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TCC FINAL

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC FINAL
GONÇALVES, Lincoln Altair
RU – 910670
ARAUJO, Geonice Luiza Moreira
RESUMO
Na Educação Infantil os jogos e as brincadeiras são primordiais para o desenvolvimento integral da criança. O presente trabalho “A MATEMÁTICA COM JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma construção de aprendizagem” tem como objetivo a utilização de jogos e brincadeiras possibilitando a ampliação do pensamento lógico-matemático nas crianças da Educação Infantil; explorando ideias referentes a números utilizando jogos e brincadeiras; analisar como a utilização de jogos e brincadeiras podendo facilitar a aprendizagem da matemática a partir da realização de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos. Os jogos constituem um apoio metodológico importante, pois, através deles, os alunos podem criar, pesquisar, “brincar” e “jogar” com a matemática. Com o uso de jogos é possível fundamentar, de forma significativa, a formação e aquisição de novas ideias ou conhecimentos matemáticos.
Palavra chave: Jogos. Brincadeiras. Matemática. Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
	Diante da dificuldade no aprendizado da matemática na educação infantil, e sabemos que nem todos têm uma boa relação com a matemática, e que a matemática é fundamental na formação escolar, e sendo que a matemática continua assustando os alunos, podemos buscar formas de desenvolvimento para um despertar do interesse a matemática, buscando assim pequenas experiências com a matemática através de jogos e brincadeiras, compreendendo assim a importância do brincar com jogos e brincadeiras com a matemática na educação infantil, construindo assim um melhor aproveitamento para o desenvolvimento cognitivo da criança, na formação do conhecimento da matemática para sua vida acadêmica, esse projeto vem buscar uma melhor relação da criança com a matemática de uma maneira mais divertida e aberta aos seus conhecimentos. A ludicidade quando aplicada com objetivos pertinentes, permite sua adequação para as demais áreas do conhecimento, representadas nesse contexto pela Matemática. A interação, a socialização de ideias e troca de informações são elementos indispensáveis nas aulas de matemática em todas as fases de escolaridade. As brincadeiras e jogos interativos torna se de extrema importância para o desenvolvimento psicológico e social da criança, pois através das brincadeiras e jogos e que a criança expressa seus sentimentos com relação ao mundo social. A criança brincando elabora hipóteses para a resolução dos problemas e com isso assume atitudes além do comportamento habitual de sua idade. Da mesma forma desperta na criança a curiosidade de resoluções (Vygotsky, 1998). Verifica-se que o brinquedo assume a função lúdica enquanto propicia diversão e prazer, e quanto a sua função educativa, o brinquedo produz a apreensão do mundo, completando o sujeito em seu saber e conhecimento (Kishimoto, 1996). Buscando assim identificar o conceito do brincar na educação infantil, Perceber qual a contribuição que os jogos e brincadeiras apresentam no desenvolvimento da criança na educação infantil, Analisar se a utilização de jogos e brincadeiras possibilita a ampliação do pensamento lógico-matemático nas crianças, perceber qual a contribuição que os jogos e brincadeiras apresentam no desenvolvimento da criança na educação infantil, Analisar como a utilização de jogos e brincadeiras com crianças, podem facilitar a aprendizagem da matemática a partir da realização de contagens, comparações de quantidades e identificação de algarismos, identificar quais os jogos ou brincadeiras que melhor atenda o despertar do querer aprender nas crianças na educação infantil, observamos que através do brinquedo e dos jogos que a criança aprende a reproduzir o seu cotidiano, a natureza e as relações sociais, um dos objetivos do brinquedo é que através dele a criança possa manipula-los de acordo com sua imaginação, ou seja, possa criar algo significativo em seu conhecimento cognitivo na matemática, Tendo em vista que o jogo e a brincadeira não se podem ser visto apenas para o divertimento e ou até mesmo para desgastar energia, pois os mesmo favorecem os desenvolvimentos físicos, cognitivos, afetivos e principalmente a interação e o respeito pelos amigos. Como Jean Piaget afirma que “o professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir”. Sendo assim, o tema em discussão, os jogos e as brincadeiras têm como objetivos, analisar as suas contribuições, e suas caracterizações dentro do desenvolvimento das crianças e compreender o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico e não como um mero passatempo. Os professores devem acreditar na capacidade dos jogos e das brincadeiras, tendo a criança como um ser ativo, pensante e participante, que aprecia as novidades e também aprenda brincando e fazendo que essa metodologia de aprendizado desenvolva o conhecimento cognitivo da criança junto ao desenvolvimento matemático. O professor precisa estar ciente dos objetivos a atingir, de forma que possa contribuir para a transformação, sendo mediador de conhecimento, precisa ter possibilidade de transmiti-lo, de maneira com que seja na linguagem do aluno, procurando transformar, renovar, valorizar e buscando novos conhecimentos que façam a diferença, motivando assim o aluno a concretizar seu ideal na sociedade em que vive.
2 A MATEMÁTICA ATRAVES DE JOGOS E BRINCADERIAS.
2.1 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS
A criança é um ser em formação. Deve-se cuidar para que essa formação seja natural e a mais rica possível em termo de possibilidades. É necessário saber aonde se quer chegar para escolher os caminhos a seguir, daí a necessidade de estabelecer às razões de se trabalhar as ideias matemáticas na educação infantil, um momento que serve para alicerçar a construção dos conceitos matemáticos.
As atividades lúdicas preparam a criança para o desempenho de papéis sociais, para a compreensão do funcionamento do mundo, para demonstrar e vivenciar emoções. Quanto mais a criança brinca, mais ela se desenvolve sobre os mais variados aspectos, desde os afetivo-emocionais, motor, cognitivo, até o corporal. 
Segundo Vygotsky (1998), a criança vivencia a experiência no brinquedo como se ela brincar torna-se realidade, um fator de grande importância no seu desenvolvimento. Brincando a criança elabora hipóteses para a resolução dos problemas e toma atitudes além do comportamento habitual de sua idade. Da mesma forma, a curiosidade é uma característica da criança que deve ser estimulada.
Ao analisarmos os alunos da educação infantil, notamos que eles têm demonstrado um grande interesse pelos conteúdos de matemática, quando esses vêm com atividades em forma de brincadeiras, o que mostra também certa avanço no raciocínio lógico. Pode-se dizer que com o desenvolvimento das atividades lúdicas, tem desenvolvido nos alunos o gosto pela matemática.
As brincadeiras e jogos com a matemática quando aplicados com objetivos pertinentes permite sua adequação para as demais áreas do conhecimento, representadas nesse contexto pela Matemática. Segundo Mota (2010), a interação e a socialização de ideias e trocas de informações são elementos indispensáveis nas aulas de matemática em todas as fases de escolaridade.
Segundo Piaget (1967) “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral.
A criança é um ser que está passando por constantes transformações e formações, por isso devemos cuidar para que essa formação seja natural e a mais rica possível em termo de possibilidades unindo o brincar a aprendizagem.
Brincar e jogar são atividades que propiciam aparticipação espontânea e o trabalho coletivo. Por meio do brincar, a criança vai desvendando o mundo, passando a observar e perceber coisas que antes não eram percebíveis. Por meio dos jogos, as crianças, também, internalizam símbolos da sua própria cultura.
A função lúdica na educação: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo. (KISHIMOTO, 2003, p.37).
É de extrema importância a brincadeira e jogos para o desenvolvimento psicológico, social da criança, pois é através do brincar que a criança consegue expressar seus sentimentos em relação ao mundo social. 
É através da brincadeira e jogos que a criança vive e reconhece a sua realidade. Podemos dizer que o brincar não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade que se torna dotada de vários significado social que necessita de aprendizagem. Tudo gira em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira torna-se possível quando apodera dos elementos da cultura para internalizá-los e criar uma situação imaginária de reprodução da realidade. 
As crianças, desde o nascimento, estão inseridas em um contexto social no qual os conhecimentos matemáticos estão presentes a todo o momento. Elas constroem o conhecimento lógico-matemático não só através de relações já prontas, mas também através de novas relações vividas por elas. O papel da escola é fazer com que o aluno consiga ir além do que parece saber. Deve tentar compreender seu pensamento e fazer as interferências no sentido de levar cada aluno a Construir progressivamente suas noções matemáticas. 
Essa proposta encara que a compreensão, como afirma Moreira (1993, p. 59), é projeto e, como tal, requer tempo vivido, exigido um constante trabalho de interpretação, um respeito ao tempo vivido, na matemática e em contato com noções e ideias nela presentes. Toda criança tem seu processo de desenvolvimento, ela vai criando varias relações entre objetos e situações vivenciadas por elas e começa a sentir a necessidade de solucionar um problema, de fazer uma reflexão, chegando a estabelecer relações cada vez mais complexas, no qual permitem a ela desenvolver noções matemáticas mais concretas. 
Cabe ao professor dimensionar as ações docentes na sala de aula, no sentido de aproveitar e estimular todas as manifestações de inteligência para o desenvolvimento dos alunos. A partir das observações feitas a cada aluno, pode ser possível fortalecer as áreas em que ele se mostra com mais dificuldade, ao invés de considerá-lo incompetente. A preocupação dos professores está em transmitir às crianças da educação infantil, primeiras noções numéricas, reconhecimento de algarismos, sequência numérica e figuras geométricas.
No momento da brincadeira que a criança consegue adquirir conhecimento, superar limitações e desenvolver-se com indivíduo. Como imaginação, apresentação, simulação, as atividades com jogos são considerados como estratégia didática, que se torna facilitadora da aprendizagem, quando as situações são planejadas e orientadas por profissionais ou adultos, visando aprender, isto é, proporcionar à criança na construção do conhecimento inovador, em relação ao desenvolvimento das habilidades. 
Segundo KISHIMOTO (1996), diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança em indeterminação ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras ao realizar uma brincadeira. Pois os brinquedos auxiliam na representação da realidade, como por exemplo, a boneca que pode ser usada na brincadeira de “mamãe” e “filhinha”, o que não acontece com jogos, pois as habilidades para com o jogo dependem da estrutura do objeto, que este pode ser manipulado segundo suas regras. 
O brinquedo assume a função lúdica enquanto propicia diversão e prazer, e quanto a sua função educativa, o brinquedo produz a apreensão do mundo, completando o sujeito em seu saber e conhecimento. Afirma que. 
“Construindo, transformando e destruindo a criança expressa seu imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de dificuldades de adaptação, bem como a educadores o estímulo da imaginação infantil e o desenvolvimento afetivo e intelectual” KISHIMOTO (1996). 
A importância das construções está no fato de que é desse modo que a criança revela suas relações, daí a importância da fala e da ação, assim como os temas são abordados e como o mundo real contribui nessas construções. 
É através do brinquedo que a criança aprende a reproduzir o seu cotidiano, a natureza e as relações sociais, por isso pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é que através dele, a criança possa substituir objetos reais e manipulá-los de acordo com sua imaginação, ou seja, possa criar algo significativo. 
Segundo Vygotsky (1989) a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um pensar individual para a solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações. 
Vygotsky (1989, p.109), ainda afirma que. 
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos. 
Conforme a teoria de Vygotsky pode-se afirmar que o brinquedo e a brincadeira criam uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança, que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham adquirido esse conhecimento. 
A criança constrói informações através do brincar, ela é educada e organiza seu cotidiano no enfoque de brincadeiras, assim ela interage de maneira criativa e lúdica na construção do aprendizado. Através do brincar a criança forma conceito, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral, corporal e constrói seu próprio conhecimento. É interessante também que a educação se desenvolva de forma prazerosa através do brinquedo como um ato educativo. Pois os tipos de brinquedos utilizados pelas crianças auxiliam construir novos conhecimentos e no entendimento do mundo. 
“A brincadeira e o jogo tem função social e são produções elaboradas culturalmente que só podem ser expandidas com a efetiva contribuição de adultos, jovens e crianças em interação. Através dessas atividades manipulam-se símbolos que são recriados ao brincar, logo, é fator importante e indispensável ao desenvolvimento”. (Fernandes, 2001 66p.).
A compreensão do brincar é absolutamente positiva, pois garante à criança na elaboração de apropriar-se de experiências lúdicas. Na educação infantil garante o espaço do brincar, envolvem as crianças em uma aprendizagem atrelada às ideias das brincadeiras. 
Grande parte das crianças gosta de cantigas de roda e de brincadeiras cantadas, mas, infelizmente, as gerações atuais estão perdendo o gosto por estas, por isso há também uma necessidade de resgatá-las como forma de valorizar nossa cultura e proporcionar às crianças da nossa geração o desenvolvimento da brincadeira como algo prazeroso e que possibilita o desenvolvimento. 
Através desta pesquisa a arte de aprender através do brincar na educação infantil. Tem como objetivo demonstrar que a brincadeira e jogos na educação infantil éum aspecto muito importante na interação da criança com o objeto, o adulto com o outro e no espaço em que esteja inserido. È um momento de motivação e socialização da criança. Elas aprendem a lidar com os sentimentos, interagir, resolver conflitos e desenvolver a imaginação e criatividade para resolver diversa situação.
É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e suas relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disso e generalizando para outras situações. 
O jogo é um processo que auxilia a evolução da criança, utiliza a análise, a observação, a atenção, a imaginação, o vocabulário, a linguagem e outras capacidades próprias do ser humano. Por meio dos jogos as crianças passam a compreender e a utilizar regras que serão empregadas no processo de ensino-aprendizagem.
Nas brincadeiras de faz-de-conta, as crianças fingem ser professoras, médicas, mães, irmãs, enfim, vivem de forma imaginativa os mais diversificados papéis sociais. E, para elaborar imagens e ações semelhantes ao papel exercido, buscam compreender as características relativas ao personagem assumido na brincadeira.
Antes de aplicar a ludicidade o professor deve ter em mente o objetivo a ser alcançado, levando os alunos a melhor compreensão do jogo ou brincadeira. Nesse momento, lembraremos aquela famosa frase “não importa ganhar o que vale é participar”, para tanto na Educação Infantil, faz-se necessário à participação do professor em todas as atividades a serem propostas, mostrando aos alunos entusiasmo e descontração.
 Valores como respeito, valorização e discussão do raciocínio, das soluções e os questionamentos dos alunos, deve ser uma preocupação constante do professor de educação infantil. O que gera elementos para a construção de um bom trabalho em grupo, seja em duplas, trios, ou mesmo a classe toda.
A ação pedagógica em matemática organizada pelo trabalho em grupos não apenas propicia troca de informações, mas cria situações que favorecem o desenvolvimento da sociabilidade, da cooperação e do respeito mútuo entre os alunos, possibilitando aprendizagens significativas.
Além de favorecerem as noções matemáticas, o trabalho com as brincadeiras e jogos deve servir para que os alunos de Educação Infantil ampliem suas capacidades pessoais, entre elas as corporais e as espaciais.
A ampliação da noção de espaço faz com que orientação corporal da criança evolua e a possibilidade de estabelecer uma coerência entre os objetos e de poder efetuar operações com eles, movimentá-los, situá-los, percebê-los espacialmente.
Enquanto brinca, a criança pode ser incentivada a realizar contagens, comparação de quantidades, identificar algarismos, adicionar pontos que fez durante a brincadeira, perceber intervalos numéricos, isto é, iniciar a aprendizagem de conteúdos relacionados ao desenvolvimento do pensar aritmético.
O jogar em sala de aula permite aos alunos a discussão com seus pares, a elaboração coletiva de estratégias para resolver o problema (ganhar o jogo) e a avaliação dos resultados obtidos. Por outro lado, permite ao professor questionamentos e observações que ajudam a analisar e compreender o desenvolvimento do raciocínio do aluno, interferindo pedagogicamente apenas quando julgar necessário. Essa situação de cooperação, aluno x aluno e aluno x professor, promovem uma atmosfera de interação, de troca de ideias, de comparação, de negociação, de criticidade, de criatividade e responsabilidade; atmosfera essa indispensável ao desenvolvimento de habilidades pessoais e a construção do conhecimento.
A função do jogo vai muito além de um auxiliar no repasse de conteúdos, implica uma mudança significativa nos processos de ensino aprendizagem, e auxilia o desenvolvimento das diferentes potencialidades do ser humano. Se o jogo é uma necessidade do ser inteligente, se é um instrumento de desenvolvimento intelectual, por que ainda é encarado como atividade pouco séria, servindo como descontração no final do período escolar? Para Piaget, (1988, p.158) “o jogo e uma alternativa frequentemente ignorada pela escola tradicional, por dois motivos: primeiro, pelo fato de parecer privado de relevância funcional e segundo por ser considerado apenas um descanso ou desgaste de um excedente de energia”. Em ambos os casos, ao jogo não e dada a sua devida importância. Assim 
A criança que joga desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais, etc. E pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças, que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação a leitura, ao calculo, ou a ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações comumente tidas como maçantes. (PIAGET, 1988, p.159).
A criança através do jogo de pegar os objetos concretos inventa e reinventa, buscando o lógico matemático e tendo noções de quantidades e medidas. Segundo ARANÃO (2002, p. 13): “Piaget, em seus estudos, afirma que a criança vivencia quatro períodos: o sensório-motor de zero a dois anos; o pré-operacional de dois a seis anos; o operacional concreto de sete a onze anos; e das operações formais de onze a quinze anos.” A criança é dinâmica, curiosa, criativa e ativa, é um ser lúdico, incapaz de se manter concentrada por mais de vinte minutos em uma atividade, por este motivo o professor deve ser muito mais dinâmico, principalmente na disciplina de matemática. 
A criança “aprende a fazer algo fazendo” e não apenas armazenando informações ou preenchendo folhas e mais folhas de exercícios.
Jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia corrente, é apenas um descaso ou desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos seus jogos e muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis, simbolismo ou ficção, por exemplo. PIAGET (1998, p. 158)
Toda atividade na Educação Infantil deve ser pensada, planejada e elaborada de acordo com a necessidade apresentada por cada faixa etária. Deve permitir que as crianças usem estratégias, e estabeleçam planos, descubram possibilidades, isto é, a brincadeira deve ser permeada por diversas situações problema. A ludicidade quando aplicada com objetivos pertinentes permite sua adequação para as demais áreas do conhecimento, representadas nesse contexto pela Matemática.
 A utilização de certos jogos e brincadeiras como facilitadores na aprendizagem a matemática na educação infantil, é sem dúvida, a solução para se obter resultados positivos no processo de ensino – aprendizagem das crianças. Mas, é importante que se tenham bem definidos os objetivos que queremos alcançar quando trabalhamos como o lúdico, e ter cuidado também com as brincadeiras que vamos mediar, para que estas estejam ligadas ao momento correto do desenvolvimento infantil. O uso dos jogos no ambiente escolar tem sido utilizado como um chamariz, tornando atraentes as atividades escolares, estimulando, assim, o raciocínio dos alunos. A criança joga por entretenimento e também porque o jogo representa esforço e conquista. 
O jogo possui valores educativos que o transformam em atividade séria, onde o aluno constrói conhecimento através de um processo interativo. Os professores envolvidos com a matemática devem ter como objetivo o conhecimento das habilidades e que a aprendizagem atua em três domínios diferentes, ou seja: o cognitivo, o afetivo e o motor. Tais professores devem visar a uma aprendizagem que desenvolva o potencial nessas três áreas. Além de tudo isso, para efetivarem a aprendizagem devem possuírem domínio sobre o conteúdo e os métodos de ensino para que consigam desenvolver, na criança, um conjunto de atitudes positivas com relação à matemática.
Além disso, muitos professores apresentam o conteúdo desvinculado do cotidiano do aluno e não se preocupam com a aprendizagemde significados e a formação dos conceitos significativos. Os jogos constituem um suporte metodológico importante, pois através deles, os alunos podem criar pesquisar, “brincar” e “jogar” com a matemática. O exercício com jogos, quando são trabalhadas as emoções, faz com que a criança internalize conceitos e passe a lidar com seus sentimentos dentro de um contexto grupal, o que a prepara para a vida em sociedade. A aquisição de uma nova forma de jogo não exclui as anteriores. Assim, quando a criança se envolve com suas fantasias, não o faz puramente na imaginação, a fala e os gestos corporais acompanham a atividade mental, inclusive porque mantém com o mundo das coisas concretas um vínculo permanente. 
Durante o jogo de regras, por mais que a atividade pareça séria, comprometendo profundamente seus participantes com objetivos coletivos, não se escapa à fantasia, aos voos da imaginação. Com o jogo de dominó, por exemplo, podem-se ampliar os conhecimentos do educando a partir do instante em que ele perceba não só o que necessitava aprender, mas também outros conceitos similares. O uso de jogos poderá fundamentar a formação e aquisição de novas ideias ou conhecimentos matemáticos. Com a proposta do uso de jogos no processo de ensino aprendizagem, pretende-se que ocorra uma aprendizagem significativa. A assimilação de conceitos ocorre em idade pré-escolar e acontece quando o indivíduo incorpora, em sua estrutura cognitiva, novos conceitos através do processo de assimilação, aprendendo, assim, novos significados. 
“Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar”, consideram de fundamental importância que a criança aprenda os procedimentos e seus registros em diferentes situações propostas. Ao jogar, ela dá muitas informações e comunica, através da ação, sua forma de pensar, desde que o observador reconheça nas ações ou nos procedimentos os indícios que está buscando para realizar sua avaliação. A criança deve ser capaz de transformar as informações em dados significativos. A criança desenvolve brincadeiras e aprende jogos. Com isso desenvolve habilidades, sentimentos ou pensamentos. Ao aprender jogos, desenvolvem o respeito mútuo, o saber compartilhar, as estratégias para enfrentar situações-problema e os raciocínios. É fundamental o trabalho de intervenção por parte do profissional que acompanha os jogos; propor desafios instiga a reflexão e também ajuda os alunos a perceberem semelhanças entre os contextos do jogo e da escola. Diversas brincadeiras e jogos que podem interessar à criança constituem um rico contexto em ideias matemáticas. Podem ser evidenciadas pelo adulto por meio de intervenções, observações e formulação de propostas, levando o aluno a pensar sobre sua solução. 
Segundo Kishimoto (2000), em “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação”, define jogo como não sendo uma tarefa fácil. Quais elementos caracterizam os jogos? Cada jogo tem suas regras, estratégias do adversário, ou seja, cada tipo de jogo tem seu conceito e suas definições.
Brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. É o lúdico em ação. Dessa forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não se confundem com o jogo. A criança sempre brincou independentemente de épocas ou estruturas de civilização. A brincadeira é uma característica universal; portanto, se a criança brincando aprende, por que então não dar ensinamento à criança de uma forma prazerosa, aproveitando os jogos no momento educativo, explorando as finalidades de cada jogo para o conhecimento.
Os professores que ensinam matemática na educação infantil formam ideias sobre a natureza da matemática e do seu ensino a partir de experiências que tiveram como alunos e professores, das atitudes que formaram, do conhecimento que construíram, das opiniões dos mestres, enfim, das influências socioculturais que sofreram ao longo da vida, influências essas que vão se formando gradativamente. (MORON; BRITO, 2005, 263-276)
	
2.2 - METODOLOGIA
A definição de uma metodologia de trabalho com jogos na sala de aula somente começa a ser possível de ser discutida com os avanços no campo da Psicologia, onde o indivíduo passa a ser o dinamizador do seu próprio processo de aprendizagem e não mais um mero assimilador de conhecimentos transmitidos. Os educadores necessitam conhecer determinados componentes internos dos seus alunos para orientarem a aprendizagem deles, de maneira significativa. As três contribuições no campo da Psicologia surgem de teóricos, tais como: Piaget, Vygotsky, Montessori, Decroly e Fröbel.
É importante destacar que a matemática deve ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do raciocínio, da sua capacidade expressiva, de sua sensibilidade estética, de sua imaginação. Estabelecer relações entre objetos, fatos e conceitos, generalizar, prever, projetar, abstrair, ou seja, apontar direções, apresentar estratégias e alternativas para os alunos estabelecerem múltiplas ligações e associações entre significados de um conceito. É preciso mudar a forma mecânica de ensinar Matemática, pois o momento atual requer uma matemática viva que possa provocar nos aprendizes e educadores o gosto e a confiança para enfrentar desafios, enfim, motivá-los.
A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem. Pode ocorrer aprendizagem sem professor, sem livro, sem escola e sem uma porção de outros recursos. Mas mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se não houver motivação, não haverá aprendizagem (PILETTI, 1985, 42).
Em Matemática, como em qualquer outra disciplina, o envolvimento ativo do aluno é uma condição fundamental da aprendizagem. O professor precisa conhecer bem os seus alunos e estabelecer com eles um bom ambiente de aprendizagem para que as investigações possam ser realizadas com sucesso.
Considerando que o jogo com regras é uma atividade lúdica do ser socializado, Piaget (1991, p.82), afirma que a educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, enriquecido, democrático e com uma produção séria de conhecimento. Na prática esta educação exige uma participação criativa, livre, crítica, promovendo uma interação social com o compromisso de modificar o meio. “As regras dos jogos devem ser simples e o jogo se torna mais interessante à medida que os estudantes começam a criar estratégias elaboradas e se aprimoram na antecipação das jogadas”. (Smole, 2004, p.59).
Sendo assim o método escolhido pra nortear todo o processo desta pesquisa será o dialético. Esta modalidade de investigação permite colocar a educação infantil como um momento mais adequado para estimular na criança o desenvolvimento do pensamento lógico, quer pela riqueza das atividades desenvolvidas, quer pela abertura quanto à flexibilidade, curiosidade, criatividade e a descoberta.
Para Emelisa Sebastiana, orientadora do EMEI (Ensino de Matemática na Educação Infantil), “o importante é a discussão que os jogadores fazem antes do consenso. Na maioria das vezes chegam sozinhas à solução.” (RPM, 2006, p.72).
	O trabalho vem sendo desenvolvido e fundamentado em pesquisas feitas com autores renomados, artigos acadêmicos, livros, internet e blogs, que buscam desenvolver o interesse do aluno a despertar o conhecimento metodológico na matemática através de jogos e brincadeiras, ou seja, com o lúdico.
2.3 O PAPEL DO EDUCADOR NO ENSINO DA MATEMATICA ATRAVES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS.
A infância é um momento único na vida de cada ser. O desenvolvimento infantil está em processo acelerado de mudanças. As crianças estão desenvolvendo suas potencialidades precocemente em relação às teorias existentes e os educadores, muitas vezes, se perdem e não consegue mais atrair atenção, motivar seus alunos, pois se o educando mudou, o educador também precisa mudar. Um dos pontos importantes para que o professor possa atualizar sua metodologia é perceber que a criança de hoje é extremamente questionadora.
É muitomais fácil e eficiente aprenderem por meio de jogos, e isso é válido para todas as idades desde o maternal até a fase adulta. O professor pode adaptar o conteúdo programático ao jogo, tentando atingir diferentes objetivos simultaneamente. Partindo desse princípio, cabe aos educadores mudarem sua concepção sobre a utilização dos jogos dentro do ensino matemático, pois ele serve de mediador entre o aluno e o conhecimento adquirido. 
O papel do professor torna-se imprescindível a fim de estabelecer objetivos, realizar intervenções, levar os alunos a construir relações, princípios, ideias, certificando-se que o mesmo é um processo pessoal pelo qual cada pessoa tem sua forma de raciocinar e tirar conclusões, promovendo o desenvolvimento do pensamento crítico, dinamizando o jogo, entusiasmando e integrando os alunos. O mestre tem a responsabilidade de fazer com que o aluno descubra, não o caminho propriamente dito, mas as vias de acesso a esse caminho, que devem conduzir a meta única (MASETTO, apud, EUGEM HERRIBEL, 1986).
O professor cumpre na prática pedagógica o exercício de avaliar processualmente os alunos a partir do encaminhamento seguido pelos mesmos, durante as atividades matemáticas propostas através dos jogos.
A escola tem de se preocupar com a aprendizagem, mas o prazer tem de ser maior, cabendo ao professor a imensa responsabilidade de aliar as duas coisas. A natureza infantil é essencialmente lúdica. Através da brincadeira a criança começa a aprender como o mundo funciona.
O educador deve procurar não despertar o sentimento de competição acirrada, aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de jogar. Além disso, deve selecionar jogos simples, com poucas regras para serem praticadas pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento.
Quando o educador manifesta uma atitude de compreensão e aceitação e quando o clima da sala de aula é de cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmente e tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo natural decorrente do próprio jogo. O papel do educador é fundamental no sentido de preparar a criança para a competição sadia, na qual impera o respeito e a consideração pelo adversário durante o jogo. 
Dinamizar o grupo assumindo atitudes de atenção, entusiasmo, de encorajamento e, sobretudo, de mediador da aprendizagem; observar o aluno e o seu desempenho sem interferir durante a ação do jogo; promover o desenvolvimento do espírito crítico, possibilitando ao grupo superar obstáculos pelo uso de tentativas, ensaios e erros; estimular a criatividade, permitindo o uso das peças do jogo com mudanças, seja nas próprias peças, nas regras do jogo ou quaisquer alterações. Enriquecer os jogos mudando os objetivos e variando os grupos com jogadores em duplas, individuais ou grandes grupos, levando em conta uma compreensão mais integral e atual da vida, pode-se afirmar que o educador é aquele que inserido numa relação, se propõe a acolher, nutrir, sustentar e confrontar a experiência do outro. 
2.4 BENEFÍCIOS DOS JOGOS EM SALA DE AULA 
Groenwald (2002. p.2), aponta alguns benefícios dos jogos matemáticos em sala de aula tais como:
 • O aluno demonstra para seus colegas e professores se o assunto foi bem assimilado;
 • Detectar os alunos que estão com dificuldades reais;
 • Competição entre as crianças, pois almejam vencer e para isso aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites;
 • No desenrolar de um jogo observa-se que o aluno se torna mais crítico, alerta e confiante, expressando o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões sem necessidade da interferência ou aprovação do professor; 
• Permite que o aluno não tenha medo de errar, pois o erro é considerado um degrau necessário para se chegar a uma resposta correta; 
• A criança se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda sem perceber.
2.5 ALGUNS CUIDADOS AO ESCOLHER JOGOS 
Alguns cuidados que devem ser tomados ao escolher os jogos a serem aplicados conforme Groenwald (2002, p.2): 
• Não tornar o jogo algo obrigatório; 
• Escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias; 
• Utilizar atividades que envolvam dois ou mais alunos, para oportunizar a interação social;
 • Estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada;
 • Trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la; 
• Estudar o jogo antes de aplicá-lo, o que só é possível, jogando.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos e a análise feita indicam que é possível fazer um uso inteligente do jogo em sala de aula no ensino da Matemática. Portanto o jogo, nesta pesquisa, mostrou que é um instrumento eficaz para o processo ensino aprendizagem, visto que as atividades desenvolvidas proporcionaram momentos significativos de aprendizagem, enriquecidas por discussões e reflexões adequadas à complementação do estudo. No entanto, o que pode perceber, é que, em atividades desse tipo, é preciso ter um envolvimento e empenho muito grande, tanto do professor quanto dos alunos. 
É preciso estar preparado para os diferentes rumos que se pode tomar a investigação. Para que atividades desse tipo tenham sucesso, é necessário criar o máximo de situações no intuito de fazer com que os alunos colaborem em todo o processo investigativo. Reafirmo, pois a importância desta pesquisa no sentido de contribuir para uma reflexão sobre a prática pedagógica da Matemática com jogos e brincadeiras tem o objetivo de melhorar o seu ensino e tornar o aluno foco desse ensino.
A função lúdica na educação: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo. (KISHIMOTO, 2003, p.37). 	O ensino da matemática provoca sensações contraditórias nos sujeitos da educação – professor e aluno. Se por um lado é uma área do conhecimento indispensável ao desenvolvimento humano, pois permeia por toda vida do cidadão; do outro, revela insatisfação diante dos resultados obtidos, no momento em que se torna uma ciência abstrata. Ensinar matemática objetivando sucesso na aprendizagem se torna real, quando se procura um meio que satisfaça as necessidades dos educandos para que eles consigam aprender a relacioná-lo com seu cotidiano, visando uma educação holística, que leva em conta as múltiplas facetas: físicas, intelectuais, estéticas, emocionais e espirituais dos discentes, tendendo para a construção de um cidadão realizado, vivendo em harmonia consigo e com o mundo.
Assim, percebe-se que o jogo é um precioso recurso pedagógico, tornando a aprendizagem mais concreta e prazerosa. No ensino da matemática, o jogo é de relevante importância no processo de aprendizagem, pois transforma a sala de aula em um espaço gerador de conhecimentos. Por meio deles, a criança vivencia fatos reais do seu cotidiano, pois caminham juntos desde o momento em que fixa a imagem da criança como um ser que brinca. Portadora de uma especificidade que se expressa pelo lúdico, a infância carrega consigo as brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração.
O jogo adquire duas principais dimensões: a primeira como ponte de aperfeiçoamento de habilidades através da escola; a segunda, como forma de divertimento satisfazendo suas necessidades biopsicossociais. Prevalece a ideia de que o jogo é fundamental para a educação e o desenvolvimento infantil, quer se trate do jogo tradicional infantil, reduto da livre iniciativa da criança marcada pela transmissão oral, ou do jogo educativo que introduz conteúdos escolares e habilidades a serem adquiridos por meio da ação lúdica. Portanto, pode-se concluir que a matemática se fazpresente em nosso dia-a-dia e que pode ser aprendida através de jogos educativos.
REFERÊNCIAS
- KISHIMOTO, T. M. Jogos, brinquedos, brincadeiras e a educação. 2ed. São Paulo: Cortez, 1996.
- VYGOTSKY, L. S. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes 1998.
- MIRANDA, Simão de. Faça seu próprio brinquedo: (A sucata como possibilidade Lúdica). 3ªedição. PAPIRUS Editora; Campinas, SP, 1998.
- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Básica (Pacto Nacional pela alfabetização na idade Certa), (Construção de numeração decimal).
- Sites e Livros didáticos.
- PIAGET, Jean. A Linguagem e o Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 6ª ed. 1993.
- PIAGET, J, A. Formação do Símbolo na Criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971,370p. 
- REVISTA DE PROFESSOR, Nova Escola, 2003, 2007 
- VIGOSTSKY, L. S. A formação Social da Mente. SP: Martins Fontes, 1984. – 
-GROENWALD, C.L.O.; TIMM, U.T. Utilizando curiosidades e jogos matemáticos em sala de aula, disponível em http://WWW.somatematica.com.br/artigos/AL/
- BORIN, J. Jogos e Resolução de Problemas: Uma estratégia para as aulas de Matemática. São Paulo: IME-USP, 1995
- KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2000. p.13-43. 
- MORON, Claudia Fonseca; BRITO Márcia Regina F. de. Atitudes e concepções dos professores de educação infantil em relação à matemática. In: BRITO, Márcia Regina F. de (Org.). Psicologia da Educação Matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis: Insular, 2005. p. 263-276.
- PILLETI, Nelson. Psicologia Educacional: motivação da aprendizagem. 2 ed. São Paulo: Ática, 1985
- Emelisa Sebastiana, orientadora do EMEI (Ensino de Matemática na Educação infantil).
- Smole, Katia Stocco : Doutora em Educação, área de Ciências e Matemática, pela FEUSP. Consultora de Matemática Dos Parâmetros Curriculares de Ensino Médio, Pesquisadora do projeto Formação de professores das séries iniciais FAPESP/IME USP.

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