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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia Disciplina Microbiologia I COCOS GRAM POSITIVOS DE INTERESSE CLÍNICO Thiago C. Nascimento Staphylococcus Coagualse positivo • S. aureus • S. shleiferi • S. intermedius • S. hyicus • S. delphini Coagulase negativo Outras espécies do gênero Streptococcus α- hemolítico • Estreptococos do Grupo Viridans • S. pneumoniae β-hemolítico (Agrupados pela sorologia de Lancefield) • S. pyogenes (A) • S. agalactiae (B) • S. dysgalactiae/equi (C, F, G) • S. bovis/equinus (D) - hemolítico Estreptococos do Grupo Viridans Enterococcus 23 espécies putativas • E. faecium • E. faecalis :: Gênero Staphylococcus • Família Staphylococcaceae • 44 espécies e 24 subspécies • Cocos gram positivos em cachos • Cadeias curtas, aos pares ou isolados Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle - Catalase positivos; - Imóveis, Não formadores de esporos; -Mesófilos: crescem em ampla variação de temperatura: 18 a 40oC; -Anaeróbios facultativos; - Halotolerantes: capazes de crescer em meios contendo alta concentração de sal (até 10% NaCl). (exceto S. aureus subspécie anaerobius e S. saccharolyticus) :: Gênero Staphylococcus Staphylococcus coagulase- positivo Staphylococcus coagulase- negativo Capacidade de produção da enzima coagulase Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle Fibrinogênio Fibrina Reage com a protrombina - trombina :: Gênero Staphylococcus • Staphylococcus aureus Potencial patogênico Infecções hospitalares Infecções comunitárias • Infecções cutâneas superficiais • Infecções invasivas Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Staphylococcus coagulase negativo (SCN) Maioria das espécies do gênero Saprófitas Contaminantes Importância como patógeno Dispositivos invasivos Pacientes hospitalizados Imunossupressão Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle Até a década de 90: Hoje: :: Gênero Staphylococcus Bactérias presentes na pele e membranas mucosas dos seres humanos S. capitis subsp. capitis S. capitis subsp. urealyticus S. auriculares S. hominis S. haemolyticus S. cohnii S. aureus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle (glândulas sebáceas) (glândulas apócrinas) :: Gênero Staphylococcus Principal reservatório Mucosa nasal 40% de prevalência na pop. adulta Colonização nasal assintomática Contaminação das mãos Veículo transmissor Infecções por contato Paciente Visitante Profissional da saúde Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle S. aureus :: Gênero Staphylococcus SENTRY (Vigilância de Resistência a Antimicrobianos) Frequência de ocorrência de patógenos causando infecções de corrente sanguínea em hospitais brasileiros (3.807 amostras; 2005- 2008). Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus SENTRY (Vigilância de Resistência a Antimicrobianos) Frequência de ocorrência de patógenos causando infecçõs de pele e tecidos moles em hospitais brasileiros (605 amostras; 2005-2008). Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus Frequência de ocorrência de patógenos isolados de pacientes hospitalizados com pneumonia em hospitais brasileiros (875 amostras; 2005-2008). Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle SENTRY (Vigilância de Resistência a Antimicrobianos) :: Gênero Staphylococcus Colonização Patogenicidade Fatores de virulência Adesão celular Captação de nutrientes Evasão da resposta imunológica Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle Componentes estruturais: • cápsula – inibe a fagocitose; • camada limosa – facilita a aderência a corpos estranhos • proteína A – anticomplementar; Toxinas: • citotoxinas – tóxica para leucócitos, eritrócitos e outras; • toxina esfoliativa – lesão tecidual; • enterotoxinas – aumenta peristaltismo intestinal e perda de fluidos; • toxina 1 da síndrome do choque tóxico – lesão tecidual Enzimas: • coagulase, lipases, hialuronidases, fibrinolisinas; :: Gênero Staphylococcus • Inflamatórias Impetigo Infecção cutânea localizada, caracterizada por uma vesícula cheia de pus sobre uma base eritematosa Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Inflamatórias Foliculite Impetigo envolvendo o folículo piloso Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Inflamatórias Furúnculo Nódulos cutâneos cheios de pus, grandes e dolorosos Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle Podem drenar espontaneamente ou após incisão cirúrgica :: Gênero Staphylococcus • Inflamatórias Bacteremia Endocardite Osteomielite Artrite séptica Pneumonia Infecção urinária Endocardite Osteomielite Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 1) Síndrome do Choque Tóxico (TSS) • Toxina TSST-1. • A doença é iniciada com o crecimento localizado de S. aureus produtora de toxina na cavidade vaginal ou em uma ferida, seguido pela liberação da toxina na corrente sanguínea. • As manifestações clínicas se iniciam abruptamente e incluem febre, hipotensão, prurido eritematoso difuso. Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 1) Síndrome do Choque Tóxico (TSS) • Toxina TSST-1. • Múltiplos sistemas são envolvidos (SNC, TGI, hematológico, hepático, renal). Além disso a pele inteira, incluindo as palmas das mãos e as solas dos pés, descama. • A morte em pacientes é causada por choque hipovolêmico que leva a falência múltipla dos órgãos Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 2) Síndrome da Pele Escaldada (SSSS) • Doença que acomete neonatos. O sintoma típico é a lesão cutânea com intensa descamação (esfoliação). Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle • Numa primeira instância a toxina provoca eritema de pele. Há acúmulo de fluido sob a pele - amolecimento. Em seguida, qualquer fricção leve na pele - promove a exposição da derme. Não deixa cicatriz – somente a camada superior é descamada. :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 3) Intoxicação alimentar estafilocócica • A intoxicação alimentar por estafilococos, uma das principais causas de doença transmitida por alimentos, é uma intoxicação e não uma infecção – doença causada pela toxina presente no alimento e não pela ação do microrganismo no paciente. • A intoxicação alimentar por estafilococos resulta da contaminação do alimento por um portador humano Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 3) Intoxicação alimentar estafilocócica • Após o estafilococo ter sido introduzido no alimento (espirro, mão contaminada), o alimento deve permanecer em temperatura ambiente ou mais quente, para que o microrganismo cresça e libere a toxina • O alimento contaminado não apresenta aparência nem sabor (estragado) com presença de uma toxina termoestável Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus • Intoxicações 3) Intoxicação alimentar estafilocócica • Início da doença abrupto (4 horas) – durando menos de 24h. Vômito grave, diarréia, dor abdominal e náuseas (característicos). • Suores e cefaléia podem ocorrer. Sem febre. Diarréia aquosa, não sanguinolenta e desidratação. Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus SCN de importância clínica: -S. epidermidis -S. haemolyticus -S. saphophyticus S. epidermidis - associado à: bacteremia, endocardite, infecção de sítio cirúrgico, prótese articular, catéter intravascular; - possui habilidade de colonizar superfícies poliméricas formando biofilme Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus S. epidermidis Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus S. haemolyticus - associado à: bacteremia, endocardite, septicemia, peritonite, infecções geniturinárias, ósseas e articulares; S. saprophyticus - importante patógeno oportunista em infecção do trato urinário; - forte adesão às células do trato urinário . Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle • Microscopia é útil para espécimes clínicos de infecções piogênicas, mas não para aqueles de provenientes de infecções sanguíneas ou mediadas por toxinas; • Diagnóstico dessas doenças é feito pela apresentação clínica do paciente, com isolamento dos estafilococos em cultura confirmatória; :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle A partir da década de 80, começam a surgir as primeiras linhagens resistentes a meticilina (MRSA) 60% dos isolados resistentes 1941 Anos 2000 - Staphylococcus sp. oxacilina resistentes na comunidade Penicilinas penicilinases resistentes (meticilina/oxacilina) • Vancomicina • Linezolida • Daptomicina VRSA!!!!!!!!!! ALERTA :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle Disseminação de clones bacterianos em todo o mundo :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle - lavagem adequada das mãos dos profissionais de saúde; :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle - limpeza adequada do ferimento e utilização de anti-sépticos; - remoção do cateter. :: Gênero Staphylococcus Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus • Cocos Gram positivos, microaerófilos, imóveis e dispostos em cadeias (às vezes aos pares); • Complexos do ponto de vista nutricional – fastidiosos em cultura, requerem suplementos como sangue ou soro no meio de cultura. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus • Apresentam metabolismo fermentativo – utilizam carboidratos sem a produção de gás, liberando como produtos finais ácido lático, etanol ou acetato. • São catalase negativo => distinção de Staphylococcus. • Possuem uma cápsula de polissacarídeo Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Classificação taxonômica: Três esquemas são utilizados para diferenciar as espécies do gênero Streptococcus: 1. Padrões hemolíticos (hemólise - completa, - parcial ou -sem hemólise) 2. Propriedades sorológicas: sorotipagem de Lancefield (grupos A até W) 3. Propriedades bioquímico-fisiológicas Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Classificação taxonômica: 1. Padrões hemolíticos (hemólise - completa, - parcial ou -sem hemólise) hemólise hemólise parcial hemólise hemólise total hemólise ausência de hemólise Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Classificação taxonômica: 1. Padrões hemolíticos (hemólise - completa, - parcial ou -sem hemólise) Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Classificação taxonômica: 2. Propriedades sorológicas: sorotipagem de Lancefield (grupos A até W) Rebecca C. Lancefield (1895-1981) Carboidrato grupo-específico da parede celular Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Classificação taxonômica: 2. Propriedades sorológicas: sorotipagem de Lancefild (grupos A até W) Classificação Sorológica Padrão de hemólise S. pyogenes A S.agalactiae B ; ocasionalmente não hemolítico S. equi, dysgalactiae C, F, G ; ocasionalmente ou não hemolítico S. bovis/equinus D ; ; ocasionalmente não hemolítico Grupo Viridans Não grupável ou não hemolítico S. pneumoniae Não grupável Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes • Ubiquitários, colonizam assintomaticamenteo trato respiratório superior e colonização transitória na pele. • São considerados importantes patógenos humanos, estão associados com processos supurativos (com formação de pus) e processos não-supurativos. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes • Disseminação pessoa-pessoa ocorre através de perdigotos (faringite) ou através de abertura na pele após contato direto com o indivíduo infectado ou através de fômites; • Indivíduos com maior risco incluem crianças entre 2 e 15 anos com pouca higiene pessoal; crianças pequenas e idosos com infecções preexistentes do trato respiratório ou de pele. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes A virulência dos estreptococos do grupo A é determinada pela habilidade da bactéria de: • aderir à superfície das células hospedeiras; • invadir as células epiteliais; • evitar a fagocitose; • produzir uma variedade de toxinas e enzimas. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Doenças supurativas (ou piogênicas): • Faringite (tonsilite ou “dor de garganta”): inflamação da faringe. • Piodermite (impetigo): erupções purulentas e amareladas na pele. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Doenças supurativas (ou piogênicas): • Erisipela: Infecção aguda de pele - Inflamação no tecido subcutâneo. Pode ocorrer na face e extremidades inferiores. • Celulite: Envolvimento dos tecidos subcutâneos mais profundos com invasão e acometimento sistêmico. Mais profunda do que a erisipela, associada a traumatismos ou evolução de feridas superficiais. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Doenças supurativas (ou piogênicas): • Fasciíte necrosante (“bactérias comedoras de carne”): Infecção nos tecidos subcutâneos profundos que pode se espalhar rapidamente pela fáscia muscular, comprometendo músculos e gordura. Com alta taxa de mortalidade, pode evoluir para gangrena com toxicidade sistêmica e falência múltipla de órgãos, ocasionando morte em mais de 50% dos casos. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Doenças mediadas por toxinas: • Escarlatina: complicação da faringite estreptocócica - neste caso há a produção da toxina eritrogênica. Essas bactérias só produzem esta toxina quando possuem um bacteriófago (linhagem infectante é lisogenizada por um bacteriófago que media a produção de uma exotoxina pirogênica) Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Sequelas não-supurativas das infecções por Streptococcus pyogenes: • Febre reumática aguda: Esta inflamação é caracterizada por alterações inflamatórias envolvendo o coração, articulações, vasos sanguíneos e tecidos subcutâneos. No coração, manifesta-se como uma endocardite, podendo ocorrer dano crônico e progressivo das válvulas cardíacas. => A teoria para esta patogenia está relacionada forte resposta de anticorpos contra linhagens de estreptococos em infecções subsequentes. É uma doença de natureza imunológica. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Grupo A => Streptococcus pyogenes Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle Sequelas não-supurativas das infecções por Streptococcus pyogenes: Glomerulonefrite aguda: inflamação aguda dos glomérulos renais. Formação de complexos antígeno- anticorpo sobre a membrana glomerular (doença imunológica). Alguns pacientes podem desenvolver a doença crônica, que evolui para insuficiência renal. Apenas linhagens nefritogênicas do grupo A estão associadas a esta doença. :: Gênero Streptococcus Grupo B => Streptococcus agalactie Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle Colonização assintomática do TRS e TGU; Estado de portador vaginal tem sido observado em 10% a 30% de mulheres grávidas; Responsável por doenças em neonatos – meningite, pneumonia; mulheres grávidas – endometrite, e ITU Os neonatos apresentam maior risco de adquirir infecções se: 1. Ruptura precoce de membranas, trabalho de parto prolongado, doença estreptocócica materna disseminada; 2. Se a mãe não apresentar anticorpos tipo específicos :: Gênero Streptococcus Estreptococos do Grupo Viridans • Grupo heterogêneo de espécies alfa e gama-hemolíticas. • O nome do grupo é derivado de viridis => verde em latim, pelo fato das bactérias produzirem o pigmento verde em agar sangue (resultado da alfa hemólise). Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle • Colonizam a cavidade oral, a orofaringe, o TGI e o trato geniturinário, sendo raramente encontrados na pele, pois os ácidos graxos da superfície são tóxicos para eles. :: Gênero Streptococcus Estreptococos do Grupo Viridans Doenças clínicas: • Cárie dental: S. mutans => produção de polímero extracelular insolúvel a partir da sacarose – permite a aderência destes e outros microrganismos na superfície dental (biofilme placa bacteriana) com produção de ácido. O baixo pH favorece a ecologia da doença e a lesão cariosa. • Endocardite bacteriana sub-aguda: aderência e colonização de S. mutans e S. sanguis em válvulas cardíacas previamente danificadas, pela produção do polímero extracelular. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Streptococcus pneumoniae • Diplococos Gram positivos, dispostos aos pares ou cadeias curtas; as linhagens virulentas apresentam cápsula polissacarídica, que permite a tipagem com anti-soros específicos (90 tipos). • São alfa-hemolíticas. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Streptococcus pneumoniae • O microrganismo é ubíquo, e é um habitante comum da orofaringe e da nasofaringe de indivíduos saudáveis; • A maioria das infecções é causada pela disseminação endógena a partir da nasofaringe ou orofaringe, para outros locais (pulmões, seios paranasais, ouvido, etc.). A disseminação pessoa-pessoa através de perdigotos é rara; • Os indivíduos com doença viral antecedente do trato respiratório ou outras condições que interfiram na eliminação bacteriana do trato respiratório apresentam risco aumentadopara a doença pneumocócica. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Streptococcus pneumoniae • Entre os fatores de risco, destacam-se: Anormalidade no trato respiratório - infecções virais, acúmulo de muco, lesão (bronquites e enfisemas crônicos – DPOC), etc; Intoxicação por álcool ou drogas – diminuem a atividade fagocítica e o reflexo da tosse, facilitando a aspiração de partículas estranhas; Dinâmica circulatória anormal – congestão pulmonar, insuficiência cardíaca; Desnutrição ou debilidade geral devido a outras doenças crônicas. Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle :: Gênero Streptococcus Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle A colheita do espécime para análise direta (microscopia) ou cultura deve seguir a sintomatologia da doença: swabs de garganta, pus, escarro (pneumonia) ou sangue. O soro também pode ser colhido para análise sorológica. Provas sorológicas: :: Gênero Streptococcus Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle • Os estreptococos são geralmente sensíveis aos β- lactâmicos. Eventualmente, dependendo do paciente e seu estado geral de saúde, terapia combinada com aminoglicosídeos, macrolídeos e cloranfenicol pode ser prescrita. Macrolídeos são boa opção para pacientes alérgicos a penicilina. • O debridamento cirúrgico e a drenagem devem ser prontamente iniciados em pacientes com infecções sérias de tecidos moles. • Pacientes com histórico de febre reumática necessitam profilaxia antibiótica prolongada para evitar recorrência da doença, principalmente antes de sofrerem procedimentos que possam induzir bacteremias temporárias (ex.: procedimentos dentários). :: Gênero Streptococcus Morfologia e Fisiologia Classificação Patogênese Epidemiologia Diagnóstico Terapêutica, Prevenção e Controle • Nas infecções agudas é importante a eliminação do estímulo antigênico antes do oitavo dia, para se evitar estas sequelas. • Para prevenir e controlar a doença pneumocócica, uma vacina polissacarídica 23-valente (com 23 diferentes polissacarídeos capsulares) pode proporcionar até 90% de proteção. :: Gênero Enterococcus • Cocos Gram-positivos, dispostos aos pares ou em cadeias curtas; • Toleram crescimento em condições ambientais adversas, como o crescimento em 7,5 % de NaCl (halotolerantes) e resistência aos sais biliares; •23 espécies dentro do gênero: E. avium, E casseliflavus, E. cecorum, E. columbae, E. dispar, E. durans, E. faecalis, E faecium, E. gallinarum, E. hirae, E. malodoratus, E. mundtii, E. pseudoavium, E. raffinosus, E. saccharolyticus, E. sulfureus, E. solitarius, E. flavescens, E. seriolicida, E. asini, E. gilvus, E. pallens e E. porcinus/villorum. Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Enterococcus • Estão amplamente distribuídos na natureza e fazem parte da microbiota residente, particularmente no trato gastrintestinal. E. faecalis é o mais comum e provoca 85-90% das infecções, enquanto E. faecium causa de 5-10%; • São transmitidos de um paciente a outro através das mãos de profissionais de saúde, alguns dos quais podem albergar enterococos no trato gastrintestinal, mas podem ser transmitidos também por artigos médico-hospitalares. Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Enterococcus • Uma das principais causas de infecções hospitalares (~10%). Os locais mais comuns de infecção incluem o trato urinário, peritônio e tecido cardíaco. Podem causar ainda bacteremia, infecções em feridas e abscessos intra-abdominais. • Diversas condições favorecem a patogenicidade dos enterococos, contribuindo para a sua atuação como patógenos oportunistas, tais como: manipulações cirúrgicas ou instrumentais (pacientes com catéteres urinários ou intravasculares); imunossupressão; antibioticoterapia de amplo espectro Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle :: Gênero Enterococcus • Microrganismos se mostram resistentes aos beta- lactâmicos, aminoglicosídeos, glicopeptídeos, trimetoprim e sulfonamidas; •Terapia antimicrobiana é difícil. Antimicrobianos de nova geração estão sendo utilizados (linezolida, fluoroquinolona); • Práticas apropriadas de controle de infecções (uso de jaleco e luvas, isolamento de pacientes infectados). Morfologia e Fisiologia Epidemiologia Diagnóstico Patogênese Terapêutica Prevenção e Controle
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