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Anexo II do CAPÍTULO I LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO S Penin y Santos 117 LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO Anexo I do CAPÍTULO I: FUNCIONAMENTO EM VAZIO OU EM CARGA, EM REGIME PERMANENTE Quando o gerador trabalha em carga existem duas limitações que devem ser respeitadas • a)Corrente de armadura • b)Corrente campo a)A primeira é definida em função da carga. O projetista determina a secção dos condutores para determinada densidade de corrente quando a máquina esta com carga nominal. Valores entre 2 a 4 A/mm2 são típicos em geradores síncronos. O sistema de proteção pode ser ajustado para alarmar ou mesmo desligar o gerador no caso de ultrapassagem por períodos não seguros b)A determinação da corrente de campo é efetuada considerando o porcentual da carga aplicada que bem como o fator de potência. Em todas as hipóteses a rotação é considerada constante. A determinação da corrente de campo pode ser efetuada por exemplo pelo denominado método das reatâncias que corresponde a superposição dos fluxos. Uma exposição deste método incluindo a forma de corrigir o erro devido a saturação é efetuado na pagina xxxx desta apostila Simplificadamente pode-se dizer que Ef|d=Va|0+jxsIa|f Por trata-se de uma composição fasorial, quanto mais atrasada a corrente estiver com relação à tensão, ou seja, quanto maior for o ângulo entre a corrente e tensão ou ainda quanto menor for o fator de potencia (indutivo) maior terá que ser Ef para manter Va constante. A figura 1 mostra o valor de Ef para o mesmo valor de carga em módulo, mas com fator de potencia indutivo, resistivo e capacitivo. Evidentemente Ef(I)>Ef(R>Ef(C). Observar que o valor de Ef depende da corrente de excitação If e portanto If(I)>If(R)>If(C). Figura 1: Tensão Ef em função do fator de potência da carga. O comportamento da tensão em função da corrente de carga (para If=constante) pode ser observada na figura 2.a. Anexo II do CAPÍTULO I LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO S Penin y Santos 118 Para manter a tensão de saída constante ë necessário aumentar a corrente de campo de forma significativa se a carga for indutiva, pois a Reação de Armadura FA é desmagnetizante. Se a carga é resistiva também será necessário aumentá-la, mas de forma menos significativa. Na hipótese de carga capacitiva a corrente de campo deve ser reduzida pois a Reação de Armadura FA é magnetizante. A figura 2.b mostra o comportamento da corrente de excitação If para manter a tensão Va constante Figura 2 .a) Comportamento da tensão em figura 2.b-Corrente de campo para manter função da carga a tensão constante Ao elaborar o projeto deve-se respeitar os limites térmicos da isolação. Este parâmetro juntamente com a ventilação definem a densidade de corrente nos condutores da armadura e do campo Considerando que a potencia aparente Va.Ia=S=P+jQ(2) é composta de duas componentes : potência ativa P e potência reativa Q e considerando a ortogonalidade entre P e jQ a equação 2 resulta na igualdade S2=P2+Q2 .(3) Se S é constante, esta equação define uma circunferência de raio S=Va.Ia. Por outro lado é admitido que a tensão permaneça constante ou dentro de uma faixa de variação muito estreita em função das exigências dos consumidores. Assim sendo conclui-se que a referida circunferência define o limite da corrente de armadura acima do qual a temperatura poderá ser ultrapassada A figura 3 mostra o limite da armadura constituído pelo arco traçado a partir de circunferência de raio Va.Ia=1(pu). Anexo II do CAPÍTULO I LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO S Penin y Santos 119 Figura 3: limite da capacidade de um gerador síncrono A figura 3 foi construída para um gerador cujo limite de fator de potencia é 0,8 indutivo , portanto o condutor do campo foi projetado para corrente de campo prevendo que o gerador trabalhe com tensão e corrente nominal de armadura. Na hipótese de trabalhar com corrente de armadura nominal, mas com fator de potência menor que 0,8 Indutivo a corrente campo aumenta e o limite de aquecimento do campo pode ser superado. Este limite é indicado pelo arco cujo círculo é dado pelo raio Va.Eaf/xs e cujo centro é a -Va2/xs conforme a equação P2+ (Q+Va/xs) 2= (VaEf/xs) 2 (4) (A equação (4) pode ser escrita também como: P2+ Q2+Va/xs 2+2QVa/xs=(VaEf/xs) 2 ) Os arcos citados constituem-se no limite térmico da máquina além do qual a mesma não deve trabalhar a não ser por curtos períodos. A seguir a dedução da equação (4): Considerem-se as seguintes expressões: S=Va.Ia=P-jQ(5) Ef=Va+jxs.IaÎIa=(Ea-Va)/jxs=-j(Ef-Va)/xs(6) Anexo II do CAPÍTULO I LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO S Penin y Santos 120 Substituindo-se (6) em (5) e procedendo-se as substituições resulta na equação (4) a qual pode graficamente ser representada por um circulo de raio VaEf/xs e centro em Q=-Va2/xs. A figura 3 mostra o gráfico que corresponde a equação (4) A explicação supra está de acordo com o livro Máquinas Elétricas de Fitzgerald/Umans/Kingsley. A seguir propõe-se demonstração mais concernente com o fenômeno físico sem descuidar entretanto do rigor matemático: Sendo a tensão e a corrente dos terminais igual a V e Ia constantes porem com ângulo f varinado de indutivo para capacitivo a corrente terá como lugar geométrico o circulo de raio Ia(lilás). O círculo de raio xs.Ia descreve o lugar geométrico de Ef=V+jxsIa. Nos projetos normais de geradores síncronos o limite da corrente de campo é dado por Ef para cosf=0,85 Indutivo ( ou 0,8 Ind.). Na hipótese de ocorrer redução do fator de potência sem alterar o módulo de Ia, o valor de Ef deverá aumentar e, portanto If também aumentará ultrapassando o valor de projeto. Assim quando o fator de potência diminui Ef deve permanecer constante para não aumentar o valor de If. O arco AB de raio Ef descreve o lugar geométrico de Ef para fp entre zero e 0,8 ou 0,85 Indutivo. O funcionamento do gerador deve ficar circunscrito ao arco OA e AB sendo OA imposto pela corrente de armadura e AB pela corrente de campo Figura 4- lugar geométrico de Ef com corrente constante-arco AO e com Ef constante-arco AB. Na figura 5 todos os valores são divididos por xs e multiplicados por V. Desta forma os eixos OP e OQ são os eixos de potência ativa e reativa ao se admitir V no eixo OP. Como V é a tensão nominal e igualmente Ia é a corrente nominal V.Ia é a potência nominal ativa se Ia está em fase com V e reativa se está a 90 graus. Anexo II do CAPÍTULO I LIMITES DA CAPACIDADE DO ALTERNADOR SÍNCRONO S Penin y Santos 121 Até o fator de potência projetado 0,8 ou 0,85 –ponto S, o lugar geométrico da potência é o representado pelo arco –QPS com raio VIa pois não se ultrapassam os valores projetados de Ia ou If . Valores de fp menor que 0,8 ou 0,85 implicam em maior valor de If e por isso o lugar geométrico a partir desse valor é o arco SQ’ cujo raio é Ef.V/xs. Desta forma não se ultrapassa o valor de projetado de If
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