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Nutrição veterinaria

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- saturados: são aqueles que não apresentam duplas ligações (cadeia curta);
- insaturados: são aqueles que apresentam duplas ligações (cadeia longa).
A = pele e olhos.
D = calciferol.
E = antioxidante.
K = anti-hemorrágico.
 Vantagens da utilização: 
- fonte de alta densidade energética, facilita a correção do nível energético da dieta; 
- facilita a peletização (agregação) da ração; 
- evita a formação de pó, reduzindo as perdas.
Desvantagens da utilização: 
- aumento dos custos; 
- exige maiores cuidados para conservação, devido a facilidade de rancificação;
Digestão dos Lipídeos pelos Ruminantes
O processo de digestão de lipídeos no rume é divido em duas etapas que ocorrem concomitantemente: 
a)Lipólise 
b)Biohidrogenação 
a) Lipólise (hidrólise): é a quebra de cadeias que ocorre rapidamente após os lipídios alcançarem o rume. É feita pelas enzimas extracelulares dos microrganismos ruminais, que causam a liberação de ácidos graxos esterificados provenientes do lipídio das plantas, glicerol e outras moléculas, conforme sua origem. Há liberação do glicerol que é prontamente utilizado pelas bactérias ruminais, com produção de ácidos graxos voláteis (antes é convertido em glicose). Já os ácidos graxos não são utilizados como fonte de energia pelas bactérias ruminais = menos de 1% dos ácidos graxos são degradados até CO2 e ácidos graxos voláteis (AGV) no rume;
Um fato de grande importância para a microbiologia do rume é o efeito tóxico dos lipídios insaturados sobre os microrganismos ruminais, principalmente as bactérias gram positivas (que digerem a celulose) e os protozoários;
Como meio de defesa contra este efeito tóxico, os microrganismos ruminais promovem a hidrogenação dos ácidos graxos insaturados, rapidamente após a sua liberação no rume.
b) biohidrogenação: processo onde os microorganismos promovem a redução do número de duplas ligações das cadeias de ácidos graxos insaturados = saturando-os. Quando a taxa de hidrólise dos lipídios e liberação dos ácidos graxos insaturados no rume excede a capacidade de sua biohidrogenação, ocorre diminuição da digestibilidade da fibra, diminuição da produção de metano e de ácidos graxos voláteis (AGV) no rume, por morte das bactérias. 
METABOLISMO DE LIPÍDEOS NO RUME 
Lipólise: 
Triglicerídeo = ácidos graxos + glicerol -> Biohidrogenação 
Ácido graxo insaturado:
C-C-C-C=C-C-C=C-C-C-C (adiciona-se hidrogênio nas duplas ligações “=” )
Vira ácido graxo saturado:
C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C 
*Lipídeo não é fonte de energia para bactérias ruminais!
Os lipídeos que chegam intactos ao intestino são hidrolizados pelo suco pancreático e biliar, sendo absorvidos no ID. Os ácidos graxos absorvidos são desviados para o fígado que os oxidam rapidamente.
Digestão dos Lipídeos pelos Monogástricos
A digestão dos lipídeos neste grupo de animais praticamente não ocorre até chegar no intestino delgado. A digestão lipídica no duodeno é o resultado da ação da bile que emulsifica as gorduras, aumentando a superfície de contato e concentração da lipase pancreática, que as hidroliza em ácidos graxos e glicerol. 
Energia e nutrientes energéticos
- Carboidratos: principal fonte energética para os ruminantes; 
- 75% ingeridos por uma vaca em lactação, sendo extratos não nitrogenados e fibra bruta; 
- Carboidratos complexos: polímeros de pentoses ou hexoses (quebrados no rúmen).
- Todos os polímeros devem ser quebrados para serem utilizados pelo organismo; 
- No intestino: quebra dos polissacarídeos em pentoses ou hexoses; 
- Rume: Açúcares e celulose: unidades com 2, 3 ou 4 átomos (ác. Acético, propiônico e butírico, respectivamente). 
Extrato Etéreo (EE): Gorduras (em excesso é tóxico para os microrganismos ruminais)
-Deve ser utilizada pequena porcentagem na ração dos ruminantes; Ex: Capim catingueiro é um capim gorduroso (volumoso + EE).
- 1% dos constituintes das forragens; 
- Exemplos de EE: Triglicérides, ácidos graxos, ceras, esteróis, terpenóides, fosfolipídios e esfingolipídios; 
- Alimentos de origem vegetal: metade do extrato etéreo constituída por ceras e esteróis; 
- Pouca energia utilizável pelo animal.
Proteína Bruta (PB): constituída por aminoácidos.
- Quebrado em amônia na digestão, transformável em fonte não específica de energia; 
- Potencial energético maior que o dos carboidratos; 
- Ureia é o destino final da amônia -> liberado na urina. 
MEDIDAS DE ENERGIA 
- Carboidratos (amidos, açúcares, celulose, hemicelulose), lipídeos (triglicérides, ácidos graxos, graxas) e proteínas.
FONTES DE ENERGIA; 
- Combustão em bomba calorimétrica
- Energia Bruta (EB) dos alimentos; 
- Energia Bruta (EB) das fezes;
→ EB alimento – EB fezes = Energia digestível (ED).
MEDIDAS DE ENERGIA 
- ED: perdas com os gases da eructação (principalmente Metano) e na urina; 
→ Energia Metabolizável (EM) = ED – perdas durante a digestão e excreção; 
- EM dividida em Energia Líquida (EL) e incremento calórico;
- EL: manutenção corporal e produção animal; 
- Incremento calórico: energia utilizada no metabolismo tecidual e fermentação digestiva. 
PROTEÍNAS 
- Em dietas balanceadas, não devem ser usadas como fonte de energia; 
LIPÍDIOS 
- Em torno de 1% da energia oriunda de volumosos, e 5% da MS de rações mistas de concentrados e volumosos.
CARBOIDRATOS 
- Amido, açúcares de grãos de cereais e de algumas forragens, celulose e hemicelulose dos vegetais; 
- Rume: carboidratos fermentados convertem-se principalmente em ácidos graxos voláteis, e são absorvidos; 
- Intestinos: carboidratos transformados em glicose. 
MEDIDAS DE ENERGIA 
- EL: é a mais importante; 
- EM: aceita para monogástricos; 
- Ruminantes: grandes perdas com incremento calórico (fermentação); 
- Energia digestível: semelhante à Nutriente Digestível Total (NDT); 
- Índices mais facilmente medidos.
Energia Bruta -> parte vai para as fezes, torna-se Energia Digestível -> parte vai para os gases (CH3) e urina, torna-se Energia Metabolizável -> parte vai para o incremento calórico (constituição dos tecidos) => torna-se Energia Líquida.
METABOLISMO INTRACELULAR 
- ATP: composto de alta energia; 
- formado por meio de oxidações que provocam transferência de elétrons de substratos específicos para o oxigênio; 
- A energia livre é capturada na passagem; 
- ADP → fosforilação oxidativa → ATP 
- oxidação e incorporação de uma átomo de fósforo à molécula resultante
- Oxigênio: essencial para formação de ATP; 
- Fósforo: ADP em ATP; 
- Oxigênio e Fósforo: fosforilação oxidativa, e transformação de ADP em ATP.
Conceitos gerais de nutrição
 “Um animal pode estar alimentado, mas não nutrido”!
Alimentação: envolve as práticas de seleção e preparo dos alimentos, manejo de fornecimento. 
Nutrição: envolve o estudo das exigências nutricionais visando atender as necessidades em determinados nutrientes, específico para umaespécie e categoria animal.
Importância da água:
Matéria não orgânica, que possui enxofre, bicarbonato, flúor e outros componentes essenciais para a manutenção da vida. 
Dieta: conjunto de alimentos incluindo a quantidade respectiva prescrita para atender a exigência nutricional de determinada categoria animal. 
Ração: quantidade total de alimento fornecido e consumido por um animal em 24 hs. Ração comercial, formulação pronta.
•Conversão alimentar é o consumo do animal sobre o ganho de peso.
Exemplo:
•Desempenho = performance 
•Ad libitum = à vontade 
•On top: adição sobre a dieta formulada (ex.: aditivos) - 
•Aditivo: substâncias não nutritivas, adicionadas aos alimentos para melhorar suas propriedades ou aproveitamento. Ex.: fitase, acidulante, antifúngico, corante, pigmentante. 
•Suplemento: ingrediente ou mistura, para suprir a ração em aminoácidos, vitaminas ou minerais. 
Passo-a-passo da formulação de uma dieta: 
-Conhecer a categoria animal
-Conhecer o alimento e seus sucedâneos 
-Avaliação econômica 
Peso metabólico: 
Animais menores tem maior taxametabólica. 
Digestibilidade e Coeficiente de digestibilidade 
O coeficiente de digestibilidade (CD) é a proporção de nutriente consumido que na realidade está disponível para a absorção e utilização pelo organismo animal.
Exemplo: Vacas leiteiras, durante 7 dias
Nutrientes absorvidos de matéria seca: 44,68 - 11.61 = 33,07.
Nutrientes absorvidos de proteína: 10,22 - 2,56 = 7,66.
Achar o coeficiente de digestibilidade da proteína. 
Aplica-se regra de três:
10,22 - 100% 
7,66 – x
Portanto..
10,22x = 766
x = 
X = 75% (arredondando). 
Achar o coeficiente de digestibilidade da matéria seca .
44,68 – 100%
33,08 – x 
Portanto..
44,68x = 3.308
x = 
X = 74,02%.
Uso dos valores energéticos para diferentes animais 
Bov. Corte: NDT, EM, ELm, ELg 
Bov. Leite: NDT, ED, EM, ELm, ELg 
Ovinos: NDT, ED, EM 
Suínos: ED, EM 
Aves: EM 
Equinos: ED 
Coelhos: NDT
Métodos de formulação
- Quadrado de Pearson.
- Método das equações.
- Método das tentativas.
- Programação Linear.
Classificação dos alimentos para relembrar
Alimentos volumosos - são aqueles alimentos de baixo teor energético, com altos teores em fibra ou em água. Possuem menos de 60% de NDT e ou mais de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em secos e úmidos. São os de mais baixo custo na propriedade. Os mais usados para os bovinos de corte são as pastagens naturais ou artificiais (braquiárias e panicuns em sua maioria), capineiras (capim elefante), silagens (capim, milho, sorgo), cana-de-açúcar, bagaço de cana hidrolisado; entre os menos usados estão: milheto, fenos de gramíneas, silagem de girassol, palhadas de culturas, etc.
Alimentos concentrados - são aqueles com alto teor de energia, mais de 60% de NDT, menos de 18% de FB, sendo divididos em:
Energético: alimentos concentrados com menos de 20% de proteína bruta (PB); origem vegetal - milho, sorgo, trigo, arroz, melaço, polpa cítrica; origem animal - sebos e gordura animal;
Protéicos: alimentos concentrados com mais de 20% de PB; origem vegetal - farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja grão, farelo de amendoim, caroço de algodão, cama de frango -; origem animal - farinha de sangue, de peixe, carne e ossos (sendo esta última atualmente proibida pelo Ministério Agricultura para uso em ruminantes).
Minerais - compostos de minerais usados na alimentação animal: fosfato bicálcico, calcário, sal comum, sulfato de cobre, sulfato de zinco, óxido de magnésio, etc.
Vitaminas - compostas das vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis;
Aditivos - compostos de substâncias como antibióticos, hormônios, probióticos, antioxidante, corantes, etc.
Outros alimentos - aqueles que não se classificam nos itens anteriores.
Quadrado de Person
	Z – X
Y – X
Legenda
X = % Proteína Bruta
Y = % PB de alimento concentrado proteico.
Z = %PB alimento ou concentrado energético.
Exemplo
Milho: 9% PB.
Farelo de soja: 46% PB.
Calcular: 20% PB para suíno. 
É preciso lembrar que o farelo de soja é proteico e o milho é energético.
Primeira conta: 
Reservar 3% para atender outros nutrientes (minerais, vitaminas, balanceamento de Ca e P, NaCl).
Existe um padrão de cálculo, que é 100Kg. Tirando-se 3, fica 97kg.
Fazer regra de três:
97kg de ração – 20 de PB (este dado foi retirado da porcentagem de PB para os suínos)
100KG de ração – X
X =
X = 20,6.
 Quadrado de Pearson 
Energético: 9 – 20,06 = 11,6 (mesmo se der negativo, deixar positivo)
Proteico: 46 – 20,06 =25,94
Soma: 11,6 + 25,4 = 37
Resolução parte 2
37 partes da ração, sendo 11,6 do farelo de soja e 25,4 do milho.
Proporção do farelo de soja (FS)
Regra de três novamente:
37 – 11,6
97 – Y 
Y = 
Y = 30,4
Proporção do milho 
Regra de três novamente:
37 – 25,4
97 – Y 
Y = 
Y = 66,6
Métodos das equações
Calcular pelo método das equações uma ração para frango de corte com 20% PB, usando-se milho com 9% PB e farelo de soja 46%PB.
Quantidade de milho = X
Quantidade de farelo de soja = Y
9% PB = 0,09
46% PB = 0,46
X + Y = 97(kg de ração).
0,09x + 0,46Y = 20.
Isola-se o X:
X = 97 – Y
Substitui-se o X e aplica-se a distributiva para chegar o valor de Y:
0,09 (97 – Y) + 0,46Y = 20
8,73 – 0,09Y + 0,46Y = 20
-0,09Y + 0,46Y = 20 – 8,73
-0,37Y = 11,27
0,37Y = 11,27.
Proporção do farelo de soja.
0,37Y = 11,27
Y = 
Y = 30,4
Proporção do milho (x)
X = 97 – Y
x = 97 – 30,4 
X = 66,6
Teste para conferir o resultado
(quantidade milho x %PB) + (quantidade farelo de soja x %PB) = 20
(66,6 x 0,09) + (30,4 x 0,46) = 5,99 + 13,98 = 19,97 (arredondando fica 20).
MANEJO NUTRICIONAL DOS EQÜINOS
Princípios do Arraçoamento 
- Determinação das necessidades em nutrientes; 
Volumosos e outros alimentos fibrosos; 
Alimentos protéicos (energia). Ex: éguas prenhes.
- Palatabilidade e compatibilidade (preferem capim tifton e coast-cross)
- Concentração de energia: éguas lactantes, atletas; 
- Preço; 
- Determinação do teor em nutrientes dos alimentos;
 - Associação de alimentos para a ração.
Técnicas de alimentação 
- Frequência de alimentação: pequenas porções, várias vezes ao dia. 
- Em caso de grandes intervalos: há sobrecarga alimentar (cólicas) e diminuição da atividade da microbiota cecal;
- Caso não siga os horários que o animal está acostumado, pode causar irritabilidade. 
- Distribuir o fornecimento dos alimentos várias vezes ao dia facilita os processos digestivos (produção de saliva, acomodação do alimento no estômago, trânsito gastro-entérico)
-É vantajoso iniciar o dia com volumoso.
Concentrado: 
- Medir conforme o peso do animal (alimentar uma vez por dia em média de 1 a 1,5% do peso do animal);
- Farelados: ligeiramente umedecidos, evitando a inalação dos alimentos, porém tomar cuidado com o excesso de água (sopa): pode haver fermentação excessiva por passagem rápida para o intestino grosso, causando cólica. 
- Descanso de pelo menos 1 hora para posterior realização de exercícios.
- Mudanças na alimentação: fazer a mudança lenta e gradativa (pelo menos 1 semana)
 - Avaliação da alimentação: 
- Avaliação da sanidade dos animais (condições gerais e distúrbios alimentares, exemplo alergias a certos alimentos); 
- Controle periódico do peso.
Técnicas para a administração de água 
- Bebedouros automáticos (preferível, porém mais caro).
- Baldes nas baias (pode haver sujidades na água, o que evita o animal de beber). Por isso, deve-se fornecer em baldes várias vezes ao dia: 1 a 3 horas antes e depois de cada alimentação; 
- todos os animais bebem em média de 40 a 60mL de água por Kg de peso vivo por dia.
- Mínimo de 4 fornecimentos de baldes diários.
- Imediatamente após trabalho não fornecer água, pois pode acontecer irritação da mucosa gástrica e cólica; 
- Água muito gelada mata as bactérias naturais do animal, o que pode causar uma intoxicação sistêmica.
- Pode causar também laminite que é uma inflamação nos cascos.
- Limpeza diária dos bebedouros: fermentação de alimentos junto à água.
ANIMAIS EM MANUTENÇÃO (não exercem força de trabalho)
 - Preferencialmente mantidos a pasto; 
- Maior quantidade de volumosos, e menor quantidade de concentrado (evitando a engorda). 
- Suplementação mineral e vitamínica adequada.
- Os equinos sintetizam a vitamina B no ceco, por isso é suplementada em geral as vitaminas A, D e E. 
ANIMAIS DE TRABALHO 
- Animais de tração, equitação, corrida, trabalho; 
- Energia adicional; 
- Suor: grandes perdas de água e eletrólitos; 
- Depende da intensidade e duração do trabalho.
-Precisam ser suplementados
ANIMAIS DE TRAÇÃO 
- Charretes, carros pesados, arados; 
- Trabalho diário de 6 a 8 horas: devem ser alimentados de 3 a 4 vezes ao dia; 
- Descanso pós-prandial (descansar 1hora para voltar ao trabalho); 
- Quantidade de concentrado X necessidades do animal; 
- Suplementação mineral.
ANIMAIS DE EQUITAÇÃO
 - Trabalho leve, moderado ou pesado; 
- Variação de acordo com a carga de trabalho;
 - Suplementos energéticosou alimentos de maior densidade energética; concentrado + energético + proteico 
- Fornecimento de eletrólitos por via oral, se necessário.
ANIMAIS ATLETAS 
- Qualidade genética X condicionamento físico; 
- Alimentação; 
- Diferentes exigências entre as modalidades; 
- Corrida e Salto X Enduro ou CCE (Concurso completo de equitação). Enduro e CCE são tipos de trabalhos pesados. 
ANIMAIS DE CORRIDA OU SALTO 
- Os nutrientes obtidos na alimentação servem como base para as funções de: Respiração, Circulação, Hematopoiese, Contração e relaxamento muscular, Sustentação esquelética.
FORMAÇÃO DA RAÇÃO 
Animais de corrida ou salto:
Dobro da quantidade de energia digestível (ED) para manutenção; 
- Aproximadamente 120 MJ ED/ dia; 
- 30 a 40 MJ ED: mobilizados do glicogênio muscular ou hepático;
 Treinamento e nutrição: ativação permanente de enzimas que tornam a energia disponível para a utilização; 
- Energia muscular (corridas): preferencialmente glicose; 
- Energia adicional fornecida na forma de amido.
- Excesso de proteína: efeito prejudicial.
- Triplo das necessidades: queda de performance. Metabolismo hepático e renal prejudicados, assim como homeostase térmica e hídrica.
- Hematopoiese: ferro, cobre, ácido fólico, vit. B12, B6; 
- Função cárdio-circulatória: Vit. E, sódio, cloro, selênio; 
- Esqueleto: cálcio, fósforo, vit. D; 
- Integridade da fibra muscular: Vit. E, selênio; 
- Metabolismo energético: Vit. B1, B2, ácido pantotênico, ácido nicotínico, magnésio.
- QUANTIDADE DE VOLUMOSO - 0,8 a 1,0% PV; 
- Quantidades menores: acidose, diminuição de apetite; 
- Quantidades maiores: aumento do peso do trato gastro-entérico. 
QUALIDADE DO VOLUMOSO Deve ser ideal: feno de gramíneas maduras, com material seco e livre de pó.
CONCENTRADO - Elementos ricos em carboidratos de fácil digestão (milho, aveia);
- Pode ser incluído até 5% de gordura vegetal; 
- Proteína bruta digestível X energia digestível: não deve ultrapassar 7 partes de proteína para 1 de energia; 
- Os alimentos devem ser livres de pó e fungos.
- Grandes quantidades de concentrado; - 3 a 4 refeições; 
- Concentrados: 2 horas antes ou 1 hora depois de exercícios fortes; 
- 1 a 2 dias antes da corrida: reduzir a quantidade de volumoso para 4 kg MS/dia;
ANIMAIS DE ENDURO OU CCE 
- Exercícios intensos de longa duração (evento de três dias, enduro); 
- Equilíbrio energético, hídrico-eletrolítico, ácido/base; 
- Necessidade energética 3 x maior que para manutenção;
 - Controle térmico: 
- Perdas de água e eletrólitos no suor; 
- Taquipnéia.
- Rações altamente energéticas; Para boa performance: 2,5 kg MS/100 kg PV; - 10 MJ ED/Kg MS: 150 MJ ED/animal/dia; 
- Manter altas as reservas de água e eletrólitos na ração.
- Sobrepeso: menor regulação térmica;
 - Volumoso: 1,2 a 1,5 Kg / 100 Kg peso vivo; 
- Concentrados altamente energéticos (gorduras); 
- Coordenar o trabalho entre 3 e 4 horas após a alimentação; 
- nutrientes, água e eletrólitos disponíveis ao organismo;
- estômago e duodeno com pequena carga alimentar.
- Nos intervalos das provas: Caminhar até o controle térmico (<39°C); 
- Os animais tendem a não ingerir água (desidratação isosmótica), fornecer sal mineral para estimular o consumo de água.
ÉGUAS DE CRIAÇÃO 
ÉGUAS VAZIAS 
- Baixa condição corpórea tende a atrasar o 1º cio;
- Rações para manutenção; 
- Éguas magras: corrigir deficit nutricional 2 meses antes da cobertura;
 - Aumentar a quantidade de concentrado 1 a 2 semanas antes da cobertura (flushing) para favorecer a indução de cio.
ÉGUAS EM INÍCIO DE GESTAÇÃO 
- Mantidas a pasto;
 - Estabulação e suplementação alimentar; 
- Até 8 semanas de gestação: evitar situações de stress (manejo, alimentação), devido perda embrionária precoce.
ÉGUAS EM TERÇO FINAL DE GESTAÇÃO 
- 8º mês de gestação
 - aumento das necessidades energéticas: 1,25-1,4 vezes; 
- Proteína, cálcio e fósforo: 1,5 vezes; 
- Parto em boas condições corpóreas: cio do potro.
ÉGUAS EM TERÇO FINAL DE GESTAÇÃO 
 - Obesidade pode causar distocia, que são partos defeituosos; 
- Altas doses de vit. A e E: passam para o colostro; 
- Ração de final de gestação semelhante à do pós-parto; 
- Dias pré-parto: volume diminuído de alimentos (max. 2% PV); 
- Pós-parto: adição de alimentos levemente laxativos.
ÉGUAS EM LACTAÇÃO 
- Aumento gradativo da quantidade ingerida de alimento (2,5 % PV);
 - Emagrecimento exagerado X Prenhez no cio do potro x queda na produção de leite: Reabsorção embrionária (até 3 meses é uma condição normal)
- o cio do potro é quando a égua entra no cio de 5 a 7 dias após parir. Acontece somente em éguas com boa condição corpórea.
- Aumentar o teor energético e protéico;
 - Éguas mantidas à pasto: ingestão de aproximadamente 10 kg MS/dia.
Fora de estação em monta: 
- Considerar manutenção ou trabalho leve (temperamento); 
- Realizar controle de peso e avaliação de escore corporal; 
- Semanas antes e durante a estação de monta: 
- Comportamento, atividade e intensidade de cobertura; 
- Energia: 50% > que manutenção; 
- Fertilidade: 
- Pouco alterada por deficit energético transitório; 
- Significativamente alterada pela obesidade.
GARANHÕES 
- Aminoácidos em excesso: Diminuição da libido e qualidade espermática;
 - Minerais e vitaminas: igual às éguas em final de gestação;
 - Alimentação deve ser baseada em volumoso; 
- Suplementação com leguminosas: alfafa (proteica); 
- Rações de manutenção ou de éguas de reprodução + potros em crescimento (1:1).
POTROS LACTANTES 
Período colostral: 
- Ingestão de colostro de 15 a 120 minutos após o nascimento; 
- Alto teor de proteínas (também imunoglobulinas) e vitamina A; - 4 a 8 horas após o nascimento: queda do nível de proteínas e da capacidade de absorção das mesmas; 
- Nascem sem reservas de vit. A; 
- Até 6 horas pós-parto: 20-30ml/ 10Kg PV/ hora.
- Os potros mamam de 50 a 60 vezes/dia; - 125 a 250 ml por mamada; 
- 1ª a 5ª semana de idade: ingestão de fezes; 
- 2º mês: início de ingestão de volumoso (curiosidade); 
- 3º mês: colocação de cochos baixos; Concentrados preparados para potros, com proteínas de alto valor biológico.
- Concentrado: 1% PV; 
- Ingestão apressada (risco de cólicas): adicionar feno picado ao concentrado; 
- Animais à pasto: creep feeding;
- Animais semi-estabulados: alimentação facilitada.
DESMAME 
-Idade: entre 5 e 6 meses; 
- 1 semana antes: alimentação reduzida para a égua, e separação durante 1 hora/dia (para decair a produção de leite, facilitando o desmame).
- A égua deve ser levada para fora do alcance visual e auditivo do potro; 
- Introdução de rações de crescimento: 1,5% PV.
POTROS DE UM ANO 
- Mantidos normalmente a pasto;
 - Manutenção e crescimento: 2 a 2,5% PV em MS; 
- Suplementação com concentrados: redução na ingestão diária de MS; 
- Suplementação mineral baseada na avaliação bromatológica da pastagem.
POTROS DE 2 ANOS (sobreano) 
- Mantidos normalmente a pasto; 
- Exigências nutricionais semelhantes aos potros de 1 ano, exceto em relação às proteínas (quantidade inferior);
 - Evitar depressões de crescimento, assim como crescimento acelerado; 
- Potros criados em liberdade: maior crescimento.

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