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PRINCÍPIOS DO SUS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE Psicologia e Saúde II Profª Tassiana Figueiredo Natal, 2015 Por que Sistema Único? Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal. Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS DOUTRINÁRIOS Também são FINALISTICOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS Doutrina do SUS Princípios Doutrinários Universalidade Garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. O indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como aqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever dos governos municipais, estaduais e federal. Doutrina do SUS – Princípios Doutrinários Equidade Elemento emanado pelo princípio constitucional da igualdade. Objetivo é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas – “Tratar desigualmente os desiguais”; “Investir mais onde a carência é maior”. Vem orientar a criação de uma série de mecanismos que visem a distribuição equitativa de oportunidades. As Centrais de Regulação são exemplos. Doutrina do SUS – Princípios Doutrinários Integralidade Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade. "O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltando a promover, proteger e recuperar sua saúde." As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Regionalização A população deve estar vinculada a uma rede de serviços hierarquizados, organizados por região, com área geográfica definida. É um processo de articulação entre os serviços existentes. “Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Hierarquização Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente. Além de dividir os serviços em níveis de atenção, deve incorporar os fluxos de encaminhamento (referência) e de retornos de informações ao nível básico do serviço (contra-referência). Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Resolubilidade Os serviços de saúde devem ser capazes de enfrentar e resolver os problemas sanitários de modo efetivo, utilizando os recursos que dispõe de acordo com as necessidades de cada caso. Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Descentralização A responsabilidade de gerir o sistema é distribuída nas três esferas de governo. Permite que as políticas de saúde sejam aplicadas de acordo com as particularidades de cada região. DESCENTRALIZAÇÃO - MUNICIPALIZAÇÃO DA SAÚDE Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Participação dos cidadãos É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. Conselhos de Saúde e Conferências de saúde. Oferta das informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobreas questões que dizem respeito à sua saúde. Princípios que regem a organização do SUS Princípios Organizativos Complementariedade do setor privado A Constituição definiu que, quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições: (UPENET/2010) A expressão de que todos têm o mesmo direito de obter as ações e os serviços de saúde de que necessitam, independentemente da complexidade, custo e natureza dos serviços envolvidos, diz respeito à a) Universalidade b) Hierarquização c) Integralidade d) Acessibilidade e) Resolutividade (CESGRANRIO/2011) O Sistema Único de Saúde implica ações e serviços públicos de saúde que integram uma rede regionalizada hierarquizada e que, de acordo com a Constituição Federal, organizar-se-á por algumas diretrizes. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. I - A descentralização é uma diretriz do SUS, com direção única em cada esfera de governo. II - O SUS busca, como diretriz, um atendimento parcial, com prioridade para as atividades assistencialistas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. III - O SUS tem como uma das diretrizes a participação da comunidade. É correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e III (E) II e III A CONCEPÇÃO HIERÁRQUICA DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS Alta Compl. Média Complexidade Atenção Básica FONTE: MENDES (2002) NÉVEIS DE COMPLEXIDADE DA ATENÇÃO Por que uma pirâmide? Este modelo piramidal, de base alargada, densa, em razão de a atenção primária ser a principal porta de entrada do sistema e responsável pela resolução da maioria da necessidade de saúde da população. Os serviços denominados de ‘regulação’ devem ser, na realidade, serviços que se integram à atenção primária, ordenadora de todo o modelo assistencial do SUS. O gestor pode alterar o “formato” da pirâmide? A forma organizativa e o modelo de atenção à saúde não podem ser escolhas da autoridade pública de saúde. Elas estão definidas constitucionalmente no art. 198, e legalmente na Lei 8.080/90 que determina a integração dos serviços públicos dos entes federativos em redes de atenção à saúde. E quem fica responsável pelo que? Sendo os três gestores autônomos, é necessário que esta articulação seja negociada para se obter consensos em nome do interesse público. As responsabilidades, atribuições, metas, recursos financeiros, monitoramento, avaliação, controle devem ser definidos pelos entes envolvidos e consubstanciados em contratos que possam consagrar os consensos, gerando, assim, um ambiente de respeito às autonomias e segurança jurídica nos acordos firmados. NÍVEIS DE COMPLEXIDADE NÍVEL TERCIÁRIO Constituída por serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de alta complexidade e alto custo. Garante o acesso à quimioterapia, radioterapia, terapia renal substitutiva, exames hemodinâmicos, medicina nuclear, radiologia intervencionista e exames de diagnose de maior complexidade, etc. NÍVEL SECUNDÁRIO Compõe-se por ações e serviços que visam a atender aos principais problemas de saúde e agravos da população, cuja prática clínica demande disponibilidade de profissionais especializados e o uso de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico. As Unidades de Pronto Atendimento - UPA em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. NÍVEL PRIMÁRIO Representa “o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais próximo possível dos locais onde as pessoas habitam e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde”. NÍVEL PRIMÁRIO “Filtro inicial”, resolvendo a maior parte das necessidades de saúde (por volta de 85%) dos usuários. Ordenamento da demanda por serviços de maior complexidade organizando os fluxos da continuidade da atenção ou do cuidado. Referenciamento. NÍVEL PRIMÁRIO Ciente da necessidade do fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), o SUS tem como eixo estruturante o Saúde da Família. DO PSF PARA A ESF Década de 90 – Municipalização da saúde intensificada 1994 - PSF – Inicialmente definido como um modelo de assistência à saúde que visa desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do individuo, da família e da comunidade, utilizando o trabalho de equipes de saúde – Atendimento na unidade local de saúde PSF - 1994 Focalizado nos grupos mais expostos aos riscos de adoecer e morrer em populações pobres e com baixa articulação com a rede de serviço. PSF - 1996 Passa a ser considerado não mais como um programa, mas como estratégia para a “reorganização da prática assistencial em novas bases e critério, em substituição ao modelo tradicional de assistência, orientando para a cura de doenças e no hospital, resgatando os princípios do SUS...” “Novo” financiamento para programas estratégicos. PSF – ESF - 1996 PSF passa a se considerado uma estratégia de mudança do modelo assistencial = ESF Fortalecimento da Atenção Básica ESF passa a ser responsável por colocar em prática os fundamentos da AB. Cabe à SAÚDE DA FAMÍLIA a execução da PNAB ESF A atuação das equipes ocorre principalmente nas UBSs, nos espaços domiciliares e na mobilização da comunidade. Porta de entrada Intervenção sobre os fatores de risco Estimular o controle social Intersetorial Sistemas de informação – monitoramento e tomada de decisões SUS Princípios Níveis de Complexidade DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE Psicologia e Saúde II Profª Tassiana Figueiredo Natal, 2015 A família de Márcia reside na periferia da cidade de Natal. Caso Márcia A rua não possui saneamento e nem pavimentação, quando chove fica alagada. Caso Márcia Sua casa possui dois quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Caso Márcia O lixo é coletado três vezes por semana e água utilizada para todos os fins é da rede pública. Caso Márcia Caso Márcia Carlos 37 anos Marcia 39 anos ?? Patrícia 17 anos Yasmin 3 anos Caso Márcia Carlos Marcia ?? Patrícia Yasmin Ana 65 anos HAS Joaquim 66 Anos HAS Caso Márcia Carlos 37 anos Marcia 39 anos ?? Patrícia 17 anos Yasmin 3 anos 20 anos casados Ensino Fundamental 10 anos - Fábrica Ensino Fundamental Dona de casa Lava roupas pra fora Engravidou aos 14 anos Caso Márcia MAL-ESTAR NÁUSEAS VÔMITOS EDEMA E DORES NOS MMSS Refere que está tomando remédio sem indicação médica, pois não “tem como pagar consulta” e até semana passada desconhecia a UBS do seu bairro. Nunca recebeu visita do Agente de Saúde. Caso Márcia Caso Márcia Interrompe sua fala ao começar a chorar, demonstrando vergonha pelo choro e vai embora dizendo que voltará no dia seguinte. Caso Márcia REFLEXÕES Caso Márcia Determinantes Sociais de Saúde Distais Intermediários Proximais Inter-setorialidade Participação Social REFERÊNCIAS CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE. 1, 1986, Ottawa. Carta de Ottawa. Ottawa, 1986; COSTA, E.M.A. Sistema Único de Saúde. In: COSTA, E.M.A.; CARBONE, M.H. Saúde da Família: uma abordagem multidisciplinar. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2009. p. 4-10.
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