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História das mulheres na sociedade Romana

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História das mulheres na sociedade Romana
Na sociedade romana, do período da República (509-27 a.C.), a mulher casada (matrona) quase sempre aparecia ao lado do marido, participando das festas, das honrarias da vida pública, da administração da casa, como fiel e colaboradora do marido. No período Imperial (27 a.C. – 476 d.C.), as mulheres romanas, que não podiam ou não queriam exercer as funções maternas, estudavam processos, discutiam política, falavam de novidades e expunham, na presença do marido, suas teorias e planos a generais, tal como ocorria com as mulheres espartanas dos séculos VII a III a.C. Muitas matronas gozavam de confiança dos maridos, saindo para fazer visitas e compras nos armazéns. Durante a noite, acompanhavam os maridos aos banquetes e voltavam tarde para casa.
A mulher romana foi retratada no fim do século I e início do II d.C., pelo seu firme caráter heróico de fidelidade, como o da jovem esposa do filósofo estóico Lucius Anneus Sêneca (4 a.C – 65 d.C.), vítima do imperador Nero (37-68 d.C.). Também foi lembrada de forma lendária, como Lucrécia, que conquistou a imortalidade por ter sido violada.
Mas, além de algumas exceções, a mulher romana estava sempre sob o poder de um homem, do pater familias (chefe do lar), do marido ou de um tutor.
De acordo com um cálculo aproximado da população do Império Romano, mais da metade das mulheres morriam antes de completarem 40 anos de idade, devido a complicações durante o parto. Somava-se a isto, nas classes subalternas (escravas ou plebéias pobres), a vida exaustiva que estas mulheres levavam no mundo do trabalho romano.
Você pode perguntar-se: onde estavam as mulheres rebeldes? Algumas mulheres romanas buscaram na diversão uma forma de igualdade aos homens. Junto com seus maridos nos anfiteatros, no meio dos espectadores, divertiam-se com as lutas dos gladiadores.
Já as mulheres dos imperadores romanos e da nobreza senatorial, ao longo dos séculos I e II d.C., travaram grandes lutas nos bastidores do poder, as quais defendiam o trono para seus filhos, irmãos e amantes.
Pois, de acordo com o sistema de valores predominantes na sociedade romana, estas mulheres da alta sociedade deveriam contentar-se com as satisfações alheias, o êxito dos homens e do Estado, enquanto cuidava da nova geração masculina. Entretanto, essas mulheres nobres, como Júlia Cesaris (39 a.C. – ?) (filha do imperador Augusto [63a. C. – 14 d.C.]), Valeria Messalina (17-48 d.C.) (esposa do imperador Cláudio [10a.C. – 51 d.C.]) e Clódia estavam suficientemente liberadas de tabus sexuais para mostrarem publicamente sua liberdade de costumes, não obstante terem sido punidas com o exílio ou com a morte por causa de seus atos e desejos. Isto, no entanto, não as impediu de utilizarem sua sedução com proveito e sucesso nas formas predominantes de sociabilidade da cultura romana: as relações de favor e de clientelismo que determinavam as relações de poder romanas. Quanto a esta forma de resistência feminina, veja o que a historiografia relata:
Texto 1
Depois do fim do reinado de Augusto (63 a.C. – 14 d.C.), os costumes liberaram-se rapidamente durante os primeiros anos do reinado de Tibério (42 a.C. – 37 d.C.). Algumas senhoras se fizeram inscrever abertamente entre as prostitutas registradas pelas autoridades dos edis (magistrados guardiões da ordem pública). Isto lhes permitiu – pensavam elas – amar livremente quem quisessem, sem incorrer em sanções. Tal como os jovens libertinos que, na mesma época, aparecem na arena ou nos palcos, reclamando para si mesmos a desonra judicial, estas mulheres sacrificavam seu lugar na sociedade à liberdade de costumes.
Os homens, em Roma ou na Grécia, não se privavam de escolher para seus amores os que a sociedade ignora: e isso não lhes trazia nenhuma conseqüência. Para as mulheres da nobreza, em troca, é um verdadeiro desafio ficar em companhia de um gladiador, de um escravo, dos desprezados. Não lhes foi particularmente excitante fazer com que seu marido senador ou cavaleiro tenha de endossar a paternidade de uma criança cujos traços se assemelham aos de um gladiador, de um cantor, ou, pior ainda, aos dos escravos de sua própria casa?
Contudo, no campo religioso, embora a religião tradicional romana fosse centrada na família e nos cultos do Estado, na qual os homens desempenhavam papel predominante, as mulheres romanas encontraram, ainda que de modo restrito, um espaço onde dedicavamse mais que os homens. A exemplos disso, ocorreu no santuário de Vesta, em que seis mulheres ocupavam a função de não deixar o fogo sagrado apagar, eram as Virgens Vestais.
Sua importância estava no fato de que o lar romano era protegido pela deusa Vesta. Outros rituais foram reservados às mulheres, como o culto a Bona Dea (a Boa Deusa).
No período imperial (séculos I a V d.C.), as mulheres foram atraídas para um novo credo religioso, cuja a idéia central diferenciava-se de outras religiões, no que referia-se à purificação, à castidade e ao celibato: o cristianismo.
Tanto durante a vida de Jesus de Nazaré (c. 8-4 a.C. – c. 29-36 d.C.) – seu fundador – como nas primeiras comunidades cristãs, esta crença pregava que todas as pessoas eram iguais perante Deus, fosse elas escravas, homens e mulheres ou crianças. Isto foi entendido por muitas mulheres como uma forma de libertação através de sua elevação espiritual (sublimação).
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Estela funerária em mármore; representa, em alto relevo, uma mulher com um véu. O porte de toda mulher honrada
é aquele que apenas deixa ver o rosto. Em Roma e no Oriente grego a mulher, quando sai, ocasionalmente, fá-lo com a cabeça coberta por um véu ou por um manto, evitando atrair os olhares. Esta atitude significa para todos os homens que não podem aproximar-se dela, pois está protegida pela lei romana contra os agressores. No tempo da República este costume agudiza-se: os homens podem divorciar-se se a sua esposa sair com a cabeça descoberta. As prostitutas romanas são proibidas de usar o manto das matronas. Primeira época Imperial romana. Roma, Museu Capitolino
A luta por direitos da plebe na sociedade romana
No período da monarquia (753-509 a.C.), a sociedade romana estava composta basicamente por: patrícios, plebeus, clientes e escravos.
Esta sociedade desenvolveu-se baseada na desigualdade econômica, social e política. Isto porque o grupo social dos patrícios possuía as principais terras, formava a aristocracia e detinha os direitos políticos de governo. Entre os plebeus, encontravam-se os artesãos, comerciantes e pequenos proprietários, que não tinham direitos políticos e também não podiam se casar com gente dos patrícios, além de estarem sujeitos à escravidão por dívidas. Já os clientes trabalhavam para os patrícios em troca de proteção, e os escravos resultavam de pessoas que não podiam pagar suas dívidas e de prisioneiros de guerra.
Mas, foi durante o período da República romana (509-27 a.C.) que os plebeus percorreram um caminho de lutas contra os patrícios, para adquirir direitos sociais, jurídicos e políticos. Durante este processo, os plebeus perceberam que os patrícios dependiam deles para manter o funcionamento da economia, das finanças e do exército. Esses  pressionaram os patrícios retirando-se em 493 a.C., para o Monte Sagrado, localizado a alguns quilômetros de Roma, e ameaçaram fundar outra cidade. Os patrícios entenderam que o exército, sem os plebeus, ficaria fraco e o Estado não teria condições de manter a cobrança de impostos.
Então, resolveram fazer concessões na criação de magistrados especiais com a função de defender os interesses da plebe, denominados: os “tribunos da plebe”.
As pressões e revoltas plebéias continuaram, com outras reivindicações, como o direito de poder ter conhecimento da lei para serem julgados com igualdade aos patrícios. Por isso, foi redigido um código de lei em 450 a.C., a Lei das Doze Tábuas, válidas para os patrícios e plebeus. O casamento entre cônjuges patrícios e plebeus foi permitido em 445 a.C., com a Lei Canuléia. Mas, na prática, somente os ricosplebeus conseguiram casar-se com as mulheres patrícias.
Os plebeus ainda conquistaram, em 367 a.C., um cargo no consulado e o fim da escravidão por dívida, com uma lei decretada por volta de 366 a.C., o que colaborou, de certo modo, para a abolição da escravidão, de forma definitiva, de cidadãos romanos em 326 a.C.
Assim, as lutas que os plebeus empreenderam, nos séculos V a IV a.C., provocaram algumas transformações sociais e políticas em Roma.
No entanto, os cargos políticos passaram a ser divididos entre os ricos plebeus e os patrícios, enquanto a maioria dos membros da classe plebléia continuava pobre, lutando por melhores condições de vida e para ter acesso às terras conquistadas por Roma, distribuídas entre os patrícios.
Texto 2
O eixo de grande contenda é a consecução por parte dos plebeus do direito de participação no ager publicus – ou seja: a pretensão de desfrutar de vantagens materiais idênticas às dos patrícios, estas determinadas pelos seus privilégios políticos. Esta pretensão foi característica tanto dos plebeus pobres como dos bem acomodados. Tem-se manifestado com freqüência a opinião de que as reivindicações econômicas dos plebeus pobres e as reivindicações políticas dos plebeus ricos se fundiram para, unidos, poderem levar a cabo uma luta em prol de pretensões diferentes – o que deixa supor que os plebeus endinheirados não tinham como único móbil aspirações de tipo econômico. Mas não restam dúvidas de que os fins perseguidos pelos plebeus ricos fossem também econômicos – ao passo que aos pobres importava, mais do que o acesso aos altos cargos políticos, que estas posições fossem ocupadas por inimigos da classe privilegiada.
O período homérico é a época vivida na Grécia entre os séculos XII a.C. e VIII a.C., e recebeu esse nome porque não existem muitas fontes históricas para se estudar esse período, a não ser pelos poemas Odisseia e Ilíada, que foram escritos pelo poeta grego Homero.
Ilíada e Odisseia
Acredita-se que esses dois poemas foram escritos no século VI a.C., e que Homero apenas escreveu as histórias que foram sendo transmitidas oralmente de pai para filho ao longo dos séculos pela população que vivia em Hélade (que hoje é a Grécia).
O primeiro deles, Ilíada, conta a história do último ano de uma guerra que ficou conhecida como Guerra de Troia (Troia em grego se escreve Ílion, e por isso o nome do poema é Ilíada). Já o poema Odisseia conta a história de Ulisses, que após o fim da Guerra tenta voltar para sua casa.
Esses dois poemas são muito importantes, pois eles mostram como era a civilização grega naquela época em que não se tinha registro escrito, e nos conta um pouco de como era a vida das pessoas, os hábitos e costumes, as formações sociais, etc.
Os poemas são a única fonte histórica sobre o período?
Os poemas escritos por Homero são a única fonte histórica escrita, porém, arqueólogo encontraram alguns objetos que nos deixam deduzir um pouco de como era a vida naquela época.
Foi possível, por exemplo, descobrir que no período homérico a civilização grega voltou a ter o campo como principal atividade econômica, e acabaram abandonando inúmeras cidades. Acredita-se que o motivo que fez eles trocarem a cidade pelo campo foi algumas invasões do povo dórico que aconteceu na região de Hélade.
Organização da sociedade grega no período homérico
A população era organizada em genos, que eram famílias grandes, que funcionavam como unidades econômicas, políticas, sociais e religiosas, que assegurava subsistência e muitas vezes vivia isolada de outras comunidades. Não existia propriedade privada na época, e o cultivo das terras e a utilização de instrumentos agrícolas acontecia de forma coletiva.
Essas famílias eram lideradas por uma pessoa que se chamava páter, que era como se fosse o chefe da geno. Por esse motivo, a comunidade ficou conhecida como comunidade gentílica ou comunidade patriarcal.
O páter sempre era um homem – era o sexo masculino a figura de maior influência dentro da sociedade grega. Ele era considerado uma autoridade máxima, e muitas vezes ocupava papel de juiz, militar ou chefe religioso.

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