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ESCOLAS PÚBLICAS DE QUALIDADE INTERNACIONAL

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ESCOLAS PÚBLICAS DE QUALIDADE INTERNACIONAL
Em Taquaritinga e demais cidades no entorno dessa região do interior de São Paulo, como Itápolis, Borborema e Dobrada, as escolas públicas estaduais estão entre as melhores de todo o Brasil. A maioria possui notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) acima de 6 —o que, segundo o Ministério da Educação, equivale a uma nota do Pisa (teste internacional de educação) acima da média dos países desenvolvidos.
Isso tudo numa região paulista que não é rica e nem se destaca como polo industrial ou turístico —pelo contrário, boa parte dos pais dos alunos trabalha na lavoura, como cortadores de cana-de-açúcar. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região encontra-se abaixo da média brasileira, segundo os dados oficiais do IBGE.
Para entender essa questão, lê sobre as oito escolas estaduais em uma entrevista divulgada pelo jornal Folha de São Paulo de alunos, professores e dezenas de líderes escolares. A resposta está na motivação dos profissionais e nas práticas pedagógicas do dedicado time educacional.
Em primeiro lugar, o foco de todos está no aprendizado do aluno. As provas são levadas muito a sério, principalmente as avaliações oficiais do Estado, que ocorrem bimestralmente. Como elas medem o processo de aprendizagem, após sua realização, os resultados são cuidadosamente analisados pelo professores, que verificam o que a turma aprendeu e o que não conseguiu entender.
Os professores adotam a estratégia de retomar as habilidades que não foram consolidadas, tentando ensinar a matéria de outras formas e verificar se conseguem ser mais efetivos. As boas escolas têm verdadeiros mapas com as habilidades e conhecimentos do que cada turma e cada aluno aprendeu. Assim, ninguém fica para trás.
A segunda estratégia é acompanhar com lupa a frequência dos alunos na escola. Se as faltas passam de um ou dois dias, a família é rapidamente acionada. Em vários casos, é necessário que a equipe escolar reforce com a família a importância da criança na escola. Se as faltas continuam, o aluno recebe tarefas adicionais para recuperar o conteúdo perdido. Isso ajuda no aprendizado e serve de estímulo para a ausência não se repetir.
A terceira prática, comum a todas as escolas com bom resultado, é o coordenador da escola assistir aulas. Todos os dias ficam em alguma classe e conseguem oferecer boas devolutivas aos professores. É essencial estabelecer uma parceria forte e de respeito mútuo entre professor e coordenador.
Após essa aliança, o feedback colabora muito para uma aula interessante e engajada. Além disso, a proximidade com o coordenador aumenta a valorização da boa aula do professor e sua motivação. Como benefício adicional, também caem seu estresse e o absenteísmo.
A quarta prática são os simulados para crianças mais velhas. As escolas com as melhores notas aplicam provas com questões do Exame Nacional do Ensino Médio e de vestibulares o tempo todo aos alunos. Isso é um exercício positivo, pois ajuda o adolescente a compreender e exercitar a matéria, o faz pensar e se sentir mais confiante nas provas futuras, e com mais chances de entrar na faculdade.
Essas práticas deixam a escola agradável e têm impacto positivo especialmente na confiança e motivação das crianças.
Estava aí estampado o segredo de Taquaritinga: práticas simples e bem executadas que aumentam o desempenho acadêmico e levam o aluno a ter alegria em ir à escola.

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