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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA ELETRÔNICA Prof. Juliano de Mello Pedroso Aula 5 CONVERSA INICIAL Há vários anos, ao terminar sua graduação o aluno podia ir para o mercado de trabalho sem ter preocupações com o desempenho de outras competências diferentes das aprendidas em sala de aula. Mas, atualmente, com a crescente competitividade, houve a necessidade de um empenho maior em competências diversificadas. Essas competências chamadas transversais, são as aquisições de uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes que, junto com o conhecimento técnico, poderão fazer com que o profissional se torne competitivo. Entre as competências transversais podemos colocar administração, segurança no trabalho, empreendedorismo, ética e responsabilidade socioambiental e comunicação oral e escrita. CONTEXTUALIZANDO As competências transversais se sobressaem em determinadas áreas e a Engenharia é uma delas. Essas competências são necessárias atualmente onde o mercado alcançou competividade alta e caótica. Sendo assim, a sugestão que fica aos egressos ou até mesmo aos profissionais que já estão no mercado de trabalho e ainda não alcançaram a posição que almejam é levar muito em consideração essas complementaridades e, na medida do possível, agregá- las a seu “kit de ferramentas”. Um profissional que tem essas características transversais sai na frente no mercado, começando pela entrevista de trabalho mais fácil, melhor relacionamento com outras pessoas e clientes externos. Tais capacidades são as “armas” de um engenheiro antenado e extremamente necessário para a sociedade. PESQUISE Tema 1: Administração Administração é a maneira de governar organizações ou segmentos delas. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficaz e eficiente. A administração é uma profissão que se destaca pelo planejamento e controle de processos ligados à organização, condução e gestão de processos empresariais, nas áreas de Recursos Humanos, de Finanças, de Logística, de Infraestrutura entre outras. O foco deste profissional recai sobre o estabelecimento de rotinas, fluxos e controles de atividades e informações. Ele pode cuidar do desenvolvimento de um clima organizacional motivador, de colaboração e de respeito. Atualmente a procura pelos engenheiros para que atuem em cargos de administração tem aumentado e cada vez mais recebido propostas mais rentáveis. É grande o número de graduados em Engenharia que atuam em posições estratégicas como supervisões, coordenadores, gerentes ou diretoria. O engenheiro ocupa posições estratégicas nas companhias e participa de decisões importantes no setor aonde atua. Temos o exemplo de Henri Fayol, engenheiro e administrador francês, foi um dos primeiros estudiosos a analisar a natureza da atividade empresarial, a formular uma teoria completa de gestão e a definir as principais atividades do gestor dentro das organizações. Foi, juntamente com Frederick Taylor, um dos grandes precursores da Teoria Clássica da Administração. Fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e sublinhou a necessidade de aprofundar a gestão e cultivar qualidades de liderança. Fayol defendia que os mesmos princípios podiam ser aplicados em todo o tipo de empresas e de dimensões – industriais, comerciais, governamentais, políticas ou mesmo religiosas. O autor refinou suas conclusões teóricas para chegar a quatorze princípios gerais sobre gestão, que serviram como base para muitos autores subsequentes elaborarem suas próprias propostas. Henri Fayol e Frederick Taylor foram, sem dúvida alguma, os maiores doutrinadores das Teorias Clássicas da Administração. O autor francês, em seus estudos e pesquisas, destacou que a empresa é como uma organização que deve iniciar com uma estratégia, com um plano e que, para isso, o administrador deve definir os seus objetivos para poder praticar o seu plano de administração. Fayol dizia que a Administração é diferente das outras funções e, por isso, criou 14 princípios que devem ser aplicados à gestão e são de imensa necessidade para o gestor. O primeiro é o princípio da Divisão do trabalho, que significa produzir mais e melhor com menos esforço. Afinal, quem executa repetidas vezes o mesmo trabalho está mais apto a fazer o trabalho com menos esforço e mais eficiência. A Autoridade e a Responsabilidade representam o direito de mandar e poder de se fazer obedecer, e impõem como imprescindível que o chefe tenha autoridade estatutária institucionalizada e também autoridade pessoal, ou seja, habilidades e experiências pessoais para gerir uma equipe. Autoridade e responsabilidade andam lado a lado, o valor moral vai ditar o grau de cumplicidade do chefe com os princípios e a tentação de abuso de poder e do controle de suas fraquezas. O princípio da disciplina diz respeito à obediência às convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes. A disciplina passa por algumas premissas, são elas: bons chefes em todos os setores, relações bilaterais, políticas que satisfarão o interesse tanto da empresa como de seus agentes e punições que possam ser aplicadas a todos os níveis sem distinção e sem protecionismos. A unidade de comando é outro princípio extremamente importante, afinal, o ideal é recebermos ordens somente de um chefe, os homens não suportam dualidade de comando. A unidade de direção diz respeito a um só programa todo planejado e com estratégias voltadas para um único conjunto de operações que visam o mesmo objetivo. Lembre-se: o esforço deve ser dirigido a uma só direção de convergência! As fraquezas e as paixões humanas tendem a fazer os interesses pessoais sobressaírem aos interesses coletivos, por isso lembre-se que os interesses da empresa vêm antes dos interesses dos agentes e dos indivíduos, mesmo organizados em grupos. Firmeza e bom exemplo do chefe; acordos equitativos, vigilância atenta... todos esses aspectos representam o princípio da subordinação do interesse particular ao interesse geral. A remuneração do pessoal, por sua vez, deve satisfazer desde o empregado ao patrão de forma equitativa. A remuneração deve se basear em aspectos econômicos e situacionais da empresa, incentivar o zelo recompensando o esforço útil, deve-se também cuidar para que a remuneração não exceda o limite razoável. Deve haver preocupação com a vida dos colaboradores, provendo alimentação, saúde e moradia para garantir o vigor apropriado ao trabalho. Empresas grandes enfrentam o problema das interpretações e contribuições dos agentes receptivos e distributivos da mensagem – o que não acontece nas pequenas empresas, onde o maior nível de chefia dá ordens diretas aos colaboradores, portanto a empresa deve estabelecer o grau de centralização conforme suas especificidades. A Hierarquia não deve ser um empecilho para a agilidade da empresa na execução de suas atividades. Os chefes responsáveis pela ligação de setores hierárquicos precisam ser flexíveis e estar cientes da movimentação e agilizarem o processo de comunicação e ligação entre as hierarquias. A ordem das coisas materiais deve satisfazer o desejo de manter a organização resguardada de perdas tanto de materiais quanto de recursos e evitar perdas de tempo. Cada coisa no seu lugar. As pessoas devem ocupar seus lugares na organização para que se mantenha a ordem social. Fayol previu, também, o princípio da Equidade, que aponta interpretações de justiça e igualdade dosagentes e a posição da empresa com relação a eles. As pessoas demoram um determinado tempo para que estejam desempenhando suas funções da melhor maneira e com o melhor rendimento e por isso elas devem se estabilizar nesses pontos de trabalho, observadas as necessidades de novas responsabilidades emergentes e de situações inevitáveis – esses aspectos dizem respeito ao princípio da Estabilidade de pessoal. A Iniciativa, por sua vez, é um princípio que representa a liberdade de propor e de executar. O chefe deve estimular e criar caminhos para que sua equipe perceba a iniciativa. Por fim, o último princípio é o da União do pessoal, que implica em reduzir os conflitos, tratando, sempre que possível, de forma verbal e não escrita. Quem quiser ser um bom gestor deve exercitar todos esses princípios! Continuando a sua teoria sobre a Administração, Henry Fayol ainda destacou quais devem ser as responsabilidades do gestor, ou melhor, quais as funções de um gestor: Prever e planejar (prévoir) Nessa função, o administrador deve fazer uma previsão das possíveis situações de sua empresa. Organizar (organiser) O gestor é responsável pelo organismo material e social da empresa. Comandar (commander) O gestor sempre deve estar pronto para dirigir e orientar a sua organização. Coordenar (coordonner) O gestor deve estar pronto para harmonizar os conflitos de gestão. Controlar (contrôler) O gestor, acima de todos, deve estar atento às normas para que sejam seguidas pela organização. Para as empresas pequenas tem se uma necessidade de habilidades técnicas para os chefes: à medida que a empresa aumenta de tamanho vão ganhando destaque as habilidades administrativas. Na escala hierárquica das empresas à medida que se sobe de degrau aumenta a necessidade de habilidade administrativa e diminui a prática das habilidades técnicas. Nada na administração é rígido, estático. O mesmo princípio quase nunca vai ser usado em duas situações idênticas, por isso a presença de um engenheiro é de grande valia! A teoria clássica está em desuso? Mais uma vez surge a possibilidade de se enganar. Apesar das evoluções, contingencias e inserções das revoluções que o mundo gerencial sofreu ao longo do tempo, como, por exemplo, a revolução tecnológica, não se pode afirmar que a teoria clássica de Fayol está em desuso (basta observarmos como ainda temos influências fortíssimas dos estudos de Fayol nas estruturas destinadas a administração de empresas nos dias de hoje). Muita gente sonha em trabalhar em grandes multinacionais. Se você recebesse uma proposta para trabalhar na Google Inc., por exemplo, você aceitaria? Leia a matéria a seguir para saber um pouco mais sobre como é trabalhar para o Google! http://www.tecmundo.com.br/google/60978-20-cargos-pagos-google- estados-unidos.htm Ao longo deste tema, você vislumbrou a hipótese de um engenheiro assumir cargos gerenciais. Mas, por que estamos tratando desse assunto? Bem, leia a matéria a seguir para entender! http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/administradores- perdem-para-engenheiros-em-vagas-de-trainees-mostra-pesquisa/74921/ O que faz um administrador? O vídeo a seguir busca responder a essa pergunta. Vamos assisti-lo? https://www.youtube.com/watch?v=KxZKsKN_MXw Aproveite e conheça algumas curiosidades a respeito da profissão de administrador a partir da leitura do artigo a seguir! http://www.portal-administracao.com/2014/03/profissao- administrador-de-empresas.html Acompanhe as explicações do professor Juliano sobre o tema que foi estudado acessando o material on-line. Preste bastante atenção para não ficar com dúvidas! Tema 2: Segurança no trabalho Segurança no trabalho pode ser definida pelo conjunto de medidas que são adotadas visando a minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como a proteger a integridade e a capacidade laboral do trabalhador. O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho). Também os empregados da empresa constituem a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar permanentemente compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Deve-se ter em conta que o reconhecimento do papel do trabalho na determinação e evolução do processo saúde-doença dos trabalhadores tem implicações éticas, técnicas e legais, que refletem sobre a organização e provimento de ações de saúde para esse segmento da população, na rede de serviços de saúde. Existem conceitos que o engenheiro deve conhecer sobre segurança no trabalho, são normas, comissões, legislações que precisam que são bem relevantes ao trabalho que o engenheiro vai exercer, principalmente em organização de serviços de segurança e saúde do trabalho. CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes visa à prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, buscando conciliar o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde de todos os trabalhadores. Ela é composta por representantes dos colaboradores e do empregador, seguindo o dimensionamento estabelecido, com ressalvas às alterações disciplinadas em atos normativos para os setores econômicos específicos. Sua atribuição consiste em identificar os riscos de execução da relação de trabalho, elaborar o mapa de risco, contando, para isso, com a participação do maior número de trabalhadores, tendo a assessoria do SESMT para realizar suas atribuições. A CIPA tem como principal atividade a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, auxiliando o SESMT. A diferença básica entre esses dois órgãos internos da empresa reside no fato de que o SESMT é composto exclusivamente por profissionais especialistas em Segurança e Saúde no Trabalho, enquanto a CIPA é uma comissão partidária constituída por empregados normalmente leigos em prevenção de acidentes. O desenvolvimento das ações preventivas por parte da CIPA, consiste, basicamente, em observar e relatar as condições de riscos nos ambientes de trabalho; solicitar medidas para reduzir e eliminar os riscos existentes ou até mesmo neutralizá-los; discutir os acidentes ocorridos, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar aos demais trabalhadores quanto à prevenção de futuros acidentes na SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes). A nova NR-05 dispõe que compete ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao efetivo desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas dos “cipeiros”, constantes no plano de trabalho prevencionista. As atribuições dos empregados em relação à Comissão Prevencionista são, conforme a NR-05: Participar da eleição de seus representantes; Colaborar com a gestão da CIPA; Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para a melhoria das condições de trabalho; Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Depois da CIPA eleita, essa comissão terá reuniões periódicas e terá as seguintes atribuições básicas: Investigar e analisaros acidentes ocorridos na empresa; Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança ou, ainda, de regulamentos e instrumentos de serviço emitidos pelo empregador; Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por iniciativa própria ou sugestão de outros empregados e encaminhá-las ao presidente e ao departamento de segurança da empresa; Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho – SIPAT; Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à engenharia de segurança no trabalho, quando julgar necessário ao melhor desempenho dos empregados; Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias e enviar cópias ao departamento de segurança; Preencher ficha de informações sobre a situação da segurança na empresa e as atividades da CIPA e enviar ao ministério do Trabalho e Emprego. Preencher ficha de análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao Departamento de Segurança da empresa. O modelo dessas fichas pode ser encontrado em qualquer Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE; Manter controle sobre as condições de trabalho dos funcionários e equipamentos das empreiteiras e comunicar ao presidente as irregularidades encontradas; Elaborar anualmente o Mapa de Riscos da empresa. PPRA São as iniciais do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais. Trata-se de uma legislação federal, mais especificamente, da Norma Regulamentadora nº 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994 com o objetivo de estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho. Conheça melhor essa NR: http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/9.htm Para efeito do PPRA, os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. A elaboração e implementação do PPRA é obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. Não importa o grau de risco ou a quantidade de empregados. Assim, tanto um condomínio, uma loja ou uma refinaria de petróleo estão obrigados a ter PPRA, cada um com suas próprias características e complexidade. São habilitados legalmente para fazer o PPRA os Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança e Médicos do Trabalho. O PPRA é um programa de ação contínua, não é um documento! Já o documento-base gerado quando da elaboração do programa e as ações que o compõem podem ser solicitados pelo fiscal. Caso a empresa possua o documento-base e não existam evidências de que o PPRA esteja sendo praticado, o fiscal entenderá que o programa não existe. PCMSO São as iniciais do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Trata-se de uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadora nº 07, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. Vamos conhecer melhor essa NR: http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/7.htm O PCMSO monitora por anamnese e exames laboratoriais a saúde dos trabalhadores. Tem por objetivo identificar precocemente qualquer desvio que possa comprometer a saúde dos trabalhadores. Seu objetivo é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle. Os riscos não eliminados são objeto de controle pelo PCMSO. Portanto, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estarem permanente ativos. O vídeo que você assistirá a seguir trata, com bastante humor, de situações pelas quais podemos passar em nossos ambientes de trabalho. Mais precisamente, tratam-se de situações em que é posta em prova a segurança do trabalhador. Entenda por que a Segurança no trabalho é tão importante! https://www.youtube.com/watch?v=vPnUgHIe9jQ Aproveite e assista, também, a uma palestra mágica, a Palestra-Show! O palestrante, mágico e humorista Eduardo Peres apresenta, nesse vídeo, “A Mágica da Segurança no Trabalho”. https://www.youtube.com/watch?v=egRODz6yipY Muito interessante, não é? Então acesse o material on-line e continue aprofundando seus conhecimentos sobre o assunto! Tema 3: Empreendedorismo O empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (cientifico, técnico, empresarial). Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele que sai da área do sonho, do desejo, e parte para a ação. Empreendedor é o termo utilizado para qualificar aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento. É o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do conhecimento humano. Criatividade Significa ter a habilidade de criar ou o potencial criativo. Consiste em encontrar métodos ou objetos para executar tarefas de uma maneira nova ou diferente do habitual, com a intenção de satisfazer um propósito. A criatividade permite cumprir os desejos de forma mais rápida, fácil, eficiente ou económica. À criação de novas ideias e conceitos também se lhe dá o nome de inventividade, pensamento original, pensamento divergente ou imaginação construtiva. Trata-se de conceitos que implicam no ato de inventar algo novo (isto é, recorrer ao engenho), na capacidade de encontrar soluções originais e na vontade de mudar o mundo. Capacidade de organização e planejamento Elabore um plano. Grande parte da desenvoltura começa com um plano. O que preciso alcançar? Qual é o prazo? De quais recursos vou precisar? Quem controla os recursos dos quais necessito: pessoas, verbas, ferramentas, materiais, apoio? Qual é a minha moeda de troca? Como posso pagar ou recompensar por esses recursos? Quem ganha se eu ganhar? Quem poderia perder? Apresente o trabalho de A a Z. Muitas pessoas são vistas como desorganizadas porque não escrevem as sequências ou mesmo partes do trabalho e, portanto, deixam alguma coisa passar. Também peça aos demais para comentar sobre a ordem e o que está faltando. Responsabilidade Responsável é a pessoa que responde pelos seus próprios atos, ou pelos atos de outras pessoas que se reportam a ele. Assumir a responsabilidade significa incorporar o demérito de um possível fracasso e, ao mesmo tempo, ter a grandeza de compartilhar o mérito de um possível sucesso. “Deixa que eu faço. Se der certo é mérito da equipe. Se der errado eu assumo a responsabilidade”. Esse é o tipo de pessoa que as corporações estão querendo. Capacidade de liderança Liderança é a capacidade de influenciar as pessoas. Um empreendedor demonstra confiança na sua ideia e repassa isso aos outros de forma clara. Habilidade em trabalhar em equipe A interação da equipe favorece também a capacidade de agregar valor e de gerar confiança, proporcionando um ambiente saudável e positivo. Com essa motivação, os colaboradores se sentem mais motivados e preparados para as oportunidades da empresa. Trabalhar em equipe não significa apenas trabalhar em conjunto: é preciso de compartilhamento. Os resultados nunca são alcançados por uma única pessoa,é preciso compartilhar com os outros para chegar ao objetivo final. Procurar desenvolver suas habilidades em equipe é se destacar e dar espaço para a liderança. Empresas valorizam profissionais capazes de gerir e motivar os colaboradores, buscando sempre o desenvolvimento da equipe e os melhores resultados. Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o seu negócio Se o empreendedor não pesquisar, seu concorrente pesquisará. Essa é a tônica do mercado atual. Se você viu no comercial da TV, não pode ser mais uma ideia, ou seja, está sendo fabricado e você não é o dono. Então, as novas soluções devem ser pesquisadas diariamente. O empreendedor vê oportunidades onde há crises. Veja o exemplo das locadoras de vídeo: os clientes pararam de ver vídeos ou apenas mudaram o jeito de assisti-los? Pense a respeito! Abrir uma empresa é como ganhar asas. Ser empreendedor é voar. Quando uma pessoa se lança ao desafio de criar um negócio próprio ela está ganhando asas. Inovações em corporações e corporações com inovações surgem, na maioria das vezes, em momentos de necessidade. Esses momentos demandam grandes soluções, que, por sua vez, demandam grandes idealizadores. Para qualquer solução necessária, exige-se riscos e tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém precisa ter “estrutura” profissional e emocional para ir em direção contrária ao fluxo. Em primeira instância (e em 99% das vezes) o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos. “Não, isto não vai dar certo”. Empreendedores ignoram o “não” e seguem adiante, exaurindo possibilidades e visionando o porvir. O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país, promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da população. É, também, um fator importantíssimo na geração de empregos e renda. Cases de sucesso: Habib’s Alberto Saraiva fundou uma das maiores redes brasileiras de fast-food. Com mais de 10 anos de existência, a empresa conta com mais de cem restaurantes, 22 mil colaboradores e vende, atualmente, mais de 600 milhões de sfihas. Porta dos Fundos Com vídeos curtos trazendo assuntos cotidianos de forma cômica fez com que seus idealizadores alçassem voos maiores, como programas de TV, livros, DVD do seriado e filmes. Rabisquedo Vendo um mercado que não é muito explorado, Jéssica Domingues faz bonecos personalizados para as crianças. A partir dos desenhos delas são criados os bichinhos de pelúcia. São brinquedos únicos que a criança poderá ter personalizados. Chefe&Você Gustavo Johnson criou um brigadeiro à base de leite em pó e whey protein, conquistando adeptos de academia e faturando, em média, R$ 15 mil mensais. Pão de Açúcar Abílio Diniz é uma referência em empreendedorismo. Seu pai abriu uma loja, que continua até hoje em funcionamento e, com sua visão, transformou o mercadinho do pai em um conglomerado. A história de Antônio Carlos, que você conhecerá a seguir, nos mostra que é possível sair do zero, e figurar entre as maiores posições, obtendo sucesso mesclando resultados com equilíbrio. Vamos sabem quem é Antônio Carlos e em que ramo ele decidiu empreender? https://www.youtube.com/watch?v=QOupGolLof8 Agora, acesse o material on-line para reforçar o aprendizado! Tema 4: Ética e responsabilidade socioambiental Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. É, também, o conjunto de normas de comportamento e formas de vida por meio do qual o homem tende a realizar o bem. É, ainda, uma ciência que tem como objeto de estudo a moral, moral positiva, o bem e possui leis e método próprio. A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia desses termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa “modo de ser”, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando “costumes”. Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e essas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral, para ele, tem caráter obrigatório. Já a palavra Ética, Motta (1984) define como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive, surgindo quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exige maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter- relacionamento entre ambas, pois, na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis. Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em situações como essa, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir dessa ou daquela maneira. Porém, o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática entra a moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade. A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais. Assim, percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitas voluntariamente. Assim determina Vasquez (1998) ao citar a Moral como um “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”. Enfim, Ética e moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam “respeitar e venerar a vida”. O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o destruindo; ou ele apoia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna o bem ou o mal deste planeta. Desse modo Ética e Moral se dão em uma mesma realidade. Muitas pessoas se formam em faculdades sabendo perfeitamente a parte técnica e teórica, porém, elas não têm a experiência e aplicação na sua área. Na sua carreira elas deverão tomar decisões importantes que nem sempre serão solucionadas pelo aprendizado da faculdade. Nesse momento a ferramenta de decisão, na maioria das vezes, seráo bom senso e a ética. Isso nos leva a tomar posições que conduzem toda sua carreira e seu futuro, tornando-o um bom ou mau profissional. Contudo, devemos estar cientes de todas as consequências e repercussões desta decisão e saber a responsabilidade que temos nos projetos, não só com o cliente, mas com a sociedade e a Natureza. A responsabilidade de um projetista, engenheiro ou até mesmo do arquiteto envolve diversas responsabilidades além do cliente. Ao desenvolver ou construir algo, deve-se entender que isso trará impactos, e devemos nos perguntar até que ponto o engenheiro é responsável por eles. Quando um profissional como o engenheiro recebe uma proposta de projeto, ele deve imaginar seus impactos no meio ambiente, na sociedade e nas pessoas envolvidas. Muitos se esquecem disso e executam o projeto sem ter alguma preocupação. Essa falta de reflexão traz graves problemas em diversas áreas, que vão se acumulando e se tornando cada vez mais difícil de se reverter. Muitas das atitudes tomadas são definidas por critérios muito simplistas e egoístas, como o financeiro, individualista ou a facilidade. Nem sempre o mais barato, fácil ou o que trará satisfação é a melhor decisão para uma questão tão abrangente. Afinal, o diferencial do engenheiro é procurar uma solução inovadora, que atenda todos esses critérios e que traga mais ganhos que prejuízos! Áreas como a engenharia trabalham com projetos que alteram a base e infraestrutura da sociedade, logo, as pessoas que projetam e executam o projeto devem ter plena consciência do que eles significam. Por exemplo, ao receber um projeto de construção de estrada que, para ser construída, deve desapropriar centenas de famílias, o engenheiro pode apenas ignorar o fator social e executar o projeto sem se responsabilizar pelos problemas gerados, apenas culpando o projetista. Contudo, tanto o engenheiro tanto quanto o projetista têm a responsabilidade pelas consequências do trabalho e a opção de alterá-lo quando necessário para diminuir os impactos. A desapropriação irá gerar problemas de falta de moradia, prejudicar economicamente e socialmente aqueles que terão suas casas perdidas, logo a busca de uma solução que resolva o dilema da moradia e da construção é a mais sensata. Se for feita uma análise mais ampla, pensando em uma cadeia de acontecimentos, a desapropriação irá afastar as pessoas da região onde residiam; elas serão realocadas em regiões periféricas, que têm menos infraestrutura e o tempo de locomoção até o centro será maior. Portanto é compreensível que algumas dessas pessoas busquem saídas para diminuir estes impactos, como ocupações, favelas ou moradias inadequadas. Logo, uma simples obra pode trazer impactos em diversas áreas, devido ao mal planejamento desta. Portanto é parte da formação de um bom profissional o comprometimento com a sociedade e meio ambiente, que deverão ser a base de seus trabalhos. Se ausentar dessa responsabilidade acaba trazendo atitudes precipitadas que geram impactos que se tornam cada vez maiores. A ética, por definição, é a busca pelo melhor modo de viver e conviver, conjunto com uma satisfação privada e pública. Então, as ações devem sempre ser pensadas visando a sociedade como um todo e nunca motivos particulares e simplificados. Você já viu um código de ética? Conheça os principais aspectos desse tipo de redação por meio do Código de Ética do CONFEA/CREA! http://www.confea.org.br/media/codigo_etica_sistemaconfea_8edicao _2015.pdf Responsabilidade socioambiental Meio ambiente seguro, consumo e produção sustentáveis, qualidade das relações e geração de valores para todos são palavras de ordem para o homem planetário, que busca empreender novas ações para a construção de um mundo melhor para a atual e para as futuras gerações. Paulatinamente, as pessoas foram adquirindo a consciência da responsabilidade com o ambiente em que vivem, com a qualidade de vida e com o desenvolvimento da sociedade em que se inserem, bem como estão cada vez mais cientes da necessidade de se associarem para construir um mundo melhor. Especialmente as empresas passaram a adotar novas políticas e princípios, em reconhecimento da responsabilidade socioambiental que decorre de suas existências na sociedade. O lucro expandiu seus significados, passando a contemplar uma faceta social: o lucro social. Além do retorno material, o exercício da atividade econômica consciente passou a objetivar a promoção de bem-estar social e ambiental. Mas, o que realmente é a responsabilidade socioambiental? É comum pensar que responsabilidade socioambiental é o resultado do investimento de valores em projetos sociais e ambientais. Esta é, acertadamente, uma medida de responsabilidade, dentre muitas outras possíveis. Responsabilidade socioambiental, portanto, é uma postura, é a adoção de práticas, ações e iniciativas em benefício da sociedade e do ambiente, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento do ser humano por meio de ações preventivas, educativas, culturais, artísticas, esportivas, assistenciais, de defesa de direitos humanos, do trabalho e do meio ambiente, de busca da justiça social e do apoio ao combate à ilegalidade. Ter responsabilidade social implica em pensar em desenvolver-se de forma sustentável, em criar uma estratégia de desenvolvimento econômico em sintonia com as demandas e questões sociais e a utilizar, de forma consciente, os recursos disponíveis no meio ambiente, permitindo a satisfação da necessidade atual sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias. Uma empresa empenhada em contribuir com a sociedade e com o ambiente, assumindo sua responsabilidade social, projetando seu desenvolvimento de forma sustentável, necessariamente está integrada com práticas de governança corporativa. Saiba mais sobre responsabilidade ambiental: http://www.mtcassessoria.com.br/artigo_responsabilidade_social_amb iental.htm O que é Ética? Veja entrevista do Prof. Mario Sérgio Cortela, Educador, Filósofo e Palestrante, no programa do Jô Soares! https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU Chegamos ao final do tema! Assista às explicações do professor Juliano, acessando o material on-line, e tire as dúvidas que possam ter surgido até agora. Tema 5: Inovação e criatividade O cenário mundial mudou e com ele também a forma de produzir, implementar e gerir a inovação. O conhecimento baseado na inovação prova, cada vez mais, suas virtudes de verificação e de descoberta em relação a todos os outros modos de conhecimento. Devido a essas mudanças, empresas de variados portes e segmentos estão sendo obrigadas a buscar novas alternativas de gestão, impulsionadas por fatores exógenos como a globalização, a necessidade de administrar adequadamente o conhecimento para gerar inovação e competitividade, e a formação de redes empresariais. Hoje, as organizações de ponta investem na inovação e desenvolvimento tecnológico por meio de incentivos como concursos, premiações e seminários para desenvolver projetos inovadores. Hoje, a inovação é reconhecida como fator primordial para o desenvolvimento das empresas e, principalmente, do país. Isso se concretiza numa cobrança cada vez maior por projetos mais inovadores. Criatividade e inovação não são sinônimos, mas andam juntas. Detalhes importantes e marcantes as diferenciam. A criatividade é a “faísca”, a inovação é a “mistura gasosa”: a primeira dura um pequeno instante, a segunda perdura e realiza-se no tempo. É a diferença entre inspiração e transpiração,a descoberta e o trabalho. A inovação é a criatividade aplicada em algum serviço ou produto. A criatividade é um processo individual; já a inovação é um processo coletivo, por isso, comumente dizemos o fulano é muito criativo ou aquela empresa é muito inovadora. A inovação exige das pessoas uma constante observação, análise e crítica do que já existe, acreditando que aquilo que é considerado bom pode ficar ainda melhor. A inovação está atrelada a criatividade. Um engenheiro deve ser criativo e inovador. Existe uma infinidade de problemas do dia-a-dia que o engenheiro vai resolver e esse número só cresce. Soluções criativas são muito valorizadas no mercado de trabalho, porque normalmente resolvem um problema com características singulares, como aqueles relacionados à economia de recursos. No ano de 1783, os irmãos Joseph e Etienne Montgolfier, inventaram o balão de ar quente. Joseph, ao ver a camisola da sua esposa levitar perto do forno onde estava para secar, pensou em construir um grande invólucro em forma de pêra, de papel de seda, com uma abertura na base para ser inflado com fumaça de palha queimada. Muitos já haviam visto essa cena, mas somente os irmãos Montgolfier tiraram proveito, pois eles viram muito mais que uma camisola flutuando, e aqui entrou a criatividade deles, que da junção da observação e criatividade transformaram em ação e inovação. Segundo a professora Tina Seelig, especialista em criatividade e inovação da Stanford University (EUA), as “cabeças inovadoras” constituem parte importante de uma estrutura que está inovando constantemente, devem deter e desenvolver três características importantes: Atitude A atitude criativa pressupõe um “desejo interno”, uma “pressão intelectual”, no sentido de estar sempre pensando a inovação. Quem desenvolve esta atitude é um benéfico e constante questionador de seu ambiente, sempre procurando oportunidades de gerar o novo, de fazer as coisas de modo melhor ou mais eficaz. Nesse sentido, o inovador se confunde com o empreendedor, que também apresenta intensamente esta atitude. Qual é a sua atitude atual? Inovadora? Passiva? Imaginação A atitude criativa pressupõe a existência de uma imaginação consistente, que vai além de seu “habitat” natural, que “viaja”, e que “sai da caixa” que a vida cotidiana impõe. Isso depende muito do ambiente no qual opera o inovador (comunidade, familiar, profissional), que pode favorecer ou não a criatividade. Como vai a sua capacidade de imaginar o novo? Conhecimento Para criar com produtividade e qualidade, o agente inovador deverá ser também, bom em sua área de atuação, pois ela será a sua base cultural e tecnológica, bem desenvolvida, que lhe dará amplitude no pensamento criativo. E você, tem procurado desenvolver-se técnica e culturalmente? Um engenheiro vive para criar. Tanto faz se for em projetos ou novos produtos, normalmente um engenheiro muda vidas, transforma a pesquisa em realidade. As diferentes formas de inovação podem ser classificadas de diversas maneiras. Destacamos aqui duas dessas visões, quanto ao objeto da inovação e quanto ao seu impacto. Inovação de produto Consiste em modificações nos atributos do produto, com mudança na forma como ele é percebido pelos consumidores. Exemplo: automóvel com câmbio automático em comparação ao “convencional”. Inovação de processo Trata de mudanças no processo de produção do produto ou serviço. Não gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios no processo de produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de custos. Exemplo: automóvel produzido por robôs em comparação ao produzido por operários humanos. Você já ouviu falar na fábula da “lagarta e a borboleta”? Assista à palestra de Martha Gabriel e entenda como essa fábula ilustra a relação entre criatividade e inovação! https://www.youtube.com/watch?v=d9oAIsEBclI Devemos levar em conta, ainda, a mudança no modelo de negócio, ou seja, na forma como o produto ou serviço é oferecido ao mercado. Essa mudança não implica, necessariamente, em alterações no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado. Como exemplo podemos citar um automóvel que é alugado ao consumidor. O consumidor, por sua vez, passa a pagar uma mensalidade pelo uso do veículo, com direito a seguro, manutenção e troca pelo modelo mais novo a cada ano; em comparação ao modelo de negócio tradicional, em que o veículo é vendido. Quando analisamos o impacto podemos ter: Inovação Incremental Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio. Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais. Inovação Radical Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo de negócios vigente. Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em mp3. Entretanto, no Brasil cria-se muitas ideias no papel (artigos científicos), mas temos uma conversão irrisória desta produção criativa em agregador de valor socioeconômico (patentes). O resultado disso é que temos apenas aproximadamente 2% de empresas inovadoras no país. Por outro lado, esse cenário representa uma das maiores oportunidades para os profissionais e empreendedores brasileiros, pois como existem poucas empresas inovadoras, quem investir em inovação terá grande diferenciação no mercado. Empresas inovadoras são as mais que faturam, cobram preços com maior valor, pagam os melhores salários e tem mais chances de serem internacionais/exportadoras. Sabendo destas características é insanidade não inovar. Porém, assim como na época do descobrimento do Brasil, que foi preciso colonizar o território, no tema inovação é preciso colonizar as mentes para usufruir dos benefícios desta cultura estratégica. Educação é a chave. Fica o convite a todos profissionais e empreendedores a se educarem para inovar! Quer saber como são os números de inovação no Brasil e no mundo? Leia a matéria a seguir: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI240066- 18478,00-INOVACAO+NO+BRASIL+X+INOVACAO+NO+MUNDO.html Para finalizarmos, façamos a leitura do artigo “Criatividade, inovação e controle nas organizações”, de autoria de Maria Cristina Sanches Amorim e Ronaldo Frederico: http://www.allameda.com/www/saudebr/Criatividade_inovacao_e_cont role_nas_organizacoes.pdf Vamos ver o que o professor Juliano tem a dizer sobre criatividade e inovação? Acesse o material on-line! Tema 6: Comunicação oral e escrita Talvez uma das coisas mais importantes que o ser humano tem para ser relacionar com as pessoas e que as empresas mais valorizam em um profissional, além de sua formação e experiência, é a comunicação. Saber se comunicar, seja com quem for e em qualquer lugar contribui para um bom desenvolvimento pessoal e para uma boa formação profissional. Mais do que isso, comunicar é poder se expressar por palavras e pela escrita, fazendo com que as pessoas compreendam a mensagem que está sendo transmitida. Sendo assim, no caso da linguagem escrita e oral, a comunicação ocorre com a decodificação da mensagem transmitida pelo emissor ou locutor da mensagem e conforme a variedade linguística empregada para se comunicar, o receptorou interlocutor entenderá ou não a mensagem transmitida. É importante saber se comunicar com diferentes públicos – dentro da empresa ou fora dela, com a família e os amigos. Nas empresas, no caso da apresentação de um projeto, por exemplo, a clareza e objetividade na comunicação são fundamentais quando desejamos prender a atenção das pessoas sem cansá-las, evitando que elas saiam antes mesmo de terminarmos de falar. Vale salientar que falar muito não é falar bem, mas falar bem também não significa falar pouco, mas o suficiente para expor as ideias e ser compreendido. As pessoas também devem ter atenção quando escrevem, para não se deterem a informações desnecessárias durante o desenvolvimento de um assunto para que não haja distorção da informação e nem a ausência de atenção no foco principal do assunto. Quanto mais conhecemos a natureza daquilo que se quer abordar, mais fácil fica de transmitir as ideias que se deseja transmitir ao nosso interlocutor. Quando não está preparado falta palavras e o nervosismo aflora. O ser humano carrega dentro de si a necessidade de comunicar-se, uma vez que se trata de um ser que não nasceu para viver sozinho, mas que vive em grupos e comunidades, conversando e interagindo, aprendendo e adquirindo conhecimento e sabedoria. A comunicação pode causar grandes efeitos na vida de uma pessoa, pois por meio dela é possível conseguir um bom emprego, uma promoção para o cargo desejado, ter uma boa produtividade na empresa, construir relacionamentos duradouros com as pessoas e, além de tudo, conquistar satisfação pessoal e realização profissional. Mas tão necessário quanto saber se comunicar é saber ouvir, retribuir com a devida atenção para quem está falando e interpretar a mensagem transmitida. Uma ferramenta bastante importante e muito utilizada pelas empresas é o feedback. Com ele, o profissional pode saber como anda a sua conduta na empresa, se o seu modelo de gestão está trazendo resultados, bem como o índice de aprovação que ele tem pela sua equipe ou como está o desempenho deles. O feedback pode ser aplicado ou dado não só nas empresas, mas em qualquer lugar e situação, pois ter o retorno do que se faz – independentemente de ser positivo ou negativo – é importante para o amadurecimento pessoal e profissional de cada um. Se o retorno for positivo, devemos procurar melhorá-lo continuamente, mas se for negativo devemos procurar, se possível, revertê-lo. Na realidade, o feedback é uma ferramenta que serve tanto para corrigir um comportamento quanto para orientar a fazer melhor o que já se fazia bem. Geralmente é dirigido para comportamentos que possam ser mudados e deve ser dado de forma espontânea e diretamente à própria pessoa, conforme a orientação, advertência ou qualquer assunto correlato que se deseje conversar. O feedback também não é algo assim tão fácil de ser posto em prática, isso porque quem recebe um feedback nem sempre consegue aceitá-lo com naturalidade e nem consegue vê-lo como algo importante na avaliação pessoal, que tem como objetivo corrigir ou melhorar aquilo que se estava sendo feito ou a maneira como estava sendo feita determinada tarefa ou, se for o caso, quando se tratar de atitudes e comportamentos, por exemplo. Para algumas pessoas, é difícil aceitar suas dificuldades e expô-las aos outros, muitas vezes por temer o que os outros vão dizer e por não ter conseguido dar o seu melhor. Para quem aplica o feedback o processo não é muito diferente, pois alguns temem em dá-lo e serem mal interpretados ou têm medo da reação de quem o recebeu, afinal, nunca se sabe em que estado emocional se encontra o indivíduo e tampouco seus problemas pessoais, que podem afetá-lo de diferentes maneiras, como no seu rendimento na empresa e nas atividades e relacionamentos fora dela. Pensando nisso, pesquisamos um material com muitas informações importantes que você deverá saber para que o processo comunicativo não mais seja um bicho-de-sete-cabeças! http://w3.ualg.pt/~jmartins/tecnicascomunicacao/ComunicacaoOral.pdf Ao se tratar de negócios, a comunicação exerce um papel fundamental nessas horas, pois é a chave que pode abrir as portas para novas oportunidades. Uma apresentação de slides bem-feita, por meio de tópicos devidamente selecionados, por exemplo, torna a explanação do assunto menos exaustiva e mais produtiva, uma vez que o assunto resumido permite uma interação maior com as pessoas; como também saber de que forma pedir aquele aumento tão esperado ou a promoção para um cargo do qual já se vinha planejando há bastante tempo. Sugerimos que você assista ao vídeo a seguir, que discorre sobre como manter uma boa comunicação no ambiente de trabalho. Vamos conferir? https://www.youtube.com/watch?v=QoBUmXtvJnc Outra forma de se comunicar é através da persuasão. Alguns têm uma habilidade muito grande em influenciar os outros com uma boa conversa, mas é preciso ter cuidado para não extrapolar com as palavras, pois, ao invés de encantar as pessoas pode acabar decepcionando-as. Em se tratando de ler e escrever bem, cultivar o hábito da leitura ajuda a compreender melhor diversos tipos de assuntos e facilita a comunicação oral e escrita, pois vai se adquirindo discernimento para discorrer melhor com as palavras. Quando entendemos melhor as pessoas, os conflitos diminuem e os relacionamentos crescem. Não se trata de usar palavras difíceis e complicadas num discurso ou em um texto qualquer sem nem ao menos saber ao certo o seu significado e se corresponde ou não ao contexto em que se pretende empregá-las, trata-se de como quem escreve deseja ser entendido por aqueles que vão ler sobre o assunto ou deliberar sobre o discurso, mas o bom mesmo é usar uma linguagem simples e de fácil acesso ao entendimento das pessoas. Agora, vamos a mais uma videoaula do professor Juliano! Confira, no material on-line! TROCANDO IDEIAS Espero que seus estudos estejam indo muito bem! Um bom método de treinamento de comunicação oral e escrita, é ler um texto de 4 a 5 páginas e resumi-lo em 15 linhas. Aproveite e peça para um familiar ou amigo ler o resumo que você fez e peça o feedback da leitura com o intuito de que ele tenha entendido o contexto. Boa sorte! NA PRÁTICA Quando estamos trabalhando devemos seguir as normas da empresa, uma delas é o uso de EPIs adequados para cada setor e função. Pesquise o significado de “EPI” e pense em 3 tipos diferentes de EPI usados na área de eletricidade e eletrônica. Fazendo essa pesquisa você perceberá o quanto é importante o uso de EPIs na indústria! SÍNTESE Nesta aula conseguimos ter a percepção de que as disciplinas transversais são tão importantes quanto as disciplinas técnicas na carreira do engenheiro. Na verdade, são um diferencial na hora de fazer uma entrevista de trabalho ou fechar um contrato de negócios. Conhecimentos técnicos atualmente são de fácil acesso, mas características humanas nem tanto. Entretanto, ambas as características transformam o engenheiro em um profissional capaz de liderar e modificar a empresa para melhor. Tenha em mente a atualização de todas essas características de forma conjunta. Não treine somente uma área. Um engenheiro desempenha um papel muito importante na sociedade! Até a próxima aula! Referências ATLAS, E. Segurança e medicina do trabalho: lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977. In: Manuais de legislação Atlas. Atlas, 2001. BAZZO, W. A.; DO VALE PEREIRA, L. T. Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e comportamentos. Ed. da UFSC, 2010.CAMARGO, M. Fundamentos de ética geral e profissional. Vozes, 2003. SUNG, J. M.; SILVA, J. C. Conversando sobre ética e sociedade. Vozes, 2002. VÁSQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1992.
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