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INTOLERÂNCIA A LACTOSE bioquímica

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Devry - FACIMP
Disciplina: Bioquímica
Professor: Doutor Marco Antônio Bandeira Azevedo
Turma: Enfermagem 2017.2 Primeiro período
Turno: Matutino
Aluno: Guelber Sousa de Almeida
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
IMPERATRIZ
2017
1. INTRODUÇÃO 
A intolerância à lactose pode ser descrita como uma afecção da mucosa intestinal que a incapacita a digerir a lactose devido à deficiência de uma enzima denominada lactase, que é responsável pela hidrólise da lactose em glicose e galactose. É uma síndrome clínica composta por um ou mais sintomas como: dor abdominal, diarreia, náusea, flatulência e/ou distensão abdominal após a ingestão de lactose ou de produtos alimentícios contendo lactose.
 A intolerância à lactose pode ser classificada como primária, quando há um defeito intrínseco da enzima; ou secundária, quando ocorre um dano na mucosa intestinal com consequente falta da mesma. O objetivo principal do tratamento nutricional é evitar o desencadeamento dos sintomas, a progressão da doença e a piora das manifestações alérgicas e proporcionar à criança crescimento e desenvolvimento adequados.
Apesar de normalmente ser diagnosticada na infância, os adultos também podem desenvolver intolerância à lactose, com sintomas mais ou menos intensos de acordo com a gravidade da intolerância.
Outro fator que estorva o diagnóstico é que tais manifestações variam de intensidade de acordo com o volume de lácteos ingerido e também com as características individuais. Alguns são mais sensíveis, e outros, menos.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CAUSAS 
Intolerância à lactose primária: Durante a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição após o nascimento. Geralmente, o corpo diminui a quantidade de lactase produzida conforme a pessoa vai envelhecendo e sua dieta variando, com o acréscimo de novos tipos de alimentos. Com o tempo, esse declínio na produção de lactase pode levar a um quadro de intolerância à lactose.
Intolerância à lactose secundária: Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou injúria. Algumas condições que podem levar a um quadro de intolerância à lactose secundária são a doença celíaca, gastroenterite e a doença de Crohn, por exemplo. O tratamento da condição intrínseca a esse tipo de intolerância pode resolver o problema.
Intolerância à lactose congênita: É possível, embora raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência total de lactase no organismo. Essa é conhecida como herança autossômica recessiva e é passada de geração em geração. Isso significa que tanto o pai quanto a mãe precisam transmitir o gene da intolerância à lactose para o filho para que ele apresente o problema.
2.2 SINAIS E SINTOMAS
	A intolerância à lactose exibe sintomas tipicamente abdominais como: flatulência, desconforto abdominal, diarreia, náusea, borborigmo, vômito e constipação. Os sintomas da intolerância se manifestam de 30 minutos a 2 horas após o consumo, e normalmente é necessário a ingestão de 12g de lactose (240ml de leite) por vez, para iniciar o desconforto dos sintomas na maioria dos pacientes com intolerância. Alguns pacientes, porém, conseguem ingerir pequenas porções de lactose e não apresentar os sintomas. A constipação é observada possivelmente pela produção de metano. A dor abdominal e inchaço são normalmente causados pela fermentação da lactose pela microbiota intestinal que leva à produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), hidrogênio, metano e dióxido de carbono. 
Os sintomas da alergia ocorrem mesmo quando o indivíduo consome quantidades muito pequenas de leite.
2.3 TRATAMENTO
	A exclusão dos produtos lácteos não precisa ser total. Cada paciente reage ao consumo de lácteos de forma diferente, ou seja, cabe ao profissional a sensibilidade de compreender como e em qual situação cada paciente reage à lactose para, então, montar uma dieta adequada garantindo o aporte ideal de macro e micronutrientes sem prejuízos nutricionais. Os fatores responsáveis por esta variabilidade incluem a osmolalidade, conteúdo de gordura do alimento, tempo de esvaziamento gástrico, sensibilidade à distensão abdominal produzida pela carga osmótica da lactose não hidrolisada, trânsito intestinal e a resposta do cólon à carga de carboidrato. De uma maneira geral, os alimentos com alta osmolalidade e conteúdo de gordura diminuem o esvaziamento gástrico e reduzem a gravidade dos sintomas induzidos pela lactose (MATTAR e MAZO, 2010). Para os lactentes, o aleitamento materno ou as fórmulas infantis da categoria: “Sem lactose” são a melhor opção (LIBERAL, 2012). As fórmulas infantis são segmentadas em categorias como, por exemplo: “Sem Lactose” de acordo com as 36 resoluções RDC n. 43, 44 e 45 de 2011 (Regulamento Técnico referente às fórmulas infantis para lactentes e às fórmulas infantis de seguimento) (BRASIL, 2011). Para as crianças maiores, os adultos e idosos, o leite deslactosado possui redução de 80% a 90% de lactose. Os queijos com exceção dos frescos também são excelentes opções por conterem apenas traço de lactose, como por exemplo: Brie, Camembert, Cheddar, Reino, Emental, Gorgonzola, Parmesão, Prato, Provolone, Roquefort e Suíço. Os iogurtes também são tolerados pelos pacientes lactase não persistentes. A lactose contida no iogurte é fermentada em ácido lático durante o processo de fabricação. Entretanto na maioria das fábricas, é adicionado ao produto, leite em pó ou soro de leite a fim de aumentar o teor de sólidos, melhora da textura e diminuição na perda durante a dessoragem. Desta forma, alguns iogurtes possuem praticamente o mesmo valor de lactose do leite comum, porém as culturas láticas fermentadoras presentes nos iogurtes, apresentam a enzima β–D-galactosidase que continua ativa facilitando a quebra da lactose no trato digestivo humano (ANTUNES e PACHECO, 2009).
	No tocante a intolerância à lactose, a qual não é necessária a restrição total de lácteos da dieta, algumas recomendações são importantes para garantir a ausência de sintomas no paciente, como: ingestão de lácteos junto com outros alimentos, o seu fracionamento ao longo do dia e o consumo de produtos fermentados e maturados 37 (MONTALTO et al, 2006). Todavia, mais estudos são necessários para determinar o melhor tratamento da intolerância (LIBERAL et al., 2012).
2.4 CONSEQUÊNCIAS 
	A intolerância à lactose pode causar várias consequências metabólicas no indivíduo, principalmente quando não diagnosticada e tratada. O cálcio é um nutriente essencial cuja fonte provém principalmente de alimentos lácteos. Esse elemento participa de inúmeros processos biológicos como contração muscular, mitose, formação e manutenção da matriz óssea, coagulação do sangue e na atividade de várias enzimas (MILLER et al., 2001). Alguns estudos in vitro e in vivo demonstraram que o aumento na ingestão de cálcio inibe a lipogênese, além de estimular a lipólise e a termogênese (ASTRUP et al., 2010). Entretanto, a grande maioria da população não ingere quantidades adequadas deste elemento, principalmente pacientes que possuem intolerância à lactose (LEVERSON e BLOCKMAN, 1994). Estudos comprovam que mais de 50% da população mundial possui intolerância à lactose (VOET, 2008). Diante disso, esse estudo pretende realizar uma revisão bibliográfica sobre as principais causas e consequências da intolerância à lactose, o diagnóstico laboratorial bem como relacionar com distúrbios no metabolismo do cálcio.
3. CONCLUSÃO
 	Concluímos que a intolerância a lactose prejudica milhões de pessoas em todo o mundo, possivelmente pode acarretar a deficiência nutricional do cálcio, que é responsável por várias funções no corpo e compõe a matriz óssea.
	Um diagnóstico precoce é necessário para que o tratamento seja mais efetivo de cada paciente, deve-se evitar alimentos ricos em lactose, substituindo por alimentos que não tenham esse açúcar.
	A pessoa com esse problema de saúde deveter sempre o acompanhamento médico e nutricional para evitar outros tipos de doenças como: osteoporose e problemas no metabolismo.
 
	 
 
4. REFERÊNCIAS 
INTOLERÂNCIA À LACTOSE: CONDUTA NUTRICIONAL NO CUIDADO DE CRIANÇAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA. Disponível em: <http://bit.ly/2yXMibi>. Acesso em: 13 nov. 2017.
COMO SABER SE É INTOLERÂNCIA À LACTOSE. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/intolerancia-a-lactose/>. Acesso em: 13 nov. 2017.
QUAIS OS SINTOMAS DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE? Disponível em: <https://saude.abril.com.br/alimentacao/quais-os-sintomas-da-intolerancia-a-lactose/> Acesso em: 13 nov. 2017.
INTOLERÂNCIA À LACTOSE: SINTOMAS, TRATAMENTOS E CAUSAS. Disponível em:< http://www.minhavida.com.br/saude/temas/intolerancia-a-lactose> Acesso em: 13 nov. 2017.
ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA E INTOLERÂNCIA À LACTOSE: ABORDAGEM NUTRICIONAL E PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE. Disponível em: <http://www.ufjf.br/mestradoleite/files/2013/05/DISSERTA%C3%87%C3%83O-FINAL-PDF.pdf> Acesso em: 13 nov. 2017.
SANTOS, F.F.P. OLIVEIRA, G.L. PIMENTEL H.G.P. PINHO, K.D.VERAS, H.N.H. INTOLERÂNCIA À LACTOSE E AS CONSEQUÊNCIAS NO METABOLISMO DO CÁLCIO. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano 2, V. 2, Número Especial, jun, 2014.

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