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ESTRADAS Prof. David Dantas dacd@ctec.ufal.br Delmiro Gouveia-AL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO ENGENHARIA CIVIL CURVAS HORIZONTAIS COM TRANSIÇÃO SUMÁRIO DA AULA INTRODUÇÃO TIPOS DE CURVAS DE TRANSIÇÃO CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO LOCAÇÃO DA CURVA Apresentar os subsídios necessários à compreensão dos princípios gerais que orientam os estudos relacionados a curvas horizontais com transição. OBJETIVO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO Quando um veículo passa de um alinhamento reto para um trecho curvo, surge uma força centrífuga atuando sobre o mesmo, que tende a desviá-lo da trajetória que normalmente deveria percorrer. Este fato representa um perigo e desconforto para o usuário da estrada. A descontinuidade da curvatura no ponto de passagem da tangente para a circular (PC) e no ponto de passagem da circular para a tangente (PT) em um traçado racional não é recomendada. O problema se acentua quando se aumenta a velocidade e se reduz o raio de curvatura, podendo resultar até na invasão da faixa adjacente. INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO Assim, é necessário que, tanto nos PCs quanto nos PTs, exista um trecho com curvatura progressiva para cumprir as seguintes funções: a) Permitir uma variação contínua da superelevação Enquanto estamos na tangente, não há necessidade de superelevação, ou seja, a inclinação transversal é teoricamente nula. No trecho circular, há necessidade de superelevação, a qual depende da velocidade e do raio, podendo atingir valores de 10% a 12% em certos casos. A criação de um trecho de curvatura variável entre a tangente e a curva circular permite uma variação contínua da inclinação transversal da pista até atingir a superelevação do trecho circular. INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO Assim, é necessário que, tanto nos PCs quanto nos PTs, exista um trecho com curvatura progressiva para cumprir as seguintes funções: b) Criar uma variação contínua de aceleração centrípeta na passagem do trecho reto para o trecho circular Sendo a força centrípeta Fc = mV²/R, em que m é a massa do veículo, V a velocidade e R, o raio da curva, seu valor é nulo na reta e, dependendo do raio, pode assumir valor significativo imediatamente após o PC. O aparecimento de uma força transversal de maneira brusca causa impacto no veículo e em seus ocupantes, acarretando desconforto para estes e falta de estabilidade para aquele. INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO Assim, é necessário que, tanto nos PCs quanto nos PTs, exista um trecho com curvatura progressiva para cumprir as seguintes funções: c) Gerar um traçado que possibilite ao veículo manter-se no centro de sua faixa de rolamento Na prática, o veículo em movimento não passa do trecho reto para o trecho curvo instantaneamente. Na realidade, esse giro é feito em um intervalo de tempo no qual o veículo percorre uma trajetória de raio variável, diferente do traçado da estrada. Uma curva de raio variável possibilita que a trajetória do veículo coincida com o traçado ou, pelo menos, aproxime-se bastante deste. INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO Assim, é necessário que, tanto nos PCs quanto nos PTs, exista um trecho com curvatura progressiva para cumprir as seguintes funções: d) Proporcionar um trecho fluente, sem descontinuidade da curvatura e esteticamente agradável Isso ocorre devido à suave variação da curvatura. TIPOS DE CURVA DE TRANSIÇÃO TIPOS DE CURVA DE TRANSIÇÃO Algumas curvas, por suas características geométricas, são melhores, do ponto de vista técnico, para ser usada como curva de transição. As curvas mais usadas são: a) Clotóide ou Espiral: de equação �. � � �, em que R é o raio, L, o comprimento percorrido e K, uma constante. b) Parábola Cúbica: de equação y � a ∙ , em que a é uma constante. c) Lemniscata: de equação �. � � �, em que P é o raio vetor. Dentre as diversas curvas que podem ser usadas como transição, a clotóide é a mais vantajosa do ponto de vista técnico e é a mais indicada para um traçado racional. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL: CONSTANTE K Sendo a espiral uma curva de equação K � � ∙ �, o valor a ser adotado para a constante K está relacionado ao comprimento escolhido para a transição e ao raio do trecho circular. • O valor de K corresponde a uma determinada curva dentre a família das clotóides. • LS – comprimento da curva de transição; • RC - Raio do trecho circular. � � � . �� CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL: PARÂMETROS DA CURVA CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL: PARÂMETROS DA CURVA Em particular no ponto SC da curva, onde R assume o valor de Rc e L é o comprimento da espiral, que chamamos de Ls, temos: Obs.: Ângulos em radianos e todas as outras variáveis em metros. COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO: COMPRIMENTO MÍNIMO Um dos motivos para usar a curva de transição é evitar o impacto causado pelo aparecimento brusco de uma força transversal. É necessário que a variação da aceleração centrípeta não ultrapasse uma taxa máxima, para que haja segurança e conforto. Força Centrípeta em curvas circulares Força Centrípeta em curvas com transição insuficiente Força Centrípeta em curvas com transição adequada A essa taxa máxima corresponderá um comprimento mínimo de transição. COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO: COMPRIMENTO MÍNIMO São três os critérios mais usados para estabelecer o comprimento mínimo de transição. Critério Dinâmico: ���í� � �,� �∙�� � �� Critério de Tempo: ���í� = �� �,� Critério Estético: ���í� = �∙�� �, !�,��"∙�� ���í� = # ∙ $% 0,71 − 0,0026 ∙ ,- ,- ≤ 80,0 12/ℎ ,- ≥ 80,0 12/ℎ ���í� = comprimento mínimo de transição em (m); ,-=velocidade em (km/h), � =Raio do trecho circular (m), #=superelevação em (%) e $%= largura da faixa (m) COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO: COMPRIMENTO MÁXIMO E DESEJÁVEL O comprimento máximo corresponde a SC ≡ CS. O comprimento desejável pode ser um valor qualquer escolhido entre os limites Lsmin e Lsmáx. Critério para definição do Comprimento Máximo (���á8): ���á8 = 9 ∙ :; ∙ � 180 Critério para definição do Comprimento Desejável (��<=>): ��<=> = 0,072 ∙ , � ���í� ≤ ��<=>≤ ���á8 :; = ângulo central em (graus); ,=velocidade em (km/h), � = Raio do trecho circular (m). CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO Para que seja geometricamente possível a concordância da transição com a tangente e a curva circular é necessário criar um espaço, chamado de afastamento (p), entre a curva circular e a tangente. CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO Há três maneiras de conseguir o afastamento p: a) Método do centro conservado: com a redução do raio Rc da curva circular para o valor (Rc – p), mantendo o mesmo centro (O) da curva circular. CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO A alteração da posição das tangentes traz, como consequencia, a modificação do traçado e a alteração das curvas imediatamente anterior e posterior à curva estudada. b) Método do centro e raio conservado: mantendo a curva circular em sua posição original e afastando as tangentes a uma distância p. CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO O método do raio conservado é, geralmente, o mais usado, apresentando a vantagem de não alterar o raio preestabelecido para a curva circular nem a posição das tangentes. c) Método do raio conservado: afastando o centro (O) da curva circular para uma nova posição (O’), de forma que seja conseguido o afastamento desejado (p) conservando o raio e as tangentes. LOCAÇÃO DA CURVA DE TRANSIÇÃO LOCAÇÃO DA CURVA DE TRANSIÇÃO: ESTACAS DOS PONTOS NOTÁVEIS DA CURVAConhecida a estaca do PI, temos: Ls Ls T T T T LOCAÇÃO DA CURVA DE TRANSIÇÃO: COORDENADAS Com uso das coordenadas X e Y calculadas com as equações específicas com origem no TS (ou ST), o eixo x na direção da respectiva tangente e o sentido do TS (ou ST) para o PI. x y L = distância do TS (ou ST) ao ponto considerado, ao longo da curva. LOCAÇÃO DA CURVA DE TRANSIÇÃO: COORDENADAS OU DEFLEXÕES Para locar pelas deflexões visamos cada ponto com a deflexão calculada na tabela, estando o zero do teodolito apontado para o PI SUMÁRIO DA AULA Foram apresentados os princípios gerais que orientam os estudos relacionados a curvas horizontais com transição. CONCLUSÃO INTRODUÇÃO TIPOS DE CURVAS DE TRANSIÇÃO CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ESPIRAL COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO CONCORDÂNCIA DA CURVA DE TRANSIÇÃO LOCAÇÃO DA CURVA
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