Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escola de Engenharia de Lorena - USP Cinética Química – Capítulo 08 - Reações Múltiplas _____________________________________________________ Notas de Aula – Prof. Dr.Marco Antonio Pereira 1 – Introdução As reações simples são aquelas que requerem uma única expressão de velocidade para descrever completamente seu comportamento cinético, enquanto que as reações múltiplas exigem várias expressões de velocidade. Neste capítulo será estudado as reações múltiplas mais simples que existem :Trata-se das reações em paralelo e das reações em série, e cujo estudo que faremos limita-se a sistemas a volume constante. 2 - Reações Paralelas Irreversíveis Vamos analisar o caso mais simples de todos, que consiste em uma reação onde o reagente A se decompõe ou é consumido, através de dois caminhos possíveis, sendo cada um deles uma reação elementar. Tem-se que: A ⎯→⎯ 1K R A ⎯→⎯ 2K S As velocidades de conversão dos três componentes são: AAA A A CkkCkCkdt dCr )( 2121 +=+=−=− A R R Ckdt dCr 1== A S S Ckdt dC r 2== A primeira diferença que percebemos na análise das equações de velocidade é que para o estudo de uma reação simples bastava apenas uma equação de velocidade para determinar o fenômeno completo, enquanto que aqui é necessária mais de uma reação. A integração da primeira equação acima, nos permite obter o seguinte modelo matemático. tkk C C Ao A )(ln 21 +=− Entretanto, esta única equação não permite descrever completamente o comportamento das reações paralelas, pois apenas encontramos uma relação entre k1 e k2. A obtenção de uma outra relação entre estas duas constantes de velocidade pode ser obtida a partir da divisão das equações de velocidades dos produtos entre si. Desse modo, tem-se que: A R Ck dt dC 1= (1) AS Ckdt dC 2= (2) dividindo a equação (1) pela equação (2), tem-se: 2 1 k k dC dC S R = Integrando, ∫∫ = S So R Ro C C S C C R dC k kdC 2 1 Escola de Engenharia de Lorena - USP Cinética Química – Capítulo 08 - Reações Múltiplas _____________________________________________________ Notas de Aula – Prof. Dr.Marco Antonio Pereira Obtém-se, então, como resultado final: 2 1 0 0 k k CC CC SS RR =− − 3 – Reações em Série (Irreversíveis) Vamos considerar as reações consecutivas monomoleculares de primeira ordem, As equações serão as seguintes: A A A Ckdt dCr 1=−=− RA R R CkCkdt dCr 21 −== R S S Ckdt dC r 2== Para simplificar o nosso estudo, analisaremos uma determinada reação cuja concentração inicial seja CAo e não tenha a presença de R ou S. Mesmo com esta simplificação, a análise matemática não é simples e utiliza-se até mesmo de uma equação diferencial linear da primeira ordem. A seguir, vamos simplesmente apresentar as equações matemáticas que permitem estudar este tipo de reação, sem nos atermos a dedução das mesmas. tk C C A A 1 0 ln =− ou tkAA eCC 10 −= ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −+−= −− 2112 1 21 0 kk e kk ekCC tktk AR SRA kk ⎯→⎯⎯→⎯ 21 Escola de Engenharia de Lorena - USP Cinética Química – Capítulo 08 - Reações Múltiplas _____________________________________________________ Notas de Aula – Prof. Dr.Marco Antonio Pereira ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −+−+= −− tktk AS ekk ke kk kCC 21 0 12 1 21 21 ......com estas três equações podemos levantar um diagrama como mostrado a seguir: Deste gráfico podemos extrair a concentração máxima da substância R, que no início é produto de forma mais acentuada e depois de um certo tempo é reagente de forma mais acentuada. Com um pouco e trabalho matemático, ainda podemos encontrar que: ( ) 12 12ln kk kktmáx −= 12 2 0 2 1 kk k AR k kCC máx − ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=
Compartilhar