Buscar

TCC FINAL

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Este artigo foi elaborado na disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia, Licenciatura, da FAESI – Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu. 
O tema deste artigo, “A escola de educação básica, na modalidade de educação especial”, surgiu após as observações realizadas na disciplina de Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia, nesta área de atuação. A pesquisa de campo foi realizada com os professores que atuam na Escola Especial Zilda Arns Neumann. APAE de Santa Helena. 
A nova estrutura pedagógica que a educação especial possui deixou hoje de ser somente assistencialista, e volteou – se à formação fundamental das crianças com necessidades especiais, tanto nas escolas de ensino regular, que possui as classes multidisciplinares, quanto nas escolas de educação básica na modalidade de educação especial. 
Através deste estudo, compreende-se de fato qual foi a real mudança no quadro pedagógico das escolas que atendem crianças, jovens e adultos que apresentam alguma necessidade especial, e para isto, realizara-se uma entrevista com os professores dessa área de ensino, deixando claro para os docentes a mudança da estrutura pedagógica da modalidade de educação especial.
Para que se possa compreender como ficou a nova organização pedagógica das escolas na modalidade de educação especial, será preciso conhecer primeiro como era composta a educação especial antes e quais as mudanças ocorridas até os dias atuais. 
Sabe-se que a discussão sobre inclusão escolar das pessoas com necessidades educacionais especiais precisa-se de uma atenção e forma de educação diferenciada, então foram levantados muitos questionamentos sobre isso, mas que sempre são respondidos a cada dia, por cada professor e educando que passa por essas experiências. 
O foco maior dessa nova nomenclatura, que começa com as APAEs e atualmente com Escola de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial, é o máximo de alunos inclusos e alfabetizados na sociedade. Entende-se ainda que a atual situação da Educação Inclusiva seja o resultado de muita discussão das políticas sociais brasileiras, tanto daquelas que são da classe trabalhadora quanto da classe que detêm o poder econômico no país, ou seja, duas classes brigando pelo mesmo objetivo, que é o de incluir pessoas com necessidades especiais educacionais em escolas tanto de ensino regular comum quanto em ensino especializado comum.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O tema deste artigo é “mudanças que ocorreram na educação básica, especialmente na modalidade de educação especial, e seus benefícios na concepção dos professores da escola Zilda Arns Nauman (APAE) de santa helena, Paraná.”, tendo como problema de pesquisa qual a mudança e a nova estrutura pedagógica da educação especial atuando na modalidade de educação básica?
Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP – 2008 p. 15).
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. 
Sendo assim, é importante que metodologias e recursos específicos sejam selecionados e aplicados de forma eficaz e coerente, devem sempre ser respeitadas as limitações que cada aluno apresenta sem esquecer-se de valorizar as potencialidades que eles possuem.
PROBLEMA DE PESQUISA
Qual as mudanças que ocorreram na educação básica, especialmente na modalidade de educação especial, e seus benefícios na concepção dos professores da escola Zilda Arns Nauman (APAE) de santa helena, Paraná?
HIPÓTESES DE PESQUISA
Entenderemos que com a nova estrutura que a escola de educação básica na modalidade de educação especial adotou se questionarmos os professores sobre, quais foram às mudanças obtidas. 
Conheceremos a nova estrutura pedagógica da escola de educação básica na modalidade de educação especial se pesquisarmos os benefícios que essa nova estrutura trouxe à comunidade escolar.
Verificaremos as mudanças da proposta curricular, se estabelecermos uma relação entre o antes e o depois da estrutura pedagógica da escola de educação especial.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Compreender as mudanças que ocorreram na educação básica, especialmente na modalidade de educação especial e os seus benefícios.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Entender a mudança que ocorreu na educação especial.
Conhecer a nova estrutura pedagógica da educação básica para a modalidade de educação especial.
Verificar as prováveis mudanças da proposta curricular na educação especial.
REFERENCIAL TEÓRICO
EDUCAÇÃO ESPECIAL, ASPECTOS HISTÓRICOS E PONTOS PRINCIPAIS.
Quando se inicia a discussão sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais em escola regular de ensino, algumas perguntas vêm à tona, como por exemplo, uma pessoa com deficiência severa possui capacidade de acompanhar e aprender o mesmo que um aluno sem deficiência? Como os alunos da escola básica de ensino reagiriam com a presença de alunos com necessidades especiais? São inúmeras perguntas e questionamentos que já foram e ainda serão realizados sobre esse assunto.
A história relata que a educação há algum tempo, sofreu e sofre evoluções no aspecto histórico e pedagógico. Segundo um artigo publicado pela autora Sandra Vaz de Lima, nos relata o seguinte (2009, sem paginação)
Os primórdios da Educação Especial pelos finais do século XVIII. Esta época é caracterizada pela ignorância e rejeição do indivíduo deficiente. Nas sociedades antigas era normal o infanticídio quando se observavam anormalidades nas crianças. Durante a Idade Média a Igreja condenou esta prática, mas por outro lado, acalentaram a idéia de atribuir as causas sobrenaturais as anormalidades de que padeciam as pessoas. Considerou-as possuídas pelo demônio e outros espíritos maléficos e submetia-as a prática de exorcismo 
Diante disso, só priorizavam um grupo ou uma classe social para a aprendizagem, havia uma exclusão por parte da classe alta, apenas ela deveria ser a detentora do conhecimento. Nessa época, quando nascia uma criança com deficiência, ela era escondida pela família, e, na maioria das vezes, sacrificada. Isso acontecia porque as pessoas acreditavam que um ser maligno havia incorporado no corpo do indivíduo, causando tal deficiência. Com o passar dos anos, as pessoas com necessidades especiais começaram a ganhar espaço na sociedade e conquistar seus direitos, isso começou com a primeira LDB a 4.024/71. 
Em nosso país, o atendimento especial às pessoas com deficiência, começou ainda no império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, conhecido atualmente como Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, que é conhecido hoje como Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos localizados no Rio de Janeiro. No começo do século XX, mais exatamente no ano de 1926, foi criado o Instituto Pestalozzi, que era especializado no atendimento as pessoas com deficiência mental, e em 1954 foram fundadas as primeiras Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAEs. Segundo a primeira LDBEN (Lei de Diretrizes da Educação Nacional), Lei nº 4.024/61, diz: Art. 88. A educação de excepcionais deve no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade. 
A LDB 5.692/71 que altera a Lei 4.024/61 traz o seguinte: 
§ 2º - Em qualquer grau, poderão organizar-se classes que reúnam alunos de diferentes séries e de equivalentes níveis de adiantamento, para o ensino de línguas estrangeiras e de outras disciplinas, áreas de estudo e atividades em que tal solução se aconselhe.Art. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação. 
Na LDB 9394/96, que altera novamente a lei de educação brasileira, já traz o seguinte: 
	
Art. 58° Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § “3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil”. 
Foi então a partir desta lei que se iniciou um pensamento sobre o atendimento educacional especializado sobre a educação especial foi em 2011 que houve um grande avanço para a educação especial, onde houve a alteração de denominação onde eram escolas de educação especial e passaram a serem escolas de educação básica na modalidade de educação especial.
Com isso entende-se que a partir de agora o atendimento individual e especializado será realizado tanto em uma escola de classe comum, como uma escola especial (APAE), sendo assim, as crianças terão um ensino básico de educação, além da alfabetização as crianças tem em escola básica especial o atendimento da equipe multidisciplinar que é composta por fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicóloga, psiquiatra e assistente social. 
3.2 EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL.
O Paraná é um dos únicos estados do Brasil, que reconhece e tem publicada a sigla APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) no diário oficial do estado, isso foi conquistado no início do século XXI e foi uma grande vitória para o estado paranaense e para os alunos que necessitam de atendimento especializado. Além de receberem o atendimento educacional, os alunos das APAES continuaram recebendo o atendimento especializado nas áreas de psiquiatria, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e assistência social. 
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Paraná, fazendo com que as APAEs fossem consideradas formais e normativas escolas de “Educação Básica na Modalidade de Educação Especial na Área de Deficiência Intelectual e Múltiplas”. E, consequentemente, ficassem fora do alvo do Ministério da Educação, que queria transformá-las em Centros de Atendimentos Especializados. De acordo com a ex-chefe do Departamento de Educação Especial e Secretaria de Estado da Educação (SEED) Angelina Matiskei, (2010, sem paginação) “com essa medida o estado do Paraná afasta a possibilidade do fechamento das escolas”. 
Segundo o Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional – DEEIN/PR (2014, p1).
	
A escola de Educação Básica na modalidade de Educação Especial é uma instituição destinada a prestar serviço especializado de natureza educacional a alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes da deficiência intelectual e múltiplas deficiências, de transtornos globais do desenvolvimento, de condições de comunicação ou sinalização diferenciadas, que requerem atenção individualizada nas atividades da vida autônoma.
Esta modalidade de ensino existe para que seja uma forma de incluir em sociedade esses alunos, sendo que nas escolas eles têm um amplo atendimento, onde irão aprender muita coisa e se tornar na medida do possível o mais independe que possa ser, pois são pessoas como qualquer outra, além de terem muitas qualidades individuais que só as conhecendo para ver o quão é o seu potencial.
	No regimento interno da SEED, no artigo 41, se diz que cabe ao Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional (2009, p. 202):
Gerir as políticas públicas em Educação Especial para alunos com deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, deficiência visual, surdez, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
	Ou seja, diz-se que cabe a esse órgão fiscalizar e orientar para que aja acesso às pessoas com dificuldade especiais a escolas e demais setores da sociedade, havendo assim, toda uma inclusão social de forma com que o bem estar das pessoas sejam sempre privilegiados.
	De acordo com o artigo da APAE Educadora: A escola que buscamos (2001 p. 35) a grade pedagógica então para essa nova modalidade de ensino ficou assim apresentada:
Educação infantil: estimulação essencial de 0 (zero) a 3 (três) anos e 11 (onze) meses de idade. Pré-Escolar – 4 (quatro) anos a 5 (cinco) anos e 11 (onze) meses.
Ensino fundamental: Ciclo contínuo de 5 (cinco) anos. Idade de ingresso, a partir dos 6 (seis) anos a 16 (dezesseis) anos e 11 (onze) meses. Sistema de Avaliação: avaliação processual, contínua, diagnóstica e descritiva. Carga horária: 200 dias letivos mínimos; 800 horas anuais; 20 horas semanais; 04 horas diárias efetivas de trabalho pedagógico. 75% de frequência para aprovação.
Educação de Jovens e Adultos – Fase I: Organizada em duas etapas. A matriz curricular referenciada nas diretrizes nacionais e estaduais é constituída por três áreas do conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática e Estudos da Sociedade e da Natureza. Carga horária mínima de 1.200 horas. Sistema de Avaliação: avaliação processual, contínua, diagnóstica e descritiva, apresentada em relatório que será convertida para a menção nota mínima 6,0 (seis). Idade de Ingresso, a partir dos 17 (dezessete) anos. 
Com esta nova grade de ensino para a escola de educação básica na modalidade de educação especial, espera-se que os alunos sejam bem preparados para enfrentar os desafios da sociedade, além de tudo, ela beneficiará os mesmos, tendo a esperança de que haja menos evasão e mais inclusão na escola.
3.3 COMO ERA A ANTIGA PROPOSTA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E COMO ESTÁ SENDO ATUALMENTE.
Como citado nos capítulos anteriores, a antiga proposta curricular para a educação especial era apenas assistencialista, as pessoas com necessidades especiais eram excluídas da sociedade, não eram levadas a sério e muitas vezes eram desprezadas pela própria família.
Já a partir da política de educação inclusiva que está estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional 9394/96, que foi alterada pela lei 12.796/13, que é referente a essa modalidade no art. 4º inciso III, garante a obrigatoriedade do Atendimento Educacional Especializado, ou seja, é garantido por lei, que as pessoas que apresentam necessidades educacionais têm o total direito de frequentar uma escola de educação básica na modalidade de educação especial. 
Segundo Brasil (2013, p. 303):
...gratuito aos educandos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal ao todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino. 
Hoje a educação possui o objetivo de garantir os direitos e a inclusão de todos na sociedade e nos seus segmentos e está preparada para trabalhar com pessoas portadoras de necessidades especiais, tendo uma equipe composta por profissionais específicos nas áreas da saúde e educação.
METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos propostos neste artigo cientifico será realizada uma pesquisa de campo e bibliográfica que do ponto de vista dos procedimentos técnicos que se entende pelos autores Kauark,, Manhães Medeiros (2010, p 28), quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, material disponibilizado na Internet.
Também foi realizadade cunho exploratório onde pelo entendimento de Kauark et.al (2010, p 28) diz-se que:
Objetiva a maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.
E por fim de caráter qualitativo que segundo os autores (a): Kauark,, et.al (2010, p 26)
Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.
 O problema de pesquisa será abordado por meio da coleta de dados através de questionários com perguntas abertas. A coleta de dados será feita através de entrevistas e os resultados serão analisados e interpretados com base em uma fundamentação teórica.
De acordo com Fiorese (2003, p. 27): “O método (metodologia) é o conjunto de processos pelos quais se torna possível desenvolverem procedimentos que permitam alcançar um determinado objetivo”.
Para que qualquer pesquisa seja desenvolvida é primordial que se tenha um método claramente definido e comprovadamente eficaz, a pesquisa visa obter compreensões aprofundadas acerca dos problemas estudados, a pesquisa precisa ser entendida como um processo de construção de conhecimento, portanto pesquisar requer um planejamento minucioso das etapas a serem observadas, como seleção do tema de pesquisa, definição do problema a ser investigado, processo de coleta, análise e tratamento dos dados, e apresentação dos resultados.
4.1 PERSPECTIVA DO ESTUDO
O questionário, portanto, caracterizou-se com o objetivo de compreender as mudanças que ocorreram na educação básica, especialmente na modalidade de educação especial e os seus benefícios.
Para a realização desta pesquisa, o instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário cuidadosamente elaborado pelo próprio autor deste artigo e validado por professores da UNIGUAÇU. O questionário consistiu em três questões que foram entregues aos professores da Escola de Educação Especial no dia 15 de abril de 2015, tendo como referência o tema do artigo que é a mudança na estrutura pedagógica da modalidade de ensino de educação especial. 
4.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O questionário foi realizado com 7 (sete) professores que atuam na Escola Especial Zilda Arns Neumann APAE no Município de Santa Helena – PR, no dia 15 de Abril de 2015.
4.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
Não houve limitações para a pesquisa.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo, após a aplicação dos questionários com 8 professoras da Escola Zilda Arns Neumann da cidade de Santa Helena – PR serão analisadas as respostas das referidas docentes em relação à nova proposta da DEEIN para resolução da estrutura pedagógica.
5.1. A primeira pergunta do questionário apresentada aos profissionais foi: Como você entendeu a nova proposta curricular da Educação Básica na Modalidade de Educação Especial na Área de  Deficiência Intelectual e Múltipla? 
Segundo as respostas obtidas. 
...eles esclarecem que com a atual política de educação especial na perspectiva de educação inclusiva, visa se universalizar o ensino, a população que necessita desta modalidade de ensino, dando acesso e atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino, nas salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou especializados. 
Entende-se que a nova proposta curricular.
...está mais adequado a alunos que apresentam deficiência intelectual e múltipla, sendo essa uma tentativa de criar uma nova mente, um modelo padrão para a educação desses alunos. Sendo que a nova proposta vem para auxiliar e melhorar a qualidade de ensino na modalidade e educação especial, onde haverá mais comprometimento. 
Com isso, entende-se que segundo a resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 (2009, p. 1) Art. 3º A Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, tendo o AEE como parte integrante do processo educacional. 
Alguns professores acreditam que não sabem até que ponto a nova proposta curricular está de acordo com a realidade encontrada na escola, pois há mudanças na teoria, mas que na realidade pouco se mudou.
5.2. Já na segunda pergunta: Quais os benefícios que essa nova estrutura irá trazer para a comunidade escolar?
Os docentes se posicionaram da seguinte forma:
Todos os professores entendem que a nova estrutura irá trazer um melhor entrosamento entre as turmas do mesmo nível de ensino para que possa haver uma melhor valorização de cada deficiência. Ou também uma melhor acessibilidade, possibilitando a adaptação conforme a necessidade que cada aluno tenha. 
Alguns professores acreditam que deve haver mais comprometimento com profissionais docentes e mais valorização da comunidade. Alguns benefícios podem vir de forma que o governo e a família possam ajudar como cita uma professora que respondeu a pesquisa: 
“maior participação da família e da comunidade, um acesso ao ensino comum (para que esses alunos possam ter essa experiência), transversalidade da modalidade de educação especial, uma formação de educadores para atendimento educacional especializado, mais acessibilidade na arquitetônica, nas mobílias tanto na escola como em locais públicos e principalmente no transporte”.
Segundo a resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. (20019, p. 2) no artigo 10 diz que:
Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização:
 I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
 II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; 
III – cronograma de atendimento aos alunos; 
IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; 
V – professores para o exercício da docência do AEE;
 VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção;
 VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.
Um professor que respondeu o questionário acredita que “não são benefícios, pois as propostas mudam anualmente e nunca conseguem se adequar, sem dizer que o que está no papel é completamente diferente da prática”.
5.3. Por fim na terceira e última pergunta que questionava: Em sua opinião o que mudou da proposta curricular? (Faça um breve comparativo entre o antes e depois).
Quando se aborda o tema currículo deve-se lembrar que o mesmo é importante e crucial para o desenvolvimento de propostas pedagógicas.
Segundo o Currículo Básico (2015, p. 12):
Houve então a necessidade de construir um currículo, a partir das condições concretas da vida social. Para tanto foi necessário refletir sobre as bases filosóficas, psicológicas, pedagógicas e legais em sua relação com a sociedade, definindo-se o método que susteria a estrutura curricular.
Cada professor (a) respondeu o questionário separando o passado do presente, colocando suas opiniões a respeitodo tema abordado.
Alguns citaram que antigamente, a prática docente era mais voltada ao assistencialismo, cada professor fazia a sua proposta de acordo com o que achava que tinha que trabalhar com o aluno. Mas também, havia concepções segregativas, praticas discriminatórias, exclusão social e a teoria tradicional. 
Cada docente deve seguir a nova proposta, norteando o seu trabalho educacional, onde as atividades estão ligadas mais as práticas pedagógicas, com conteúdos e objetivos direcionados dentro de uma proposta que favorece a organização do planejamento e mais valorização nas escolas.
Já outros professores acreditam que houve apenas mudanças no currículo, porém sem levar em conta as diferenças dos alunos, também citaram que tinha muita abrangência de conteúdos, sem especificações, prejudicando assim, a compreensão do aluno. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo central deste artigo, a partir de revisão bibliográfica e da pesquisa foi compreender as mudanças que ocorreram na nova educação básica de nível especial e os seus benefícios. 
A história da educação especial relata que por muitos anos as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência eram mortas ou exiladas do mundo, já no Brasil o tratamento diferenciado para pessoas com deficiência começou ainda no império, e melhorou com a LDB.
As mudanças que aconteceram nos aspectos legais e que influenciaram diretamente no pedagógico, na modalidade de educação especial foram de que o atendimento deixou de ser apenas assistencialista e passou a dar mais importância à alfabetização e preparação desses alunos para a sociedade. Destacando-se que o Paraná foi um dos pioneiros para a implementação dessa estrutura fazendo-se como modelo para todo o país.
As mudanças ocorridas antigamente e hoje eram de que os profissionais ficariam apenas responsáveis por dar uma espécie de assistencialismo para essas pessoas, claro que era muito importante, mas não era o suficiente, já nos dias de hoje, com a nova proposta curricular para a escola de educação básica na modalidade de educação especial, isso mudou, além de terem um tratamento da equipe técnica, também passam a ter um atendimento pedagógico individual especializado.
A partir deste estudo constatou-se que houve o aprimoramento e entendimento por parte dos profissionais pesquisados, pois eles relatam que a nova proposta curricular para a educação especial é positiva e vai auxiliar os alunos em seu desenvolvimento intelectual e social, mas afirmam que ficam preocupados que nem sempre o que é colocado na teoria reflete na prática, por ser uma novidade na área ainda esperam os resultados.
Com relação aos benefícios para a comunidade escolar, o principal é a preparação do meio social para aceitar a integração destes alunos de forma igualitária, mas que para isso será necessário um maior comprometimento dos docentes e adequação física das escolas.
No currículo é que se observa o maior avanço, pois antes, esta modalidade não constava nos documentos oficiais e agora já está inserido, demonstrando que na teoria já está começando as mudanças, o que antes era apenas assistencialismo hoje é considerado também uma questão pedagógica.
 
	
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO OESTE DO PARANÁ – AMOP. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO. Currículo Básico para a Escola Pública Municipal – Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais). Cascavel – PR, Assoeste e Editora Ltda. 2015.
BRASIL. PARECER nº 17/2001. Institui As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação especial/MEC/SEESP, 2001.
FIORESE, Romeu. Metodologia da pesquisa: como planejar, executar e escrever um trabalho científico. João Pessoa: EDU, 2003.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Coletânea de Legislação Educacional. Curitiba – Paraná, Impresso no Brasil, 2009.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acessado em 19 de maio de 2015 ás 20h25min.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acessado em 19 de maio de 2015 ás 21h09min. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf0. 3 de abril ás 18h50min.
Disponível em: http://www.apaepr.org.br/noticia.phtml/28170. 05 de março ás 17h33min.
Disponível em: http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/coletaneas/coletanea2009.pdf. 30 de maio às 10h57min.
Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/fev_2012/conveniadas_sp2012.pdf. 12 de ferreiro às 19h34min
Disponível em: http://www.paranaonline.com.br/editoria/cidades/news/434011/?noticia=ESCOLAS+DAS+APAES+CONSEGUEM+VITORIA+NO+PARANA. 05 de março às 20h44min.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5692.htm. O6 de maio ás 21h13min
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. 03 de abril às 10h21min.
Disponível em: http://wwwp.fc.unesp.br/~lizanata/LDB%204024-61.pdf 03 de abril às 14h52min.
Disponível em: http://www.artigonal.com/educacao-artigos/historico-da-educacao-especial-1521439.html. Acessado em 20 de maio de 2015 ás 20h09min
Disponível em: file:///D:/Downloads/PA_CEIF-CEMEP_07-14_Pr_488-14-1(2).pdf. Acessado no dia 12 de maio as 21h12min
KAUARK F. S; MANHÃES F. C; MEDEIROS, C. H. Metodologia Da Pesquisa:
Um Guia Prático. Itabuna / Bahia, Via Litterarum. 2010.
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES
Você está sendo convidado (a) a participar como voluntário (a) de uma pesquisa sobre “Educação especial na escola de educação básica, na modalidade de educação especial.” que tem como objetivo obter dados para embasar o Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia, Licenciatura, da FAESI – Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu.  Sua participação não é obrigatória e será mantida em sigilo. Os dados da pesquisa podem vir a ser publicados/divulgados respeitando a sua privacidade. Qualquer dúvida pergunte a (o) pesquisador (a) com quem você está conversando neste momento. Agradecemos pela colaboração.
PERGUNTAS
Como você entendeu a nova proposta curricular da Educação Básica na Modalidade de Educação Especial na Área de  Deficiência Intelectual e Múltipla? 
Quais os benefícios que essa nova estrutura irá trazer para a comunidade escolar? 
Em sua opinião o que mudou da proposta curricular? (Faça um breve comparativo entre o antes e depois).

Continue navegando