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Atribuições clínicas e prescrição farmacêutica No ano de 2013 ocorreram no Brasil 48 milhões de atendimentos de urgência e 11 milhões de internações causados por medicamentos. Dentre as causas têm-se a falta de efetividade terapêutica (uso incorreto de medicamentos, falhas de acesso aos medicamentos, interações medicamentosas e medicamentos desnecessários) e eventos adversos a medicamentos (baixa adesão aos medicamentos, automedicação inadequada, erros de mediação, falhas de comunicação da equipe e falhas de monitorização do paciente). A participação do farmacêutico no cuidado do paciente, de forma colaborativa com o médico, melhora a eficiência e os resultados do uso de medicamentos, em razão disso foram aprovadas as resoluções nº 585/2013, que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, e a de nº 586/2013, que regula a prescrição farmacêutica no Brasil. A Resolução n° 585/2013 diz respeito ao cuidado à saúde nos âmbitos individual e coletivo de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente; à comunicação e educação em saúde, estabelecendo processos adequados de comunicação com pacientes, informando, orientando e educando pacientes, fornecendo informações sobre medicamentos, desenvolvendo e participando de atividades educativas para grupos de pacientes, dentre outros; à gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento, participando da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certificação de ações e serviços no âmbito das atividades clínicas do farmacêutico, interpretando e integrando dados obtidos de diferentes fontes de informação no processo de avaliação de tecnologias de saúde, desenvolvendo ações para prevenção, identificação e notificação de incidentes e queixas técnicas relacionados aos medicamentos e a outras tecnologias em saúde, integrando comitês de ética em pesquisa, documentando todo o processo de trabalho do farmacêutico, etc. A Resolução n° 586/2013 regula a prescrição farmacêutica. Trata-se do ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. Poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. Poderá também prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde.
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