Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓDULO 1 EDUCAR PARA A VIDA DIRETORIA GERAL Camila Cury DIRETORIA EXECUTIVA Bruno Oliveira DIRETORIA DE CURSOS DIGITAIS Carolina Cury GERÊNCIA PEDAGÓGICA Denise Cavalini COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO Priscila Lehn EQUIPE DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO Priscila Lehn Raquel Messi Falcoski Thais de Angellis Pereira Sanches CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO DE ARTE Danieli Cordesco Rodrigo Leodoro REVISÃO Joice Karoline Vasconcelos dos Santos Todos os direitos desta edição reservados à Escola da Inteligência Cursos Educacionais Ltda. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito da empresa. www.escoladainteligencia.com.br | contato@escoladainteligencia.com.br Desenvo lvendo In teligênci a Socioe mociona l Olá, querido educador! Seja muito bem-vindo ao primeiro módulo deste curso, Educar para a vida! Para iniciarmos a reflexão dessa primeira parte do material, lhe convidamos a ler um trecho do livro “A Escola com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir”, de Rubem Alves (1): CRUZANDO MUNDOS EMOCIONAIS Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. O que você entende por este trecho do livro? De que forma você pode promover o voo de seus alunos? PARTE A 4 Primeiramente, vejamos um panorama da sociedade atual. Uma pesquisa de 2010 mostra que cada vez mais e mais pessoas no mundo se engajam em realizar publicações científicas. Contudo, a mesma pesquisa demonstra também que os assuntos das publicações costumam se repetir, ou seja, raramente são feitas investigações inovadoras (2). O que isso quer dizer? Que o conhecimento está se aprofundando, porém em áreas já conhecidas. Por outro lado, a criatividade dos estudantes em novos campos e áreas está se restringindo. Como podemos relacionar a pesquisa anteriormente citada e o trecho do livro de Rubem Alves com a realidade escolar? Na verdade, é fácil perceber que a ausência de inovação e encorajamento ao voo também está presente no sistema educacional. Nas escolas, espera-se que as crianças internalizem informações. Crianças são treinadas a memorizar e repetir. Essa prática causa a obstrução da inteligência e o retraimento da criatividade, da ousadia e da espontaneidade da criança, que pode se perpetuar por toda a vida. Há muitos anos vemos um cenário em que a maioria das escolas valoriza apenas o pensamento lógico ou Pensamento Dialético, como nomeado na TIM. É claro que é importante desenvolvermos o pensamento lógico para que possamos dominar o raciocínio linear, realizar provas, nos comunicar. Mas quando somente ele é continuamente estimulado, as chances de apenas repetirmos os mesmos conhecimentos aumentam e raramente criamos algo novo, produzindo conhecimentos em campos ainda não explorados. Privilegiando atividades que promovam apenas esse tipo de pensamento, não se formam pensadores e questionadores, capazes de serem autores de sua própria história e de agirem no mundo, mudando-o para melhor (3). Por isso, também é importante desenvolvermos o raciocínio abstrato ou Pensamento Antidialético nomeado na TIM, assim como a introspecção e o treinamento das emoções. Essa é a base para a criatividade e inovação. Ao negligenciarmos atividades que promovam esse tipo de pensamento, estamos negando às crianças e jovens a oportunidade de se desenvolverem integralmente, de modo a se prepararem para as exigências profissionais do mercado de trabalho e da vida. O sistema educacional hoje está focado em preparar o aluno para passar no vestibular, porém, como sabemos, preparar um cidadão e um profissional vai muito além disso. Pensamento Dialético: pensamento dialético inicia-se na infância por meio do processo de mimetização ou cópia sistemática dos símbolos da linguagem, por isso pensamos à semelhança de uma “voz” inaudível. Desse modo, a criança começa a pensar dialeticamente em seu psiquismo e pouco a pouco coordena o aparelho de fonação para se expressar verbalmente. Este aparelho se torna um instrumento para canalizar a complexa produção dialética de pensamentos. Como o pensamento dialético é formado de um jogo de símbolos linguísticos lógicos e, portanto, reproduzíveis, tudo que se relaciona a ele tem também de ser um jogo de símbolos, caso contrário, neutraliza-se a compreensão. Por isso, os textos de leitura, o diálogo interpessoal, as atividades profissionais, a condução de um carro, a operação de um computador são tramas lógicas de símbolos. O pensamento antidialético, diferentemente do dialético, surge espontaneamente no psiquismo sem a necessidade de intervenção educacional. A educação, entretanto, pode enriquecê-lo ou contraí-lo. E, infelizmente, normalmente o contrai. O pensamento antidialético, como o próprio nome indica, é antilógico, antilinguagem, antissimbólico. É o pensamento que alicerça as múltiplas formas de imaginação, percepção, intuição, abstração, indução, análise multifocal. 5 Neste sentido, o desafio é fazer da escola uma aventura agradável e estimulante, em que aprender é muito mais do que um conjunto de regras e deveres, onde professores possam mediar a transformação de informações em conhecimento e o conhecimento em experiências relevantes e significativas para o aluno (4) e, ao mesmo tempo, que transmitam a ideia de que errar faz parte do processo de aprendizagem, estimulando-os a desenvolver o pensamento crítico e a solução de problemas. A grande maioria das escolas, atualmente, possuem currículos extremamente extensos e programas igualmente apertados em suas disciplinas, porém os conteúdos não englobam a formação integral dessas crianças e jovens, pois contemplam áreas extremamente voltadas ao pensamento dialético, em detrimento do pensamento antidialético. Além disso, o conhecimento dessas áreas está desconectado entre si, as disciplinas do programa não se “conversam” umas com as outras e o sistema de avaliação não contempla a diversidade da sala de aula, não há uma relação estabelecida entre o conteúdo e a realidade de cada um desses estudantes. Fatores tais como esses culminam para que cada vez mais os alunos sejam acumuladores de informações e repetidores de ideias. Portanto, é preciso quebrar o paradigma que vivemos em sala de aula para promover um ensino que favoreça o aprendizado integral do aluno e o desenvolvimento das competências e habilidades que nossas crianças e jovens precisam para lidar, não apenas com os desafios do Enem, mas com os desafios da vida! Continue conosco na segunda parte deste material, vamos refletir! COMO PREPARAR NOSSAS CRIANÇAS E JOVENS PARA OS DESAFIOS DA VIDA? MAS COMO MUDAR ESSE CENÁRIO? 6 DESENVOLVENDO O EU CRÍTICO PARTE B Em que tipo de escola você se formou? Em uma gaiola ou em um ambiente que te deu asas? Por quê? E hoje, o que mudou na escola? Como educar nossas crianças e jovens para a vida, para voarem livremente? PARA REFLETIR 7 Um dos caminhos para responder a essa pergunta pode estar relacionado à projeção, ao futuro de nossa sociedade. Quais são os problemasvivenciados hoje pelo ser humano? A escola nos prepara para lidar com esses desafios? E quanto às nossas crianças? Que problemas elas enfrentarão daqui a alguns anos? Para nos auxiliar nesse exercício, verifique uma comparação das 10 competências mais demandadas atualmente e uma projeção para a década 2020-2030, de acordo com o Fórum de Economia Mundial apresentado no 1º Congresso Brasileiro de Tendências e Inovação na Educação: As 10 competências mais demandadas em 2015 As 10 competências mais demandadas para a década 2020-2030 1 - Solução de problemas complexos 1 - Solução de problemas complexos 2 - Relacionamento com os Outros 2 - Pensamento Crítico 3 - Gestão de Pessoas 3 - Criatividade 4 - Pensamento Crítico 4 - Gestão de Pessoas 5 - Negociação 5 - Empatia com os Outros 6 - Controle de Qualidade 6 - Inteligência emocional 7 - Orientação para Serviços 7 - Bom senso e Tomada de decisão 8 - Bom senso e Tomada de decisão 8 - Orientação para Serviços 9 - Escuta ativa 9 - Negociação 10 - Criatividade 10 - Flexibilidade Cognitiva Notou alguma diferença? Competências que estavam no fim da lista, como criatividade, por exemplo, passaram ao topo, e algumas que nem existiam foram incluídas, como é o caso da empatia e da inteligência emocional. Essas são ótimas diretrizes para nos mostrar o caminho do que devemos trabalhar, a rota que devemos trilhar em sala de aula. Mas alguns ainda podem se perguntar: como essas competências estão relacionadas ao meu dia a dia como professor? Há toda uma reestruturação escolar cujo controle está fora de nossas mãos para que essas competências sejam incorporadas e trabalhadas na rotina com nossos alunos. Será? Mesmo com todas essas mudanças necessárias, será que não podemos inovar em nossas disciplinas, contemplando essas competências com nossos alunos em nossa forma de ensinar? 8 O primeiro vídeo traz o exemplo de um professor de ciências da região do Espírito Santo que inovou em seu ensino sobre a tabela periódica ao contextualizar um problema vivenciado pelas famílias e comunidade dessa região. Para acessá-lo, basta copiar e colar o endereço do site em seu navegador: https://www.youtube.com/watch?v=1XRCyC1Pm38 Título: Prêmio Educador Nota 10 2016 – Wemerson da Silva Nogueira Produção: Editora Abril e Globo Publicação: Fundação Victor Civita Duração: 2’30” O segundo vídeo nos mostra o trabalho de uma professora de língua portuguesa da região de Minas Gerais, que ao observar a realidade de seus alunos, transformou sua observação em uma oportunidade de trabalhar sua disciplina de forma diferente. Com isso, os alunos puderam treinar a leitura e a escrita, aprender sobre as diferenças de linguagem e se sentirem reconhecidos por suas produções, o que elevou a autoestima e o interesse deles pelo aprendizado. Para acessá-lo, basta copiar e colar o endereço do site em seu navegador: https://www.youtube.com/watch?v=73CwSO27Bnk Título: Prêmio Educador Nota 10 – Ana Claudia Santos Produção: Editora Abril e Globo Publicação: Fundação Victor Civita Duração: 3’36” EDUCADOR NOTA 10 Você consegue associar as competências descritas anteriormente após assistir ao vídeo? Quais delas você observa no trabalho desse professor com seus alunos? Primeira competência trabalhada por ele: solução de um problema complexo, envolvendo o rompimento da barragem da Samarco, que atingiu a comunidade dessa região. A segunda competência trabalhada foi o pensamento crítico, pois, por meio da análise da água em laboratório, os alunos puderam avaliar a tabela periódica com um novo olhar. Outra competência trabalhada foi a criatividade, pois a partir do desafio lançado pelo professor, os alunos sentiram a necessidade Vamos ver alguns exemplos de professores que inovaram e fizeram a diferença para seus alunos em suas disciplinas? Para isso, lhe convidamos a assistir dois vídeos e a observar o que eles fazem de diferente em seu método de trabalho. de desenvolver uma segunda parte deste projeto, levando informações relevantes aos ribeirinhos e a solução do problema, com o desenvolvimento de filtros de retenção de minérios. Além disso, ao levar os alunos para fora da sala de aula, ao analisar a água em laboratório, ao entrevistar as pessoas impactadas diretamente, ao realizar o trabalho em grupo, o professor pode auxiliar ainda no desenvolvimento das demais competências tais como: gestão de pessoas, empatia, inteligência emocional, bom senso e tomada de decisão, orientação para serviços, negociação e flexibilidade cognitiva. Ficou mais fácil pensar em como fazer agora? Não muito? Então vamos para o segundo vídeo! 9 Fazendo uma análise da atitude da professora, podemos avaliar os elementos utilizados por ela ao desenvolver esse projeto: o primeiro deles é a arte de explorar e contar histórias a partir do que ouviram da população local, ou seja, familiares dessas crianças. Além de trabalhar a linguagem, os elementos que estruturam a narrativa, a variação entre oralidade e escrita, os níveis de linguagem, ainda permitiu a troca de experiências com seus familiares, que é muito rica e faz parte da identidade de cada um desses alunos. Proporcionou ainda a reescrita e escrita, individual e em grupo, o que estimulou grande interesse dos estudantes por meio da participação e colaboração e, para finalizar, ainda expôs o projeto, transformando-o em um ebook, o que elevou a autoestima dessas crianças, que puderam ver seu trabalho publicado. A professora Ana Claudia explorou nesse projeto uma das mais ricas ferramentas para promover a aprendizagem: histórias. Você utiliza essa ferramenta em suas aulas? Quais benefícios para promover o aprendizado você reconhece nessa prática? Professores fascinam ao contar histórias e inserir nelas lições de vida. Para praticar, não é necessário ser um intelectual ou cientista, basta ser criativo e perspicaz para extrair das coisas mais simples belíssimas lições de vida. A capacidade de contar histórias pode ser aprimorada ao longo do tempo, assim como a criatividade, que pode ser desenvolvida ou resgatada dentro de cada um de nós. Todos nós nascemos criativos e para aprimorar essa capacidade, basta a intenção de fazer diferente. Para isso, um olhar sensível e multifocal ajuda muito e é um treino diário. Por exemplo: fazer um caminho diferente do trivial, ler, contemplar a natureza e as pessoas, se envolver com pessoas diferentes e com outras visões de mundo, treinar a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, enxergar e sentir como ela vê, pensa e sente e por que não ousar em sala de aula, se arriscando em abordar um assunto por meio de histórias que provoque a curiosidade, promova a participação e o envolvimento de seus alunos com aquele novo conteúdo ou informação? Imagine contar a seus alunos quem era o homem por detrás de Santos Dumont? Quais eram seus sonhos, suas frustrações, seus medos, angústias? Será que ele teve dificuldades na escola? Será que ele tinha muitos amigos? Como será que era a sua família? Ela o estimulava em suas invenções ou reprovava seus projetos? Quanto mais você utilizar esse recurso melhor contador de histórias se tornará e poderá se surpreender com os benefícios que essa prática proporcionará em seus alunos! Encara o desafio? Então partiremos para um exemplo prático! Apresentaremos, a seguir, uma das muitas maneiras que podemos utilizar a ferramenta CONTAR HISTÓRIAS em sala de aula. Fique atento! 10 Então vamos montar esse quebra-cabeça juntos! Verifique a peça 2 e veja mais algumas dicas sobre essa pessoa. Essa proposta é um convite para reconhecer o personagem histórico relacionado ao conteúdo de determinada disciplina. Topa o desafio? Então tente adivinhar! Peça 1:QUEM É ESTA CRIANÇA? Você sabe ou imagina quem seja? Ela está em preto e branco. Isso nos faz pensar a época em que essa pessoa viveu. Já tem algum palpite? Não? Em qual ano foi tirada essa foto? Peça 1: 11 Peça 2: Nasceu em 14 de março de 1879, na cidade de Ulm, na Alemanha. Desde jovem sua curiosidade inerente e insaciável sobre tudo era incentivada por sua família. Aos cinco anos começou a tocar violino e aos 13 se aproximou das melodias de Mozart. Peça 2: Ficou mais fácil agora? Quem poderia se aproximar de Mozart aos 13 anos? Será que se envolveu com a música clássica? Já sabe quem é? Não? Então vamos para a próxima peça! 12 E agora? Sabe quem é esse rapaz corajoso e de pensamento crítico desenvolvido? Não? Então atente-se à 4ª peça deste material! Peça 3: Quando tinha 15 anos a empresa do seu pai faliu. Seus pais se mudaram de país em busca de negócios e ele permaneceu para terminar os estudos, mas ressentiu-se com o regime da escola e método de ensino, dizia que o espírito do conhecimento e do pensamento criativo era perdido com a aprendizagem mecânica por memorização. Peça 3: 13 Peça 4: Peça 4: Em 1952 foi lhe oferecido o cargo de presidente de Israel, o qual negou alegando que lhe faltava “aptidão natural”. Contudo, seus trabalhos já eram reconhecidos por terem mudado o mundo. Quem rejeitaria um cargo de presidente? Não? Descobriu? Então vamos para a próxima peça! 14 Peça 5: Desenvolveu a famosa teoria da relatividade e ganhou o Prêmio Nobel da Física em 1921, provando a física quântica. Peça 5: Ao considerar as dificuldades, superações e apoio de pessoas significativas na vida dele, relacione com a sua trajetória de vida. O que esse exercício te faz pensar? O que você poderia dizer sobre a trajetória de vida de Einstein? Você sabia quem era antes de ler a última peça? 15 Como vimos no exercício e nos exemplos dos vídeos anteriores, contar uma história primeiramente prepara o território da emoção para receber as informações e o conhecimento, permite uma contextualização maior sobre o conteúdo ou personagem que estamos estudando, um maior envolvimento, colaboração e até mesmo alguma identificação dos alunos em alguns momentos. Imagina contar sobre as dificuldades escolares de Einstein? Isso permite que eles enxerguem o ser humano que está por trás do personagem histórico, com todas as suas qualidades e defeitos, movidos por crenças, ideais, frustrações, realizações, fracassos e vitórias. Dessa forma, por permitir que os mundos emocionais se cruzem, há um registro privilegiado das informações na memória dos estudantes. E você, querido educador, costuma compartilhar com seus alunos a humanidade por detrás da figura histórica que está sendo estudada? Pitágoras, Darwin, Einstein, Platão, Machado de Assis, Tarsila do Amaral. Estes, são apenas alguns exemplos de grandes pensadores e realizadores da humanidade. Cada um possui uma trajetória de vida formada por abundâncias e privações; conquistas, fracassos e superações que os fizeram se desenvolver de forma extraordinária. Experimente, tente, ouse fazer diferente com seus estudantes e se surpreenda com os resultados! Para dar continuidade às reflexões sobre o papel transformador do educador, lhe fazemos um convite especial para conhecer a terceira parte deste conteúdo, o Momento da Inteligência Multifocal! 16 MOMENTO DA TEORIA DA INTELIGÊNCIA MULTIFOCAL PARTE C Falamos anteriormente sobre a importância de contar sobre a vida dos personagens célebres da história da humanidade para humanizar o conhecimento, pois possibilita aos estudantes reconstruírem o clima emocional em que eles viveram enquanto pesquisavam e mudavam a forma de pensar da época. Relatar a ansiedade, os erros, as dificuldades e as discriminações que eles sofreram provoca a arte de pensar e a curiosidade para o aprendizado. Pesquisas neurocientíficas comprovam que a imaginação provoca alterações bioquímicas no corpo semelhantes à experimentação real do fato imaginado (3). É por isso que histórias bem contadas inserem as crianças e os jovens no contexto do autor. Os estudantes podem imaginar e sentir as dores, medos, dificuldades, ansiedade e compreender as necessidades do outro. Essa prática não somente auxilia- os a desenvolverem a empatia (capacidade de experimentar os sentimentos de uma outra pessoa) mas também os ajuda a entenderem de maneira privilegiada o conhecimento que o professor deseja transmitir. As vivências dotadas de emoções mais significativas são armazenadas em nossa memória formando registros com maior facilidade de acesso se comparadas aos registros com pouco ou sem conteúdo emocional. Além disso, elas favorecem o encadeamento com outros registros (5). Entenda melhor: Chamamos de Janelas da Memória as áreas de leitura da memória num determinado momento existencial. São arquivos em que o Eu, o Gatilho e o Autofluxo se ancoraram para ler, utilizar as informações e construir o mais incrível dos fenômenos: o pensamento. No módulo 2, explicaremos cada um desses fenômenos de forma mais detalhada e específica, porém o que é importante ficar claro nesse momento são as Janelas da Memória. Fazendo uma analogia com 17 os computadores, temos acesso a todos os campos da memória digital; na memória humana, temos acesso a áreas específicas, que chamamos de janelas. Uma janela é como se fosse uma residência. Cada residência tem caraterísticas básicas que a definem, como arquitetura, espaço, quadros, roupas, eletrodomésticos. Do mesmo modo, as Janelas da Memória têm centenas ou milhares de informações que as caracterizam e podemos defini-la basicamente em três tipos: Neutras, Light e Killer. Na sequência, veremos cada uma delas de forma detalhada. Acompanhe: AUTOFLUXO FENÔMENO RAM SENTIDOS HUMANOS JANELAS DA MEMÓRIA PLATAFORMA DE JANELAS ESTÍMULOS INTERNOS OU EXTERNOS Existem as Janelas Neutras, de baixo impacto emocional. Elas contêm informações como números de telefone, informações escolares e profissionais, ou seja, dados corriqueiros. Já nossas experiências traumáticas são chamadas de Janelas Killer (Assassinas), também de alto impacto emocional. Correspondem às memórias dotadas de sentimentos negativos como medo, tensão, tristeza, compulsão. Quando acionadas, elas bloqueiam o acesso às Janelas Light, dificultando a possibilidade de respondermos de maneira inteligente em situações estressantes. Nossas experiências prazerosas são denominadas como Janelas Light (Luz), de alto impacto emocional. Correspondem às áreas em que armazenamos experiências de prazer, generosidade, solidariedade, tranquilidade. Elas fornecem embasamento para que possamos desenvolver as funções mais complexas da inteligência, como pensar antes de reagir, colocar-se no lugar do outro, gerenciar a ansiedade e usar o potencial criativo. A Janela da Memória é uma representação de como retemos os fatos em nossa memória. São experiências saudáveis. Todas as experiências que imprimiram: traumas, angústia, dor e sofrimento, medo, fobia, ansiedade, frustração, perdas, traições etc. Cada experiência, pensamento e sentimento formam Janelas em nossa mente. Libertam a capacidade de pensar. Janelas Neutras possuem baixo impacto emocional. Ampliam a visão do Eu. Ex.: milhares de informações de Matemática, Física, Química, endereços de pessoas, objetos entre outros. Promovem reflexões profundas, como um abraço, uma conquista, um perdão, um amor. O volume de tensão negativabloqueia milhares de janelas, impedindo que o Eu tenha acesso às informações para dar respostas inteligentes em situações estressantes. Janelas Neutras Janelas Light Janelas Killer 18 Conhecer o funcionamento da mente é de grande importância para nós educadores, pois, como vimos, a emoção atua como fator importante no armazenamento e resgate das informações e no processo de aprendizagem. Portanto, se faz necessário pensar sobre metodologias educacionais que favoreçam emoções positivas, vínculos, sentido (significado), conexões entre as matérias, relevância e aplicabilidade dos conteúdos, como também as relações interpessoais, projetos de vida, resolução de problemas etc., só assim teremos uma educação integral. Ampliando essa reflexão, convidamos você, querido educador, a correlacionar o conteúdo apresentado sobre o funcionamento da mente com o vínculo professor-estudante. Como a imagem do professor na psique do aluno pode impactar seu aprendizado? Faça um resgate em sua trajetória e tente se lembrar de algum professor que te marcou. Esse professor te marcou de maneira saudável ou não saudável? Como o vínculo afetivo (positivo ou negativo) que você tinha com esse professor influenciou a sua relação com a matéria e conteúdos apresentados por ele? Em sala de aula há diversas maneiras de promovermos Janelas Light em nossos estudantes, como vimos em alguns exemplos deste módulo, no entanto, nesse momento, queremos destacar a IMPORTÂNCIA do PROFESSOR. Essa figura tão significativa para seus alunos, que ao longo do ano letivo tem a oportunidade de cruzar a sua história com tantas pessoas. Quando o professor entra em sala de aula é dado a ele a possibilidade de marcar a vida não só dos seus estudantes, mas também de suas famílias. Mas, diante de tantos afazeres, tarefas a cumprir e considerando a grande diversidade de uma sala de aula, conseguimos investir nessa relação afetiva? Compartilhar histórias pode contribuir para essa aproximação! Anteriormente citamos os benefícios de contar histórias e, dando continuidade a essa ferramenta, enfatizamos agora a importância do professor não contar uma história qualquer, mas de cruzar mundos emocionais com seus alunos! Mas você pode se perguntar: de que forma fazer isso? Cada um de nós tem uma fascinante trajetória que contém lágrimas e alegrias, sonhos e frustrações e muitas experiências inspiradoras de superação. Professores e estudantes não devem se esconder atrás dos livros, das apostilas e dos computadores. É motivador ao estudante conhecer os capítulos mais fascinantes da história de seu educador. Se tornam interessados não apenas pelo aprendizado das matérias, mas também pelo ser humano que as apresenta. Professor, ao longo de seu caminho você garimpou preciosas experiências. Há um tempo atrás você tinha a idade dos seus estudantes, estava vivendo desafios, talvez, muito similares aos deles. Refine seu olhar para encontrar, na rotina de sala de aula, oportunidades de se aproximar de seus estudantes compartilhando suas aprendizagens, suas lágrimas, desafios, medos, superações e sonhos. 19 Ao compartilhar seus aprendizados você contribui para que seus estudantes também compartilhem seus pensamentos, emoções e experiências, o que para nós educadores pode ser uma fonte rica de informações para conhecermos o que está por detrás dos comportamentos deles. Por vezes, a recusa para fazer uma atividade, os comportamentos agressivos, o baixo desempenho, a timidez, entre outros comportamentos não saudáveis, pode camuflar algo que nem imaginamos. Outro aspecto importante que queremos destacar nessa reflexão sobre como promover o aprendizado para vida é a importância de trabalhar a autoestima. Uma das maneiras de promover a autoestima é por meio das expectativas que o professor expressa em relação à criança ou jovem. Uma pesquisa da universidade de Harvard demonstrou que o aumento das expectativas causa mudanças de atitudes do professor em relação ao aluno e, consequentemente, mudanças no clima afetivo. Com expectativas elevadas, os professores apresentam-se encorajadores, receptivos e envolvidos no aprendizado. Além disso, facilitam o ambiente afetivo com cumplicidade, entusiasmo e confiança. Na pesquisa, todos esses fatores influenciaram significativamente na performance de seus alunos (7). Os elogios também são fatores motivacionais importantes. Mas não qualquer elogio. Outra pesquisa, feita na universidade de Stanford (8), se baseou em elogiar aleatoriamente crianças e em seguida avaliar o desempenho delas. Um grupo de crianças recebeu elogios remetendo aos seus esforços, o outro à sua inteligência. Após os elogios, os “esforçados” foram mais persistentes em exercícios desafiadores do que os “inteligentes”. Estes últimos desistiram facilmente. Podemos pensar que a criança introjetou a característica descrita pelo adulto. Aquele que foi chamado de esforçado percebeu-se capaz de buscar evolução constante, enquanto o chamado de inteligente percebeu-se com uma capacidade superior formatada. Por isso o esforçado não desistiu de ter melhores resultados, enquanto o inteligente pensou que não seria capaz de evoluir além da sua conquista inicial. Podemos pensar que quando educadores acreditam no potencial de seus estudantes, inevitavelmente demonstram isso por meio de atitudes e comportamentos explícitos como os elogios e implícitos como o relacionamento afetivo. Os alunos recebem a mensagem transmitida por seu educador e as introjetam, acreditando, portando, em seu próprio potencial. Formam em sua mente Janelas Light interconectadas que sinalizam para o Eu (a consciência) sobre sua capacidade de se aprimorar. Por acreditar nisso, os alunos se esforçam e realmente alcançam melhores resultados. A autoestima elevada é o fator que motiva os seres humanos a buscarem seus sonhos. ELOGIOS CONFIANÇA SÃO INTROJETADOS PELO ALUNO COMO A SEGUINTE MENSAGEM ENTUSIASMO CLIMA AFETIVO TENHO MUITA CAPACIDADE Educar para a vida é ensinar além do conteúdo. É ensinar que todos nós temos o potencial de nos desenvolvermos e realizarmos importantes contribuições para o mundo. É ensinar que a conquista envolve errar e não desistir, encarar preconceitos e ainda assim acreditar no nosso potencial, mesmo diante daqueles que não acreditam. Educar para a vida é educar a razão e a emoção tendo consciência de que são indissolúveis. Verifique na próxima parte deste material como este assunto foi descrito por figuras célebres da humanidade! Aproveite! 20 PENSANDO COM OS MESTRES PARTE D Essa parte do material traz sempre algumas frases e pensamentos de pessoas que fizeram e fazem a diferença no mundo, pensadores, inovadores, realizadores e que possuíam e possuem um Eu crítico e maduro, mas, que acima de tudo isso, são seres humanos, com suas dores e alegrias, vitórias e fracassos. As frases e pensamentos aqui selecionados traduzem um pouco dos conceitos e reflexões que trouxemos até este momento. Confira e veja se faz sentido para você! “Todo o aprendizado tem uma base emocional” Platão “É importante compreender que a inteligência emocional não é o oposto de inteligência, não é o triunfo do coração sobre a cabeça, é a interseção de ambas”. David R. Caruso “Professores fascinantes mudam paradigmas, transformam o destino de um povo e um sistema social sem armas, tão somente por prepararem seus alunos para a vida através do espetáculo das suas ideias” Augusto Cury “Educação é aquilo que fica quando você esquece o que a escola ensinou” Albert Einstein Querido professor, acreditamos que até aqui você já tenha compreendido a importância deuma educação para a vida e como ela acontece em nível intrapsíquico em seus alunos. Conheça, na próxima parte deste material, maneiras de como praticá-la por meio de algumas situações vivenciadas! Aproveite! 21 PRATICANDO EM SUA VIDA PARTE E Querido educador, apresentaremos, a partir de agora, algumas situações vivenciadas em seu cotidiano, nas esferas familiar, social e profissional, que nos aponta caminhos para atitudes saudáveis e não saudáveis. Nosso objetivo nesse ponto não é restringir as atitudes dos personagens aqui inseridos como única maneira de conduzir essas experiências, porém, ampliar nosso olhar no sentido de promover atitudes cada vez mais saudáveis, trazendo os conceitos trabalhados deste módulo para nossas vidas. É importante lembrar também que há sempre, no mínimo, duas formas de ver a mesma situação e a escolha por cada uma dessas formas é sempre nossa! Ótima leitura e reflexão! 22 SITUAÇÃO 1 Criticar as falhas X Elogiar as conquistas Contexto: Ana combinou com seu marido que iriam juntos à uma festa na sexta-feira. Ele fez hora extra no trabalho todos os dias naquela semana, para não se atrasar na sexta. Contudo, devido ao extenso serviço, mesmo com muito esforço, não conseguiu cumprir o compromisso com a esposa. Atitude não saudável de Ana: ela mantém uma postura egoísta, critica o marido pelo insucesso e acusa-o de desinteresse com os compromissos do casal. O marido se sente desprezado, incompreendido. Conclui que é um fracassado, que não consegue um bom desempenho nem no relacionamento e nem no trabalho. Possivelmente seu desempenho no trabalho declinará, assim como sua satisfação no relacionamento. Atitude saudável de Ana: ela sabe que o marido se esforçou. Elogia e agradece seu empenho, mesmo que ele não tenha conseguido cumprir o compromisso. O marido se sente acolhido e compreendido. Acreditará cada vez mais em seu próprio potencial e possivelmente desenvolverá um desempenho cada vez mais satisfatório no trabalho e no relacionamento. SITUAÇÃO 1 23 SITUAÇÃO 2 Criticar as falhas X Reconhecer erros Contexto: Ana passou um dia estressante no trabalho. Ao chegar em casa reagiu ferozmente quando viu que a filha havia deixado louças por lavar. Disse muitas coisas desnecessárias à filha. Depois, foi tomada por arrependimento. Atitude não saudável de Ana: tentar “comprar” a filha com presentes ou se apresentar dócil num momento posterior, mas sem se desculpar. A filha aprende que o importante é manter-se na suposta posição de “superioridade”, mesmo quando falha. Atitude saudável de Ana: conversar com a filha, se desculpar, dizer que errou. A situação se tornará um meio para ensinar sobre a falibilidade do ser humano e sobre a importância em reconhecer os próprios erros. Dessa forma, o laço entre as duas ficará mais estreito. SITUAÇÃO 2 24 SITUAÇÃO 3 Ser vítima das críticas X Ser persistente Contexto: a educadora Ana pensou em uma nova técnica para trabalhar com seus alunos. Ao colocá-la em prática, descobriu que o resultado não saiu como esperava. Os alunos se agitaram um pouco mais e ela perdeu um tempo para controlá-los. Depois, foi criticada pela professora da classe ao lado, que a chamou de desorganizada. Atitude não saudável de Ana: ela se deixa tomar pelo sentimento de fracasso e desvaloriza seu próprio potencial e criatividade desistindo da ideia. Perderá uma possível chance de desenvolver algo inovador e significativo para seus alunos. Provavelmente se desvalorizará em diversas outras situações na sua vida, por expandir a quantidade de Janelas Killer. Não estará contribuindo para a gestão de seus pensamentos e suas emoções. Atitude saudável de Ana: ela não se deixa tomar pelo sentimento de fracasso. Tem a consciência de que inovar requer sair da zona de conforto e que nesse processo erros precedem o acerto. Pensa em uma nova estratégia para colocar em prática sua ideia novamente. SITUAÇÃO 3 25 FORMAÇÃO CONTINUADA: APLICAÇÃO DOS CURSOS EI EM SALA DE AULA PARTE E Querido professor, nesse espaço você irá encontrar o conteúdo de cada módulo contextualizado com os materiais da EI que você utiliza em sala de aula. Fique atento e aproveite para usar sua criatividade na construção de projetos em sala de aula relacionados aos conceitos da Inteligência Multifocal! Como vimos nas reflexões apresentadas nesse módulo, é imensurável a importância de um educador compartilhar suas experiências de vida com os alunos. Todos somos seres únicos no palco da existência e superamos diversos entraves para chegar onde chegamos. Através do relato de experiências de vida, as dificuldades e superações podem ser vislumbradas e compreendidas pelo educando. O aluno poderá vivenciar emocionalmente e aprender com essas experiências. Além da lição de vida, o aluno ainda obtém uma ligação mais estreita com seu educador. E considerando o conteúdo trabalhado nas aulas da Escola da Inteligência e uma educação que prepara nossos alunos para os desafios da vida, se faz necessário nutrir o vínculo professor aluno. Acreditamos que a arte de contar histórias, em especial, compartilhar nossa história promove o cruzamento de mundos emocionais e essa relação se desdobra em benefícios não só para o aluno no sentindo de rendimento escolar, mas humaniza e possibilita para o professor reconhecer o sentido de ser um educador! 26 Nos Livros do Professor dos cursos da Escola da Inteligência você provavelmente já identificou instruções que convidam o professor a compartilhar com os alunos suas próprias experiências de vida. Veja um dos exemplos, disponível no material usado para o 5º ano do Ensino Fundamental, “As Armadilhas da Mente e Os Códigos da Inteligência – Lição 7”. O conteúdo deste curso aborda o medo de errar. Na página 36 é sugerido ao professor que contextualize para o aluno esse sentimento, contando uma experiência pessoal: o que sentiram e o que fizeram diante desse medo. Essa postura é importante para humanizar o conhecimento. Quando o educador mostra aos alunos os impasses que foram contornados na vida dele e como essas experiências contribuíram para o crescimento pessoal, o aluno se torna motivado a enfrentar suas próprias dificuldades. As Armadilhas da Mente - E os Códigos da Inteligência / Lição 06 EI, O MEDO DE ERRAR SURGE EM NOSSA MENTE POR MEIO DE QUE TIPO DE PENSAMENTO? SERÁ QUE AS PESSOAS ADULTAS, OS JOVENS, SEUS PAIS, SEUS PROFESSORES, OS GRANDES CIENTISTAS, PESQUISADORES TAMBÉM SENTEM MEDO DE ERRAR DIANTE DE ALGUMAS SITUAÇÕES? COMO PODEMOS TRABALHAR ISSO? VOCÊ JÁ DEIXOU DE FAZER ALGUMA COISA SÓ PORQUE FICOU COM MEDO DE ERRAR? SE SIM, CONTE COMO FOI! É importantíssimo retomar com os alunos a questão dos pensamentos negativos e de como podemos tra- balhar esses pensamentos por meio do gerenciamento dos pensamentos, retomar o Código do Eu como Ges- tor dos Pensamentos, o Código do Eu como Gestor das Emoções, o gerenciamento da ansiedade, a autoestima e a autovalorização etc. Analise com os alunos que TO- DAS as pessoas, mesmo as que detêm muito conheci- mento, sentem medo de errar, que se elas tivessem se paralisado diante do medo de errar, não teriam conquis- tado o que conquistaram. Destaque que isso só pode ser enfrentado se aprendermos a gerenciar os pensa- mentos negativos, se tivermos forte autoestima e se formos ousados. Enfatize que podemos aprender muito com nossos erros também. Conduza os alunos a re� etir sobre as ex- periências que tiveram diante do medo de errar: como se sentiram e o que � zeram diante desse medo. É importantíssimo, que- rido professor, que você compartilhe tam- bém suas experiências e suas atitudes dian- te de seus medos. Humanize-se, mostreaos alunos que você também superou grandes entraves para chegar onde chegou! Conduza os alunos a re� etir que o medo de errar resulta no medo de tentar e que isso nos paralisa, impedindo-nos, muitas vezes, de conquistar algo que poderia ser positivo/bené� co para nós. É importante iniciarmos a re� exão de que para enfrentarmos o medo de errar não devemos nos expor a perigos, que expor a vida a perigos seria não saber usar a inteligência. O SENHOR QUINOCO FALOU ALGO QUE ME FEZ PENSAR MUITO: “MENINOS, SE NÃO ERRARMOS POR FALAR, NÃO ESTAREMOS ERRANDO POR ESTARMOS COM MEDO DE ERRAR E NÃO FALARMOS NADA?” O QUE VOCÊ PENSA SOBRE O QUE O SENHOR QUINOCO FALOU? 36 EI_AM_P2L7_professor.indd 36 04/04/2017 11:40:22 Eduque além do conteúdo textual, eduque os alunos para a vida! DESEJAMOS QUE AS REFLEXÕES PROPOSTAS ATÉ AQUI TE ENCONRAJE A CONTINUAR A ACREDITAR E INVESTIR NESSA NOBRE MISSÃO DE EDUCAR PARA A VIDA! E você professor, já se aventurou na arte de contar histórias, em especial a de compartilhar a sua história? Quais foram os desdobramentos dessa vivência? Para concluir as atividades propostas no “Módulo 1: EDUCAR PARA A VIDA” é necessário responder ao questionário e participar do “Fórum: educar para a vida!”. 27 1. ALVEZ, R. A Escola com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir. Campinas: Papirus, 2001. 2. LARSEN, P. O.; VON INS, M. The rate of growth in scientific publication and the decline in coverage provided by Science Citation. Scientometrics. 2010. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2909426/>. Acesso em: 21 fev. 2017. 3. CURY, A. A Fascinante Construção do Eu. São Paulo: Planeta, 2011. 4. CURY, A. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 5. HEBECHE, L. O conceito de imaginação em Wittgenstein. Nat. hum. São Paulo, v. 5, n. 2, p. 393-421. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1517-24302003000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 fev. 2017. 6. CURY, A. O Código da Inteligência e a Excelência Emocional. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2010. 7. JACOBSON, R. Pigmalion in the classroom, 1968. 8. DWECK, C. Mindset: How you can fulfil your potential. Hachette, UK, 2012. REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS:
Compartilhar