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INSTABILIDADE POSTURAL E QUEDAS - Introdução

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INSTABILIDADE POSTURAL E QUEDAS
A redução da habilidade para controlar a postura e a marcha é um dos principais problemas associados ao envelhecimento humano, podendo levar à ocorrência de quedas, diminuindo, assim, a capacidade funcional dos idosos (AIKAWA, BRACCIALLI, PADULA, 2006). A atividade postural é um mecanismo que pode ser definido como o mais proveitoso alinhamento do corpo, a cada momento, não existindo uma postura única, sendo possível descrever muitas posturas estáticas e dinâmicas, como a postura sentada, em pé, para a caminhada, a corrida ou para a realização de qualquer conduta motora dentro do esporte. Assim, não existe, verdadeiramente, uma postura correta somente, cada indivíduo exibe uma grande e variada quantidade de posturas funcionais, podendo ocorrer mudanças durante a vida (DANTAS & SANTOS, 2017).
Definiu-se postura como a relação posicional das regiões do corpo entre si, podendo-se apresentar em três formas básicas: ereta, sentada e deitada. O controle postural é precisamente o conjunto dos processos estáticos e dinâmicos que condicionam a posição do corpo e de suas partes móveis no espaço. Tais processos devem agir em conformidade por conta da manutenção e da orientação característica do corpo em relação à força da gravidade e à atitude em curso, e de modo ótimo em respeito à constituição individual, diante da realização de um movimento (DANTAS & SANTOS, 2017).
A postura é vista, geralmente, como um processo estático, mas a gravidade e os mecanismos de controle neural provocam constantemente um deslocamento sutil do alinhamento do corpo, que necessita de controle postural. É continuamente controlada e algum tipo de balanço do corpo é observado mesmo quando nenhuma força externa parece perturbar o equilíbrio estático. Quando se fica na posição em pé ereta, o corpo oscila para frente e para trás e a atividade muscular, que evita que se perca o equilíbrio e se caia, representa a atividade de controle automático da postura. (AIKAWA, BRACCIALLI, PADULA, 2006)
Biomecanicamente, postura é uma resposta neuromecânica que visa à manutenção do equilíbrio. O sistema estará em equilíbrio quando as forças que agem sobre ele têm como resultante zero e somente possuirá estabilidade se, depois de uma perturbação, retornar à posição de equilíbrio (DANTAS & SANTOS, 2017).
Do ponto de vista psicomotor, a capacidade de equilíbrio corporal (CEC) é uma qualidade coordenativa específica, fruto da sensação da postura balanceada. O equilíbrio evidencia-se como a capacidade que permite a manutenção e a recuperação da posição estática e dinâmica com respeito à força da gravidade, destacando-se como requisito de ordem psicomotora do movimento e elemento constituinte do esquema corporal. Entretanto, quando acontece uma falha em um desses sistemas (postural e equilíbrio), ou nos dois, a queda é inevitável, sendo esta considerada atualmente uma questão epidemiológica entre a população idosa, um problema para a saúde pública (DANTAS & SANTOS, 2017).
Queda pode ser definida como um evento não intencional que resulta com a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial. Trata-se de um fenômeno que se dá em decorrência da perda total do equilíbrio postural, podendo estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura. Alguns autores referem-se à queda como uma síndrome geriátrica por ser considerado um evento multifatorial e heterogêneo, uma vez que o equilíbrio sofre intervenções e ao qual integram-se muitos fatores de diferentes naturezas: física, psicológica e emocional (DANTAS & SANTOS, 2017). 
O uso de medicamentos pode estar associado ao aumento de quedas em idosos, como ocorrem com as drogas psicotrópicas, cardiovasculares, corticosteroides e anti-inflamatórios não hormonais, que podem levar a alterações musculares, ósseas e motoras, hipotensão postural e vertigem. Benzodiazepínicos, neurolépticos, sedativos/hipnóticos, antidepressivos, diuréticos em geral, antiarrítmicos e digoxina associam-se ao maior risco de quedas na população acima de 60 anos. 
O declínio funcional resultante do medo leva à alteração do equilíbrio, do controle postural, à depressão, à ansiedade e à redução do contato social. Com a identificação da existência da síndrome pós-queda e o uso do termo ptofobia (reação fóbica quando a postura ortostática é assumida), cada vez mais se investigam os fatores causais associados com o medo de cair. O medo de cair é muitas vezes relacionado à perda, pelo idoso, da confiança em manter-se em equilíbrio, ou à incapacidade de evitar quedas, qualificando-o como patológico quando é exagerado, desproporcional em relação ao estímulo, interferindo na qualidade de vida, no conforto emocional ou no desempenho diário do indivíduo (MELLO et al., 20??).
Pessoas de todas as idades apresentam risco de sofrer queda. Porém, para os idosos, elas possuem um significado muito relevante, pois podem levá-lo à incapacidade, injúria e morte. Seu custo social é imenso e torna-se maior quando o idoso tem diminuição da autonomia e da independência ou passa a necessitar de institucionalização (MELLO et al., 20??).

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