sistêmicos alterados. Pode ser crônico ou agudo. Exames laboratoriais + ultrassonografia. Quais as possibilidades de acometimento pancreático? Insuficiência pancreática → pâncreas não consegue produzir as enzimas. Pancreatite → lesões de parênquima pancreático, extravasa enzimas das células. Lesão de característica aguda → contato com medicação, traumas. Lesão de características crônica → doença a longo prazo, obesidade. Obstrução em via biliar que acomete o pâncreas. Doença intestinal que causa inflamação do pâncreas. Neoplasia pancreática. Agentes infecciosos e parasitários →Euritrema em ducto pancreático em bovinos. Platinossomo no gato. Causas: Obesidade Predisposição racial → Yorkshire, Schauzer. Neoplasias Traumas Agentes infecciosos → migração ascendente Doenças intestinais Obstrução biliar Acometimento hepático em gatos levando uma doença pancreática → questão anatômica. Ducto biliar confluir com o ducto pancreático pelo duodeno do felino. AVALIAÇÃO A PARTIR DO SORO Imunorreatividade da lipase pancreática. Imunorreatividade semelhante à tripsina sérica. Para avaliar insuficiência pancreática. Tripsinogênio → enzima produzida pelo pâncreas que quando chega no intestino vira tripsina. Insuficiência pancreática → diminui a produção de tripsinogênio. Diagnóstico para insuficiência pancreática. Detecta tanto a tripsina quanto tripsinogênio da célula. Pancreatite → aumenta a produção. Os rins que eliminam essa enzima do sangue, qualquer doença renal poderia levar o aumento dela também. AVALIAÇÃO A PARTIR DO SORO Coleta o sangue (tubo de tampa vermelha) Amilase → gato com pancreatite e amilase normal. Não sofre influência do corticoide. Sofre influência da taxa de filtração glomerular. Lipase → lipase sérica (comum), pode ter outras origens. Lipase inespecífica → pode sofrer influencia de corticoide. Afeta a lipase: Insuficiência renal → diminuição da taxa de filtração glomerular. Doença hepática. Neoplasia hepática ou em TGI. PROVA DE ABSORÇÃODE GORDURA Diagnostico de insuficiência hepática. Coleta o sangue do animal em jejum e administra uma solução gordurosa. 2h depois – plasma turvo (ação da lipase pancreática, absorção dos triglicerídeos). Doença intestinal → síndrome de má absorção → o plasma não fica turvo. TESTES COPROFUNCIONAIS Avalia as fezes. Aspecto das fezes → muitas vezes alterados e volumosas e aspecto gorduroso, principalmente na insuficiência pancreática. Pesquisa de gordura → teste do SUDAM, detecta a presença de gordura. Pesquisa de amido → teste LUGOL, coloração arrocheada – presença do amido. Pesquisa de tripsina → usa o filme de raio-X, pega as fezes e dilui numa solução de bicabornato a 5%, coloca no banho -maria, coloca uma tirinha e espera um tempo. Normal → deve ter a digestão do filme do raio x. Presença da enzima digerindo o raio-X. Desvantagem → gastroenterite com muitas bactérias → pode dar um falso positivo, parecendo que está tudo bem e ainda ter a doença pancreática. Fezes envelhecidas → falso negativo. Outros exames: Hemograma → leucocitose neutrofílica com desvio a esquerda (ou não) em função da reação inflamatória da pancreatite. Perfil hepático Perfil renal → azotemia pré-renal Glicemia – hiperglicemia Hipocalcemia – de leve a moderada Lipidograma
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