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1 eBook EM SALA DE AULA 2017

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Prévia do material em texto

MÓDULO 1
EDUCAR PARA 
A VIDA
DIRETORIA GERAL
Camila Cury
DIRETORIA EXECUTIVA
Bruno Oliveira
DIRETORIA DE CURSOS DIGITAIS
Carolina Cury
GERÊNCIA PEDAGÓGICA
Denise Cavalini
COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO
Priscila Lehn
EQUIPE DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO
Priscila Lehn
Raquel Messi Falcoski
Thais de Angellis Pereira Sanches
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO DE ARTE
Danieli Cordesco 
Rodrigo Leodoro
REVISÃO
Joice Karoline Vasconcelos dos Santos
Todos os direitos desta edição reservados à Escola da Inteligência Cursos Educacionais Ltda.
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem 
autorização por escrito da empresa.
www.escoladainteligencia.com.br | contato@escoladainteligencia.com.br
Desenvo
lvendo In
teligênci
a Socioe
mociona
l
Olá, querido educador! Seja muito bem-vindo ao primeiro módulo deste curso, Educar para a vida! Para 
iniciarmos a reflexão dessa primeira parte do material, lhe convidamos a ler um trecho do livro “A Escola 
com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir”, de Rubem Alves (1):
CRUZANDO 
MUNDOS 
EMOCIONAIS
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros 
desaprendam a arte do voo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. 
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
Pássaros engaiolados sempre têm um dono. 
Deixaram de ser pássaros. 
Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. 
O que elas amam são pássaros em voo. 
Existem para dar aos pássaros coragem para voar. 
Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, 
porque o voo já nasce dentro dos pássaros. 
O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
O que você entende por este trecho do livro? De 
que forma você pode promover o voo de seus alunos?
PARTE A
4
Primeiramente, vejamos um panorama da 
sociedade atual. Uma pesquisa de 2010 mostra 
que cada vez mais e mais pessoas no mundo 
se engajam em realizar publicações científicas. 
Contudo, a mesma pesquisa demonstra 
também que os assuntos das publicações 
costumam se repetir, ou seja, raramente são 
feitas investigações inovadoras (2). O que 
isso quer dizer? Que o conhecimento está se 
aprofundando, porém em áreas já conhecidas. 
Por outro lado, a criatividade dos estudantes 
em novos campos e áreas está se restringindo. 
Como podemos relacionar a pesquisa 
anteriormente citada e o trecho do livro de Rubem 
Alves com a realidade escolar? Na verdade, 
é fácil perceber que a ausência de inovação e 
encorajamento ao voo também está presente no 
sistema educacional. Nas escolas, espera-se que 
as crianças internalizem informações. Crianças 
são treinadas a memorizar e repetir. Essa prática 
causa a obstrução da inteligência e o retraimento 
da criatividade, da ousadia e da espontaneidade 
da criança, que pode se perpetuar por toda a 
vida.
Há muitos anos vemos um cenário em 
que a maioria das escolas valoriza apenas o 
pensamento lógico ou Pensamento Dialético, 
como nomeado na TIM. É claro que é importante 
desenvolvermos o pensamento lógico para que 
possamos dominar o raciocínio linear, realizar 
provas, nos comunicar. Mas quando somente 
ele é continuamente estimulado, as chances de 
apenas repetirmos os mesmos conhecimentos 
aumentam e raramente criamos algo novo, 
produzindo conhecimentos em campos ainda 
não explorados. Privilegiando atividades que 
promovam apenas esse tipo de pensamento, não 
se formam pensadores e questionadores, capazes 
de serem autores de sua própria história e de 
agirem no mundo, mudando-o para melhor (3).
Por isso, também é importante 
desenvolvermos o raciocínio abstrato ou 
Pensamento Antidialético nomeado na TIM, 
assim como a introspecção e o treinamento das 
emoções. Essa é a base para a criatividade e 
inovação. Ao negligenciarmos atividades que 
promovam esse tipo de pensamento, estamos 
negando às crianças e jovens a oportunidade 
de se desenvolverem integralmente, de modo a 
se prepararem para as exigências profissionais 
do mercado de trabalho e da vida. O sistema 
educacional hoje está focado em preparar o aluno 
para passar no vestibular, porém, como sabemos, 
preparar um cidadão e um profissional vai muito 
além disso.
Pensamento Dialético: pensamento 
dialético inicia-se na infância por meio do 
processo de mimetização ou cópia sistemática 
dos símbolos da linguagem, por isso pensamos 
à semelhança de uma “voz” inaudível. 
Desse modo, a criança começa a pensar 
dialeticamente em seu psiquismo e pouco a 
pouco coordena o aparelho de fonação para se 
expressar verbalmente. Este aparelho se torna 
um instrumento para canalizar a complexa 
produção dialética de pensamentos.
Como o pensamento dialético é formado 
de um jogo de símbolos linguísticos lógicos e, 
portanto, reproduzíveis, tudo que se relaciona 
a ele tem também de ser um jogo de símbolos, 
caso contrário, neutraliza-se a compreensão. 
Por isso, os textos de leitura, o diálogo 
interpessoal, as atividades profissionais, a 
condução de um carro, a operação de um 
computador são tramas lógicas de símbolos.
O pensamento antidialético, diferentemente 
do dialético, surge espontaneamente no 
psiquismo sem a necessidade de intervenção 
educacional. A educação, entretanto, pode 
enriquecê-lo ou contraí-lo. E, infelizmente, 
normalmente o contrai. O pensamento 
antidialético, como o próprio nome indica, 
é antilógico, antilinguagem, antissimbólico. 
É o pensamento que alicerça as múltiplas 
formas de imaginação, percepção, intuição, 
abstração, indução, análise multifocal.
5
Neste sentido, o desafio é fazer da escola 
uma aventura agradável e estimulante, em que 
aprender é muito mais do que um conjunto de 
regras e deveres, onde professores possam 
mediar a transformação de informações 
em conhecimento e o conhecimento em 
experiências relevantes e significativas para o 
aluno (4) e, ao mesmo tempo, que transmitam 
a ideia de que errar faz parte do processo de 
aprendizagem, estimulando-os a desenvolver o 
pensamento crítico e a solução de problemas. 
A grande maioria das escolas, atualmente, 
possuem currículos extremamente extensos 
e programas igualmente apertados em suas 
disciplinas, porém os conteúdos não englobam 
a formação integral dessas crianças e jovens, 
pois contemplam áreas extremamente voltadas 
ao pensamento dialético, em detrimento 
do pensamento antidialético. Além disso, o 
conhecimento dessas áreas está desconectado 
entre si, as disciplinas do programa não se 
“conversam” umas com as outras e o sistema 
de avaliação não contempla a diversidade da 
sala de aula, não há uma relação estabelecida 
entre o conteúdo e a realidade de cada um 
desses estudantes.
Fatores tais como esses culminam para que 
cada vez mais os alunos sejam acumuladores 
de informações e repetidores de ideias. 
Portanto, é preciso quebrar o paradigma que 
vivemos em sala de aula para promover um 
ensino que favoreça o aprendizado integral do 
aluno e o desenvolvimento das competências 
e habilidades que nossas crianças e jovens 
precisam para lidar, não apenas com os desafios 
do Enem, mas com os desafios da vida!
Continue conosco na segunda 
parte deste material, vamos refletir!
COMO 
PREPARAR NOSSAS 
CRIANÇAS E JOVENS 
PARA OS DESAFIOS 
DA VIDA? 
MAS COMO MUDAR 
ESSE CENÁRIO?
6
DESENVOLVENDO 
O EU CRÍTICO 
PARTE B
Em que tipo de 
escola você se 
formou? 
Em uma gaiola ou 
em um ambiente 
que te deu asas?
Por quê?
 E hoje, o que mudou na escola? Como educar nossas 
crianças e jovens para a vida, para voarem livremente? 
PARA REFLETIR
7
Um dos caminhos para responder a essa pergunta pode estar relacionado à projeção, ao 
futuro de nossa sociedade. Quais são os problemasvivenciados hoje pelo ser humano? A escola 
nos prepara para lidar com esses desafios? E quanto às nossas crianças? Que problemas elas 
enfrentarão daqui a alguns anos? Para nos auxiliar nesse exercício, verifique uma comparação 
das 10 competências mais demandadas atualmente e uma projeção para a década 2020-2030, 
de acordo com o Fórum de Economia Mundial apresentado no 1º Congresso Brasileiro de 
Tendências e Inovação na Educação:
As 10 competências mais 
demandadas em 2015
As 10 competências mais 
demandadas para a década 
2020-2030
1 - Solução de problemas complexos 1 - Solução de problemas complexos
2 - Relacionamento com os Outros 2 - Pensamento Crítico
3 - Gestão de Pessoas 3 - Criatividade
4 - Pensamento Crítico 4 - Gestão de Pessoas
5 - Negociação 5 - Empatia com os Outros
6 - Controle de Qualidade 6 - Inteligência emocional
7 - Orientação para Serviços 7 - Bom senso e Tomada de decisão
8 - Bom senso e Tomada de decisão 8 - Orientação para Serviços
9 - Escuta ativa 9 - Negociação
10 - Criatividade 10 - Flexibilidade Cognitiva
Notou alguma diferença? Competências que estavam no fim da lista, como criatividade, por 
exemplo, passaram ao topo, e algumas que nem existiam foram incluídas, como é o caso da 
empatia e da inteligência emocional. Essas são ótimas diretrizes para nos mostrar o caminho do 
que devemos trabalhar, a rota que devemos trilhar em sala de aula. Mas alguns ainda podem se 
perguntar: como essas competências estão relacionadas ao meu dia a dia como professor? Há toda 
uma reestruturação escolar cujo controle está fora de nossas mãos para que essas competências 
sejam incorporadas e trabalhadas na rotina com nossos alunos. Será? Mesmo com todas essas 
mudanças necessárias, será que não podemos inovar em nossas disciplinas, contemplando essas 
competências com nossos alunos em nossa forma de ensinar?
8
O primeiro vídeo traz o exemplo de um 
professor de ciências da região do Espírito 
Santo que inovou em seu ensino sobre a tabela 
periódica ao contextualizar um problema 
vivenciado pelas famílias e comunidade dessa 
região. Para acessá-lo, basta copiar e colar o 
endereço do site em seu navegador: 
https://www.youtube.com/watch?v=1XRCyC1Pm38
Título: Prêmio Educador Nota 10 2016 – 
Wemerson da Silva Nogueira
Produção: Editora Abril e Globo
Publicação: Fundação Victor Civita
Duração: 2’30”
O segundo vídeo nos mostra o trabalho 
de uma professora de língua portuguesa da 
região de Minas Gerais, que ao observar a 
realidade de seus alunos, transformou sua 
observação em uma oportunidade de trabalhar 
sua disciplina de forma diferente. Com isso, os 
alunos puderam treinar a leitura e a escrita, 
aprender sobre as diferenças de linguagem e 
se sentirem reconhecidos por suas produções, 
o que elevou a autoestima e o interesse deles 
pelo aprendizado. Para acessá-lo, basta copiar 
e colar o endereço do site em seu navegador: 
https://www.youtube.com/watch?v=73CwSO27Bnk
Título: Prêmio Educador Nota 10 – Ana 
Claudia Santos
Produção: Editora Abril e Globo
Publicação: Fundação Victor Civita
Duração: 3’36”
EDUCADOR NOTA 10
Você consegue associar as competências 
descritas anteriormente após assistir ao vídeo? Quais 
delas você observa no trabalho desse professor 
com seus alunos? Primeira competência trabalhada 
por ele: solução de um problema complexo, 
envolvendo o rompimento da barragem da Samarco, 
que atingiu a comunidade dessa região. A segunda 
competência trabalhada foi o pensamento crítico, 
pois, por meio da análise da água em laboratório, 
os alunos puderam avaliar a tabela periódica com 
um novo olhar. Outra competência trabalhada foi 
a criatividade, pois a partir do desafio lançado 
pelo professor, os alunos sentiram a necessidade 
Vamos ver alguns exemplos de professores que 
inovaram e fizeram a diferença para seus alunos 
em suas disciplinas? Para isso, lhe convidamos a 
assistir dois vídeos e a observar o que eles fazem 
de diferente em seu método de trabalho.
de desenvolver uma segunda parte deste projeto, 
levando informações relevantes aos ribeirinhos e a 
solução do problema, com o desenvolvimento de 
filtros de retenção de minérios. Além disso, ao levar 
os alunos para fora da sala de aula, ao analisar a água 
em laboratório, ao entrevistar as pessoas impactadas 
diretamente, ao realizar o trabalho em grupo, o 
professor pode auxiliar ainda no desenvolvimento 
das demais competências tais como: gestão de 
pessoas, empatia, inteligência emocional, bom 
senso e tomada de decisão, orientação para 
serviços, negociação e flexibilidade cognitiva. 
Ficou mais fácil pensar em como fazer agora? 
Não muito? Então vamos para o segundo vídeo!
9
Fazendo uma análise da atitude da professora, 
podemos avaliar os elementos utilizados por ela 
ao desenvolver esse projeto: o primeiro deles 
é a arte de explorar e contar histórias a partir 
do que ouviram da população local, ou seja, 
familiares dessas crianças. Além de trabalhar 
a linguagem, os elementos que estruturam a 
narrativa, a variação entre oralidade e escrita, 
os níveis de linguagem, ainda permitiu a troca 
de experiências com seus familiares, que é 
muito rica e faz parte da identidade de cada um 
desses alunos. Proporcionou ainda a reescrita e 
escrita, individual e em grupo, o que estimulou 
grande interesse dos estudantes por meio da 
participação e colaboração e, para finalizar, 
ainda expôs o projeto, transformando-o em 
um ebook, o que elevou a autoestima dessas 
crianças, que puderam ver seu trabalho 
publicado.
 A professora Ana Claudia explorou nesse 
projeto uma das mais ricas ferramentas para 
promover a aprendizagem: histórias. Você 
utiliza essa ferramenta em suas aulas? Quais 
benefícios para promover o aprendizado você 
reconhece nessa prática?
Professores fascinam ao contar histórias e 
inserir nelas lições de vida. Para praticar, não é 
necessário ser um intelectual ou cientista, basta 
ser criativo e perspicaz para extrair das coisas 
mais simples belíssimas lições de vida. A 
capacidade de contar histórias pode ser 
aprimorada ao longo do tempo, assim 
como a criatividade, que pode ser desenvolvida 
ou resgatada dentro de cada um de nós. Todos 
nós nascemos criativos e para aprimorar essa 
capacidade, basta a intenção de fazer diferente. 
Para isso, um olhar sensível e multifocal ajuda 
muito e é um treino diário. Por exemplo: fazer 
um caminho diferente do trivial, ler, contemplar 
a natureza e as pessoas, se envolver com 
pessoas diferentes e com outras visões de 
mundo, treinar a empatia, a capacidade de se 
colocar no lugar do outro, enxergar e sentir 
como ela vê, pensa e sente e por que não ousar 
em sala de aula, se arriscando em abordar um 
assunto por meio de histórias que provoque 
a curiosidade, promova a participação e o 
envolvimento de seus alunos com aquele novo 
conteúdo ou informação? Imagine contar a 
seus alunos quem era o homem por detrás de 
Santos Dumont? Quais eram seus sonhos, suas 
frustrações, seus medos, angústias? Será que 
ele teve dificuldades na escola? Será que ele 
tinha muitos amigos? Como será que era a sua 
família? Ela o estimulava em suas invenções 
ou reprovava seus projetos? Quanto mais você 
utilizar esse recurso melhor contador de histórias 
se tornará e poderá se surpreender com os 
benefícios que essa prática proporcionará em 
seus alunos! Encara o desafio? Então partiremos 
para um exemplo prático!
Apresentaremos, a seguir, uma das muitas 
maneiras que podemos utilizar a ferramenta 
CONTAR HISTÓRIAS em sala de aula. Fique 
atento!
10
Então vamos montar esse quebra-cabeça juntos! Verifique a peça 2 e veja mais 
algumas dicas sobre essa pessoa.
Essa proposta é um convite para reconhecer o personagem histórico relacionado ao 
conteúdo de determinada disciplina. Topa o desafio? Então tente adivinhar!
Peça 1:QUEM É ESTA 
CRIANÇA?
Você 
sabe ou imagina 
quem seja?
Ela está em 
preto e branco. Isso 
nos faz pensar a 
época em que essa 
pessoa viveu. Já tem 
algum palpite? Não?
Em qual 
ano foi tirada 
essa foto?
Peça 1: 
11
Peça 2: 
Nasceu em 14 de março de 1879, 
na cidade de Ulm, na Alemanha. 
Desde jovem sua curiosidade 
inerente e insaciável sobre 
tudo era incentivada por sua 
família. Aos cinco anos 
começou a tocar violino e 
aos 13 se aproximou das 
melodias de Mozart.
Peça 2: 
Ficou mais 
fácil agora?
Quem 
poderia se 
aproximar de 
Mozart aos 13 
anos?
Será que se 
envolveu com a 
música clássica?
Já sabe quem é? 
Não?
Então vamos para a próxima 
peça! 
12
E agora? Sabe quem é esse 
rapaz corajoso e de 
pensamento crítico 
desenvolvido? Não?
Então atente-se à 4ª peça 
deste material!
Peça 3: 
Quando tinha 15 anos a empresa do seu 
pai faliu. Seus pais se mudaram de país em 
busca de negócios e ele permaneceu para 
terminar os estudos, mas ressentiu-se com 
o regime da escola e método de ensino, 
dizia que o espírito do conhecimento e do 
pensamento criativo era perdido com a 
aprendizagem mecânica 
por memorização.
Peça 3: 
13
Peça 4: Peça 4: 
Em 1952 foi lhe oferecido 
o cargo de presidente 
de Israel, o qual negou 
alegando que lhe faltava 
“aptidão natural”. Contudo, 
seus trabalhos já eram 
reconhecidos por terem 
mudado o mundo. 
Quem rejeitaria 
um cargo de 
presidente?
 Não? 
Descobriu?
Então vamos para a próxima 
peça!
14
Peça 5: 
Desenvolveu a famosa 
teoria da relatividade 
e ganhou o Prêmio 
Nobel da Física em 
1921, provando a física 
quântica. 
Peça 5: 
Ao considerar as 
dificuldades, superações 
e apoio de pessoas 
significativas na vida 
dele, relacione com a sua 
trajetória de vida. O que esse 
exercício te faz pensar?
O que você 
poderia dizer 
sobre a trajetória 
de vida de 
Einstein?
Você sabia quem 
era antes de ler a 
última peça?
15
Como vimos no exercício e nos exemplos 
dos vídeos anteriores, contar uma história 
primeiramente prepara o território da emoção 
para receber as informações e o conhecimento, 
permite uma contextualização maior sobre 
o conteúdo ou personagem que estamos 
estudando, um maior envolvimento, colaboração 
e até mesmo alguma identificação dos alunos 
em alguns momentos. Imagina contar sobre as 
dificuldades escolares de Einstein? Isso permite 
que eles enxerguem o ser humano que está por 
trás do personagem histórico, com todas as suas 
qualidades e defeitos, movidos por crenças, 
ideais, frustrações, realizações, fracassos e 
vitórias. Dessa forma, por permitir que os 
mundos emocionais se cruzem, há um registro 
privilegiado das informações na memória dos 
estudantes. E você, querido educador, costuma 
compartilhar com seus alunos a humanidade 
por detrás da figura histórica que está sendo 
estudada? Pitágoras, Darwin, Einstein, Platão, 
Machado de Assis, Tarsila do Amaral. Estes, 
são apenas alguns exemplos de grandes 
pensadores e realizadores da humanidade. Cada 
um possui uma trajetória de vida formada por 
abundâncias e privações; conquistas, fracassos 
e superações que os fizeram se desenvolver 
de forma extraordinária. Experimente, tente, 
ouse fazer diferente com seus estudantes e se 
surpreenda com os resultados!
Para dar continuidade 
às reflexões sobre o papel 
transformador do educador, lhe 
fazemos um convite especial 
para conhecer a terceira parte 
deste conteúdo, o Momento da 
Inteligência Multifocal!
16
MOMENTO DA 
TEORIA DA 
INTELIGÊNCIA 
MULTIFOCAL
PARTE C
Falamos anteriormente sobre a importância 
de contar sobre a vida dos personagens célebres 
da história da humanidade para humanizar o 
conhecimento, pois possibilita aos estudantes 
reconstruírem o clima emocional em que eles 
viveram enquanto pesquisavam e mudavam a 
forma de pensar da época. Relatar a ansiedade, 
os erros, as dificuldades e as discriminações 
que eles sofreram provoca a arte de pensar e a 
curiosidade para o aprendizado.
Pesquisas neurocientíficas comprovam que 
a imaginação provoca alterações bioquímicas 
no corpo semelhantes à experimentação real 
do fato imaginado (3). É por isso que histórias 
bem contadas inserem as crianças e os jovens 
no contexto do autor. Os estudantes podem 
imaginar e sentir as dores, medos, dificuldades, 
ansiedade e compreender as necessidades 
do outro. Essa prática não somente auxilia-
os a desenvolverem a empatia (capacidade 
de experimentar os sentimentos de uma outra 
pessoa) mas também os ajuda a entenderem 
de maneira privilegiada o conhecimento que o 
professor deseja transmitir. 
As vivências dotadas de emoções mais 
significativas são armazenadas em nossa 
memória formando registros com maior facilidade 
de acesso se comparadas aos registros com 
pouco ou sem conteúdo emocional. Além disso, 
elas favorecem o encadeamento com outros 
registros (5). Entenda melhor:
Chamamos de Janelas da Memória as 
áreas de leitura da memória num determinado 
momento existencial. São arquivos em que o Eu, 
o Gatilho e o Autofluxo se ancoraram para ler, 
utilizar as informações e construir o mais incrível 
dos fenômenos: o pensamento. No módulo 2, 
explicaremos cada um desses fenômenos de 
forma mais detalhada e específica, porém o que 
é importante ficar claro nesse momento são as 
Janelas da Memória. Fazendo uma analogia com 
17
os computadores, temos acesso a todos os campos da memória digital; na memória humana, temos 
acesso a áreas específicas, que chamamos de janelas. Uma janela é como se fosse uma residência. 
Cada residência tem caraterísticas básicas que a definem, como arquitetura, espaço, quadros, 
roupas, eletrodomésticos. Do mesmo modo, as Janelas da Memória têm centenas ou milhares de 
informações que as caracterizam e podemos defini-la basicamente em três tipos: Neutras, Light e 
Killer. Na sequência, veremos cada uma delas de forma detalhada. Acompanhe:
AUTOFLUXO
FENÔMENO RAM
SENTIDOS HUMANOS
JANELAS DA MEMÓRIA PLATAFORMA DE JANELAS
ESTÍMULOS 
INTERNOS OU 
EXTERNOS
Existem as Janelas Neutras, de baixo impacto 
emocional. Elas contêm informações como 
números de telefone, informações escolares e 
profissionais, ou seja, dados corriqueiros. 
Já nossas experiências traumáticas são 
chamadas de Janelas Killer (Assassinas), também 
de alto impacto emocional. Correspondem às 
memórias dotadas de sentimentos negativos 
como medo, tensão, tristeza, compulsão. Quando 
acionadas, elas bloqueiam o acesso às Janelas 
Light, dificultando a possibilidade de respondermos 
de maneira inteligente em situações estressantes.
Nossas experiências prazerosas são 
denominadas como Janelas Light (Luz), de alto 
impacto emocional. Correspondem às áreas 
em que armazenamos experiências de prazer, 
generosidade, solidariedade, tranquilidade. Elas 
fornecem embasamento para que possamos 
desenvolver as funções mais complexas da 
inteligência, como pensar antes de reagir, 
colocar-se no lugar do outro, gerenciar a 
ansiedade e usar o potencial criativo. 
A Janela da Memória é 
uma representação de 
como retemos os fatos 
em nossa memória.
São experiências 
saudáveis.
Todas as experiências 
que imprimiram: 
traumas, angústia, dor e 
sofrimento, medo, fobia, 
ansiedade, frustração, 
perdas, traições etc.
Cada experiência, 
pensamento e 
sentimento formam 
Janelas em nossa mente.
Libertam a capacidade 
de pensar.
Janelas Neutras 
possuem baixo impacto 
emocional.
Ampliam a visão do Eu.
Ex.: milhares de informações de Matemática, Física, 
Química, endereços de pessoas, objetos entre outros.
Promovem reflexões 
profundas, como um 
abraço, uma conquista, 
um perdão, um amor.
O volume de tensão 
negativabloqueia milhares 
de janelas, impedindo 
que o Eu tenha acesso 
às informações para dar 
respostas inteligentes em 
situações estressantes.
Janelas 
Neutras
Janelas 
Light
Janelas 
Killer
18
Conhecer o funcionamento da mente é de 
grande importância para nós educadores, 
pois, como vimos, a emoção atua como fator 
importante no armazenamento e resgate das 
informações e no processo de aprendizagem. 
Portanto, se faz necessário pensar sobre 
metodologias educacionais que favoreçam 
emoções positivas, vínculos, sentido 
(significado), conexões entre as matérias, 
relevância e aplicabilidade dos conteúdos, 
como também as relações interpessoais, 
projetos de vida, resolução de problemas etc., 
só assim teremos uma educação integral. 
Ampliando essa reflexão, convidamos você, 
querido educador, a correlacionar o conteúdo 
apresentado sobre o funcionamento da mente 
com o vínculo professor-estudante. Como a 
imagem do professor na psique do aluno pode 
impactar seu aprendizado?
Faça um resgate em sua trajetória e tente se 
lembrar de algum professor que te marcou. Esse 
professor te marcou de maneira saudável ou 
não saudável? Como o vínculo afetivo (positivo 
ou negativo) que você tinha com esse professor 
influenciou a sua relação com a matéria e 
conteúdos apresentados por ele?
Em sala de aula há diversas maneiras 
de promovermos Janelas Light em nossos 
estudantes, como vimos em alguns exemplos 
deste módulo, no entanto, nesse momento, 
queremos destacar a IMPORTÂNCIA do 
PROFESSOR. Essa figura tão significativa para 
seus alunos, que ao longo do ano letivo tem a 
oportunidade de cruzar a sua história com tantas 
pessoas. Quando o professor entra em sala de 
aula é dado a ele a possibilidade de marcar a 
vida não só dos seus estudantes, mas também 
de suas famílias. Mas, diante de tantos afazeres, 
tarefas a cumprir e considerando a grande 
diversidade de uma sala de aula, conseguimos 
investir nessa relação afetiva?
Compartilhar histórias pode contribuir para 
essa aproximação! Anteriormente citamos 
os benefícios de contar histórias e, dando 
continuidade a essa ferramenta, enfatizamos 
agora a importância do professor não contar 
uma história qualquer, mas de cruzar mundos 
emocionais com seus alunos! Mas você pode 
se perguntar: de que forma fazer isso?
 Cada um de nós tem uma fascinante 
trajetória que contém lágrimas e alegrias, 
sonhos e frustrações e muitas experiências 
inspiradoras de superação. Professores e 
estudantes não devem se esconder atrás dos 
livros, das apostilas e dos computadores. É 
motivador ao estudante conhecer os capítulos 
mais fascinantes da história de seu educador. 
Se tornam interessados não apenas pelo 
aprendizado das matérias, mas também pelo 
ser humano que as apresenta.
Professor, ao longo de seu caminho você 
garimpou preciosas experiências. Há um tempo 
atrás você tinha a idade dos seus estudantes, 
estava vivendo desafios, talvez, muito similares 
aos deles. Refine seu olhar para encontrar, na 
rotina de sala de aula, oportunidades de se 
aproximar de seus estudantes compartilhando 
suas aprendizagens, suas lágrimas, desafios, 
medos, superações e sonhos.
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Ao compartilhar seus aprendizados você 
contribui para que seus estudantes também 
compartilhem seus pensamentos, emoções 
e experiências, o que para nós educadores 
pode ser uma fonte rica de informações 
para conhecermos o que está por detrás dos 
comportamentos deles. Por vezes, a recusa 
para fazer uma atividade, os comportamentos 
agressivos, o baixo desempenho, a timidez, 
entre outros comportamentos não saudáveis, 
pode camuflar algo que nem imaginamos. 
Outro aspecto importante que queremos 
destacar nessa reflexão sobre como promover 
o aprendizado para vida é a importância de 
trabalhar a autoestima. Uma das maneiras 
de promover a autoestima é por meio das 
expectativas que o professor expressa em 
relação à criança ou jovem. Uma pesquisa da 
universidade de Harvard demonstrou que o 
aumento das expectativas causa mudanças 
de atitudes do professor em relação ao 
aluno e, consequentemente, mudanças no 
clima afetivo. Com expectativas elevadas, os 
professores apresentam-se encorajadores, 
receptivos e envolvidos no aprendizado. 
Além disso, facilitam o ambiente afetivo com 
cumplicidade, entusiasmo e confiança. Na 
pesquisa, todos esses fatores influenciaram 
significativamente na performance de seus 
alunos (7).
Os elogios também são fatores motivacionais 
importantes. Mas não qualquer elogio. Outra 
pesquisa, feita na universidade de Stanford (8), 
se baseou em elogiar aleatoriamente crianças 
e em seguida avaliar o desempenho delas. Um 
grupo de crianças recebeu elogios remetendo 
aos seus esforços, o outro à sua inteligência. 
Após os elogios, os “esforçados” foram mais 
persistentes em exercícios desafiadores do 
que os “inteligentes”. Estes últimos desistiram 
facilmente. Podemos pensar que a criança 
introjetou a característica descrita pelo 
adulto. Aquele que foi chamado de esforçado 
percebeu-se capaz de buscar evolução 
constante, enquanto o chamado de inteligente 
percebeu-se com uma capacidade superior 
formatada. Por isso o esforçado não desistiu de 
ter melhores resultados, enquanto o inteligente 
pensou que não seria capaz de evoluir além da 
sua conquista inicial. 
Podemos pensar que quando educadores 
acreditam no potencial de seus estudantes, 
inevitavelmente demonstram isso por meio de 
atitudes e comportamentos explícitos como os 
elogios e implícitos como o relacionamento afetivo. 
Os alunos recebem a mensagem transmitida por seu 
educador e as introjetam, acreditando, portando, 
em seu próprio potencial. Formam em sua mente 
Janelas Light interconectadas que sinalizam para 
o Eu (a consciência) sobre sua capacidade de se 
aprimorar. Por acreditar nisso, os alunos se esforçam 
e realmente alcançam melhores resultados. A 
autoestima elevada é o fator que motiva os seres 
humanos a buscarem seus sonhos.
ELOGIOS
CONFIANÇA
SÃO INTROJETADOS PELO 
ALUNO COMO A SEGUINTE 
MENSAGEM
ENTUSIASMO
CLIMA
AFETIVO
TENHO MUITA
CAPACIDADE
Educar para a vida é ensinar além do 
conteúdo. É ensinar que todos nós temos o 
potencial de nos desenvolvermos e realizarmos 
importantes contribuições para o mundo. É 
ensinar que a conquista envolve errar e não 
desistir, encarar preconceitos e ainda assim 
acreditar no nosso potencial, mesmo diante 
daqueles que não acreditam. Educar para 
a vida é educar a razão e a emoção tendo 
consciência de que são indissolúveis.
Verifique na próxima parte deste material 
como este assunto foi descrito por figuras 
célebres da humanidade! Aproveite!
20
PENSANDO
COM OS 
MESTRES 
PARTE D
Essa parte do material traz sempre algumas frases e pensamentos de pessoas que fizeram e 
fazem a diferença no mundo, pensadores, inovadores, realizadores e que possuíam e possuem 
um Eu crítico e maduro, mas, que acima de tudo isso, são seres humanos, com suas dores e 
alegrias, vitórias e fracassos. As frases e pensamentos aqui selecionados traduzem um pouco dos 
conceitos e reflexões que trouxemos até este momento. Confira e veja se faz sentido para você!
 “Todo o aprendizado tem 
uma base emocional”
Platão
 “É importante compreender que 
a inteligência emocional não é 
o oposto de inteligência, não é o 
triunfo do coração sobre a cabeça, é 
a interseção de ambas”. 
David R. Caruso
“Professores 
fascinantes mudam 
paradigmas, transformam o destino 
de um povo e um sistema social sem 
armas, tão somente por prepararem 
seus alunos para a vida através do 
espetáculo das suas ideias” 
Augusto Cury
 “Educação é aquilo que 
fica quando você esquece 
o que a escola ensinou”
 Albert Einstein
Querido professor, acreditamos que até aqui você já tenha 
compreendido a importância deuma educação para a vida e 
como ela acontece em nível intrapsíquico em seus alunos. 
Conheça, na próxima parte deste material, maneiras de como 
praticá-la por meio de algumas situações vivenciadas! Aproveite!
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PRATICANDO 
EM SUA VIDA 
PARTE E
Querido educador, apresentaremos, a partir de agora, 
algumas situações vivenciadas em seu cotidiano, nas 
esferas familiar, social e profissional, que nos aponta 
caminhos para atitudes saudáveis e não saudáveis. 
Nosso objetivo nesse ponto não é restringir as atitudes 
dos personagens aqui inseridos como única maneira 
de conduzir essas experiências, porém, ampliar nosso 
olhar no sentido de promover atitudes cada vez 
mais saudáveis, trazendo os conceitos 
trabalhados deste módulo para nossas 
vidas. É importante lembrar também que 
há sempre, no mínimo, duas formas de 
ver a mesma situação e a escolha por 
cada uma dessas formas é sempre 
nossa! Ótima leitura e reflexão!
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SITUAÇÃO 1 
Criticar as falhas X Elogiar as conquistas
Contexto: Ana combinou com seu marido que iriam juntos à uma festa na sexta-feira. Ele fez 
hora extra no trabalho todos os dias naquela semana, para não se atrasar na sexta. Contudo, 
devido ao extenso serviço, mesmo com muito esforço, não conseguiu cumprir o compromisso 
com a esposa.
 Atitude não saudável de Ana: ela mantém 
uma postura egoísta, critica o marido pelo 
insucesso e acusa-o de desinteresse com os 
compromissos do casal. O marido se sente 
desprezado, incompreendido. Conclui que é 
um fracassado, que não consegue um bom 
desempenho nem no relacionamento e nem 
no trabalho. Possivelmente seu desempenho 
no trabalho declinará, assim como sua 
satisfação no relacionamento.
 Atitude saudável de Ana: ela sabe que 
o marido se esforçou. Elogia e agradece 
seu empenho, mesmo que ele não tenha 
conseguido cumprir o compromisso. O 
marido se sente acolhido e compreendido. 
Acreditará cada vez mais em seu próprio 
potencial e possivelmente desenvolverá um 
desempenho cada vez mais satisfatório no 
trabalho e no relacionamento.
SITUAÇÃO 1 
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SITUAÇÃO 2
Criticar as falhas X Reconhecer erros
Contexto: Ana passou um dia estressante no trabalho. Ao chegar em casa reagiu ferozmente 
quando viu que a filha havia deixado louças por lavar. Disse muitas coisas desnecessárias à filha. 
Depois, foi tomada por arrependimento. 
 Atitude não saudável de Ana: tentar 
“comprar” a filha com presentes ou se 
apresentar dócil num momento posterior, 
mas sem se desculpar. A filha aprende que o 
importante é manter-se na suposta posição 
de “superioridade”, mesmo quando falha.
 Atitude saudável de Ana: conversar 
com a filha, se desculpar, dizer que errou. 
A situação se tornará um meio para ensinar 
sobre a falibilidade do ser humano e sobre a 
importância em reconhecer os próprios erros. 
Dessa forma, o laço entre as duas ficará mais 
estreito.
SITUAÇÃO 2
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SITUAÇÃO 3
Ser vítima das críticas X Ser persistente
Contexto: a educadora Ana pensou em uma nova técnica para trabalhar com seus alunos. Ao 
colocá-la em prática, descobriu que o resultado não saiu como esperava. Os alunos se agitaram 
um pouco mais e ela perdeu um tempo para controlá-los. Depois, foi criticada pela professora da 
classe ao lado, que a chamou de desorganizada. 
 Atitude não saudável de Ana: ela se 
deixa tomar pelo sentimento de fracasso e 
desvaloriza seu próprio potencial e criatividade 
desistindo da ideia. Perderá uma possível 
chance de desenvolver algo inovador e 
significativo para seus alunos. Provavelmente 
se desvalorizará em diversas outras situações 
na sua vida, por expandir a quantidade 
de Janelas Killer. Não estará contribuindo 
para a gestão de seus pensamentos e suas 
emoções.
 Atitude saudável de Ana: ela não se 
deixa tomar pelo sentimento de fracasso. 
Tem a consciência de que inovar requer sair 
da zona de conforto e que nesse processo 
erros precedem o acerto. Pensa em uma 
nova estratégia para colocar em prática sua 
ideia novamente. 
SITUAÇÃO 3
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FORMAÇÃO 
CONTINUADA: 
APLICAÇÃO DOS 
CURSOS EI EM 
SALA DE AULA 
PARTE E
Querido professor, nesse espaço você 
irá encontrar o conteúdo de cada módulo 
contextualizado com os materiais da EI que você 
utiliza em sala de aula. Fique atento e aproveite 
para usar sua criatividade na construção de 
projetos em sala de aula relacionados aos 
conceitos da Inteligência Multifocal!
Como vimos nas reflexões apresentadas 
nesse módulo, é imensurável a importância de 
um educador compartilhar suas experiências 
de vida com os alunos. Todos somos seres 
únicos no palco da existência e superamos 
diversos entraves para chegar onde 
chegamos. Através do relato de experiências 
de vida, as dificuldades e superações 
podem ser vislumbradas e compreendidas 
pelo educando. O aluno poderá vivenciar 
emocionalmente e aprender com essas 
experiências. Além da lição de vida, o aluno 
ainda obtém uma ligação mais estreita com 
seu educador. E considerando o conteúdo 
trabalhado nas aulas da Escola da Inteligência 
e uma educação que prepara nossos alunos 
para os desafios da vida, se faz necessário 
nutrir o vínculo professor aluno. Acreditamos 
que a arte de contar histórias, em especial, 
compartilhar nossa história promove o 
cruzamento de mundos emocionais e essa 
relação se desdobra em benefícios não só para 
o aluno no sentindo de rendimento escolar, 
mas humaniza e possibilita para o professor 
reconhecer o sentido de ser um educador!
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Nos Livros do Professor dos cursos da Escola da Inteligência você provavelmente já identificou 
instruções que convidam o professor a compartilhar com os alunos suas próprias experiências de vida. 
Veja um dos exemplos, disponível no material usado para o 5º ano do Ensino Fundamental, “As 
Armadilhas da Mente e Os Códigos da Inteligência – Lição 7”. O conteúdo deste curso aborda 
o medo de errar. Na página 36 é sugerido ao professor que contextualize para o aluno esse 
sentimento, contando uma experiência pessoal: o que sentiram e o que fizeram diante desse 
medo. Essa postura é importante para humanizar o conhecimento. Quando o educador mostra aos 
alunos os impasses que foram contornados na vida dele e como essas experiências contribuíram 
para o crescimento pessoal, o aluno se torna motivado a enfrentar suas próprias dificuldades.
As Armadilhas da Mente - E os Códigos da Inteligência / Lição 06
EI, O MEDO DE ERRAR SURGE EM
NOSSA MENTE POR MEIO DE QUE TIPO DE
PENSAMENTO? SERÁ QUE AS PESSOAS ADULTAS, OS
JOVENS, SEUS PAIS, SEUS PROFESSORES, OS GRANDES
CIENTISTAS, PESQUISADORES TAMBÉM SENTEM MEDO DE
ERRAR DIANTE DE ALGUMAS SITUAÇÕES? COMO
PODEMOS TRABALHAR ISSO?
VOCÊ JÁ DEIXOU DE
FAZER ALGUMA COISA SÓ
PORQUE FICOU COM MEDO DE
ERRAR? SE SIM, CONTE
COMO FOI!
É importantíssimo retomar com os alunos a questão 
dos pensamentos negativos e de como podemos tra-
balhar esses pensamentos por meio do gerenciamento 
dos pensamentos, retomar o Código do Eu como Ges-
tor dos Pensamentos, o Código do Eu como Gestor das 
Emoções, o gerenciamento da ansiedade, a autoestima 
e a autovalorização etc. Analise com os alunos que TO-
DAS as pessoas, mesmo as que detêm muito conheci-
mento, sentem medo de errar, que se elas tivessem se 
paralisado diante do medo de errar, não teriam conquis-
tado o que conquistaram. Destaque que isso só pode 
ser enfrentado se aprendermos a gerenciar os pensa-
mentos negativos, se tivermos forte autoestima e se 
formos ousados. Enfatize que podemos aprender muito 
com nossos erros também.
Conduza os alunos a re� etir sobre as ex-
periências que tiveram diante do medo de 
errar: como se sentiram e o que � zeram 
diante desse medo. É importantíssimo, que-
rido professor, que você compartilhe tam-
bém suas experiências e suas atitudes dian-
te de seus medos. Humanize-se, mostreaos 
alunos que você também superou grandes 
entraves para chegar onde chegou!
Conduza os alunos a re� etir que o medo de errar resulta no medo de tentar e que isso nos 
paralisa, impedindo-nos, muitas vezes, de conquistar algo que poderia ser positivo/bené� co 
para nós. É importante iniciarmos a re� exão de que para enfrentarmos o medo de errar não 
devemos nos expor a perigos, que expor a vida a perigos seria não saber usar a inteligência.
O SENHOR QUINOCO FALOU
ALGO QUE ME FEZ PENSAR MUITO:
“MENINOS, SE NÃO ERRARMOS POR FALAR,
NÃO ESTAREMOS ERRANDO POR ESTARMOS
COM MEDO DE ERRAR E NÃO FALARMOS
NADA?” O QUE VOCÊ PENSA SOBRE O QUE
O SENHOR QUINOCO FALOU?
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Eduque além do conteúdo textual, eduque 
os alunos para a vida!
DESEJAMOS QUE AS REFLEXÕES 
PROPOSTAS ATÉ AQUI TE 
ENCONRAJE A CONTINUAR A 
ACREDITAR E INVESTIR NESSA 
NOBRE MISSÃO DE EDUCAR PARA 
A VIDA!
E você professor, já se aventurou na arte de contar histórias, em especial a de compartilhar a 
sua história? Quais foram os desdobramentos dessa vivência?
Para concluir as atividades propostas 
no “Módulo 1: EDUCAR PARA A VIDA” é 
necessário responder ao questionário e participar 
do “Fórum: educar para a vida!”.
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1. ALVEZ, R. A Escola com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir. 
Campinas: Papirus, 2001.
2. LARSEN, P. O.; VON INS, M. The rate of growth in scientific publication and the 
decline in coverage provided by Science Citation. Scientometrics. 2010. Disponível em: 
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2909426/>. Acesso em: 21 fev. 2017.
3. CURY, A. A Fascinante Construção do Eu. São Paulo: Planeta, 2011.
4. CURY, A. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
5. HEBECHE, L. O conceito de imaginação em Wittgenstein. Nat. hum. São Paulo, v. 5, 
n. 2, p. 393-421. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1517-24302003000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 fev. 2017.
6. CURY, A. O Código da Inteligência e a Excelência Emocional. Rio de Janeiro: 
Thomas Nelson Brasil, 2010.
7. JACOBSON, R. Pigmalion in the classroom, 1968.
8. DWECK, C. Mindset: How you can fulfil your potential. Hachette, UK, 2012.
REFERÊNCIAS 
BILBIOGRÁFICAS:

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