Buscar

8Trabalho ID Unidade 8

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE ECONOMIA
CIÊNCIAS ECONÔMICAS
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES NO
DIREITO BRASILEIRO
Rafael de Campos Lima – 11611ECO020
Marcos José Ferreira de Souza Júnior – 11611ECO051
Sumário
1. História;
1.1. Platão;
1.2. Aristóteles e as funções do Estado;
1.3. Maquiavel;
1.4. Montesquieu;
1.5. Sieyès;
1.6. Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia de 1776;
1.7. A Constituição Norte – Americana de 1787;
2. A Composição dos Poderes no Brasil;
2.1. O Poder Legislativo;
2.2. O Poder Executivo;
2.3. O Poder Judiciário;
3. Bibliografia.
1. História
É de suma importância conceituar historicamente o princípio da divisão dos poderes, uma vez que ela representa um dos mais relevantes preceitos constitucionais. A evolução desse princípio até ele se desencadear em uma porção componente de um texto constitucional é muito relevante para um Estado Democrático de Direito.
Platão
O filósofo Platão foi o primeiro autor a expor as funções do Estado e a importância em dividi-las para que não haja abuso de poder. Platão já dizia em sua obra “A República”, mesmo antes de Aristóteles explicar de forma específica essa divisão, que o homem perde toda sua dignidade se estiver ao seu alcance um poder concentrado, ou seja, o homem abusa do seu poder, sendo essa a grande razão da separação existir.
Ainda em sua obra, Platão afirma que certos conhecimentos são necessários para a instituição de um Estado, o mais perfeito possível, regido por governantes sábios e justos, mesmo diante da dúvida acerca de se o Estado planejado é possível ou não e, se possível, quais são suas condições de realização. Platão subordina essa realização à justiça e moralidade dos membros da polis e do caráter de seus cidadãos.
 Dessa forma, Platão forma sua célebre teoria dos governantes-filósofos, qualificados assim por seu grau de conhecimento e disposição racional para suas ações, pois a moralidade contribui para o fortalecimento da justiça apenas quando se associa a certos conteúdos cognitivos indissoluvelmente ligados a uma prática racional. Ao exercício do governo só chegam pessoas qualificadas com conhecimentos específicos e capacidades morais, dotadas de uma peculiar disposição racional.
1.2. Aristóteles e as funções do Estado
Aristóteles é considerado o teórico básico do princípio da divisão dos poderes, pois, já na Antiguidade, o autor afirmou que todo Estado possui três grandes poderes que são essenciais para a sua existência. São eles: o poder que delibera sobre os negócios do Estado (chamado de função deliberativa); o poder que compreende todos os poderes necessários à ação do Estado, ou o poder que exercia a magistratura (conhecido por função executiva) e, por fim, o poder que administra a justiça e abrange os cargos da jurisdição (denominado como função judicial).
1.3. Maquiavel
O pensamento de Maquiavel, durante o século XVI, assume um importante papel para a formação do ideal de separação dos poderes. Foi um historiador que ficou bastante conhecido pelos seus escritos sobre como o governo e o Estado dizendo sobre como eles realmente são, diferente da maioria dos teóricos que dissertam sobre como deveriam ser.
O autor renascentista foi responsável por revelar uma França com três poderes bastante distintos: um poder Legislativo representado pelo Parlamento, um poder Executivo efetivado na figura do Rei e um poder Judiciário independente. Ele prevê na separação dos poderes uma forma de beneficiar o Rei e não decompor a sua imagem. 
Nessa perspectiva, o Judiciário protegeria os mais fracos (vítimas dos poderosos) e deixaria o Rei livre de decidir conflitos ou editar leis, além de não precisar enfrentar as pessoas que não tivessem suas razões atendidas. 
1.4. Montesquieu
Foi pela interferência de Montesquieu que a teoria da divisão dos poderes foi agregada às Constituições. Em sua obra “O espírito das leis”, o pensador francês expôs a ideia de três poderes – o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário – que agem de maneira independente e harmônica. O modelo do francês é considerado por muitos como a melhor forma de dividir os poderes públicos.
Durante essa que foi sua principal obra, Montesquieu introduz a ideia da soberania do povo, isto é, o poder do povo que, segundo ele, deve ser exercido apenas por meio de representação, sendo o voto a forma pela qual o cidadão manifesta sua vontade. Para que esse poder seja realmente efetivado, é necessário que haja uma relação de confiança entre os que representam e os que são representados.
Ele foi responsável também pela criação do Sistema de Freios e Contrapesos, decorrente da própria separação e independência das funções do Estado. Este sistema é formado pela “faculdade de estatuir”, que é interpretada como o poder de ordenar ou corrigir o que foi por outro ordenado, e pela “faculdade de impedir”, que consiste no poder de anulação de uma ação efetuada por outro. Em geral, o poder deveria ser autônomo e deveria exercer a função a que lhe foi atribuída. 
Montesquieu fez uma citação em sua obra que ficou bastante conhecida e trata desse assunto, sendo ela: “Para que ninguém possa abusar do poder, é necessário que, pela disposição das coisas, ‘o poder limite o poder’”.
Na atualidade, muitas das Constituições Federais são inspiradas por conceitos do pensador francês, como por exemplo, a Constituição brasileira, que estabelece já em seu primeiro artigo a ideia de que: 
“Art. 1º. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”.
1.5. Sieyès
Emmanuel Joseph Sieyès foi um pensador francês muito importante para o Direito Constitucional por construir a teoria do Poder Constituinte em sua obra. É dito que esse poder, como o próprio nome indica, visa constituir, criar e positivar normas jurídicas de valor constitucional, sendo que ele não se subordina a nenhum outro e possui sua própria natureza. Sendo assim, ele caracteriza-se como inicial, autônomo, omnipotente e imperecível.
Segundo o autor, há uma distinção entre titularidade do poder e exercibilidade dele, pois o titular é necessariamente o povo, porém o exercente é aquele que, em nome do povo, constrói o Estado, editando e reformando a carta constitucional. Ademais, a sua teoria constitui-se também como uma teoria da legitimidade do poder constituinte, pois Sieyès coloca o poder constituinte como voltado para o interesse comum da nação, não podendo ser deturpado para a satisfação de interesses pessoais ou de pequenas coletividades.
1.6. Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia de 1776
A partir da elaboração de Montesquieu, as Constituições e Declarações de Direitos começaram a concretizar o princípio da Tripartição dos Poderes. 
A Declaração de Direitos da Virgínia (1776) se inscreve no contexto da luta pela independência dos Estados Unidos da América e nela já se verifica um parágrafo apenas para determinar os poderes do Estado. O parágrafo V deixa claro: 
“Que os poderes legislativo, executivo e judiciário do Estado devem estar separados e que os membros dos dois primeiros poderes devem estar conscientes dos encargos impostos ao povo, deles participar e abster-se de impor-lhes medidas opressoras; que, em períodos determinados devem voltar à sua condição particular, ao corpo social de onde procedem, e suas vagas se preencham mediante eleições periódicas, certas e regulares, nas quais possam voltar a se eleger todos ou parte dos antigos membros (dos mencionados poderes); segundo disponham as leis.” (EUA, 1776).
Essa declaração foi muito importante por chamar atenção à questão da separação dos poderes e consagrar a Tripartição como um princípio fundamental ao direito. Somado a isso, foi o documento que influenciou a Declaração de Independência norte-americana.
1.7. A Constituição Norte – Americana de 1787
Finalmente o modelo da Tripartição dos Poderes foi posto em nível constitucional. Os Estados Unidosintegraram à sua Constituição a questão da atribuição de funções específicas para cada um dos poderes, deixando clara a essencialidade da independência e da fiscalização entre eles. 
Com o objetivo de equilibrar os poderes, esta Constituição colocou em seus primeiros três artigos os órgãos e os representantes dos poderes públicos e possibilitou a descentralização do poder total na mão de um só soberano.
Por fim, têm-se ainda a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, inspirada pela independência norte-americana e que inclui em seu artigo 16 a separação dos poderes, e a Constituição Francesa de 1791, que resumia as realizações da Revolução Francesa e afirmava propostas já defendias pela declaração supracitada, como importantes marcos na história da separação dos poderes. 
2. A Composição dos Poderes no Brasil
A composição encontrada hoje no Brasil foi denominada como a Tripartição 	dos Poderes Públicos e surge na passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal. Essa teoria foi criada pelo francês Montesquieu e, como diz o nome, funciona da maneira tripartite: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário atuando de forma independente e harmônica. Dessa forma, cada partido possui sua atividade central e outras atividades secundárias que possibilitam uma organização em que não há abuso de poder. 
Uma questão que sempre foi motivo para discussão entre os teóricos institucionais do ocidente é sobre como assegurar o controle do exercício do poder governamental de tal modo que não seja possível, a este, destruir os valores cuja promoção foi criado.
De acordo com essa visão, aqueles que historicamente advogavam em nome do constitucionalismo foram enfáticos em reconhecer o papel estratégico a ser desempenhado por uma estrutura governamental na sociedade. Entretanto, atentaram também para o fator essencial de se limitar e controlar o exercício desse poder.
Para que se faça uma escolha dentre todas as teorias pensadas que buscaram sempre a amenização dessa dicotomia, ou seja, a relevância da função, ou limitação, do poder, a doutrina da “separação dos poderes” posicionou-se como as mais significantes, vindas a influenciar diretamente os arranjos e formas institucionais do mundo ocidental como o conheceram em sua estrutura organizacional política.
Dessa forma, é possível adquirir, inclusive, o status de um arranjo que virou verdadeira substância de acordo com o curso do processo de construção e de aprimoramento do Estado de Direito, chegando, portanto, ao ponto de servir de “pedra de toque” para se afirmar a legitimidade dos regimes políticos. 
É importante ressaltar que não existe uma completa independência entre os poderes públicos, isto é, às vezes é possível notar a superioridade ora de um, ora de outro, sobre os demais. Além disso, não há uma identidade perfeita entre determinada “função” e o “poder” correspondente.
2.1. O Poder Legislativo
O poder legislativo brasileiro é exercido pelo Congresso Nacional, que, por sua vez, é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. As duas casas possuem poderes equivalentes, mas se diferem em suas características. A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos por voto proporcional e direto, isto é, de acordo com a população de cada Estado. Santa Catarina, por exemplo, tem 16 deputados federais. 
Hoje temos 513 deputados e o mandato deles é de quatro anos. Os membros do Senado também são eleitos por voto direto, mas majoritário, e não de maneira proporcional, como é o caso da Câmara dos Deputados. 
Desta forma, cada Estado tem três senadores, igualmente. Eles representam a unidade federativa, e não a população daquela unidade. Ainda, cada senador é eleito com dois suplentes. 
Nos Estados, o poder legislativo é representado pelas assembleias legislativas, compostas por deputados estaduais. O número de eleitos, nesse caso, é proporcional à população. Santa Catarina possui, por exemplo, o total de 40 representantes. 
Já nos municípios os representantes do Legislativo são os vereadores, que, por sua vez, compõem a Câmara de Vereadores e são eleitos por sistema proporcional.
A Câmara e o Senado têm comissões, sendo algumas permanentes e algumas especiais. Entre as permanentes de maior destaque estão a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Finanças e Orçamento, esta última responsável por analisar os gastos de um projeto, por exemplo, ou o orçamento de algum programa governamental.
 As Comissões Parlamentares de Inquérito, conhecidas como CPIs, são especiais e tem como objetivo investigar e julgar determinadas questões, como casos famosos a exemplo das investigações do mensalão, e demais investigações pontuais acerca de atividades suspeitas que envolvem o dinheiro público.
2.2. O Poder Executivo
O Poder Executivo tem a função de governar o povo, assim como administrar os interesses públicos, de acordo com as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, país que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. 
O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período. Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentais e as propostas de orçamento. 
Cabe ao Poder Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da República também pode iniciar esse processo. Em caso de relevância e urgência, adota medidas provisórias, de forma a propor emendas à Constituição, projetos de leis complementares, ordinárias e leis delegadas.
O Presidente da República também tem o direito de rejeitar ou sancionar matérias e, ainda, pode decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio. Além disso, é designado ao Presidente da República manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos. 
O Presidente precisa também celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional por meio de votações em três, quatro ou cinco sessões, dependendo da característica em que a medida se enquadra. Compete, ao cargo, a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outra mais branda.
É necessário cumprir com alguns requisitos para se candidatas ao cargo de chefe do executivo federal, sendo eles:
ser brasileiro nato;
ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito;
ter o pleno exercício de seus direitos políticos;
ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil;
ser filiado a uma agremiação ou partido político;
não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.
Em caso de viagem ou impossibilidade de exercer o cargo, o primeiro na linha sucessória a ocupar o cargo de presidente é o seu vice. Em seguida vêm o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do Supremo Tribunal Federal, sendo a sucessão exclusividade do vice-presidente da república. 
Estes últimos casos são normalmente recorridos em momentos de grave crise institucional política vivida pela país, como em situações de impedimento de mandato (impeachment) ou cassação de alguma chapa de campanha eleita.
2.3. O Poder Judiciário 
A estrutura do Poder Judiciário é composto a partir da hierarquia dos órgãos que o compõem, ou seja, a partir de suas instâncias. A primeira delas corresponde ao órgão que irá primeiramente analisar e julgar a ação apresentada ao Poder Judiciário. As demais instâncias compreendem as decisões proferidas pela instância inferior a ela, e sempre fazem tal ação considerando a presença em órgãos colegiados, ou seja, um grupo de juízes que participam do julgamento.
Devido ao princípio do duplo grau de jurisdição,as decisões proferidas em primeira instância poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria.
Às instâncias superiores, cabe, também, em decorrência de sua competência originária, apreciar determinadas ações que, em razão da matéria, lhes são apresentadas diretamente, sem que tenham sido submetidas, anteriormente, à apreciação do juízo inferior. A competência originária dos tribunais está disposta na Constituição Federal.
A organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários órgãos que o integram nos âmbitos estadual e federal.
À Justiça Estadual, cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da Justiça Federal comum ou especializada. 
A Justiça Federal comum é aquela composta pelos tribunais e juízes federais. É responsável pelo julgamento de ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas. Já a Justiça Federal especializada é aquela composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar.
No que se refere à competência da Justiça Federal especializada, tem-se que, à Justiça do Trabalho, compete conciliar e julgar os conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores. É formado por Varas do Trabalho, pelos Tribunais Regionais do Trabalho (composto por juízes nomeados pelo Presidente da República) e pelo Tribunal Superior do Trabalho (composto por vinte e sete ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal). 
À Justiça Eleitoral compete, principalmente, a organização, a fiscalização e a apuração das eleições que ocorrem no país, bem como a diplomação dos eleitos. A Justiça Eleitoral é formada pelas Juntas Eleitorais, pelos Tribunais Regionais Eleitorais, que são compostos por sete juízes e pelo Tribunal Superior Eleitoral, também composto por sete ministros.
E, à Justiça Militar, compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. É composta pelos juízes-auditores e seus substitutos, pelos Conselhos de Justiça, especiais ou permanentes, integrados pelos juízes-auditores e pelo Superior Tribunal Militar, que possui quinze ministros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal.
3. Bibliografia
* BRANCATO, Ricardo Teixeira. “Instituições de Direito Público e de Direito Privado”. Editora Saraiva, 11. edição, São Paulo, SP, 1998.
* SOUSA, Rainer Gonçalves. "Três Poderes“. Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/politica/tres-poderes.htm>.
* BRASIL. «Constituição Federal, art. 2º».
* COUCEIRO, Julio. “Princípio da Separação de Poderes em corrente tripartite”. Âmbito Jurídico. Disponível em <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?artigo_id=10678&n_link=revista_artigos_leitura>.
 *CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 7. Ed. Coimbra: Almedina, 2003 a 2013.
*MEDEIROS, Alexandro M. A Justiça e a Constituição do Estado na República de Platão.

Continue navegando