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- saturados: são aqueles que não apresentam duplas ligações (cadeia curta); - insaturados: são aqueles que apresentam duplas ligações (cadeia longa). A = pele e olhos. D = calciferol. E = antioxidante. K = anti-hemorrágico. Vantagens da utilização: - fonte de alta densidade energética, facilita a correção do nível energético da dieta; - facilita a peletização (agregação) da ração; - evita a formação de pó, reduzindo as perdas. Desvantagens da utilização: - aumento dos custos; - exige maiores cuidados para conservação, devido a facilidade de rancificação; Digestão dos Lipídeos pelos Ruminantes O processo de digestão de lipídeos no rume é divido em duas etapas que ocorrem concomitantemente: a)Lipólise b)Biohidrogenação a) Lipólise (hidrólise): é a quebra de cadeias que ocorre rapidamente após os lipídios alcançarem o rume. É feita pelas enzimas extracelulares dos microrganismos ruminais, que causam a liberação de ácidos graxos esterificados provenientes do lipídio das plantas, glicerol e outras moléculas, conforme sua origem. Há liberação do glicerol que é prontamente utilizado pelas bactérias ruminais, com produção de ácidos graxos voláteis (antes é convertido em glicose). Já os ácidos graxos não são utilizados como fonte de energia pelas bactérias ruminais = menos de 1% dos ácidos graxos são degradados até CO2 e ácidos graxos voláteis (AGV) no rume; Um fato de grande importância para a microbiologia do rume é o efeito tóxico dos lipídios insaturados sobre os microrganismos ruminais, principalmente as bactérias gram positivas (que digerem a celulose) e os protozoários; Como meio de defesa contra este efeito tóxico, os microrganismos ruminais promovem a hidrogenação dos ácidos graxos insaturados, rapidamente após a sua liberação no rume. b) biohidrogenação: processo onde os microorganismos promovem a redução do número de duplas ligações das cadeias de ácidos graxos insaturados = saturando-os. Quando a taxa de hidrólise dos lipídios e liberação dos ácidos graxos insaturados no rume excede a capacidade de sua biohidrogenação, ocorre diminuição da digestibilidade da fibra, diminuição da produção de metano e de ácidos graxos voláteis (AGV) no rume, por morte das bactérias. METABOLISMO DE LIPÍDEOS NO RUME Lipólise: Triglicerídeo = ácidos graxos + glicerol -> Biohidrogenação Ácido graxo insaturado: C-C-C-C=C-C-C=C-C-C-C (adiciona-se hidrogênio nas duplas ligações “=” ) Vira ácido graxo saturado: C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C *Lipídeo não é fonte de energia para bactérias ruminais! Os lipídeos que chegam intactos ao intestino são hidrolizados pelo suco pancreático e biliar, sendo absorvidos no ID. Os ácidos graxos absorvidos são desviados para o fígado que os oxidam rapidamente. Digestão dos Lipídeos pelos Monogástricos A digestão dos lipídeos neste grupo de animais praticamente não ocorre até chegar no intestino delgado. A digestão lipídica no duodeno é o resultado da ação da bile que emulsifica as gorduras, aumentando a superfície de contato e concentração da lipase pancreática, que as hidroliza em ácidos graxos e glicerol. Energia e nutrientes energéticos - Carboidratos: principal fonte energética para os ruminantes; - 75% ingeridos por uma vaca em lactação, sendo extratos não nitrogenados e fibra bruta; - Carboidratos complexos: polímeros de pentoses ou hexoses (quebrados no rúmen). - Todos os polímeros devem ser quebrados para serem utilizados pelo organismo; - No intestino: quebra dos polissacarídeos em pentoses ou hexoses; - Rume: Açúcares e celulose: unidades com 2, 3 ou 4 átomos (ác. Acético, propiônico e butírico, respectivamente). Extrato Etéreo (EE): Gorduras (em excesso é tóxico para os microrganismos ruminais) -Deve ser utilizada pequena porcentagem na ração dos ruminantes; Ex: Capim catingueiro é um capim gorduroso (volumoso + EE). - 1% dos constituintes das forragens; - Exemplos de EE: Triglicérides, ácidos graxos, ceras, esteróis, terpenóides, fosfolipídios e esfingolipídios; - Alimentos de origem vegetal: metade do extrato etéreo constituída por ceras e esteróis; - Pouca energia utilizável pelo animal. Proteína Bruta (PB): constituída por aminoácidos. - Quebrado em amônia na digestão, transformável em fonte não específica de energia; - Potencial energético maior que o dos carboidratos; - Ureia é o destino final da amônia -> liberado na urina. MEDIDAS DE ENERGIA - Carboidratos (amidos, açúcares, celulose, hemicelulose), lipídeos (triglicérides, ácidos graxos, graxas) e proteínas. FONTES DE ENERGIA; - Combustão em bomba calorimétrica - Energia Bruta (EB) dos alimentos; - Energia Bruta (EB) das fezes; → EB alimento – EB fezes = Energia digestível (ED). MEDIDAS DE ENERGIA - ED: perdas com os gases da eructação (principalmente Metano) e na urina; → Energia Metabolizável (EM) = ED – perdas durante a digestão e excreção; - EM dividida em Energia Líquida (EL) e incremento calórico; - EL: manutenção corporal e produção animal; - Incremento calórico: energia utilizada no metabolismo tecidual e fermentação digestiva. PROTEÍNAS - Em dietas balanceadas, não devem ser usadas como fonte de energia; LIPÍDIOS - Em torno de 1% da energia oriunda de volumosos, e 5% da MS de rações mistas de concentrados e volumosos. CARBOIDRATOS - Amido, açúcares de grãos de cereais e de algumas forragens, celulose e hemicelulose dos vegetais; - Rume: carboidratos fermentados convertem-se principalmente em ácidos graxos voláteis, e são absorvidos; - Intestinos: carboidratos transformados em glicose. MEDIDAS DE ENERGIA - EL: é a mais importante; - EM: aceita para monogástricos; - Ruminantes: grandes perdas com incremento calórico (fermentação); - Energia digestível: semelhante à Nutriente Digestível Total (NDT); - Índices mais facilmente medidos. Energia Bruta -> parte vai para as fezes, torna-se Energia Digestível -> parte vai para os gases (CH3) e urina, torna-se Energia Metabolizável -> parte vai para o incremento calórico (constituição dos tecidos) => torna-se Energia Líquida. METABOLISMO INTRACELULAR - ATP: composto de alta energia; - formado por meio de oxidações que provocam transferência de elétrons de substratos específicos para o oxigênio; - A energia livre é capturada na passagem; - ADP → fosforilação oxidativa → ATP - oxidação e incorporação de uma átomo de fósforo à molécula resultante - Oxigênio: essencial para formação de ATP; - Fósforo: ADP em ATP; - Oxigênio e Fósforo: fosforilação oxidativa, e transformação de ADP em ATP. Conceitos gerais de nutrição “Um animal pode estar alimentado, mas não nutrido”! Alimentação: envolve as práticas de seleção e preparo dos alimentos, manejo de fornecimento. Nutrição: envolve o estudo das exigências nutricionais visando atender as necessidades em determinados nutrientes, específico para umaespécie e categoria animal. Importância da água: Matéria não orgânica, que possui enxofre, bicarbonato, flúor e outros componentes essenciais para a manutenção da vida. Dieta: conjunto de alimentos incluindo a quantidade respectiva prescrita para atender a exigência nutricional de determinada categoria animal. Ração: quantidade total de alimento fornecido e consumido por um animal em 24 hs. Ração comercial, formulação pronta. •Conversão alimentar é o consumo do animal sobre o ganho de peso. Exemplo: •Desempenho = performance •Ad libitum = à vontade •On top: adição sobre a dieta formulada (ex.: aditivos) - •Aditivo: substâncias não nutritivas, adicionadas aos alimentos para melhorar suas propriedades ou aproveitamento. Ex.: fitase, acidulante, antifúngico, corante, pigmentante. •Suplemento: ingrediente ou mistura, para suprir a ração em aminoácidos, vitaminas ou minerais. Passo-a-passo da formulação de uma dieta: -Conhecer a categoria animal -Conhecer o alimento e seus sucedâneos -Avaliação econômica Peso metabólico: Animais menores tem maior taxametabólica. Digestibilidade e Coeficiente de digestibilidade O coeficiente de digestibilidade (CD) é a proporção de nutriente consumido que na realidade está disponível para a absorção e utilização pelo organismo animal. Exemplo: Vacas leiteiras, durante 7 dias Nutrientes absorvidos de matéria seca: 44,68 - 11.61 = 33,07. Nutrientes absorvidos de proteína: 10,22 - 2,56 = 7,66. Achar o coeficiente de digestibilidade da proteína. Aplica-se regra de três: 10,22 - 100% 7,66 – x Portanto.. 10,22x = 766 x = X = 75% (arredondando). Achar o coeficiente de digestibilidade da matéria seca . 44,68 – 100% 33,08 – x Portanto.. 44,68x = 3.308 x = X = 74,02%. Uso dos valores energéticos para diferentes animais Bov. Corte: NDT, EM, ELm, ELg Bov. Leite: NDT, ED, EM, ELm, ELg Ovinos: NDT, ED, EM Suínos: ED, EM Aves: EM Equinos: ED Coelhos: NDT Métodos de formulação - Quadrado de Pearson. - Método das equações. - Método das tentativas. - Programação Linear. Classificação dos alimentos para relembrar Alimentos volumosos - são aqueles alimentos de baixo teor energético, com altos teores em fibra ou em água. Possuem menos de 60% de NDT e ou mais de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em secos e úmidos. São os de mais baixo custo na propriedade. Os mais usados para os bovinos de corte são as pastagens naturais ou artificiais (braquiárias e panicuns em sua maioria), capineiras (capim elefante), silagens (capim, milho, sorgo), cana-de-açúcar, bagaço de cana hidrolisado; entre os menos usados estão: milheto, fenos de gramíneas, silagem de girassol, palhadas de culturas, etc. Alimentos concentrados - são aqueles com alto teor de energia, mais de 60% de NDT, menos de 18% de FB, sendo divididos em: Energético: alimentos concentrados com menos de 20% de proteína bruta (PB); origem vegetal - milho, sorgo, trigo, arroz, melaço, polpa cítrica; origem animal - sebos e gordura animal; Protéicos: alimentos concentrados com mais de 20% de PB; origem vegetal - farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja grão, farelo de amendoim, caroço de algodão, cama de frango -; origem animal - farinha de sangue, de peixe, carne e ossos (sendo esta última atualmente proibida pelo Ministério Agricultura para uso em ruminantes). Minerais - compostos de minerais usados na alimentação animal: fosfato bicálcico, calcário, sal comum, sulfato de cobre, sulfato de zinco, óxido de magnésio, etc. Vitaminas - compostas das vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis; Aditivos - compostos de substâncias como antibióticos, hormônios, probióticos, antioxidante, corantes, etc. Outros alimentos - aqueles que não se classificam nos itens anteriores. Quadrado de Person Z – X Y – X Legenda X = % Proteína Bruta Y = % PB de alimento concentrado proteico. Z = %PB alimento ou concentrado energético. Exemplo Milho: 9% PB. Farelo de soja: 46% PB. Calcular: 20% PB para suíno. É preciso lembrar que o farelo de soja é proteico e o milho é energético. Primeira conta: Reservar 3% para atender outros nutrientes (minerais, vitaminas, balanceamento de Ca e P, NaCl). Existe um padrão de cálculo, que é 100Kg. Tirando-se 3, fica 97kg. Fazer regra de três: 97kg de ração – 20 de PB (este dado foi retirado da porcentagem de PB para os suínos) 100KG de ração – X X = X = 20,6. Quadrado de Pearson Energético: 9 – 20,06 = 11,6 (mesmo se der negativo, deixar positivo) Proteico: 46 – 20,06 =25,94 Soma: 11,6 + 25,4 = 37 Resolução parte 2 37 partes da ração, sendo 11,6 do farelo de soja e 25,4 do milho. Proporção do farelo de soja (FS) Regra de três novamente: 37 – 11,6 97 – Y Y = Y = 30,4 Proporção do milho Regra de três novamente: 37 – 25,4 97 – Y Y = Y = 66,6 Métodos das equações Calcular pelo método das equações uma ração para frango de corte com 20% PB, usando-se milho com 9% PB e farelo de soja 46%PB. Quantidade de milho = X Quantidade de farelo de soja = Y 9% PB = 0,09 46% PB = 0,46 X + Y = 97(kg de ração). 0,09x + 0,46Y = 20. Isola-se o X: X = 97 – Y Substitui-se o X e aplica-se a distributiva para chegar o valor de Y: 0,09 (97 – Y) + 0,46Y = 20 8,73 – 0,09Y + 0,46Y = 20 -0,09Y + 0,46Y = 20 – 8,73 -0,37Y = 11,27 0,37Y = 11,27. Proporção do farelo de soja. 0,37Y = 11,27 Y = Y = 30,4 Proporção do milho (x) X = 97 – Y x = 97 – 30,4 X = 66,6 Teste para conferir o resultado (quantidade milho x %PB) + (quantidade farelo de soja x %PB) = 20 (66,6 x 0,09) + (30,4 x 0,46) = 5,99 + 13,98 = 19,97 (arredondando fica 20). MANEJO NUTRICIONAL DOS EQÜINOS Princípios do Arraçoamento - Determinação das necessidades em nutrientes; Volumosos e outros alimentos fibrosos; Alimentos protéicos (energia). Ex: éguas prenhes. - Palatabilidade e compatibilidade (preferem capim tifton e coast-cross) - Concentração de energia: éguas lactantes, atletas; - Preço; - Determinação do teor em nutrientes dos alimentos; - Associação de alimentos para a ração. Técnicas de alimentação - Frequência de alimentação: pequenas porções, várias vezes ao dia. - Em caso de grandes intervalos: há sobrecarga alimentar (cólicas) e diminuição da atividade da microbiota cecal; - Caso não siga os horários que o animal está acostumado, pode causar irritabilidade. - Distribuir o fornecimento dos alimentos várias vezes ao dia facilita os processos digestivos (produção de saliva, acomodação do alimento no estômago, trânsito gastro-entérico) -É vantajoso iniciar o dia com volumoso. Concentrado: - Medir conforme o peso do animal (alimentar uma vez por dia em média de 1 a 1,5% do peso do animal); - Farelados: ligeiramente umedecidos, evitando a inalação dos alimentos, porém tomar cuidado com o excesso de água (sopa): pode haver fermentação excessiva por passagem rápida para o intestino grosso, causando cólica. - Descanso de pelo menos 1 hora para posterior realização de exercícios. - Mudanças na alimentação: fazer a mudança lenta e gradativa (pelo menos 1 semana) - Avaliação da alimentação: - Avaliação da sanidade dos animais (condições gerais e distúrbios alimentares, exemplo alergias a certos alimentos); - Controle periódico do peso. Técnicas para a administração de água - Bebedouros automáticos (preferível, porém mais caro). - Baldes nas baias (pode haver sujidades na água, o que evita o animal de beber). Por isso, deve-se fornecer em baldes várias vezes ao dia: 1 a 3 horas antes e depois de cada alimentação; - todos os animais bebem em média de 40 a 60mL de água por Kg de peso vivo por dia. - Mínimo de 4 fornecimentos de baldes diários. - Imediatamente após trabalho não fornecer água, pois pode acontecer irritação da mucosa gástrica e cólica; - Água muito gelada mata as bactérias naturais do animal, o que pode causar uma intoxicação sistêmica. - Pode causar também laminite que é uma inflamação nos cascos. - Limpeza diária dos bebedouros: fermentação de alimentos junto à água. ANIMAIS EM MANUTENÇÃO (não exercem força de trabalho) - Preferencialmente mantidos a pasto; - Maior quantidade de volumosos, e menor quantidade de concentrado (evitando a engorda). - Suplementação mineral e vitamínica adequada. - Os equinos sintetizam a vitamina B no ceco, por isso é suplementada em geral as vitaminas A, D e E. ANIMAIS DE TRABALHO - Animais de tração, equitação, corrida, trabalho; - Energia adicional; - Suor: grandes perdas de água e eletrólitos; - Depende da intensidade e duração do trabalho. -Precisam ser suplementados ANIMAIS DE TRAÇÃO - Charretes, carros pesados, arados; - Trabalho diário de 6 a 8 horas: devem ser alimentados de 3 a 4 vezes ao dia; - Descanso pós-prandial (descansar 1hora para voltar ao trabalho); - Quantidade de concentrado X necessidades do animal; - Suplementação mineral. ANIMAIS DE EQUITAÇÃO - Trabalho leve, moderado ou pesado; - Variação de acordo com a carga de trabalho; - Suplementos energéticosou alimentos de maior densidade energética; concentrado + energético + proteico - Fornecimento de eletrólitos por via oral, se necessário. ANIMAIS ATLETAS - Qualidade genética X condicionamento físico; - Alimentação; - Diferentes exigências entre as modalidades; - Corrida e Salto X Enduro ou CCE (Concurso completo de equitação). Enduro e CCE são tipos de trabalhos pesados. ANIMAIS DE CORRIDA OU SALTO - Os nutrientes obtidos na alimentação servem como base para as funções de: Respiração, Circulação, Hematopoiese, Contração e relaxamento muscular, Sustentação esquelética. FORMAÇÃO DA RAÇÃO Animais de corrida ou salto: Dobro da quantidade de energia digestível (ED) para manutenção; - Aproximadamente 120 MJ ED/ dia; - 30 a 40 MJ ED: mobilizados do glicogênio muscular ou hepático; Treinamento e nutrição: ativação permanente de enzimas que tornam a energia disponível para a utilização; - Energia muscular (corridas): preferencialmente glicose; - Energia adicional fornecida na forma de amido. - Excesso de proteína: efeito prejudicial. - Triplo das necessidades: queda de performance. Metabolismo hepático e renal prejudicados, assim como homeostase térmica e hídrica. - Hematopoiese: ferro, cobre, ácido fólico, vit. B12, B6; - Função cárdio-circulatória: Vit. E, sódio, cloro, selênio; - Esqueleto: cálcio, fósforo, vit. D; - Integridade da fibra muscular: Vit. E, selênio; - Metabolismo energético: Vit. B1, B2, ácido pantotênico, ácido nicotínico, magnésio. - QUANTIDADE DE VOLUMOSO - 0,8 a 1,0% PV; - Quantidades menores: acidose, diminuição de apetite; - Quantidades maiores: aumento do peso do trato gastro-entérico. QUALIDADE DO VOLUMOSO Deve ser ideal: feno de gramíneas maduras, com material seco e livre de pó. CONCENTRADO - Elementos ricos em carboidratos de fácil digestão (milho, aveia); - Pode ser incluído até 5% de gordura vegetal; - Proteína bruta digestível X energia digestível: não deve ultrapassar 7 partes de proteína para 1 de energia; - Os alimentos devem ser livres de pó e fungos. - Grandes quantidades de concentrado; - 3 a 4 refeições; - Concentrados: 2 horas antes ou 1 hora depois de exercícios fortes; - 1 a 2 dias antes da corrida: reduzir a quantidade de volumoso para 4 kg MS/dia; ANIMAIS DE ENDURO OU CCE - Exercícios intensos de longa duração (evento de três dias, enduro); - Equilíbrio energético, hídrico-eletrolítico, ácido/base; - Necessidade energética 3 x maior que para manutenção; - Controle térmico: - Perdas de água e eletrólitos no suor; - Taquipnéia. - Rações altamente energéticas; Para boa performance: 2,5 kg MS/100 kg PV; - 10 MJ ED/Kg MS: 150 MJ ED/animal/dia; - Manter altas as reservas de água e eletrólitos na ração. - Sobrepeso: menor regulação térmica; - Volumoso: 1,2 a 1,5 Kg / 100 Kg peso vivo; - Concentrados altamente energéticos (gorduras); - Coordenar o trabalho entre 3 e 4 horas após a alimentação; - nutrientes, água e eletrólitos disponíveis ao organismo; - estômago e duodeno com pequena carga alimentar. - Nos intervalos das provas: Caminhar até o controle térmico (<39°C); - Os animais tendem a não ingerir água (desidratação isosmótica), fornecer sal mineral para estimular o consumo de água. ÉGUAS DE CRIAÇÃO ÉGUAS VAZIAS - Baixa condição corpórea tende a atrasar o 1º cio; - Rações para manutenção; - Éguas magras: corrigir deficit nutricional 2 meses antes da cobertura; - Aumentar a quantidade de concentrado 1 a 2 semanas antes da cobertura (flushing) para favorecer a indução de cio. ÉGUAS EM INÍCIO DE GESTAÇÃO - Mantidas a pasto; - Estabulação e suplementação alimentar; - Até 8 semanas de gestação: evitar situações de stress (manejo, alimentação), devido perda embrionária precoce. ÉGUAS EM TERÇO FINAL DE GESTAÇÃO - 8º mês de gestação - aumento das necessidades energéticas: 1,25-1,4 vezes; - Proteína, cálcio e fósforo: 1,5 vezes; - Parto em boas condições corpóreas: cio do potro. ÉGUAS EM TERÇO FINAL DE GESTAÇÃO - Obesidade pode causar distocia, que são partos defeituosos; - Altas doses de vit. A e E: passam para o colostro; - Ração de final de gestação semelhante à do pós-parto; - Dias pré-parto: volume diminuído de alimentos (max. 2% PV); - Pós-parto: adição de alimentos levemente laxativos. ÉGUAS EM LACTAÇÃO - Aumento gradativo da quantidade ingerida de alimento (2,5 % PV); - Emagrecimento exagerado X Prenhez no cio do potro x queda na produção de leite: Reabsorção embrionária (até 3 meses é uma condição normal) - o cio do potro é quando a égua entra no cio de 5 a 7 dias após parir. Acontece somente em éguas com boa condição corpórea. - Aumentar o teor energético e protéico; - Éguas mantidas à pasto: ingestão de aproximadamente 10 kg MS/dia. Fora de estação em monta: - Considerar manutenção ou trabalho leve (temperamento); - Realizar controle de peso e avaliação de escore corporal; - Semanas antes e durante a estação de monta: - Comportamento, atividade e intensidade de cobertura; - Energia: 50% > que manutenção; - Fertilidade: - Pouco alterada por deficit energético transitório; - Significativamente alterada pela obesidade. GARANHÕES - Aminoácidos em excesso: Diminuição da libido e qualidade espermática; - Minerais e vitaminas: igual às éguas em final de gestação; - Alimentação deve ser baseada em volumoso; - Suplementação com leguminosas: alfafa (proteica); - Rações de manutenção ou de éguas de reprodução + potros em crescimento (1:1). POTROS LACTANTES Período colostral: - Ingestão de colostro de 15 a 120 minutos após o nascimento; - Alto teor de proteínas (também imunoglobulinas) e vitamina A; - 4 a 8 horas após o nascimento: queda do nível de proteínas e da capacidade de absorção das mesmas; - Nascem sem reservas de vit. A; - Até 6 horas pós-parto: 20-30ml/ 10Kg PV/ hora. - Os potros mamam de 50 a 60 vezes/dia; - 125 a 250 ml por mamada; - 1ª a 5ª semana de idade: ingestão de fezes; - 2º mês: início de ingestão de volumoso (curiosidade); - 3º mês: colocação de cochos baixos; Concentrados preparados para potros, com proteínas de alto valor biológico. - Concentrado: 1% PV; - Ingestão apressada (risco de cólicas): adicionar feno picado ao concentrado; - Animais à pasto: creep feeding; - Animais semi-estabulados: alimentação facilitada. DESMAME -Idade: entre 5 e 6 meses; - 1 semana antes: alimentação reduzida para a égua, e separação durante 1 hora/dia (para decair a produção de leite, facilitando o desmame). - A égua deve ser levada para fora do alcance visual e auditivo do potro; - Introdução de rações de crescimento: 1,5% PV. POTROS DE UM ANO - Mantidos normalmente a pasto; - Manutenção e crescimento: 2 a 2,5% PV em MS; - Suplementação com concentrados: redução na ingestão diária de MS; - Suplementação mineral baseada na avaliação bromatológica da pastagem. POTROS DE 2 ANOS (sobreano) - Mantidos normalmente a pasto; - Exigências nutricionais semelhantes aos potros de 1 ano, exceto em relação às proteínas (quantidade inferior); - Evitar depressões de crescimento, assim como crescimento acelerado; - Potros criados em liberdade: maior crescimento.
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