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REVISÃO SOI III Júlia Morbeck - 2022.2 Assuntos abordados: 1 - Doença de Chagas 2 - Cardiomiopatia dilatada 3 - DAC 4 - Pericardite 5 - DAOP 6 - Asma e DPOC 7 - Câncer de pulmão 8 - Pneumonia 9 - Erisipela, impetigo e celulite 10 - Dermatite atópica 11 - Hanseníase 12 - Leishmaniose 13 - Câncer de pele Pneumonia 20-50% das PAC necessitam de hospitalização INFECCIOSAS X NÃO INFECCIOSAS Inflamação das estruturas parenquimatosas do pulmão e das vias aéreas inferiores. Pneumonia ETIOLOGIA BACTÉRIAS: Streptococcus pneumoniae (pneumococo); Klebsiella pneumoniae; Staphylococcus aureus. VÍRUS: Influenza; COVID-19 FUNGOS E HELMINTOS Inalação de fumaças irritantes; Aspiração do conteúdo gástrico. FATORES DE RISCO Idade: crianças e idosos; Hábitos pessoais: tabagismo; Comorbidades: DPOC; Ventilação mecânica. ORIGEM TIPO DE AGENTE HOSPITALAR COMUNIDADE TÍPICO ATÍPICO FATORES DE RISCO E CLASSIFICAÇÃO Pneumonia CLASSIFICAÇÃO DISTRIBUIÇÃO ANATÔMICA X 48H ou mais depois da internação Fora do hospital ou é diagnosticada dentro de 48h depois da internação. X Bactéria Vírus - lesam principalmente o interstício Pneumonia lobar: disseminação relativamente uniforme. Pneumonia lobular ou broncopneumonia: focos inflamatórios. Abscesso pulmonar: lesão do parênquima cuja cavidade fica preenchida por material purulento. Pneumonia intersticial: inflamação afeta o interstício. CHEGADA DE PATÓGENOS NO ESPAÇO ALVEOLAR FISIOPATOLOGIA MULTIPLICAÇÃO DESCONTROLADA DE PATÓGENOS PRODUÇÃO LOCAL DE CITOCINAS, PRINCIPALMENTE, POR MACRÓFAGOS ALVEOLARES RECRUTAMENTO DE NEUTRÓFILOS PARA O ESPAÇO ALVEOLAR E INTRODUÇÃO DE CITOCINAS NA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA GERAÇÃO DE EXSUDATO ALVEOLAR Pneumonia -Via aspirativa; -Via inalatória; -Via hematogênica; -Via contiguidade. Depende do balanço entre as defesas do paciente e da carga e agressividade do microrganismo. -TNF: reduz a proliferação bacteriana (NO); -IL-1: Estimulam as células TCD4+, linfócitos B, neutrófilos. EDEMA: Os alvéolos são preenchidos por líquido rico em proteínas e contendo grande quantidade de microrganismos HEPATIZAÇÃO VERMELHA: Há congestão capilar acentuada, ocorre o extravassamento de hemácias HEPATIZAÇÃO CINZENTA: Ocorre depois de 2 ou mais dias, chegada dos macrófagos, que fagocitam as células REGRESSÃO: O exsudado alveolar é removido e o pulmão volta gradativamente ao normal Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Pneumonia O processo patogênico pode ser dividido em 4 etapas: FEBRE TOSSE EXPECTORAÇÃODISPNEIA HEMOPTISE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pneumonia Dependem do agente etiológico e de fatores do hospedeiro (idade, estado imune) e comorbidades. OBS.: Idosos e imunocomprometidos, os sinais e sintomas podem ser discretos e encobertos por queixas inespecíficas. DOR PLEURÍTICA Alteração da consciência EXAME FÍSICO: -Uso de musculatura acessória; -Expectoração purulenta; -Estertores na ausculta; -Aumento do FTV; -Macicez à percussão. RAIO-X EXAMES LABORATORIAIS AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO Pneumonia Consolidações Hemograma (leucocitose); PCR; Coloração de gram e cultura de escarro; Hemocultura. INTERNAÇÃO AMBULATORIAL TRATAMENTO Pneumonia Cefalosporina de 2ª ou 3ª geração+Macrolídeo (Azitromicina) Fluoroquinolona (Levofloxicacino) B-lactâmico (Amox.+Clavulanato) - pacientes com comorbidade B-lactâmico+macrolídeo Preconiza o uso de antibiótico com o espectro mais estreito possível. TRATAMENTO EMPÍRICO - deve considerar o quadro clínico. B-lactâmico: inibem a biossíntese da parede celular bacteriana; Cefalosporinas: interferem na última etapa da parede celular bacteriana; Macrolídeos: ligam-se a subunidade 50S do ribossoma bacteriano, inibindo a síntese de proteínas; Fluoroquinolonas: interferem no DNA da bactéria. Impetigo, Erisipela e Celulite Maior órgão do corpo em peso. Morfologia da pele Infecção primária da pele, contagiosa, superficial. Acomete face e os membros superiores. Impetigo PIODERMITES: são processos infecciosos cutâneos IMPETIGO NÃO BOLHOSO E BOLHOSO - difere pelo tamanho das pústulas FREQUENTEMENTE OCORRE EM CRIANÇAS (<6 ANOS) ADULTOS ADQUIREM ATRAVÉS DE CONTATO C/ AS CRIANÇAS INFECTADAS FATORES DE RISCO Temperatura ambiente alta; Má higiene; Trauma cutâneo. ETIOLOGIA Staphylococcus aureus - impetigo bolhoso Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes - impetigo não bolhoso FISIOPATOLOGIA Impetigo As espécies bacterianas na epiderme induzem uma resposta imune inata. IMPETIGO NÃO BOLHOSO: Interrupção da barreira de pele que permite a invasão e aderência das bactérias. Exposição de fibronectina - aderência pelo ácido teicoico. IMPETIGO BOLHOSO: produção local de toxinas esfoliantes - destroem os desmossomos. Formação das bolhas é mediada pela ligação das toxinas com a desmogleína I - acantólise dentro da camada granulosa epidérmica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MÁCULA ERITEMATOSA PÚSTULAS - quando se rompem formam CROSTAS "cor de mel" IMPETIGO NÃO BOLHOSO: mácula eritematosa q evolui para vesícula. Sintomas gerais, normalmente, estão ausentes. Face e extremidades. IMPETIGO BOLHOSO: formação de bolhas q rapidamente sofrem pustulização. Tomam aspecto circinado. Tronco, nádegas. Impetigo DIAGNÓSTICO CLÍNICO Não bolhoso: lesões vesiculosas e/ou pustulosas. Bolhoso: lesões vesicubolhosas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exames bacterioscópicos e cultura. Hemograma: leucocitose. PACIENTES SAUDÁVEIS COM POUCAS LESÕES: Pomada mupirocina 2% ou retapamulina 1%. Interrompe a síntese da proteína bacteriana. CASOS MAIS EXTENSOS - ATB SISTÊMICO Cefalexina ou Amoxicilina+Clavulanato. Limpeza da área afetada e a remoção das crostas. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Impetigo TRATAMENTO Acometimento de estruturas + profundas; Febre; Lesões numerosas (>5) ou mais que dois locais gráficos. CRIANÇAS, IDOSOS, DEBILITADOS E PORTADORES DE ÚLCERAS CUTÂNEAS OCORREM COM MAIS FREQUÊNCIA EM MULHERES DO Q EM HOMENS FATORES DE RISCO Rompimento da barreira cutânea: trauma, inflamação, infecção de pele preexistente. ETIOLOGIA Streptococcus pyogenes - ERISIPELA Staphylococcus aureus OBS.: A celulite pode estar associada aos dois agentes etiológicos ADULTOS DE MEIA IDADE E IDOSOS Afeta a derme, com um envolvimento linfático proeminente. Variante superficial da celulite. Erisipela e Celulite Atinge fundamentalmente a hipoderme. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Erisipela e Celulite DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Erisipela e Celulite DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Baseado nos achados clínicos. LABORATORIAL Hemograma: leucocitose. Hemocultura: positiva em apenas 5% dos casos. ASLO: indicador de etiologia estreptocócica. ERISIPELA CELULITEX Maioria não necessita de internação - COMORBIDADES. -Penicilina procraína; -Penicilina cristalina - casos mais graves. Mecanismo de ação (penicilinas): inibe a síntese da parede celular bacteriana através do bloqueio da síntese de peptideoglicano. -Etiologia estreptocócica: tratamento da erisipela; -Etiologia estafilocócica: OXACILINA Mecanismo de ação (oxacilina): Inibe a síntese da membrana celular. Dermatite Atópica Eczema atópico. Principal manifestação cutânea de ATOPIA. Dermatite Atópica FREQUENTEMENTE ACOMPANHADA DE OUTRAS DOENÇAS ATÓPICAS MAIOR PREVALÊNCIA EM ÁREAS URBANAS E DE ALTA RENDA 60% DOS CASOS OCORRE NO 1º ANO DE VIDA FORMA LEVE EM 80% DOS CASOS 70% DOS CASOS HÁ MELHORA ATÉ O FINAL DA INFÂNCIA BAIXA QUALIDADE DE VIDA: efeitos psicológicos ETIOLOGIA: MULTIFATORIAL Genética: genes que codificam as proteínas da epiderme. Fatores ambientais: mudanças climáticas, exposições maternas durante a gestação. FATORES DESENCADEANTES Agentes infecciosos, aeroalérgenos, estresse emocional Dermatite Atópica Dermatite Atópica FISIOPATOLOGIA HIPÓTESES De fora para dentro: disfunção da barreira. Dentro para fora: alteração imune. BARREIRA CUTÂNEA E MECANISMOSALTERADOS BARREIRA MECÂNICA CELULAR: corneócitos ou queratinócitos enucleados - contém proteínas (filagrina- alinhamento da queratina). MANTO LIPÍDICO: responsável pela retenção de água. MANTO ÁCIDO: pH ácido (4,5-5,5) dificulta a multiplicação de bactérias. FLORA RESIDENTE: normal, dificulta a colonização por bactérias patogênicas. OBS.: Pode ocorrer mutações do gene da filagrina - 20 a 50% dos pacientes com DA. Dermatite Atópica FISIOPATOLOGIA HIPÓTESES De fora para dentro: disfunção da barreira. Dentro para fora: alteração imune. ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS Após a ruptura da barreira inicia-se uma resposta imune inata rápida. APCs -- LINFÓCITOS T ativados -- Subtipo TH2 -- IL-4: produção de IgE; IL-5: recruta eosinófilos; IL-31: prurido. Na pele, macrófagos e eosinófilos ativados e recrutados pela resposta TH2 produzem IL-12, a qual ativa TH1 (INF- gama que é responsável pela cronicidade). Dermatite Atópica MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRURIDO INTENSO E ECZEMA FASE INFANTIL (<2 ANOS) FASE PRÉ-PUBERAL (2-12 ANOS) FASE ADULTA (>12 ANOS) Após o 2º mês de vida; Pápulas edematosas e papulovesículas nas bochechas; Rosto e pescoço; Preserva a área da fralda. Lesões menos exsudativas e tendem a se tornar liquenificadas; Fossas cubitais e poplíteas; Xerose. AS lesões são mais liquenificadas; Regiões flexurais e mãos. PODE TER PTIRÍASE ALBA ASSOCIADA AV. LABORATORIAL: fornece subsídio para a identificação dos agentes provocadores. Testes cutâneos de leitura imediata; Contagem de eosinófilos no sangue periférico. TRATAMENTO HIDRATAÇÃO DA PELE CORTICOSTEROIDES TÓPICOS ELIMINAÇÃO DE FATORES DESENCADEANTES Dermatite Atópica DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DIAGNÓSTICO É CLÍNICO: PRURIDO + 3 OU MAIS DOS SEGUINTES ACHADOS: envolvimento flexural, história de atopia respiratória, xerodermia, erupção cutânea antes dos 2 anos de vida. HORA DE REVISAR COM QUESTÕES Gratidão
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