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13/12/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
CONCEITO
 Os alimentos são as prestações que têm por finalidade a satisfação
das necessidades da vida daqueles que não possuem meios de provê-las por si.
 O dever alimentar funda-se na solidariedade humana e econômica que
deve existir entre os membros da família ou dos parentes.
 Atualmente, o Estado é o maior interessado no cumprimento desse
que deveria ser um dever moral entre os membros de uma mesma família, isso
porque a inobservância gera para o primeiro a obrigação de suprimento.
 Daí a razão por que as normas atinentes ao dever alimentar são
consideradas de ordem pública, inderrogáveis por convenção entre os
particulares e impostas por meio de violenta sanção.
 
ESPÉCIES
- alimentos naturais ou necessários: são alimentos relativos ao estritamente
indispensável à satisfação das necessidades primárias da vida.
- alimentos civis ou côngruos: destinam-se a manter a condição social da
família.
- alimentos compensatórios: têm por finalidade evitarem o desequilíbrio
econômico-financeiro do consorte dependente, impossível de ser afastado com
modestas pensões mensais e que ocorrer em caso de que os parceiros não
agregam patrimônio na constância da sociedade ou porque o regime de bens
não permite.
- alimentos legais: decorre do parentesco, casamento ou união estável.
- alimentos voluntários: decorre da manifestação de vontade decorrente de ato
entre vivos ou causa mortis.
- alimentos indenizatórios: possuem como causa o ato ilícito.
- alimentos definitivos: são aqueles fixados em sentença ou acordo homologado
pelo Juiz.
- alimentos provisórios: exigem prova pré-constituída do parentesco, casamento
ou união estável.
- alimentos atuais: são aqueles postulados a partir do ajuizamento da ação.
- alimentos futuros: alimentos devidos a partir da sentença.
- alimentos pretéritos: não são admitidos no direito brasileiro.
 
DEVER ALIMENTAR
 
13/12/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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 Não há que se falar em obrigação alimentar entre pais e filhos
menores, cônjuges e companheiros, mas tão somente dever familiar de guarda,
sustento e educação.
 A obrigação alimentar decorre também da lei, mas esta
alicerçada no parentesco até o segundo grau.
 
CARACTERÍSTICAS
 A obrigação alimentar tem por características:
Transmissibilidade: tem por compreensão que a transmissão da obrigação
de prestar alimentos já estabelecidos, mediante convenção ou decisão
judicial, reconhecidos com ode efetiva obrigação do devedor quando
verificado o seu falecimento.
Divisibilidade: a obrigação alimentar é divisível e não solidária, pois não há
texto legal nesse sentido. A exceção encontra-se no Estatuto do Idoso, no
qual prevê solidariedade entre os filhos na prestação alimentar aos
genitores idosos.
Condicionalidade: a eficácia está subordinada a uma condição resolutiva,
ou seja, a existência do binômio necessidade do alimentando e
possibilidade do alimentante.
Reciprocidade: há reciprocidade entre pais e filhos, extensivos a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, na falta dos
demais.
Mutabilidade: a variabilidade da obrigação de prestar alimentos consiste na
propriedade de sofrer alterações em seus pressupostos objetivos
(necessidade e possibilidade).
 
 O direito a alimentos tem por características:
Personalíssimo: destinam-se à subsistência do alimentando, para assegurar
a sua integridade física como ser humano.
Incessível: é inseparável da pessoa, não podendo o crédito a alimentos
futuros ser cedido.
Impenhorável: não é passível de penhora, devido a sua destinação ser a
mantença de uma pessoa.
Incompensável: é meio indireto de extinção da obrigação e por isso
necessitaria de ser a mesma pessoa credora e devedora.
Imprescritível: o direito a alimentos é imprescritível, ainda que não seja
exercido por longos períodos. O que prescreve em dois anos é o direito de
cobrar as pensões já fixadas.
Intransacionável: não pode ser objeto de transação.
Atual: exigível no presente.
Irrepetível: uma vez recebidos, por ser norma de ordem pública, não pode
ser devolvidos.
Irrenunciável: trata-se de forma de proteção à vida, e por isso o Estado
protege-o. Não cabe renuncia a alimentos futuros.
 
PRESSUPOSTOS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
 São pressupostos de a obrigação alimentar: a) existência de
vínculo de parentesco; b) necessidade do reclamante; c) possibilidade da
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pessoa obrigada; d) proporcionalidade.
 O direito aos alimentos pertencer ao parente eu não tem
recursos próprios e está impossibilitado de obtê-los, por doença, idade
avançada ou outro motivo.
 O alimentante necessita de possuir possibilidades de fornecer
alimentos.
 O requisito da proporcionalidade impõe que os alimentos sejam
prestados na proporção das necessidades do alimentando.
 A principal questão quanto aos alimentos diz respeito à
necessidade do alimentante, e quando esta cessa.
 O artigo 1566 inciso IV do Código Civil determina o dever dos pais
de sustentar o filho menor, independentemente da condição econômica do
menor, ou seja, quando o filho recebeu herança ou doação.
 Uma vez cessada a menoridade civil do alimentando, deverá ser
requerido nos autos da ação em que foram estipulados os alimentos, o
cancelamento da prestação com instrução sumária, quando então será
apurada eventual necessidade do e o filho continuar recebendo a
contribuição.
 Prescreve a Súmula 358 do Superior Tribunal de Justiça: “O
cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios
autos”.
 A lei não estabelece que cessado o pagamento para um dos
beneficiários os outros cabe o direito de acréscimo, exigindo a expressa
disposição em sentido contrário.
 O dever de sustento pertence aos pais exclusivamente, não se
estendendo aos outros ascendentes, de acordo com o supracitado artigo.
 A obrigação alimentar dos genitores é presumida, quando os filhos
forem incapazes, menores, interditados ou impossibilitados de trabalhar e
receber o suficiente para sua subsistência.
 A obrigação alimentar é alternativa, visto que o alimentante pode
prestar a obrigação em pecúnia ou receber o alimentando em sua casa,
fornecendo-lhe o necessário para a sua subsistência.
 Trata-se de obrigação cuja escolha pertence ao devedor. Contudo, o
direito de escolha é relativo, pois depende das circunstâncias. Nada há de
constranger o alimentando menor a perceber alimentos na residência do
devedor, se esse agride o princípio do melhor interesse da criança e do
adolescente.
 O nascituro pode pleitear alimentos em decorrência do direito
fundamental à vida inserto no artigo 5º. Caput da Constituição Federal.
Trata-se de alimentos gravídicos.
 Artigo 1696 Código Civil: O direito à prestação de alimentos é
recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a
obrigação nos mais próximos em grau, uns na falta de outros.
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 Artigo 1697 Código Civil: Na falta dos ascendentes cabea obrigação
aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos
irmãos, assim germanos como unilaterais.
 Trata-se de rol taxativo, não podendo serem incluídos parentes por
afinidade. Sendo assim, devem prestar alimentos: a) pais e filhos,
reciprocamente; b) na falta destes, os ascendentes, na ordem de
proximidade: c) os descendentes, na ordem da sucessão; d) os irmãos,
unilaterais ou bilaterais, sem distinção de preferência.
 A paternidade sócio-afetiva gera obrigação alimentar, equivalente a
paternidade biológica.
 Os alimentos decorrentes do divórcio ou dissolução da união estável
foram totalmente revistos, em face da impossibilidade de se discutir a culpa
pelo rompimento do vínculo.
 Assim, a figura do chamado “cônjuge inocente” não mais subsiste e
por conseguinte a aplicação da penalidade do pagamento dos alimentos não
pode ser calcada no mesmo.
 Os alimentos nesse caso são fixados como decorrência do dever de
solidariedade entre os membros da família, sem qualquer possibilidade de
suporte fático na culpa.
 Tem-se transferido a discussão da situação “culpa” para o campo da
responsabilidade civil, no qual o cônjuge que der causa ao rompimento de
forma vexatória, deverá indenizar aquele que teve a sua honra violada.
MODOS DE PAGAMENTO
 Uma das maiores, senão a maior das preocupações do alimentante
está relacionada à forma de como se efetivará a garantia do recebimento da
pensão alimentícia.
 O direito à pensão alimentícia e o adimplemento da obrigação
podem ser realizados: a) ação de alimentos para fixação; b) execução por
quantia certa; c) penhora em vencimentos, quando há holerite; d) desconto
em folha de pagamento; e) reserva de aluguéis de prédios do alimentante; f)
entrega de parte dos rendimentos de bens comuns, quando alimentos
provisórios; g) constituição de renda; h) prisão do devedor.
 De forma resumida tem-se:
Ação de Alimentos (Lei n. 5478/68)
Execução por Quantia Certa (artigo 732 CPC/73 ou artigo 528 parágrafo
8º./artigo 913 CPC/2015)
Penhora em vencimentos (artigo 649, IV ou artigo 833 inciso IV
CPC/2015)
Desconto em folha (artigo 734 CPC ou artigo 529/ artigo 912 CPC/2015)
Reserva de aluguéis, entrega mensal...
Prisão do Devedor (artigo 733 CPC e artigo 21 Lei n. 5478/68 ou
Artigo528/artigo 911 CPC/2015)
 
 No que concerne ao pagamento sob a forma de desconto em folha,
pode-se inferir que:
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Decorre do artigo 734 CPC/73 ou artigo 529 e artigo 912 do CPC/2015
Funcionário Público, militar, diretor ou gerente de empresa, empregado
sujeito a CLT
Ofício constando nome do credor, importância da prestação e tempo
duração – entrega do valor pela empresa mediante recibo.
 
 Na execução da obrigação alimentar são necessários os requisitos:
 
ATRASO NO PAGAMENTO
PRESCRIÇÃO (prazo prescricional de dois anos anteriores).
COMPETÊNCIA – local da residência do alimentando.
LEGITIMIDADE – alimentando utilizando-se das formas de suprimento da
capacidade, quando incapaz.
 
 
VALOR DA CAUSA - calculado 12 vezes o valor atual da pensão alimentícia.
 
 
 Na execução da pensão alimentícia, quando for execução por
quantia certa, utiliza-se os critérios a seguir:
Artigo 732 CPC ou Artigo 528 parágrafo 8º. e artigo 913 do CPC/2015
Débito superior anterior aos três últimos meses
Fazer o cálculo – Incluir o demonstrativo
Cópia da sentença (título executivo judicial) ou decisão liminar
Pedido de penhora “on line” em caso de não pagamento
 
 A grande divergência, nos dias de hoje, encontra-se na
possibilidade ou não de subsistência da prisão civil por dívida alimentar.
 O artigo 5º. inciso LXVII da Constituição Federal e o artigo 733
CPC/73 ou artigo 528 e artigo 911 do CPC/2015 determinam a prisão civil do
devedor de alimentos, como forma de coativa do pagamento dos alimentos.
 Contudo o Brasil foi signatário do Pacto de San Jose da Costa
Rica, no qual estabeleceu a proibição da privação da liberdade como forma
coativa do pagamento de débitos. Assim, a o cerne da questão centra-se na
subsistência ou não dos dispositivos?
 Prescreve a Súmula 309 STJ: "O débito alimentar que autoriza a
prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações
anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo".
 Por isso, cabe aquele que demandar separar a execução do débito
alimentar em duas ações e somente requerer a execução pelo artigo 733 do
Código de Processo Civil, das três últimas parcelas vencidas.
 O restante das parcelas, anteriores aos últimos três meses, deverá
ser executado pelo artigo 732 do Código de Processo Civil. Evita-se com isso
a utilização da regra legal como forma de vingança privada.
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