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Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Título
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
4 
Tema
Modalização e questões gerais de norma culta aplicadas à linguagem jurídica.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
- Aplicar, na produção do texto narrativo valorado, as estratégias modalizadoras;
- Compreender o fenômeno narrativo não como manipulação da verdade (problema de ética), mas como construção de uma versão verossímil dos fatos;
- Rescrever fragmentos de textos jurídicos que apresentem problemas de norma culta no tocante à linguagem forense.
Estrutura do Conteúdo
1. Narrativa jurídica valorada
1.1. Uso de modalizadores
1.2. Verossimilhança e diferentes versões dos fatos
2. Português jurídico e questões gerais de norma culta
2.1. Uso dos conectores ?eis que?, ?de vez que?, ?vez que? e ?posto que?
2.2. Uso de ?ocorre que? e ?inobstante?
2.3. Pontuação nas orações subordinadas adjetivas e produção de sentido no discurso jurídico
2.4. Regras gerais para o registro dos dispositivos legais
2.5. Uso de estrangeirismos
2.6. Uso de letras maiúsculas nos termos que se referem às partes (autor, réu, requerente, requerido etc.)
2.7. Uso de ?através de?
2.8. Uso de abreviações e a questão de ?a fls.? e ?de fls.?
2.9. Uso dos pronomes ?esse? e ?este?
2.10. Uso de ?o mesmo? e ?onde?
Aplicação Prática Teórica
A modalização consiste na atitude do falante em relação ao conteúdo objetivo de sua fala. Um dos elementos discursivos mais empregados na modalização consiste na conveniente seleção lexical. De fato, em muitos casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal como ocorre em: sacrificar / matar / assassinar; compor / escrever / rabiscar; cidadão / réu / assassino.
Dessa forma, uma leitura eficiente deve captar tanto as informações explícitas quanto as implícitas. Portanto, um bom leitor deve ser capaz de ?ler as entrelinhas?, pois, se não o fizer, deixará escapar significados importantes, ou pior ainda, concordará com idéias ou pontos de vista que rejeitaria se os percebesse. Assim, para ser um bom produtor de texto jurídico, é necessário que o emissor esteja apto a utilizar os recursos disponíveis na língua a serviço da modalização.
Não se trata de mentir ou manipular, o que constituiria verdadeiro problema de ética profissional e humana. Trata-se, isso sim, de construir versões verossímeis sobre como se desenvolveu a lide.
Questão 1
Leia o caso concreto e faça o que se pede:
A narrativa adiante expõe abstrata e genericamente os fatos relativos a uma ação indenizatória. Reescreva o texto, acrescentando modalizadores e informações relevantes para a defesa dos interesses da autora.
Ana Rosa Coutinho pretende que o Banco Y Vida e Previdência S/A seja condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região a pagar R$50 mil de indenização por assédio moral. Ana Rosa atuou na empresa como vendedora e afirma que a empregadora cobrava metas de forma excessiva, humilhando e expondo a sua imagem ao ridículo, e também porque quem não se destacava nas vendas tinha sua foto exposta em painéis e sofria ataques com tiros de borracha, o que afirma ter acontecido com ela. Segundo relata na petição inicial, os atos do empregador a levaram à depressão, queda nas vendas e demissão.
Embora sem comprovação técnica de que sofreu depressão, pede ao juiz que condene o réu ao pagamento da indenização porque atos como esses "são evidentes posturas que vão minando as forças do trabalhador, com humilhação, cobranças abusivas de metas, exposição de sua imagem ao ridículo (como ocorria nos encontros semestrais), todas caracterizando o assédio moral".
A autora sustentou ainda que o valor da indenização deve levar em consideração a capacidade econômica do réu. Caso contrário, poderá gerar justamente o efeito contrário. Nas suas palavras: "acaba incutindo nele a ideia de que a violação lhe foi mais proveitosa: rendeu-lhe, com métodos de incentivo inadequados, bons frutos pela ampliação do alcance das metas, até pelo temor que, inicialmente, alguns trabalhadores têm de serem expostos, ainda que, afinal, rendam-se ao cansaço e lhes sirvam de desestímulo".
O réu sustentou que a Livre Iniciativa é direito constitucionalmente garantido e que o poder diretivo da empresa, com amparo no art. 2º da CLT, autoriza o empregador a utilizar os recursos à sua disposição para alcançar as metas estabelecidas pela empresa, pois não há qualquer ilicitude nessa conduta. 
  Resposta
O autor, em abril de 2003, adquiriu da ré um veículo novo zero quilômetro, aparentemente em ótimo estado, toda parte mecânica, elétrica, exatamente tudo novo, sem qualquer dano, não havendo como perceber qualquer tipo de dano de sua própria fabricação.
Ocorre que, quando da realização de uma viagem para a cidade vizinha, em 25 de Maio daquele mesmo ano, enquanto trafegava pela rodovia percebeu que havia algo errado com o veiculo que tinha acabado de adquirir, o autor foi obrigado a frear o veículo para não bater em um caminhão que estava na sua frente para evitar uma colisão, para não ocorrer um dano contra sua própria vida, ou mesmo material, pois havia poucos dias que tinha comprado seu veículo com muito esforço, e anos de trabalho. (Boletim de Ocorrência incluso, doc. n.º 2).
Todavia, o freio do veículo não funcionou e o autor bateu na traseira do referido caminhão. Em razão do acidente, o veículo do autor teve perda total, não podendo ser recuperado, conforme laudo acostado (doc. 3). Além disso, o autor ficou hospitalizado pelo prazo de 60 (sessenta) dias, como demonstra o atestado médico incluso (doc. 4), período em que ficou debilitado, com altos prejuízos para um simples trabalhador que deixou de exercer suas atividades comerciais e receber o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Não obstante o dano material anteriormente mencionado, o autor sofreu lesões corporais que resultaram em cicatrizes e a incapacidade temporária para o trabalho, ou seja, os prejuízos foram muito além dos já mencionados, pois ele ficou por certo período sem trabalhar, como iria se manter, os gastos só aumentavam tanto com medicamentos e hospitais quanto materiais, pois estava temporariamente incapaz, como demonstra o laudo médico juntado (doc. 5). Por outro lado, dias após o acidente, a ré publicou em órgão de imprensa (jornal e DVD acostados – doc. 6 e 7), convocação para que todos os consumidores adquirentes dos veículos da mencionada marca comparecessem às concessionárias para substituição de determinada peça do freio, uma vez que ocorreu um defeito na fabricação.
R: Somente após o acidente que já havia ocorrido meses após a compra do veículo, a ré descobriu que havia problemas nos freios do veículo, sendo que esses reparos deveriam ter acontecido antes mesmo das vendas.
Questão 2
Leia os fragmentos adiante e rescreva-os, adequando-os à norma culta da Língua Portuguesa.
Observação: esta disciplina não pretende objetivamente ensinar a norma culta da língua, mas esse é certamente um requisito para a produção da narrativa jurídica. Apenas a fim de estimular o estudo das questões gramaticais recorrentes no texto jurídico, segue uma lista de fragmentos com problemas redacionais específicos. Sugerimos que participem do projeto institucional PAPI (Projeto de Apoio Pedagógico ao Ingressante), com aulas de redação, se sua Unidade o oferecer.
A) Os autos foram apensados aos da medida cautelar de sustação de protesto, através do qual a autora logrou a sustação liminar do protesto.
B) Insta salientar que a informante Ana Buarque, secretária do demandante, não narra qualquer humilhação que este tenha sofrido, até mesmo porque era a depoente que ia ao 7º Ofício de Imóvel tentar resolver a pendência, ora sozinha, ora em companhia da Dra. Maria dos Milagres.
C) A culpa, em sede penal, precisa ser demonstrada.
D) O advogado apelou, sob a alegação de que o magistrado desconsiderou os documentos de fls. 30-34,os quais, por certo, comprovarão a obrigação do réu.
E) O consumidor, que é hipossuficiente, faz jus à inversão do ônus da prova.
F) É inadmissível inovar o pedido em sede de recurso, visto que não se pode recorrer do que não foi objeto de discussão e decisão em primeira instância (RT 811/282).
G) A contestante opõe-se apenas a esse item: o pedido de renovação, pois pretende a retomada para uso próprio, posto que seu objeto social é muito mais amplo do que o da Autora.
H) Incumbia à autora provar os fatos, através de perícia, que deve ser tempestivamente requerida ao magistrado.
I) Considerando que os meios de verificação das chamadas telefônicas são informatizados e, inobstante suscetíveis de inúmeras falhas, não resta configurada, in casu, a abusividade que ensejaria a devolução em dobro.
J) Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se neste andar (Lei/DF Nº 3212 de 30.10.03)
L) Todavia, o registro lhe foi negado, sem o menor fundamento, posto que conforme certidão de ônus reais do imóvel, emitida em 22/06/2010, o imóvel estava livre de impedimentos.
M) Ocorre que outra indisponibilidade foi averbada no dia 11/09/2008 e, mais uma vez, o Autor precisou ingressar com demanda para cancelamento do gravame, o que aconteceu em 04/05/2010.
OBJETIVAS
1 - Leia atentamente os fragmentos abaixo. marque a letra correspondente à alternativa CORRETA quanto ao registro dos dispositivos legais.
a) "A inobservância dos incisos I e II do artigo 226 do Código Penal, não gera a nulidade dos autos de reconhecimento".
b) "Tal regramento regimental afeiçoa-se, dando-lhe aplicação aos arts. 96, I, a e 125 § 1º, da Constituição da República Federativa do Brasil".
c) "O recorrente alegou que fora contrariada a literalidade do art. 485 IV e V c/c os arts 295, I, p. ú., II e III, e 267, I e IV, do CPC".
d) "O MP denunciou Xênio Zamir por atitude comportamental subsumida no art.121, § 2º, II e IV c/c o art. 61, II, "e" do CP".
2 - Para os autores Néli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde, a modalização é ?um fenômeno complexo que testemunha o modo como o sujeito argumentador se apropria da língua para organizá-la em discurso e expressar sua opinião acerca de dado tema ou fato?. Todas as opções adiante indicam palavras ou expressões modalizadoras relativas à temática do abandono afetivo dos filhos, EXCETO uma. Marque essa opção. 
a) Ato covarde.
b) Descumprimento do dever legal de cuidar.
c) Violação de direitos da personalidade.
d) Direito à filiação.

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