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AULA 2-Estrutura das Demonstrações Contábeis

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Estrutura das Demonstrações Contábeis
Os pronunciamentos, interpretações e orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) complementam, quanto aos aspectos relativos à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, as determinações previstas na nº Lei 6404/76.
Aspectos Legais
Exercício Social
O artigo 175 da Lei nº 6.404/76 fixa o Exercício social com a duração de um ano e determina que seu término seja fixado no Estatuto Social da companhia. O início e o término do exercício, normalmente, coincidem com o ano civil e fiscal. Entretanto, não é obrigatório de que isto aconteça.
As empresas limitadas terão o término do exercício fixado em seu Contrato Social.
Ciclo Operacional
É o período de tempo transcorrido a partir da data da compra de matéria-prima ou de mercadorias para serem revendidas, até o recebimento dos recursos relativos à operação de venda dos produtos fabricados ou das mercadorias revendidas.
Demonstrações Comparativas
Ao divulgar informação comparativa, a empresa deve apresentar, no mínimo, dois balanços patrimoniais ou o balanço patrimonial em duas colunas, sendo uma referente ao exercício atual e outra relativa ao exercício anterior.
A Lei nº 6.404/76, em seu artigo 176, §1º, determina que as demonstrações contábeis devam ser publicadas com indicações dos valores correspondentes do exercício imediatamente anterior.
As demonstrações divulgadas pelas sociedades de capital aberto, no sítio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), são divulgadas conforme determinação daquela Autarquia Federal, em três colunas, contemplando o exercício atual e os dois exercícios imediatamente anteriores.
Agregação de contas de natureza semelhante
As contas de naturezas semelhantes podem ser agrupadas em uma só conta, conforme permissão contida no §2º do art. 176, da Lei nº 6.404/76. Da mesma forma, se manifesta o CPC em seu pronunciamento que trata da elaboração e apresentação das demonstrações contábeis (pronunciamento 26), item 30, afirmando que “as demonstrações contábeis resultam do processamento de grandes números de transações ou outros eventos que são agregados em classes de acordo com a sua natureza ou função.
Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações contábeis, seja nas notas explicativas.”  
Da mesma forma, os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 10% do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas” ou “contas-correntes”; também o CPC se manifesta nesse sentido, ao determinar que os itens de natureza ou função distinta devem ser apresentados separadamente, salvo se imateriais.
Balanço Patrimonial
É a demonstração preparada pela contabilidade que se destina a evidenciar, de forma qualitativa e quantitativa, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade, apresentando, de forma sintética e ordenada, as contas patrimoniais agrupadas de acordo com a natureza dos bens, direitos e obrigações que representam.
A Lei nº 6404/76, entretanto, denomina o lado direito de Passivo e apresenta o Patrimônio Líquido como um subgrupo deste.
Apresentação das contas do Ativo e do Passivo
No Ativo, as contas deverão ser dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, isto é, primeiro as contas que apresentam maior grau de liquidez (maior facilidade de conversão em dinheiro) e depois as de menor grau de liquidez.
O Ativo é composto de dois grupos:
Ativo Circulante;
Ativo Não Circulante.
A Lei nº 6.404/76 não faz menção a critério de classificação para as contas do Passivo. 
No entanto, é consenso entre diversos autores que o Passivo deve ser apresentado em ordem decrescente de exigibilidade (os que são vencíveis em prazo mais curto).
O Passivo, conforme a Lei nº 6404/76, é composto por três grupos:
Passivo Circulante;
Passivo Não Circulante;
Patrimônio Líquido.
Curto prazo
Significa um período de até um exercício social. Assim, as dívidas a serem quitadas em até um exercício social, a contar da data do balanço serão classificadas no Passivo Circulante e os direitos a receber no Ativo.
Longo prazo
É o período de tempo superior a um exercício social. Assim, as dívidas, e direitos a receber, com prazo de liquidação superior a um exercício social serão classificadas como de longo prazo. As dívidas serão apresentadas no Passivo Não Circulante e os direitos a receber no Ativo Não Circulante, subgrupo realizável a longo prazo.
A Lei estabelece, ainda, que no caso em que o ciclo operacional for superior ao exercício social, isto é, for superior a um ano, a classificação em curto (circulante) e longo prazo levará em consideração o prazo do ciclo operacional.
Por outro lado, o pronunciamento 26 do CPC estabelece que para um elemento ser classificado no Ativo Circulante é necessário que pelo menos um dos critérios, a seguir, seja satisfeito:
a) Espera-se que seja realizado ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
b) Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
c) Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
d) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de Passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses, a contar da data do balanço.
Além disso, determina que os Ativos que não cumprirem nenhum destes requisitos deverão ser classificados como Não Circulantes.
OBS: Equivalente de Caixa-São aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
O Passivo deverá ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
a) Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
b) Está mantido essencialmente para finalidade de ser negociado;
c) Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
d) A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do Passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Os Passivos que, por sua vez, não atenderem estes requisitos deverão ser classificados como Não Circulantes.
Composição do Ativo
- No Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso de exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Disponibilidades-são os elementos do Ativo que representam dinheiro ou que nele possa ser convertido imediatamente, sendo utilizáveis como meios de pagamento. Ex: Caixa, Bancos, Aplicações financeiras de liquidez imediata, etc.
Direitos realizáveis no curso de exercício social subsequente: duplicatas a receber, impostos a recuperar, adiantamentos a fornecedores, etc.
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte: conhecidas como "despesas antecipadas". É o caso do seguro, assinaturas, aluguéis, onde os valores são adiantados, no entanto, o consumo de recursos ainda não foi efetivado.
Realizável a longo prazo: duplicatas a receber, Adiantamentos a diretores, Empréstimos a coligadas, etc.
Investimentos: são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Ex: participações societárias (permanentes), Obras de arte, Imóveis para renda (alugar),etc.
Imobilizado (bens corpóreos): bens utilizados na atividade operacional da companhia e que não se destinem à comercialização ou à incorporação a produtos fabricados para a venda. Ex: edificações, veículos, máquinas e equipamentos, etc.
Intangível: bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia, inclusive o fundo de comércio adquirido. Ex: as licenças de uso de software, marcas e patentes, concessões obtidas pelo poder público, etc.
Critérios de Avaliação do Ativo
- Custo histórico
- Custo corrente
- Valor realizável
- ValorPresente
Avaliação dos Estoques
O procedimento consiste na comparação do valor contabilizado dos estoques (custo histórico) com o valor realizável líquido; quando este for menor do que o custo de aquisição dos estoques, deverá ser constituída uma provisão para redução ao valor líquido de realização.
-Valor Realizável Líquido: É a diferença entre o valor de venda e os gastos estimados necessários à comercialização do estoque.
- Provisão para redução ao valor líquido de realização: conta destinada a registrar a redução no valor de produtos/mercadorias estocadas que estão acima do seu valor de realização. Esta conta é redutora do Ativo e sua contrapartida a débito deverá ser uma conta de resultado.
Exemplo:
Desta forma, no Ativo Circulante da empresa será evidenciada a seguinte posição:
Ativo Circulante
Estoques                                                               45.000
(-) Prov.p/redução ao valor líquido de realização   (3.000)   
 
O valor contábil dos estoques a ser apresentado no Balanço Patrimonial deverá refletir o valor de realização líquido, quando este for menor do que o registrado na contabilidade da empresa (custo histórico). Por outro lado, se o valor de custo do estoque for menor do que o valor realizável líquido não será efetuado qualquer registro contábil, mantendo-se assim o valor de aquisição.
Ajuste a Valor Presente de Ativos e Passivos a longo prazo
Os elementos do Ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Da mesma forma, no artigo 184, inciso III, encontramos a determinação de ajustar a valor presente as obrigações, os encargos e os riscos classificados no Passivo Não Circulante, quando houver efeito relevante, aqueles classificados no Circulante.
O valor do ajuste a valor presente será tratado como uma receita ou despesa financeira, dependendo da situação.
A conta “Ajuste a valor presente” é retificadora da conta de duplicatas a receber e será, ao longo do prazo da operação, apropriada como receita financeira. 
No caso oposto, retificadora de um Passivo, a apropriação será em despesa financeira. Assim, à medida do transcurso do prazo registramos:
Débito: Ajuste a valor presente
Crédito: Receita de juros
A apropriação deverá ser calculada pro rata temporis, com a utilização da convenção exponencial (juros compostos) por uma taxa que reflita o custo do dinheiro e do risco da operação.

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