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OS TÍTULOS DE CRÉDITOS ELETRÔNICOS

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OS TÍTULOS DE CRÉDITOS ELETRÔNICOS
 O reconhecimento dos TÍTULOS ELETRÔNICOS, disciplinada no parágrafo terceiro do art. 889 do CC, por permitir que o título de crédito possa ser emitido a partir dos dígitos criados em computador ou meio técnico parecido e que constem da escrituração do emissor, observados os requisitos previstos neste artigo.
É uma inovação que poderá ajudar a resolver os problemas jurídicos relativos ao título virtual, que decorre das constantes evoluções tecnológicas. Assim, o título virtual está reconhecido no art. 889, § 3º, se posicionando nas Disposições Gerais sobre títulos de crédito, entendemos que não se pode mais negar execução dos títulos eletrônicos, especificamente à duplicata escritural elaborada de forma eletrônica (duplicata virtual).
Por exemplo, um banco recebe de uma empresa que contraiu empréstimo uma Cédula de Crédito Bancário , emitida em papel. Se quiser negociar esse crédito com um fundo de investimento, por força da regulação bancária, deverá obrigatoriamente registrá-lo num ambiente eletrônico de negociação. Se optar pela CETIP, essa Cédula de Crédito Bancário será “cetipada”.
 Quer dizer, a cártula (suporte papel) ficará guardada nosarquivos do banco credor e toda e qualquer negociação daquela Cédula só poderá ser feita, a partir de então, mediante registros eletrônicos no ambiente mantido pela CETIP.
A Duplicata é um título de crédito constituído em virtude de uma negociação comercial ou prestação de serviços, regido por leis próprias, passível de circulação, tendo as características dos títulos de crédito, cartularidade, literalidade e autonomia.
A duplicata escritural eletrônica, é um título formal, obedecendo aos requisitos exigidos pelo do art. 2º, §1º, da Lei 5.474/68 (Lei das Duplicatas).
 Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
        § 1º A duplicata conterá:
        I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
        II - o número da fatura;
        III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
        IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
        V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
        VI - a praça de pagamento;
        VII - a cláusula à ordem;
        VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial;
        IX - a assinatura do emitente.
A duplicata virtual é reconhecida como título de crédito, é obrigação líquida e certa, desde que os desenhos criados em computador, ou meio técnico equivalente, constem da escrituração do emitente e o título observe os requisitos mínimos previstos no art. 889.
 hoje pouco a pouco vai desaparecendo a duplicata em papel, em cártula, substituída pelo título eletrônico, cuja executividade vem sendo, contestada por parte dos doutrinadores, mas com legalidade na sua emissão por meios eletrônicos em nosso direito, dependendo a sua eventual nulidade de aplicação em cada caso concreto, não podendo se questionada a sua definição.
Segundo, FÁBIO ULHÔA COELHO e LUIS EMYGDIO ROSA JÚNIOR, duplicata virtual é título executivo, desde que observados os requisitos essenciais e mínimos previstos no caput do art. 889, diferentemente do boleto bancário por faltar um dos requisitos essenciais.
 Requisitos essenciais, destaca o Código Civil, no art. 889, data de emissão, indicação precisa dos direitos que confere, assinatura do emitente.
 CONCLUSÃO
 Se inicia uma nova era das relações civis, que traz novo ânimo ao nosso sistema comercial, e renova as possibilidades de adequação da lei aos interesses humanos.
Os títulos de crédito eletrônicos, automatizam, o processo, melhorando o sistema empresarial, aumentam o nível de confiança das informações divulgadas pelas empresas, gerando o crescimento empresarial e estabilidade econômica. Desse modo, dá maior controle dos bens e direitos da empresa. Também facilitam a circulação das riquezas mediante meios de comunicação eletrônicos.
Os negócios eletrônicos foram privilegiados com as disposições exaltando a boa-fé, usos e costumes. È garantia da manifestação de vontade por qualquer meio, especialmente no eletrônico, já incorporado à nossa tradição tecnológica e que pode ser comparada à contratação via telefone, nas situações em que efetivamente ocorra a transação, tempo real, configurando-se uma contratação entre presentes.
Impõe destacar que os princípios do título do crédito não perderam importância diante das inovações no mundo jurídico que está sendo apresentado. Ao contrário, estão se adequando à forma atual de negociação e documentação, o que é essencial para que assegurem a confiança e segurança nas relações jurídicas.
 
Há de se ressaltar que os avanços existentes (criação de novas formas de títulos eletrônicos por meio magnético) contribuem para o desenvolvimento da própria atividade empresarial, para valorizar e circular o crédito, para a mobilização da riqueza.

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