Buscar

TCC PARTE FINAL II ANDREA DE PAULA gramatica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANDREA DE PAULA CORTEZ
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE À DEPRESSÃO PÓS-PARTO NAS CONSULTAS DE PUERICULTURA
TABOÃO DA SERRA
2017
ANDREA DE PAULA CORTEZ
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE À DEPRESSÃO PÓS-PARTO NAS CONSULTAS DE PUERICULTURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem.
Orientadora: Clarice Denobi
TABOÃO DA SERRA
2017
ANDREA DE PAULA CORTEZ
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE À DEPRESSÃO PÓS-PARTO NAS CONSULTAS DE PUERICULTURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Taboão da Serra, 30 de novembro de 2017.
 
Dedico este trabalho de conclusão de curso primeiramente a Deus que não me deixou desistir, Aos meus filhos e netos que me ajudaram nos estudos, me motivaram e sempre me deram apoio para levantar e continuar. Também dedico aos meus professores pelo exímio conhecimento e experiência compartilhados. Sou o resultado da confiança e da força depositada por cada um de vocês.AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, meu guia, meu socorro presente nas horas de angustia, sempre fortalecendo minha fé e me dando forças para chegar onde cheguei.
Obrigado Senhor por encaminhar ao meu lado o tempo todo, me carregando no colo nos momentos de aflição. Tenho muito a agradecer e pedir perdão pelos momentos de fraqueza.
Dedico este trabalho também aos meus pais Orídio Timoteo Cortez e minha mãe Benedita Maria de Jesus (in memorian), que me ensinaram a caminhar em meio às dificuldades sem nunca desistir dos meus objetivos. Aos meus filhos Dayane, Lucas, Lais, Thais, Gabriel e Maria que, nos momentos da minha ausência, dedicados ao estudo superior, sempre fizeram entender que o futuro é feito a partir da constante dedicação e com muito carinho e apoio estiveram presentes ao meu lado durante o percurso até aqui. Aos meus netos Manuella e Lorenzo, que foram minha inspiração para que continuasse firme e forte durante minha. Ao meu esposo Djacir, pelas palavras de apoio no começo e pelas atitudes no fim da jornada que me encorajaram a chegar ao meu objetivo. A você Lais, que permaneceu ao meu lado na mesma caminhada e com os mesmos objetivos, me apoiando e acreditando que chegaria ao fim com muita força, fé e otimismo. E parabéns a você filha, que também em meio a muita dificuldade e cansaço chegou até aqui. Me orgulho muito dessa menina guerreira, inteligente, que vai além dos seus objetivos. Deus te abençoe. À minha amada filha Thais e seu esposo Saulo que me ajudaram no que precisei, sempre acreditando em mim e me encorajando. Em especial a duas pessoas maravilhosas, minha filha Dayane e seu esposo Bruno que, com muito carinho, não mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa da minha vida. Com vocês, me sinto mais viva. Obrigada pelo carinho, paciência e pela capacidade de me trazer conforto e paz durante esses cinco anos. Amo vocês.
Aos meus irmãos, Adriana, Maria Aparecida, Luciana, Ailton e Ailson (in memorian) que me apoiaram e acreditaram em mim. Ao meu querido genro Allen que também me apoiou com muito carinho, acreditando que chegaria ao fim. À minha sogra que acreditou em mim e me apoiou, me ajudando no que estava ao seu alcance durante todo percurso.
Às minhas amigas mais que especiais, Cecilia e Kelly. Minhas companheiras e confidentes durante 5 anos de luta. Agradeço a Deus por coloca-las na minha vida. À Maria Aparecida Mendes da Rocha e filhos, que me apoiaram a chegar até aqui.
À comunidade Assembleia de Deus (Castelo Forte) e aos pastores Almir e Dayane, que me acolheram com nas últimas etapas, me ensinando a ter fé e não desistir ao encontrar obstáculos no meu caminho. Obrigada pelas orações e paciência em me ouvir.
Também não poderia deixar de dedicar aos meus professores e coordenadores, em especial à Graziele Camargo, Patricia Alves, Marcia Zotti, Sandra Maria Aparecida Nascimento de Lima, Jucelini Narciso e Haraldo Ferreira Araujo, por me proporcionarem não apenas o conhecimento técnico, mas também a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional. Não apenas por terem me ensinado, mas por me fazerem aprender.
À esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que me deram a oportunidade de vislumbrar um horizonte superior.
 
“Ter acesso ao conhecimento é um presente de Deus, e saber utilizá-lo é um privilégio”
(Carmem Garuzzi)
CORTEZ, ANDREA DE PAULA. ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE À DEPRESSÃO PÓS-PARTO NAS CONSULTAS DE PUERICULTURA 2017. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação – Faculdade Anhanguera, Taboão da Serra, 2017.
RESUMO
A depressão pós-parto (DPP) não se trata de um distúrbio de humor temporário ou uma psicose puérpera, pois a DPP dura mais do que três semanas. A forma de manifestação da doença é baseada em um quadro clinico especifico, ocorre com mais frequência em primíparas e em mulheres que se sentem inseguras para cuidar de um filho. Em muitos casos, mulheres que não convivem em um núcleo familiar tranquilo, ou que tiveram complicações na gravidez, sofreram aborto ou em casos de natimortos, correm grandes riscos de adquirirem a depressão pós-parto (DPP).
Palavras-chave: Depressão; Puérpera; Gravidez; Complicações; Aborto.
	
 CORTEZ, ANDREA DE PAULA. NURSING ACTIVITY AGAINST POST-DEPARTMENT DEPRESSION IN THE QUARTERS OF PUERICULTURA 2017. Graduation Course - Anhanguera College, Taboão da Serra, 2017. 
 SUMMARY
Postpartum depression (PPD) is not a temporary mood disorder or a postpartum psychosis, because PPD lasts for more than three weeks. The form of manifestation of the disease is based on a specific clinical picture, occurs more frequently in primiparous women and women who feel insecure to care for a child. In many cases, women who do not live in a quiet family unit, or who have had complications during pregnancy, have undergone an abortion, or in stillbirths, are at high risk for postpartum depression.
Keywords: Depression; Puerpera; Pregnancy; Complications; Abortion.
 SUMÁRIO
	
 INTRODUÇÃO	11
 2. DEPRESSÃO PÓS PARTO E OS FATORES DE RISCO 	13
 3. ENFERMEIRO FRENTE A DEPRESSÃO PÓS PARTO	17
 4. PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA DEPRESÃO POS PARTO	22
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	27
 6. REREFENCIAS BIBLIOGRAFICAS	28
22
 1. INTRODUÇÃO
 A importância do profissional enfermeiro que atua nas consultas de puericultura, pois cabe a esse profissional identificar a quantidade de mulheres que adquirem a depressão pós-parto. Durante a vida a mulher passa por diversas fases, sendo a fase puerperal uma das mais importantes, pois se trata do período após o nascimento de seu filho. Porém, por ser uma fase que mexe diretamente com o emocional da mulher, o risco de ocorrer transtornos psicológicos é extremamente grande, sendo a depressão pós-parto um dos transtornos mais preocupantes e 
Nota-se o aumento do número de mulheres que adquirem depressão após o nascimento de seu filho, essa doença chamada de depressão pós-parto (DPP) provoca prejuízos graves à saúde da mulher, da criança e de toda família envolvida. Ao identificar a doença precocemente, avaliando seus sintomas, a equipe de enfermagem e médica tem como função elaborar um plano de cuidados, tendo como objetivo evitar o agravo da doença. O Enfermeiro é responsável pelo direcionamento e acolhimento da puérpera, tendo como obrigação orientar a paciente e a família quanto à importância de seguir o tratamento corretamente. A sociedade atual ignora a depressão por não saber seu real significado, com isso pessoas que tem depressão são tratadas com desigualdade e essa situação atrapalha o tratamento da doença. A depressão pós-parto costuma serdiagnosticada dentro das primeiras semanas após o nascimento do bebe por conta dos sintomas que são observados pela equipe de enfermagem e médica, a depressão está ligada diretamente ao psicológico da paciente, modificando seu comportamento e emoções.
A conhecida depressão pós-parto preocupa o ministério da saúde por ser um problema de saúde comum, enfrentado pelo sistema de saúde de forma rotineira. O enfermeiro que atende na puericultura está apto para orientar e compreender uma mãe que adquiriu a depressão pós-parto?
 Elaborar uma proposta de assistência de enfermagem para que haja uma melhora no atendimento aos pacientes que adquiriram depressão pós-parto, visam definir a depressão pós-parto (DPP) e levantar os fatores de risco que levam a mulher a ter a doença. Esclarecer a importância do profissional enfermeiro frente à depressão pós-parto. Definir a importância do enfermeiro na prevenção da depressão pós-parto. 
 A pesquisa trata-se de uma revisão literária, tendo como base artigos em português e inglês que foram publicados entre os anos 2000 e 2017, onde se selecionou aqueles que se encaixavam no tema atuação de enfermagem frente à depressão pós-parto nas consultas de puericultura. O objetivo da pesquisa é apresentar informações limitadas e qualitativas voltadas ao tema. Refere-se a uma pesquisa exploratória, onde buscou-se artigos da internet na base SCIELO, tendo como palavras chaves: depressão pós-parto, atuação do enfermeiro e consultas de puericultura.
 
2. DEPRESSÃO PÓS-PARTO E OS FATORES DE RISCO
	
 Segundo Casate (2005), o número elevado de mulheres com depressão pós-parto vem chamando atenção do sistema único de saúde (SUS) e fazendo com que o mesmo se preocupe cada vez mais com a doença. A depressão pós-parto trata-se de uma doença mental, que ocorre após o nascimento de um filho, onde, na maioria dos casos, as mulheres começam a ficarem tristes, estressadas, desanimadas e melancólicas. Para ser considerada depressão pós-parto (DPP) a mulher precisa ultrapassar três semanas após o parto com os sinais e sintomas da doença.
	Para Ballone (2007), a depressão pós-parto tem como principais sinais e sintomas a desesperança, tristeza, sentimento de culpa, desanimo para cuidar do filho, ideias suicidas, desinteresse em amamentar, irritação com o choro da criança etc. Esses sinais e sintomas costumam ser notados pela equipe médica e de enfermagem, e pelos familiares.
[...] A média de eventos estressores durante a gestação é de cinco eventos por gestante e o quadro pode se agravar no contexto familiar se houver situação econômica difícil, violência doméstica, uso de drogas, depressão, pânico e complicações pré-natais (RODRIGUES, p.253, 2011).
	É comum que algumas mães tenham mudanças no humor e crises de choro após o nascimento de seu filho, isso ocorre devido às alterações hormonais por conta do fim da gestação, porém, na maioria dos casos, essas alterações desaparecem nos primeiros dias. No entanto, quando as alterações não desaparecem, o quadro clinico da mesma passa a ser preocupante.
[...] Nota-se existir uma relação entre a parte física e emocional da puérpera, onde podem ocorrer inúmeras experiências traumáticas, por conta da tensão e ansiedade sofrida pelas mesmas, contribuindo para o surgimento de algum tipo de transtorno mental (JÚNIOR, 2009).
	Para Falcone (2005), a depressão pós-parto (DPP) assume um caráter biológico, por conta das alterações hormonais, e um caráter psicológico, causados pelas emoções, angustias e ansiedades vividas após o parto. Esses dois fatores contribuem para o surgimento da depressão pós-parto, ocorrendo de formas diferentes em cada mulher, por conta das características individuais de cada uma e do histórico pessoal.
	Segundo Zagonel (2006), a mulher durante a gravidez sofre importantes influencias do meio onde está inserida. A cultura brasileira estabelece que a mulher deva ter domínio sobre como educar seus filhos, dar atenção, cuidado e dispor-se para solucionar problemas que surjam durante a criação desta criança. Isso faz com que as mulheres sofram certa cobrança da sociedade, deixando-as, por muitas vezes, inseguras e amedrontadas, e esse medo de encarar a realidade às levam para um caminho de frustrações e desanimo.
	Benevides (2005), afirma que a depressão pós-parto contem fortes ligações com os conflitos familiares, sendo esse um dos principais fatores de risco da doença, pois esses conflitos interferem diretamente no emocional da mulher. Para Thiengo (2012), um importante fator de risco é o estresse que a mulher passa durante a gestação e na hora do parto, estresses que podem ocorrer por diversos motivos, podendo citar: o excesso de ganho de peso, a pressão sofrida pela sociedade e as dores da gestação e parto. 
O profissional enfermeiro deve estar apto para atender essas pacientes, por isso deve realizar pesquisas sobre o assunto e manter-se atualizado, pois cabe ao enfermeiro realizar orientações a paciente e seus familiares, acolher a cliente, esclarecer dúvidas, explicar o tratamento e a importância de segui-lo corretamente, orientar a equipe de enfermagem sobre como receber e tratar a paciente de forma humanizada, e avaliar junto com o médico os resultados do tratamento. O enfermeiro não deve deixar que o quadro clínico da paciente prejudique seu emocional, para isso o mesmo deve saber diferenciar sua vida profissional da pessoal, com isso os resultados serão satisfatórios. (NASCIMENTO, 2009)
Com base em seus conhecimentos o enfermeiro deve elaborar uma abordagem segura no momento das consultas de puericultura, planejando cada ação, cada pergunta e avaliando as resposta e comportamento da paciente, em alguns casos as respostas dos familiares auxiliam na detecção do problema. (NASCIMENTO, 2009)
A gestação é um processo natural durante o qual ocorrem alterações fisiológicas no organismo materno para adaptá-lo às novas condições impostas pelo abrigo ao novo ser. A maioria dos casos de gravidez transcorre normalmente e evolui para o parto espontâneo e o puerpério fisiológico. Em algumas situações, pode ocorrer um desequilíbrio nessas alterações, ou outras condições internas ou externas que favoreçam esse desequilíbrio, podendo resultar em patologias, entre elas, a depressão. (NASCIMENTO, 2009)
Os sintomas de depressão durante o período de gestação são mais comuns do que após o nascimento e progridem com a evolução da gravidez, portanto, durante o terceiro trimestre, as gestantes são mais susceptíveis à depressão, quando esse período é comparado com os outros trimestres. Embora a doença depressiva seja frequentemente percebida como um distúrbio de mulheres no puerpério, ela é comum em mulheres grávidas, porém tem sido relativamente negligenciada, ou seja, a depressão, durante o pré-natal, tem sido menos estudada do que a depressão puerperal. (NASCIMENTO, 2009)
 A literatura indica que o humor depressivo durante a gravidez está associado ao baixo peso ao nascimento e ao nascimento prematuro, o que reforça a necessidade de mais estudos nessa área. As alterações do humor durante a gestação e o parto podem estar relacionadas com a maior predisposição genética da mulher, maior vulnerabilidade a eventos estressantes, modulação do sistema neuroendócrino pela flutuação dos hormônios gônadas ou com uma combinação de fatores. (NASCIMENTO, 2009)
Após o parto, ocorre uma queda dramática nos hormônios estrogênio e progesterona, e essas mudanças por si só podem contribuir para um quadro de depressão pós-parto. Outros hormônios produzidos pela glândula tireoide também podem cair bruscamente - o que pode aumentar o cansaço e sensação de tristeza. Mudanças no seu volume de sangue, pressão arterial, sistema imunológico e metabolismo podem contribuir para a fadiga e alterações de humor. (NASCIMENTO, 2009)
A depressão pós-parto é um problema de saúde pública e é muito comum hoje em dia, geralmente a mulher depois de parir que começa a demonstrar os primeiros sintomas. O mais comum é perder o interessepara amamentar, ou deixar de cuidar da higiene do bebê. Porém é de difícil diagnostico pois elas não se abrem com outras pessoas, os familiares é que costuma perceber a mudança de tal comportamento. (NASCIMENTO, 2009) 
Se não for tratada, a depressão pós-parto pode interferir com o vínculo mãe-filho e causar problemas familiares. Filhos de mães que têm depressão pós-parto não tratada são mais propensos a ter problemas de comportamento, como dificuldades para dormir e comer, crises de birra e hiperatividade. Os atrasos no desenvolvimento da linguagem são mais comuns também. (NASCIMENTO, 2009)
Depressão pós-parto não tratada pode durar meses ou mais, por vezes tornar-se um distúrbio depressivo crônico. Mesmo quando tratada, depressão pós-parto aumenta o risco de futuros episódios depressivos e devem ser acompanhadas diretamente pelo médico psiquiátrico. (NASCIMENTO, 2009)
 3. IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO FRENTE A DEPRESSÃO PRÉ PARTO
Ministério da Saúde (2011) inclui o enfermeiro como profissional apto para desenvolver ações em todas as fases do ciclo de vida feminino. Destaca-se, a fase puerperal, pois nesta situa-se as maiores alterações orgânicas e sociais que uma mulher pode enfrentar alterando seu estado de saúde ou bem-estar. Pois durante a gravidez os hormônios das puerperais estão afloradas e a mesma não consegue lidar emocionalmente sozinha, precisando enfim do apoio da equipe de enfermagem.
A fase puerperal corresponde a um momento importante da vida da mulher, lembrando que a mesma passa por mudanças biológicas como também transformações de ordem fisiológicas. Sendo assim, os riscos para o aparecimento dos transtornos aumentam em face das preocupações, anseios e planejamentos realizados e sentido pela puérpera sendo assim a equipe de enfermagem está ligeiramente envolvida em relação à orientação e apoio emocional da gestante. (NASCIMENTO, 2009)
A Depressão Pós-Parto ou depressão puerperal é um transtorno mental de alta prevalência e que provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas que se iniciam de maneira insidiosa, levando até semanas após o parto. Entre os principais sintomas que identificam um quadro de DPP pode-se citar a irritabilidade com o choro da criança, a falta de estímulo para amamentar, o desinteresse sexual, a transferência de responsabilidade da criança e em casos mais extremos negligência total no cuidar e agressão física. Estes sintomas dentre outros caracterizam os quadros de depressão leve a moderada, sendo que, seja qual for a intensidade do quadro, o bebê é o principal afetado pela desordem emocional materna. Pode-se afirmar também que as crianças de mães deprimidas apresentam maior risco para terem desordens comportamentais, afetivas, cognitivas e sociais. (NASCIMENTO, 2009)
Em relação à categoria de profissionais enfermeiros a necessidade de conhecer esta realidade e ter um olhar vigilante sobre esses casos se faz necessário, visto que o profissional desta área é que acompanha a mãe e o filho no puerpério na maioria das consultas de puericultura. (NASCIMENTO, 2009)
[...] Cabe ao enfermeiro o conhecimento a cerca da DPP uma vez que este profissional constitui, no serviço de atenção básica, uma porta de entrada para o acolhimento e direcionamento adequado da puérpera no que corresponde à terapêutica e prevenção deste transtorno mental. (Silva Botti, 2005).
A equipe de enfermagem deve desenvolver ações preventivas na rede pública, voltada à saúde da gestante/puérpera, estimulando a compreensão da mulher e do seu companheiro em relação às fases do puerpério. Cabe aos serviços de saúde a aquisição de instrumentos para identificar precocemente, tratar e/ou encaminhar essas gestantes e puérperas com alguma predisposição depressiva, considerando a gravidade do caso (BERRETA et al., 2008).
 A atuação do enfermeiro na prevenção da depressão pós-parto, identificando possíveis gestantes com predisposição depressiva, diminui riscos e aumenta a qualidade de vida destas. Os relatos dos enfermeiros corroboraram com Coutinho e Saraiva (2008) e Silva-Guedes et al. (2003) ao afirmarem que a atuação preventiva das equipes multidisciplinares durante a gestação pode proporcionar a nova mãe o apoio de que necessita para enfrentar os eventuais episódios de depressão, sendo importante, permitir que a gestante expresse seus temores, queixas e ansiedades, podendo o enfermeiro dar assistência e orientação durante o acompanhamento do pré-natal, pois o atendimento precoce representa prevenção, ao qual traz grandes repercussões futuras.
De acordo com Brasil (2001a), os avanços no conhecimento científico sobre o período gestacional têm permitido que as habilidades dos enfermeiros e médicos se baseiem em uma assistência mais específica à mulher, de forma a atender as necessidades desse momento. Porém, a conduta desses profissionais deve ir além do aspecto biológico, dando especial atenção ao processo psicológico vivido pela mulher. A consulta de pré-natal é um momento em que o enfermeiro e a gestante, têm oportunidade de criar vínculo, sendo fundamental a relação de confiança entre o paciente e o profissional.
Considerando o trabalho do enfermeiro, Silva e Botti (2005) descrevem que, enquanto profissional de saúde, o mesmo deve voltar seus conhecimentos a uma demanda diversificada, principalmente tratando-se de questões psicológicas, capazes de se camuflarem em intercorrências clínicas que podem dificultar o diagnóstico e o tratamento adequado. Borges (2001) menciona que toda a equipe de enfermagem deve procurar estabelecer com a paciente um relacionamento, com o objetivo de: desenvolver confiança; observar e anotar o comportamento; prestar cuidados específicos, caso ela esteja deprimida; estimular e oferecer atividades construtivas; observar e ouvir atentamente indícios de ideia suicida e estimular os cuidados pessoais como higiene, vestuário, alimentação.
 Azevedo e Arrais (2006) e Maldonado (2002) ressaltam a importância de atividades em grupo, durante o pré-natal, para que as gestantes possam discutir assuntos da maternidade, permitindo que essas mulheres compartilhem vivências com a finalidade de aliviar os sentimentos de culpa, os níveis de insegurança, o sentimento de inferioridade, e as expectativas sobre o bebê, enfim, dando-lhes oportunidade de livre expressão. 
Gonçales e Machado (2008) advertem que é preciso conhecer as necessidades, saber os planos e projetos e compreender que a depressão não é vivenciada de maneira uniforme, pois cada pessoa tem sua singularidade. Silva-Guedes et al. (2003) acreditam que os enfermeiros devem estar atentos, e quando necessário deverão relatar à família que algo não está bem com a paciente. Ressaltam ainda que, a união dos profissionais de saúde pode transformar esse momento em uma fase em que a paciente se sentirá mais firme e confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Assim, proporcionarão uma melhor superação das dificuldades da depressão pós-parto, já que na maioria dos casos seus maiores aliados são o descaso e a subestimação do sofrimento da mulher, quer seja pela equipe de saúde ou pela própria família.
As ações relatadas, em parte, concordam com Falcone et al. (2005) ao afirmarem que o acompanhamento de uma gestante com alguma pré-disposição a transtornos mentais deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta por nutricionistas, pedagoga, psicóloga, agente comunitário e enfermeiros. De forma conjunta, através de monitoramento da gravidez, com atendimento humanizado, ocorrerá o fortalecimento na relação futura/mãe e futuro/filho, revelando excelentes oportunidades para prevenir, detectar e tratar os transtornos afetivos da gestação.
Falcone et al. (2005) e Luis e Oliveira (1998) utilizam o argumento de que o atendimento em grupo pode trazer resultados positivos para as gestantes, uma vez que elas passam a ter consciência do momento que estão vivenciando, passando a tomar mais cuidado e tendo a compreensão, a atenção e o interesse da família e da equipede saúde. 
Além disso, o trabalho multiprofissional pode estar propondo a essas mulheres intervenções mais humanas e harmônicas entre os profissionais. Alves et al. (2007) complementam que a equipe multiprofissional necessita ter características como intuição, dinamismo, julgamento clínico e autonomia, devendo ultrapassar uma conduta solidária, visando à singularidade e especificidade de cada uma. 
A partir dessa percepção é possível traçar estratégias de um cuidado transicional que propicie uma melhor adequação ao papel de mãe. Para que o profissional de enfermagem faça um atendimento às gestantes, ele necessita ter habilidade na comunicação, permitir um acompanhante às consultas, realizar consultas de forma qualificada e em número suficiente, bem como programar ações de educação em saúde, para que o trabalho realizado seja sistematizado, garantindo assim qualidade na assistência prestada (CECCATO; 2001)
Para lidar com a prevenção da depressão pós-parto, deve ser prestado um atendimento qualificado às gestantes e às puérperas, estando sempre atento a fatores de risco para a depressão pós-parto, tendo sempre como principal objetivo do atendimento prevenir e identificar os indicadores de forma precoce, favorecendo o vínculo mãe-filho. Porém, observa-se que muitas das vezes os serviços de saúde não prestam esse tipo de atendimento, fazendo com que esses fatores de risco passem despercebidos, ocasionando muitas das vezes quadros graves. (Rodrigues, 2009).
Por outro lado, uma atenção adequada e precoce promove um processo de reconstrução da saúde da gestante e da puérpera, fortalecendo assim as relações familiares e o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê (FONSECA; TAVARES; RODRIGUES, 2009). 
Azevedo e Arrais (2006) alegam que há necessidade dos programas de saúde pública desenvolver mais trabalhos voltados não só para a função reprodutiva da população feminina, mas também para saúde integral da mulher.
Durante o puerpério, a equipe de enfermagem deve garantir estratégias de enfrentamento e adaptação a esse momento da maternidade, oferecendo suporte profissional, onde as informações importantes precisam ser repassadas em um tempo curto, tanto no momento da internação ou em seu retorno para a consulta de enfermagem, ficando atenta às mudanças ocorridas com a gestação e a readaptação à sua vida normal. É importante salientar que o enfermeiro durante o pré-natal deve avaliar a autoestima, a satisfação das futuras mães, para que no pós-parto, essas mulheres tenham suporte necessário para enfrentar em mudanças de suas vidas (ZAGONELI et al., 2003). 
Para que a mulher se sinta mais à vontade é importante acolher um acompanhante de sua escolha, não oferecendo obstáculos para sua participação no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no pós-parto. A presença de acompanhantes neste momento traz muitos benefícios, mostrando que esta gestante se sinta mais segura e confiante (BRASIL, 2005).
 4. IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA DEPRESSÃO POS PARTO.
A forma mais grave da depressão pós-parto é menos frequente e afeta principalmente as gestantes que anteriormente sofreram algum tipo de problema psiquiátrico, ou que possuem caso de doença desse tipo na família (BALLONE, 2000). 
Segundo Moraes (2006), a prevalência da DPP está entre 10 e 20% de acordo com a maioria dos estudos. As variações entre os índices de prevalência devem-se, provavelmente, ao uso de critérios diagnósticos e métodos diversos, bem como a diferenças econômicas e culturais entre os grupos estudados. 
No Brasil, em um estudo realizado no Distrito de Anaia, em São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, Moraes e cols. (2006) observaram prevalência de 12% de depressão no terceiro mês do pós-parto.
As principais manifestações do sintoma, de acordo com Rocha (1999), são a ocorrência de tristeza, perda do prazer, choro fácil, abatimento, alterações do apetite, distúrbio do sono, fadiga irritabilidade, hipocondria, dificuldade de concentração e memorização, redução do interesse sexual e ideação suicida, podendo ocorrer também em casos de gravidez na adolescência, o que nos dias de hoje vem aumentando. 
O tratamento consiste em esclarecimento, compreensão e apoio, por parte da família e dos profissionais de enfermagem que estão em contato direto com essa clientela. Diante disto, demonstrando preocupação com a assistência prestada a puérpera. Assim como a depressão pós-parto, a psicose puerperal é um distúrbio do humor, caracterizando-se por perturbações mentais graves e agudas, frequentemente alucinatórias tendo início entre as primeiras duas ou três semanas após o parto (BALLONE, 2000).
É fundamental a participação dos profissionais de enfermagem na prevenção da DPP. Estes podem inclusive auxiliar na identificação dos sintomas, reconhecendo sinais. Se a família e os enfermeiros colaborarem de modo satisfatório, oferecendo confiança e segurança à mãe principalmente nas realizações das atividades maternas, sem hostilidades e críticas, fazendo uso da compreensão e carinho, oferecendo ambiente acolhedor nos momentos de maior fragilidade emocional, a DPP vai diminuir de intensidade. Pode reverter-se em carinho ao bebê e respeito pelo ritmo de seu desenvolvimento e progresso (BRASIL, 2001).
Os enfermeiros devem estar acompanhando cada família de forma integralizada e individualizada, respeitando suas escolhas e opiniões a respeito de determinadas decisões. Cabe ao profissional contribuir por meio de atividades educativas, a fim de oferecer a clientela os conhecimentos necessários para a escolha livre e consciente do método anticoncepcional, número de filhos, como também reflexão sobre sexualidade. Daí então o enfermeiro deve estar preparado para detectar os fatores que possam ser de risco, se surgir uma futura complicação como a depressão pós-parto, trabalhamos diante desses fatores juntamente com outros profissionais se indicado, preparando as clientes para que futuramente sua gestação possa caminhar com segurança e consciência. A enfermeira é facilitadora e colaboradora para que a mulher desenvolva habilidades para desempenhar o autocuidado, não somente para ajustar-se, mas para transformar a sua condição de saúde. A intervenção pode ser estruturada a partir de consultas de enfermagem, visitas domiciliares, grupos educativos e ações na comunidade. A interação com o acompanhante da puérpera, na tentativa de se buscar alguma dificuldade não relatada ou não observada pela enfermagem, torna-se fundamental. (BRASIL, 2001).
O puerpério caracteriza-se pelo período que advém ao parto e é marcado por intensas mudanças biopsicossociais na mulher e em sua família (CENTA et al 2002). Trata-se de um delicado período em que acontecem mudanças e transformações na vida da mulher, bem como o ritmo acelerado, possibilitando produzir-nos mesmo sentimento de ansiedade, expectativa, frustração, preocupações, tanto no âmbito pessoal, familiar e trabalhista, refletindo assim em comportamento Isolados e introspectivos (SILVA e BOTTI 2005).
Na prática do serviço multiprofissional de saúde conforme Ministério da Saúde (2006), o acolhimento deve ser expressar na relação estabelecida entre os profissionais de saúde e usuários, em diferentes tipos de atitudes como: os profissionais a se apresentarem, chamando pelo nome, orientando sobre condutas e procedimentos a serem realizados, escutando e valorizando o que é dito por estes, garantindo a privacidade e a confiabilidade, incentivando a presença do (a) acompanhante, entre outras atitudes 
Conforme ministério da saúde 2006, muitos sintomas podem ajudar a identificar precocemente os casos de sofrimento psíquico nas mulheres, levando a entender os fatores de risco entre este podemos destacar treze perturbações do apetite e sono, decréscimo de energia, sentimentos de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida, sentimentos de inadequação e rejeição ao bebê 
Outros agravantes que poderão levar ao quadro de DPP incluem a ansiedade e a depressão durante a gravidez,suporte pós-natal deficiente, eventos estressores, instabilidade conjugal e ou com a mãe, gravidez indesejada e/ou na adolescência e baixo nível socioeconômico também são considerados fatores de risco (FREIRE e SANTOS, 2006). 
Alguns fatores biológicos também se relacionam com o desenvolvimento de DPP. Rocha apud Silva e Botti (2005) afirmou que 4% das puérperas apresentam alteração de humor leve associada a disfunção da tireoide nos primeiros oitos meses do puerpério, e apenas 1% apresentaram transtorno depressivo maior.
Figueira et al. (2009), Morais et al. (2006), Ruschi et al. (2007) e Santos, Martins e Pasquili (2000) citam a importância do uso da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) ou Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EDPE) uma escala de auto avaliação de sintomas depressivo, como instrumento adequado de triagem da depressão pós-parto, podendo ser implantada na rede pública de saúde devido a sua facilidade, rapidez de aplicação, baixo custo e pode ser associado a um aumento nos índices de diagnóstico e tratamento da doença, minimizando os possíveis efeitos deletérios sobre o binômio mãe-bebê. Esses estudos mostraram boa capacidade de detectar gestantes com o diagnóstico de depressão pós-parto.
Falcone et al. (2005) e Luís e Oliveira (1998) utilizam o argumento de que o atendimento em grupo pode trazer resultados positivos para as gestantes, uma vez que elas passam a ter consciência do momento que estão vivenciando, passando a tomar mais cuidados e tendo a compreensão, a atenção e o interesse da família e da equipe de saúde. Além disso, o trabalho multiprofissional pode estar propondo a essas mulheres intervenções mais humanas e harmônicas entre os profissionais. A partir de algumas percepções da equipe multidisciplinar será possível traçar estratégias de um cuidado transicional que propicie uma melhor adequação ao papel de mãe (ALVES, 2007).
Para que a mulher se sinta mais à vontade é importante acolher um acompanhante de sua escolha, não oferecendo obstáculo para sua participação no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no pós-parto. A presença de acompanhantes neste momento traz muitos benefícios, mostrando que esta gestante se sinta mais segura e confiante (BRASIL, 2005).
Conforme o Ministério da Saúde (2006), um dos principais instrumentos para uma assistência digna e de qualidade inicia-se no acolhimento. Sendo este um aspecto essencial da política de humanização que implica o profissional de enfermagem ter uma postura ética. Fazendo com que esta etapa do processo seja vista como uma ação que necessita ocorrer em todos os momentos da atenção desde o pré-natal, parto e o puerpério. 
Conforme o Ministério da Saúde (2006), durante o puerpério, a equipe de enfermagem deve garantir estratégias de enfrentamento e adaptação a esse momento da maternidade, oferecendo suporte profissional, onde as informações importantes precisam ser repassadas em um tempo curto, tanto no momento da internação ou em seu retorno para a consulta de enfermagem, ficando atenta às mudanças ocorridas com a gestação e a readaptação à sua vida normal 
Desse modo, cabe ao enfermeiro verificar as mínimas alterações seja no humor ou na integridade física das gestantes, para assim atentar a problemas futuros e garantir a detecção e prevenção precoce dos transtornos psíquicos puerperais, neste caso a DPP. A utilização da escala de rastreamento EDPS auxiliaria na identificação de traços depressivos desde o início do ciclo gravídico/puerperal. Para Ferreira e Nakamura (2006) o apoio e a preparação durante a gravidez, assim como as devidas informações, contribuem para o aumento do bem-estar da mulher no final da gravidez, evidenciando-se menor ocorrência de problemas psicológicos e de depressão no período pós-parto. 
 Conforme o Ministério da Saúde (2006), o atendimento em grupo traz um resultado positivo para as gestantes, auxiliando elas a terem compreensão, a atenção e o interesse juntamente com os familiares. A possibilidade de trocas de experiências e conhecimentos e considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. Passando a ter uma intervenção mais humanizadas e harmônicas entre suas dúvidas, contando com o apoio do grupo juntamente com os profissionais da saúde 
Mattar et al (2007), aborda a necessidade da aplicação da EPDS, também por ser fácil, ágil e possibilita o diagnóstico precoce da DPP, bem como o planejamento de estratégias de intervenção. Além disso, o estudo relata que a aplicação desse questionário deveria ser implementada na rotina das enfermarias de puerpério, com o intuito de minimizar as consequências desta patologia no binômio mãe-bebê, e seus familiares.
O profissional Enfermeiro tem um papel fundamental na assistência da paciente, por ser uma equipe em que a gestante confia irá passar qualquer tipo de informação pertinente à gravidez. Para detectar quaisquer sintomas em relação a DPP é imprescindível ter um olhar holístico nas consultas de pré-natal para que não deixe passar sem que seja encaminhado a um profissional adequado para atendimento e tratamento da depressão pós-parto.
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entre os cuidados psicológicos para as pacientes com Depressão Pós-parto tem-se destacado muito o sucesso da abordagem cognitivo-comportamental, preferentemente em grupos de terapia. Meager (1996) refere a melhora do quadro depressivo detectado pelas escalas de Edinburgh para Depressão Pos-Natal, Inventário de Beck para Depressão e Profile of Mood States com esse tipo de terapia. 
Recomenda avaliar-se a relação custo-benefício do tratamento antidepressivo durante e depois da gravidez e considera-o de baixo risco. Atualmente muitos antidepressivos estão sendo estudados em relação à lactação e os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) foram os menos presentes no leite materno. Entre estes, a serotonina e paroxetina parecem as melhores alternativas (Háberg, 1997).
Não se encontrou associação entre os quadros depressivos no pós-parto e as variáveis demográficas e obstétricas. Por outro lado, a preferência pelo sexo da criança e ter pensado em interromper a gravidez mostraram associação com DPP. Parece que a rejeição à maternidade entendida por cogitar em não ter o filho é um fator que aumenta a chance para depressão no pós-parto. Pode-se concluir que as precárias condições socioeconômicas da puérpera e a não aceitação da gravidez são os fatores que mais influenciam o aparecimento de depressão no puerpério.
 A alta prevalência de depressão pós-parto encontrada reforça seu significado como problema de saúde pública, exigindo estratégias de prevenção e tratamento. O acompanhamento cuidadoso de mães, em especial as de baixa renda, por meio de ação integrada que leve em conta as variáveis associadas à depressão, pode prevenir graves problemas pessoais e familiares que decorrem da DPP. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Silva Cruz, Eliane Bezerra, Gláucia Lucena Simões, and Alexandre Faisal-Cury. "Rastreamento da depressão pós-parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família." RevBrasGinecolObstet 27.4 (2005): 181-8.
Silva Moraesa, Inácia Gomes, et al. "Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados." Rev Saúde Pública 40.1 (2006): 65-70.
BALLONE, Geraldo J. "Depressão pós-parto." PsiqWeb, Psiquiatria geral. Internet. Última revisão. Disponível em http://www. psiqweb. med.br/sexo/posparto. html (2007).
Harvey, Erika. Depressão Pós-parto. Grupo Editorial Summus, 2002.
Ruschi, Gustavo Enrico Cabral, et al. "Aspectos epidemiológicos da depressão pós-parto em amostra brasileira." RevPsiquiatr Rio Gd Sul 29.3 (2007): 274-80.
Schmidt, EluisaBordin, Neri Maurício Piccoloto, and Marisa Campio Müller. "Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil." PsicoUSF 10.1 (2005): 61-68.
Fonseca, Vera Regina JRM, Gabriela Andrade da Silva, and Emma Otta. "Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna." Cadernos de saúde pública 26.4 (2010): 738-746.
Zinga, Dawn,Shauna Dae Phillips, and Leslie Born. "Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la? [Postpartumdepression: weknowtherisks, can it beprevented?]." Revista Brasileira de Psiquiatria 27 (2005): S56-S64.
Rosa Silva, Milena, and Cesar Augusto Piccinini. "Paternidade no contexto da depressão pós-parto materna: revisando a literatura." Estudos de psicologia 14.1 (2009): 05-12.
Júnior, Hudson Pires de Oliveira Santos, Maria de Fátima de Araújo Silveira, and Dulce Maria Rosa Gualda. "Depressão pós-parto: um problema latente." Revista Gaúcha de Enfermagem 30.3 (2009): 516.
Falcone, Vanda Mafra, et al. "Atuação multiprofissional e a saúde mental de gestantes." Revista de Saúde Pública 39.4 (2005): 612-618.
ZAGONEL, Ivete Palmira Sanson, et al. "O cuidado humano diante da transição ao papel materno: vivências no puerpério." Revista Eletrônica de Enfermagem 5.2 (2006).
Silva, Francisca Cláudia Sousa, et al. "Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família." Acta paul enferm 23.3 (2010): 411-6.
Silva, Lygia Maria Pereira, Maria das Graças de Carvalho Ferriani, and Marta Angélica Iossi Silva. "Atuação da enfermagem frente à violência sexual contra crianças e adolescentes." Revista Brasileira de Enfermagem 64.5 (2011): 919-924.
Deslandes, Suely Ferreira. "Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar." (2004).
Sousa Campos, Gastão Wagner. "Humanização na saúde: um projeto em defesa da vida?" Interface-Comunic, Saúde, Educ 9.17 (2005): 389-406.
Benevides, Regina, and Eduardo Passos. "A humanização como dimensão pública das políticas de saúde." Ciência & Saúde Coletiva 10.3 (2005): 561-571.
Casate, Juliana Cristina, and Adriana Katia Corrêa. "Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem." Revista latino-americana de Enfermagem 13.1 (2005): 105-111.
Diniz, Carmen Simone Grilo. "Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento." Ciênc saúde coletiva 10.3 (2005): 627-37.
BRASIL, Ministério da Saúde, Assistência pré-natal: normas e manuais técnicos / equipe de colaboração: Martha Ligia Fajardo et al, 3º Ed. Brasília, 1998. Disponível em:<>. Acessado em 27/10/2014.
BRASIL, Ministério da Saúde, Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – Manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de atenção à saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégias – Brasília, 2006.

Continue navegando