Dez chaves para a análise de agroecossistemas

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Dez chaves para a análise de 
agroecossistemas
I) As interações ecológicas
a) Das interações indiretas a longo prazo ( predador/presa - a longo prazo favorece a
presa por não esgotar o recurso)
b) Das interações que fazem intervir várias espécies simultaneamente (Associação
modificada pela presença de outra espécie – duas espécies não podem ocupar o
mesmo nicho ecológico simultaneamente)
c) Das interações multiformes (relações complementares que permitem a
sobrevivência das espécies envolvidas e equilíbrio do meio. Ex. Gramínea(eliminação
de excesso de umidade/leguminosa (suprimento de N/musgo (retenção de
umidade))
Clássica
Continente-Ilha
População em mancha
Metapopulação em 
desequilíbrio
Modelos de Metapopulações (Harrison, 1996)
II) As estratégias
a) Estratégias demográficas (estrategistas r= compensam a mortalidade intensificando
a reprodução; k = sobrevivência de pequeno número de indivíduos pela manutenção
de estruturas e mecanismos de sobrevivência)
b) Estratégias cenóticas (Usam ao mesmo tempo estratégias demográficas e de
diversidade genética)
c) Estratégias alimentares (Gerenciam parte da energia assimilada à busca da
alimentação)
d) Estratégias de ocupação do espaço-tempo
e) Estratégias de crescimento versus estratégias de desenvolvimento (respostas
estratégias a presença ou ausência de perturbações do ambiente)
Estratégias K e r
• As espécies de estratégia K
tendem a ter vida longa, 
• alocar pouca biomassa aos 
órgãos reprodutivos, 
• ocupam os últimos estágios 
nas sucessões. 
• O tamanho da população fica 
próximo à capacidade de 
suporte e é regulado por 
fatores bióticos.
• As espécies de estratégia r
tendem a ter vida curta, 
• ocorrem em habitats abertos 
e nos primeiros estágios das 
sucessões. 
• Uma grande porção de 
biomassa é alocada à 
reprodução e a população é 
regulada por fatores físicos. 
Característica Estratégia r Estratégia K
Duração do ciclo 
de vida
Curto, geralmente 
menor que um ano
Longo, usualmente maior 
que um ano
Comportamento Rápido 
desenvolvimento, 
reprodução precoce, 
pequeno tamanho 
corporal, período de 
reprodução simples 
no ciclo de vida
Lento desenvolvimento, 
maior capacidade 
competitiva, reprodução 
mais lenta, maior tamanho 
corporal, vários períodos 
reprodutivos no ciclo de 
vida. 
Resultado geral Produtividade Eficiência
Exemplos: ratos
Plantas invasoras, 
pulgões
Elefantes, besouros
III) Os fluxos de matéria e energia
a) Redes e fluxos tróficos (produtores e consumidores)
b) Análise de redes tróficas por classes de tamanho (presas geralmente apresentam
tamanho reduzido em comparação ao predador)
c) Fluxos de energia; ciclos de matéria.
IV) As dinâmicas
a) Modelos habituais (explicar ou prever flutuações de variáveis de interesse)
b) A estabilidade e resiliência do sistema
c) A entropia do ecossistema
V) A informação interna: a diversidade
a) Diversidade funcional (diversidade de funções e papeis no sistema – habitat e nicho 
ecológico)
b) Diversidade taxonômica (diversidade de táxons presentes e seus descritores)
VI) Ocupação espaço-tempo
a) Heterogeneidade espacial, variabilidade temporal, interfaces (um sistema ecológico é 
fundamentalmente estruturado no espaço-tempo)
b) Delimitação e tamanho de um ecossistema (na delimitação do sistema a procura de 
interfaces é decisiva par identificar interações fundamentais)
c) Ocupação do espaço –tempo
 
 
 
 
São três os padrões básicos de distribuição espacial das populações.
Agregado 
(ou contagioso)
Regular
(ou uniforme)
randômico (ou Poisson)
VII) A estrutura hierárquica
a) A hierarquia de uma rede está na sua conexão ou conectividade
VIII) As relações físicas-biológicas
a) Energia auxiliar (não vinda das cadeias tróficas mas de origem solar, ventos e 
correntes)
b) Ressonância entre fenômenos físicos e biológicos (precisão do ajustamento dos 
mecanismos físicos e biológicos em interação)
c) Ação de turbulência ( Turbulência de águas trás minerais de profundidades para a 
superfície)
d) Energia auxiliar secundária (criação de galerias que permitem circulação de água e 
gases, ex: corós)
IX) Evolução dos ecossistemas: Efeito de perturbações
a)Sucessão ecológica
b)Envelhecimento do ecossistema (ecossistema maduro espécies favorecidas podem 
monopolizar o espaço ecológico)
c)Efeito das perturbações (espécies mais vulneráveis sobretudo mais especializadas, 
ao necessitarem da integridade do sistema de interações para subsistir, desaparecem)
X) As interações entre ecossistemas
a) as interfaces
b) fluxos de matéria e energia
Diferenças estruturais e funcionais entre ecossistemas naturais e 
agroecossistemas 
 Ecossistema natural Agroecossistemas 
Produtividade líquida Média Alta 
Interações tróficas Complexa Simples; lineares 
Diversidade de espécies Alta Baixa 
Diversidade genética Alta Baixa 
Ciclo de nutrientes Fechados Abertos 
Estabilidade (resiliência) Alta Baixa 
Controle humano Independente Dependente 
Permanência temporal Longa Curta 
Heterogeneidade do habitat Complexa Simples