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AULA - DIREITO DE FAMILIA - ALIMENTOS

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Docente: Prof. Eliemerson Douglas Langner
Turma: 8° Semestre
Direito de Família
DOS ALIMENTOS
Código Civil – art. 1694 à 1710
Lei de Alimentos: 5.478/68	
	“Prestação para a satisfação das necessidade vitais de quem não pode provê-la por si. É alimentação, vestuário, habitação, tratamento médico, diversão, instrução e educação”
	Fundamento: Dignidade da pessoa humana (art. 1, III, CF) e solidariedade familiar (art. 3° CF)
Objeto do Conteúdo
ALIMENTOS: Englobam relativamente TUDO o que for necessário para o ser humano, seja eles: alimentos, moradia, saúde, vestuário, educação, lazer.
	Sendo assim, os alimentos são recursos necessários à manutenção da vida, em suas acepções física, moral e social, destinados àqueles que não podem obtê-los por si mesmos. “Orlando Gomes”
Art. 6° CF - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Espécies
 
ALIMENTOS FAMILIARES
VÍNCULO DO DIREITO DE FAMÍLIA
CABE PRISÃP CIVIL NO CASO DE INADIMPLIMENTO – ART. 5°, LXVII DA CF
ALIMENTOS INDENIZATÓRIOS/ REPARATÓRIOS
VÍNCULO DA RESPONSABILIDADE CIVIL – ART 948, II CC
NÃO CABE PRISÃO CIVIL
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. 
Art. 5°.
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
Pressupostos dos alimentos familiares
Vínculo de parentesco: art. 1.694/CC; 
Socioafetivo - adoção - casamento/união estável;
Necessidade do alimentando ou credor
Possibilidade do alimentante ou devedor
Proporcionalidade x Enriquecimento 
Trinômio
Possibilidade X Necessidade X Proporcionalidade
 art. 1694, §1° e 1695 CC
	“(...) os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada
	“(...) e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
	“(...) o arbitramento de alimentos, não pode converter-se em gravame insuportável ao alimentante nem mesmo no enriquecimento ilícito do alimentado.
		Equilíbrio entre situação financeira e real necessidade daquele que o recebe
AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS - PRETENDIDA REDUÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS – NECESSÁRIA READEQUAÇÃO DO VALOR – OBSERVÂNCIA DOS PARÂMETROS DO CÓDIGO CIVIL – NECESSIDADE E POSSIBILIDADE – DECISÃO REFORMADA – RECURSO PROVIDO. A fixação dos alimentos deve guardar simetria com as necessidades do alimentando e com as possibilidades do alimentante, conforme preceitua o art. 1694, § 1º do CC. Havendo certeza de que o valor dos alimentos provisórios fixados destoa da capacidade contributiva do Alimentante ue não tem emprego formal, pai de outros quatro filhos, é necessária a sua redução a fim de que seja adequada à realidade financeira do genitor. CLARICE CLAUDINO DA SILVA, SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 30/01/2019, Publicado no DJE 06/02/2019)
(TJ-MT - CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO: 10117264420188110000 MT, Relator: CLARICE CLAUDINO DA SILVA, Data de Julgamento: 30/01/2019, SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 06/02/2019
AGRAVO DE INSTRUMENTO – ALIMENTOS PROVISÓRIOS – TRINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE/PROPORCIONALIDADE - INCIDÊNCIA DO ARTIGO 1.694, § 1º DO CÓDIGO CIVIL – PEDIDO DE REDUÇÃO DOS ALIMENTOS – DESCABIMENTO – IMPOSSIBILIDADE NÃO DEMONSTRADA – DECISÃO MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Hodiernamente, os alimentos provisórios devem ser fixados com base no trinômio, necessidade-possibilidade, nos termos do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil. Sendo premente a necessidade da criança, e não ficando comprovada a impossibilidade do genitor em arcar com o valor fixado, deve-se manter o percentual fixado na decisão, a título provisório, até que novas provas sejam produzidas. SEBASTIAO BARBOSA FARIAS, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 29/01/2019, Publicado no DJE 04/02/2019)
(TJ-MT - CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO: 10086744020188110000 MT, Relator: SEBASTIAO BARBOSA FARIAS, Data de Julgamento: 29/01/2019, PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 04/02/2019).
Curiosidade
	O STJ passou a entender que os alimentos entre os cônjuges tem caráter transitório e excepcional, pelo fato da plena inclusão da mulher no mercado de trabalho. Serão fixados por um período de tempo, até que a credora volte ao mercado,
AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE FAMÍLIA - ALIMENTOS PROVISÓRIOS - FIXAÇÃO EM FAVOR DA FILHA MENOR - ALEGADO DESEQUILÍBRIO DO TRINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE - SITUAÇÃO DEMONSTRADA - MAJORAÇÃO DO QUANTUM - CABIMENTO - ALIMENTOS PARA EX-CÔNJUGE - NECESSIDADE NÃO COMPROVADA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. (...). 3. Conforme orientação jurisprudencial, os alimentos devidos entre ex-cônjuges devem ter caráter excepcional e transitório, desafiando interpretação restritiva, observadas as peculiariedades do caso concreto. 4. Diante da existência de elementos suficientes de que a agravante exerce atividade laborativa, e projeta renda capaz de prover o próprio sustento, não há como acolher a pretensão recursal. 5. Recurso parcialmente provido.
(TJ-MG - AI: 10452180020789001 MG, Relator: Raimundo Messias Júnior, Data de Julgamento: 04/08/0019, Data de Publicação: 19/08/2019)
DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. PEDIDO DE EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO QUANTO À EX-COMPANHEIRA. INVIABILIDADE. RAZOABILIDADE DO VALOR ARBITRADO. ATENDIMENTO AO TRINÔMIO PROPORCIONALIDADE/NECESSIDADE/RAZOABILIDADE. LIMITAÇÃO TEMPORAL DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR EM PROL DA GENITORA DOS MENORES. 12 MESES. TEMPO SUFICIENTE À REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I. (...) . III. O pagamento de alimentos para ex-companheiro tem caráter excepcional e transitório, subsistindo apenas durante o período necessário para que o alimentando se restabeleça no mercado de trabalho, motivo pelo qual, imperiosa a limitação da obrigação quanto à ex-cônjuge para um período de 12 meses. (...)
(TJ-BA - AI: 00107875420158050000, Relator: Pilar Celia Tobio de Claro, Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 08/10/2015)
Porcentagem de fixação
	Costume a fixação de 1/3 do salário mínimo
	Trata-se meramente de um parâmetro jurisprudencial, que não é obrigatório, já que não consta em lei.
Alimentos Gravídicos
(Lei 11.804/08)
Art. 1o  Esta Lei disciplina o direito de alimentos da mulher gestante e a forma como será exercido.
Art. 2o  Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
Parágrafo único.  Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos. 
Polêmica estabelecida – legitimidade – se é do nascituro, se é da mulher grávida ou se é de ambos
Alimentos Gravídicos
(Lei 11.804/08)
Art. 6° - Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
 Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidosem pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. 
 Art. 7° - O réu será citado para apresentar resposta em 5 (cinco) dias. 
Características da Prestação Alimentar
I - Obrigação que gera um direito personalíssimo
	O direito do alimentado e/ou credor é personalíssimo fundado no vinculo geral, não se transmitindo aos seus herdeiros ou terceiros.
	FALECIMENTO DA ALIMENTADA NO CURSO DA DEMANDA. EXTINÇÃO DO FEITO, COM FULCRO NO ART. 485 , IX , DO CPC/15 . RECURSO DA GENITORA EM NOME PRÓPRIO. RECURSO VISANDO A HABILITAÇÃO DA GENITORA A FIM DE DAR PROSSEGUIMENTO À EXECUÇÃO, EM NOME PROPRIO, BUSCANDO SATISFAZER OS ALIMENTOS VENCIDOS ANTERIORMENTE AO ÓBITO. AÇÃO DE CARÁTER PERSONALÍSSIMO E INTRANSMISSÍVEL. IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL PELA GENITORA, NA QUALIDADE DE HERDEIRA DA CREDORA ALIMENTAR. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. APELO NÃO CONHECIDO.
	
II - Reciprocidade. 
	Os alimentos são recíprocos entre cônjuges e companheiros (art. 1.694 do CC). 
		- prestação alimentar após divórcio litigioso ou consensual
	Também há reciprocidade entre pais e filhos e demais ascendentes (art. 1.696 do CC). 
		- art. 229 CF – “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”
	
	Na falta de ascendentes, cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem sucessória. 
	
	Na falta de descendentes e ascendentes, os alimentos poderão ser pleiteados dos irmãos, bilaterais (ou germanos) e unilaterais (art. 1.697 do CC). 
Fundamentação Legal
Código Civil 
	Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
	§ 1° - Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
	§ 2° - Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia. 
	Art. 1.695 - São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 
	Art. 1.696 - O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. 
	Art. 1.697 - Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais. 
	Segundo o entendimento majoritário não é possível pleitear alimentos de outros parentes (tios, sobrinhos, primos, sogra, padrasto, madrasta, enteada). 
					Ordem de Parentesco: 
		1º Ascendentes – grau mais próximo exclui o mais remoto; 
		2º Descendentes – grau mais próximo exclui o mais remoto; 
		3º Irmãos – bilaterais/unilaterais. 
III – Irrenunciabilidade
	O art. 1.707 do CC é expresso ao prever que “pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar ao direito a alimentos”.
	Esse dispositivo encampou o que já constava parcialmente na SUM 379 do STF – “No acordo de desquite não se admite renúncia aos alimentos, que poderão ser pleiteados ulteriormente, verificados os pressupostos legais.
	Contudo, doutrina e jurisprudência majoritárias entendem que os alimentos são irrenunciáveis apenas nas relações de parentesco, podendo ser renunciado na relação de cônjuges e companheiros. (Enunciado 263 da II Jornada de Direito Civil).
	INTERESSANTE
	Sumula 336 STJ - A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
IV - Obrigação divisível (regra) ou solidária (exceção).
	- A obrigação de alimentos é divisível – com via de regra – ou seja – reciproco entre pais e filhos, com extensão aos ascendentes (1696 e 1697)
	- Teremos a exceção no caso do idoso (art. 12 de Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03) 
	- Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
		a obrigação de alimentos "é divisível entre os parentes do necessitado, encarregados da prestação alimentícia, salvo se o alimentando for idoso, visto que a obrigação passará, então, a ser solidária, cabendo-lhe optar entre os prestadores” – Maria Helena Diniz
	Art. 1.698/CC. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. 
	O artigo 1.698 do CC também trata da responsabilidade subsidiária de parentes de grau mais remoto. 
	Ex.: avós – pensão avoenga.
Intentada a ação contra o pai, os avós podem ser chamados a integrar a lide. 
	- Chamamento do processo 
	V Jornada de Direito Civil. 3ª Corrente. Tutela do credor de alimentos – autor, réu, MP. 
	Enunciado 523 - Art. 1.698 - 2011. O chamamento dos codevedores para integrar a lide, na forma do art. 1.698 do Código Civil, pode ser requerido por qualquer das partes, bem como pelo Ministério Público, quando legitimado. 
V – Obrigação Imprescritível 
	A pretensão de alimentos é imprescritível – envolve o estado da pessoa e dignidade da pessoa humana – mínimo existencial 
	Observação: Prescreve em 2 anos (a partir dos respectivos vencimentos) a pretensão de cobrança de alimentos já fixados em sentença ou acordo (art. 206, §2° CC).
	ATENÇÃO – Nos casos de menores, não corre a prescrição entre pais e filhos durante o poder familiar (art. 197, II CC) – extinto o poder familiar, porém, pela maioridade, pela emancipação, tem inicio o prazo prescricional.
	Não haverá prescrição contra o absolutamente incapaz (art. 198, I) – menor de 16 anos
	
VI - Obrigação Incessível e Inalienável
	
	Os alimentos não podem ser objeto de cessão de crédito – compensação ou penhora
	Pode o credor não exercer esse direito – contudo é vedado ao mesmo renunciar esse direito (art. 1707 CC).
VII - Obrigação Incompensável
	Os alimentos não podem ser objeto de compensação – ex: deixo de pagar a pensão, mas dou uma viagem de presente
	Obs: Existem alguns julgados no sentido de que, cabe a compensação nos casos de alimentos pagos a mais, diante da vedação do enriquecimento sem causa
 
VIII - Obrigação Irrepetível
	A doutrina afirma que os alimentos não podem ser objeto de repetição de indébito, pela existência de uma obrigação moral.
	Assim, não cabe ação de repetição de indébito, pois os alimentos “vencem” a alegação de enriquecimento sem causa.
	Nesse sentido, o STJ vem entendendo.
	REsp 412.684/SP (2002) – Marido enganado quanto à prole. Não cabe repetição dos alimentos, mas apenas indenização por danos morais. 
IX - Obrigação Impenhorável
	A obrigação de prestar alimentos e o correspondente direito não podem ser objeto de penhora (arts. 1.707 do CC e 833, IV do CPC). 
X - Obrigação Transmissível
	Conforme art. 1700 do CC, a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694 do CC. 
	Segundo entendimento majoritário, essa transmissão vai até as forças da herança, (Enunciado 343 da III Jornada de Direito Civil). 
	Além disso, tem-se entendido que para que os herdeiros respondam há necessidade de condenação prévia, enquanto o devedor era vivo (REsp 775.180/MT - 2010). 
	O que se tem entendido doutrinária e jurisprudencialmente é que o que se transmite é a obrigação alimentar inadimplida ao tempo da morte do devedor de alimentos, cabendo ao espólio arcar com tais obrigações nos limites da herança deixada, mas, pelo novo posicionamento do STJ, caberia ao espólio também arcar como dever legal de prestar alimentos desde que os bens deixados gerassem frutos e rendimentos e até a finalização da partilha”.
	Não é possível repassar ao espólio a obrigação de pagar alimentos se a respectiva ação não tiver sido proposta ao autor da herança antes de sua morte. 
Classificação dos alimentos (famílias) quanto à sua finalidade
Alimentos definitivos ou regulares: fixados por acordo de vontades ou sentença transitada em julgado. A Lei 11.441/2007 admite sua fixação em escritura pública de divórcio, havendo amplo debate sobre a prisão civil em casos tais. 
Art. 528.  No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns
.
§ 5o O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.
§ 6o Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.
 
Lei 5.478/68 – Lei da Ação de Alimentos
	Art. 19. O juiz, para instrução da causa ou na execução da sentença ou do acordo, poderá tomar todas as providências necessárias para seu esclarecimento ou para o cumprimento do julgado ou do acordo, inclusive a decretação de prisão do devedor até 60 (sessenta) dias.
 
b) Alimentos provisórios: são fixados antes da sentença na ação de alimentos que segue o rito especial da Lei 5.478/1968. Exigem prova pré-constituída do parentesco (certidão de nascimento) ou de casamento (certidão de casamento). 
c) Alimentos provisionais: estipulados em outras ações em que não há prova pré-constituída, visando a manutenção do credor no curso da lide (ad litem – art. 1.706 do CC). 
Ex.: ação investigatória de paternidade e ação de dissolução de união estável. 
 Prisão civil – Prazo
	- No caso de alimentos provisionais: de 01 a 03 meses – art. 528, §3° do CPC; 
No caso de alimentos definitivos ou provisórios: até 60 dias – art. 19 da Lei de Alimentos. 
	Existem julgados que aplicam sempre o prazo menor, de 60 dias, inclusive para os alimentos provisionais. 
	Obs.1.: a expressão alimentos definitivos não afasta a possibilidade de revisão ou exoneração. 
	Ex.: alteração no binômio alimentar. 
	Obs. 2.: Alimentos Transitórios (STJ) – fixados por tempo suficiente até o cônjuge/companheiro voltar ao mercado de trabalho. 
 Súmula 277 e 309 STJ
	Súmula 309 do Superior Tribunal de Justiça 
	“O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que vencerem no curso do processo”. Segundo a jurisprudência os alimentos vencidos há mais de três meses perdem a natureza alimentar, não se justificando a prisão.
	Assim, permite-se a prisão do devedor somente com base nos débitos relativos aos três meses anteriores à propositura da ação. Com isso possibilita-se ao devedor pagar somente estes três meses e se livrar da prisão, discutindo o valor dos outros meses no curso da ação. 
	Já a Súmula 277, também do STJ, prevê que julgada uma ação de investigação de paternidade procedente, os alimentos são devidos a partir da citação do réu nesta ação.
 Extinção ou alteração da obrigação alimentar
a) Morte do credor, pois a obrigação é personalíssima. 
b) Alteração substancial no binômio ou trinômio (razoabilidade para utilizá-lo) alimentar, ou desaparecimento de um dos seus requisitos (art. 1.699 do CC). 
c) credor tiver procedimento indigno em relação ao devedor (art. 1.708, parágrafo único e art. 1.814, CC;) 
d) cônjuge credor contrair nova união – salvo se houver alteração substancial na possibilidade x necessidade.
e) No caso de menores, EM REGRA, a obrigação é extinta com a maioridade. Porém, o STJ entende que essa extinção não é automática, sendo necessária uma ação de exoneração (Súmula 358 do STJ). 
	Tanto doutrina quanto jurisprudência entendem que a obrigação alimentar persiste até que o filho ou neto termine o curso universitário (Enunciado 344 da IV Jornada de Direito Civil e STJ, AgRg 655.104/SP - 2005). 
	
	Para o mesmo STJ, não há essa obrigação após o término do ensino superior, não abrangendo cursos de pós-graduação (REsp 1.218.510/SP - 2011). 
 Extinção ou alteração da obrigação alimentar
Observações:
Dissolução do casamento ou da união estável. 
	
	Ressalve-se que o art. 1.709 do CC admite que a sentença de divórcio fixe alimentos (alimentos pós-divórcio). Em casos tais, em regra, o novo casamento do cônjuge devedor não extingue os alimentos, salvo se houver uma alteração substancial no binômio. Por outro lado, o casamento, a união estável ou concubinato do credor faz cessar os alimentos (art. 1.708, caput, do CC). 
5Comportamento indigno do devedor em relação ao credor (art. 1.708, parágrafo único do CC). 
	Como exemplos de comportamento indigno podem ser utilizados os casos de indignidade sucessória previsto no art. 1.814 do CC (Enunciado 264 da III Jornada de Direito Civil). Ex.: crimes contra a honra e contra a vida. 
	Esse comportamento indigno pode gerar exoneração ou revisão do valor alimentar (Enunciado 345 da IV Jornada de Direito Civil).

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