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O QUE SÃO DOENÇAS REUMÁTICAS

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O QUE SÃO DOENÇAS REUMÁTICAS? Popularmente conhecidas como reumatismo, são prevalentes e representam o conjunto de diferentes doenças que acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações (“juntas”), cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Além disso, algumas doenças reumáticas podem comprometer outras partes e funções do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até a pele. Existe mais de uma centena de doenças reumáticas. As mais comuns são osteoartrite, também conhecida como artrose, fibromialgia, osteoporose, gota, tendinites e bursites, febre reumática, artrite reumatoide e outras patologias que acometem a
4. DOENÇAS REUMÁTICAS, QUEM PODE TER? As doenças reumáticas não ocorrem só em idosos. Qualquer pessoa (crianças, jovens e adultos) pode ser acometida de algum tipo de doença reumática. Elas não dependem de cor, sexo ou idade e podem ser causadas ou agravadas por fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas. Esse grupo de doenças não é transmissível, não é contagioso e normalmente é acompanhado de dor.
5. O DIAGNÓSTICO PRECOCE E O TRATAMENTO CORRETO PODEM EVITAR O SOFRIMENTO E A INCAPACIDADE FÍSICA As doenças reumáticas, assim como outras enfermidades crônicas, têm tratamento. Se a doença for descoberta no início e tratada de maneira adequada, o paciente reumático pode levar uma vida normal e sem dores, minimizando o risco de incapacidade física.
6. OSTEOARTRITE / ARTROSE A osteoartrite é uma doença das articulações caracterizada por degeneração das cartilagens, acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas. Mulheres e homens são acometidos na mesma proporção. Acometendo principalmente pessoas acima de 40 anos. A osteoartrite resulta do aumento de conteúdo líquido no interior do tecido cartilaginoso, O principal sintoma é a dor articular de instalação insidiosa, que aumenta de intensidade com o passar dos anos, Com o tempo, pode ocorrer enrijecimento e diminuição da mobilidade articular.
7. As articulações mais acometidas são: 1) Mãos: afeta principalmente as juntas entre a segunda e a terceira falange, provocando abaulamentos (nódulos de Heberden). Mais raramente, esses nódulos surgem na articulação da primeira com a segunda falange (nódulos de Bouchard). Vermelhidão local, dor e inchaço instalam-se ocasionalmente; 2) Joelhos: pode haver derrame articular, dor e alargamento das estruturas ósseas vizinhas, com ou sem crepitação (como se houvesse areia na junta). Nas fases mais avançadas as deformidades desalinham os ossos; 3) Coxofemorais: a dor é sentida na virilha ou na região lateral da junta, com eventual irradiação para as nádegas ou para os joelhos. Como defesa, os pacientes rodam a coxa para fora e dobram a perna, dando a impressão de que o membro encurtou; 4) Coluna: quando o comprometimento do disco entre as vértebras e as alterações ósseas vizinhas comprimem as raízes nervosas que emergem da coluna, surgem dor, espasmos, atrofias musculares e limitação de movimentos. Os locais mais acometidos são a coluna cervical baixa e as últimas vértebras lombares. A radiografia pode mostrar osteófitos (bicos de papagaio), cuja presença não guarda relação direta com a dor.
8.  Não existe tratamento que retarde a evolução ou reverta o processo patológico que conduz à osteoartrite. As seguintes medidas gerais são úteis em todos os casos: 1) Repousar depois de atividade que solicite a articulação comprometida; 2) Adotar postura cuidadosa ao sentar, levantar objetos e andar, para evitar posições forçadas que sobrecarreguem a articulação. 3) Evitar pesos e atividades causadoras de impactos repetitivos. 4) Usar calçados confortáveis que ofereçam boa base de apoio; não calçar sapatos com os calcanhares desgastados. 5) Praticar exercícios isométricos que fortaleçam a musculatura para conferir estabilidade à articulação. 6) Evitar a obesidade. 7) Nos casos mais avançados, o uso de bengalas, andadores, corrimãos e alças de apoio no banheiro é fundamental.
9. ARTRITE REUMATOIDE Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos. Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.
10.  Sintomas No início, os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença. Diagnóstico O diagnóstico leva em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide) e por imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular). O Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu os seguintes critérios que ajudam a nortear o diagnóstico (os quatro primeiros devem estar instalados durante seis semanas pelo menos): * Rigidez matinal; * Artrite de três ou mais áreas, com sinais de inflamação; * Artrite de articulação das mãos ou punhos (pelo menos 1 área com edema); * Artrite simétrica (a simetria não precisa ser perfeita); * Nódulos reumatoides ; * Fator reumatoide sérico positivo; * Alterações radiográficas (erosões ou descalcificações articulares).
11.  Tratamento Quanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades. Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade. O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas. A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença. Recomendações * Não tenha medo: artrite reumatoide não é doença contagiosa nem hereditária; * Lembre que a artrite reumatoide sem tratamento pode ter como consequência a total incapacidade de movimentar-se; * Não se automedique nem atribua ao envelhecimento sinais que possam ser indicativos da artrite reumatoide. Procure assistência médica.
12. Gota O que é gota? Gota é uma condição crônica, não contagiosa, causada pelo depósito de cristais de ácido úrico nas articulações. O acúmulo de ácido úrico no sangue pode acontecer tanto pela produção excessiva, quanto pela eliminação deficiente da substância. Mas é importante saber que nem todas as pessoas que apresentam aumento de ácido úrico no sangue apresentarão gota.A gota é uma das principais causas da artrite crônica e está associada a outras patologias como obesidade, cálculos renais, alterações do colesterol, diabetes e insuficiência renal. Aparece geralmente entre 40 e 50 anos de idade, sendo mais frequente em homens adultos do que em mulheres.
13.  Quais são os sintomas? Geralmente o primeiro sintoma é uma crise aguda de gota caracterizada por uma monoartrite que acomete mais frequentemente a articulaçãodo dedão do pé (hálux) e causa uma dor insuportável nesta região, a qual tem início à noite e é intensa o suficiente para despertar a pessoa. Nem mesmo o toque do lençol no dedão do pé é suportado. Esta crise acontece pela precipitação de cristais de urato monossódico provenientes dos fluidos corporais supersaturados nos espaços articulares. Qualquer articulação pode ser afetada, mas o hálux é acometido em mais de 90% dos pacientes. Há edema, cor avermelhada e calor na região. A crise dura de 2 a 10 dias e depois tudo volta ao “normal”, fazendo com que muitos pacientes não procurem assistência médica adequada com um clínico geral ou reumatologista. Uma nova crise pode surgir em intervalos de meses ou anos. As crises de gota podem ser acompanhadas por sinais sistêmicos como aumento da frequência cardíaca, mal-estar, febre baixa, calafrios e leucocitose. O diagnóstico tardio ou a falta de um tratamento adequado pode levar a deformidades nas articulações, conhecidas como “tofos”. Estas deformidades são comuns no cotovelo, dedos ou dorso das mãos, nos pés, em qualquer outra articulação, tendões ou na cartilagem do pavilhão auricular. Uma outra complicação do mal acompanhamento desses pacientes é o risco de evolução para a insuficiência renal, pela formação de cálculos de urato que podem atrapalhar o funcionamento dos rins.
14.  Como é feito o diagnóstico de gota? Uma primeira crise não faz o diagnóstico de gota. É preciso que sejam encontrados cristais de ácido úrico no líquido aspirado da articulação acometida. Ou que o paciente seja acompanhado para descartar outras causas de inflamações articulares. Quando há crises repetidas de monoartrite agudo dolorosa e ácido úrico elevado ou nos pacientes com doença crônica já com deformidades e alterações radiológicas típicas não há dificuldades diagnósticas. A taxa de referência normal de ácido úrico no sangue é de 7,0 mg/100 ml, mas somente uma pequena parte das pessoas com aumento do ácido úrico terão gota, cerca de 20%. Existe cura? Infelizmente a doença não tem cura, mas é perfeitamente possível controlar os seus sintomas com o seguimento adequado do tratamento instituído pelo médico assistente.
15.  Como é o tratamento? O tratamento é para sempre. O ácido úrico aumenta ou por problemas na eliminação renal ou por alterações de sua produção. Em ambas situações os defeitos são genéticos, ou seja, definitivos. As alterações na dieta e o tratamento medicamentoso precisam ser rigorosamente seguidos, do contrário, o ácido úrico volta a subir e é uma questão de tempo para aparecerem novas crises de gota, além de aumentar o risco de que deformidades articulares apareçam. Atualmente, usa-se anti-inflamatórios não esteróides (AINES) nas crises agudas e colchicina somente nos pacientes que tenham contra-indicações aos AINES. Podem ser associados analgésicos mais potentes se necessário. Às vezes a punção articular com agulha e seu esvaziamento causam grande alívio na dor. Pode ser necessário uma injeção intra-articular de corticoide. Após passada a crise, o alopurinol é o medicamento de escolha para reduzir o ácido úrico. As doses variam bastante de pessoa para pessoa. É muito importante associar o uso de alopurinol a uma dieta específica para pacientes com gota.
16. Fibromialgia Caracteriza-se por dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Trata-se de uma patologia relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor que atinge,90%dos casos,mulheres entre 35 e 50 anos. A fibromialgia não provoca inflamações nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras doenças reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico. CAUSAS: A causa específica da fibromialgia é desconhecida. Sabe-se porém que os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores da doença e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem está envolvidos em seu aparecimento.
17.  SINTOMAS: Dor generalizada; Fadiga; Falta de disposição; Alterações do sono que é pouco reparador; Síndrome do cólon irritável; Sensibilidade durante a micção; Cefaleia; Distúrbios emocionas e psicológicos;
18.  DIAGNÓSTICO: Baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo. TRATAMENTO: Exige cuidados multidisciplinares. No entanto,tem-se mostrado eficaz para o controle da doença. Uso de analgésicos e antiinflamatórios a antidepressivos tricílicos. Atividades físicas regulares. Acompanhamento psicológico. Massagens e acupuntura Evitar carregar peso. Fuja de situações que elevem o nível de estresse. Elimine tudo que possa perturbar seu sono como a luz,colchão desagradável,temperatura. Procure posições confortáveis quando for permanecer sentado por um longo período. OBS: O tratamento e os cuidados de enfermagens são os mesmo.
19. Osteoporose É considerada um grave problema de saúde pública, a osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da massa osséa, deixando os ossos densos e frágeis causando muita dor e deformidades; como a diminuição de tamanho .O aparecimento está ligado aos níveis de estrógeno ,esse hormonio feminino ajuda a manter o equilibrio entre a perda e o ganho de massa osséa (absorção de calcio) . A osteoporose é uma doença que afeta principalmente mulheres na pós-menopausa porque produz menos hormônio , homens tambem tem esse hormônio em menas quantidade e podem ter a doença. É uma doença muito lenta,e assintomática e na maioria dos casos é descoberta quando se sofre alguma fratura; mas temos exames para diagnosticar a doença como:exames sanguineos e de massa osséa,radiografias, mais a maioria não se preocupa em fazer esse acompanhamento com o médico. As estatisticas mostram que a cada três mulheres uma tem
20.  Fatores de riscos: *mulheres pós menopausa *homens acima dos 65 anos *fumantes *consumidores de álcool e café e muitos outros Prevenção: *consumir leites e derivados *exercícios físicos *dietas ricas em cálcio E a reposição hormonal para prevenção e também durante o tratamento ex:Extradiol É uma doença que tem tratamento é não cura então a prevenção continua sendo o melhor remédio. Procure sempre seu médico!!!!!!!
21. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Ao perceber dor nas articulações, principalmente por mais de seis semanas, acompanhada de vermelhidão, inchaço, calor ou dificuldade para movimentar as articulações (especialmente ao acordar pela manhã), procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Pode ser uma doença reumática. O cuidado e o manejo das doenças reumáticas incluem tratamentos diversos (com a utilização de práticas integrativas e complementares, exercícios, terapia física, entre outros) e tratamento farmacológico (com o uso de medicamentos). Por isso, é fundamental a combinação de serviços de saúde da atenção básica com os serviços de outros especialistas da Rede de Atenção à Saúde.
Tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda fibrosa que faz a fixação dos músculos aos ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso.
As tendinites, dependendo dos locais de incidência, podem ser classificadas em diferentes sub-tipos:
1. Entesite – tendinite de inserção
2. Tenossinovite – inflamação da bainha sinovial tendinea
3. Peritendinite – inflamação da junção músculo-tendínea
4. Tendinite Ossificante – cronificação da inflamação com depósito de cristal de hidroxiapatita.
A Bursite é a inflamação ou irritação de uma “bursa”. Esta é uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras estruturas móveis, como músculos, pele, ou tendões. Ela permite e facilita um melhor deslizamento entre as estruturas.
Desde que os tendões e as “bursas” estão localizados próximas articulações, qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles será percebido freqüentemente por pacientes como dor na articulação e, equivocadamente como artrite.
Os sintomassão semelhantes:
* Dor e rigidez, agravadas por movimento.
* Dor principalmente noturna.
* Inchação local pode acontecer.
Qualquer tendão ou “bursa” no corpo humano pode ser afetado, mas aqueles localizados nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos e pés, são os mais freqüentes.
Tendinites e bursites são condições normalmente temporárias, mas podem se tornar crônicas e, ao contrário da artrite, elas não causam deformidade.
A causa mais comum de tendinites é o trauma local ou “overuse” (excesso durante trabalho ou jogo), particularmente se o paciente tem um mau condicionamento físico, má postura, ou usa o membro afetado em uma posição forçada e desajeitada.
A bursite pode surgir de trauma único de forte intensidade ou de micro-traumas repetitivos, mas também pode estar associada à varias condições reumáticas, metabólicas, infecciosas, e mesmo sem causa específica, considerada idiopática
Os problemas de ordem musculoesquelética são comuns para pessoas de todas as idades, sendo uma das grandes causas de afastamento do trabalho.
O diagnóstico de uma tendinite e/ou uma bursite requer uma história médica cuidadosa e principalmente um exame físico bem feito. Somente assim podemos avaliar a real condição do paciente e planejar um tratamento específico
Radiografias podem ser úteis para excluir anormalidades ósseas. Deve ser salientado que tendões e bursas não são visíveis em radiografias, no entanto o uso da ultra-sonografia e, mais recentemente da ressonância nuclear magnética trouxeram um auxílio extremamente importante na definição do local e grau da lesão
Aspiração com agulha do local pode ser necessária para excluir infecção (artrite séptica), ou mesmo gôta.
Exames laboratoriais podem ajudar em caso de alguma outra doença de base, como por exemplo, Artrite Reumatóide ou Diabetes, mas normalmente, não são necessários para diagnosticar a maioria dos casos.
O tratamento destas duas condições está baseado na causa em si.
O objetivo inicial do tratamento é diminuir e, se possível, inibir a dor. Para isto o repouso articular é base principal, conseguido através do afastamento do fator causal e de atividades que possam levar ao agravamento da lesão.
Um adequado aquecimento prévio e cuidar da postura é fundamental. O uso de “splints” (talas de plástico) na área afetada como imobilização, calor úmido, e outras modalidades de terapia física ajudam na melhoria da dor aguda.
Analgésicos simples, ou opióides podem ser empregados, mas regularmente o uso de antiinflamatórios não hormonais são os mais utilizados. Em casos acentuados, curtos períodos de uso de corticosteróides podem ser necessários ou mesmo a infiltração intra-articular tem sua indicação.
A reabilitação física deve ser feita com o objetivo de tirar a dor, mas, sobretudo ela é utilizada como recuperação de amplitude de movimentos e prevenção de recidivas através de exercícios específicos e orientados por profissionais capacitados.
Se uma infecção está presente, um antibiótico é necessário.
A intervenção cirúrgica de tendinites ou bursites é infreqüente.
Uma vez controlado o ataque agudo, deve ser iniciado o trabalho de prevenção e/ou correção dos fatores causais. Melhora da ergonomia, da qualidade muscular, e principalmente, da auto-estima, são fundamentais no sentido de prevenir novas lesões e/ou recorrências das antigas.
Artrite Reumatoide
A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica crônica. Por ser sistêmica, significa que ela pode afetar diversas partes do organismo (embora atinja principalmente as articulações); por ser crônica, não se consegue obter a sua cura (e sim o seu controle). A causa ainda é desconhecida, mas sabe-se que é autoimune, ou seja, os tecidos são atacados pelo próprio sistema imunológico do corpo.
A doença afeta entre 0,5% e 1% da população mundial adulta e cerca de três vezes mais mulheres do que homens. Um estudo de 2004 mostrou que a incidência da AR no Brasil é de 0,46%. Além disso, pessoas com histórico familiar de artrite reumatoide têm mais risco de desenvolvê-la, devido a uma maior predisposição genética.
Os principais sintomas são: dor, inchaço, rigidez e inflamação nas membranas sinoviais e nas estruturas articulares. Com a progressão da doença – e se esta não for tratada adequadamente –, os pacientes podem desenvolver incapacidade para a realização de suas atividades cotidianas.
Na artrite reumatoide, o sistema imunológico, responsável por proteger o nosso organismo de vírus e bactérias, também ataca os tecidos do próprio corpo –especificamente a membrana sinovial, uma película fina que reveste as articulações.
O resultado desse ataque é a inflamação das articulações e consequente dor, inchaço e vermelhidão, principalmente nas mãos e nos pés. É importante lembrar que, por ser sistêmica, ela pode ocorrer em outras articulações, tais como joelhos, tornozelos, ombros e cotovelos, além de outras partes do organismo (pulmão, olhos, coluna cervical). Em outras palavras, embora a principal característica da artrite reumatoide seja a inflamação das articulações, várias regiões do corpo também podem ser comprometidas.
Se não for tratada adequadamente, a inflamação persistente das articulações pode levar ao comprometimento das juntas, provocando deformidades e limitações nas atividades do dia a dia.
Apesar dos avanços nas pesquisas, a causa da artrite reumatoide ainda é desconhecida. Porém, a maioria dos cientistas concorda que a combinação de fatores genéticos e ambientais é a principal responsável.
Foram identificados marcadores genéticos que provocam uma probabilidade dez vezes maior de manifestar a doença. Entretanto, há quem possua esses genes e não desenvolva a AR, assim como nem todas as pessoas com a doença têm esses genes.
Pesquisas sugerem que agentes infecciosos, como vírus ou bactérias, podem provocar a doença em quem tem propensão genética para desenvolvê-la. Além da resposta do organismo a eventos estressantes, como trauma físico ou emocional, outra possibilidade são os hormônios femininos, uma vez que a incidência é maior nas mulheres.
Fumar também pode ser um causador, pois há um alto risco de pessoas com um gene específico desenvolverem artrite reumatoide, além de ser um vício que pode aumentar a gravidade da doença e reduzir a eficácia do tratamento.
A artrite reumatoide pode provocar alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens, cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos responsáveis pelo movimento articular, além de complicações em outros órgãos e sistemas do corpo.
Porém, não é possível prever como será a progressão da AR, pois ela varia de acordo com cada caso, apresentando padrões de evolução distintos. Em um grande número de pacientes, poderão ocorrer lesões ósseas e articulares irreversíveis, perda da qualidade de vida e aumento da mortalidade quando a doença não é tratada adequadamente.
Na trajetória da AR, as lesões ósseas se manifestam cedo: a diminuição do espaço articular e as erosões ocorrem em 67% a 76% dos pacientes nos dois primeiros anos de evolução da doença.
Como a artrite reumatoide é uma doença sistêmica, a inflamação que afeta as articulações também pode atingir diversos órgãos e sistemas do corpo.
As manifestações extra-articulares podem ser extremamente sérias. Elas são mais propensas a ocorrer em pessoas que tenham AR moderada ou grave sem controle por um longo tempo do que naquelas com grau leve ou sob controle.
Por isso, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, informando-se sobre o plano de tratamento, quais medicações poderão ser usadas e as possíveis complicações da doença para evitar que ocorram as manifestações sistêmicas e o desenvolvimento de sequelas. Também é fundamental manter uma comunicação constante com o seu médico, avisando-o sobre qualquer sintoma que apareça para que ele possa determinar a causa e ajustar o plano de tratamento.
Olhos e boca
As pessoas com artrite reumatoide devem fazer exames oculares pelo menos uma vez por ano, pois elas podemdesenvolver a esclerite, que causa dor, vermelhidão, visão embaçada e sensibilidade à luz. Uma complicação rara dessa enfermidade é a escleromalácia perfurante, que pode danificar permanentemente o olho por inflamação severa.
A artrite reumatoide também pode causar uveíte, uma inflamação da área entre a retina e o branco do olho, a qual, se não for tratada, pode levar à cegueira.
Além disso, pessoas com AR são mais propensas a desenvolver a síndrome de Sjögren, uma doença em que o sistema imunológico ataca as glândulas produtoras de lágrima e saliva.
Como resultado, os olhos e a boca ficam secos. E se não for tratada, a doença pode resultar em infecção do olho e cicatrizes na membrana conjuntiva que recobre a esclera, parte branca do globo ocular.
Boa higiene bucal e acompanhamento regular com odontologista são fundamentais, pois as bactérias tendem a se proliferar com mais facilidade em uma boca seca, o que pode ocasionar cáries e doenças na gengiva. Isso ocorre também porque as pessoas com AR têm uma tendência maior para desenvolver esses tipos de enfermidades.
PULMOES
Cerca de um terço das pessoas com artrite reumatoide tende a desenvolver complicações no quadro pulmonar, por exemplo, a pleurisia, uma inflamação no revestimento do pulmão que pode tornar o ato de respirar bastante doloroso.
Além de o risco de contrair tuberculose ser mais elevado em pessoas com artrite reumatoide, algumas desenvolvem uma inflamação no tecido do pulmão, o que pode levar à fibrose pulmonar e, consequentemente, falta de ar progressiva. Ademais, nódulos reumatoides podem se formar nos pulmões, mas, em geral, não oferecem riscos aos pacientes.
CORAÇÃO
A partir do resultado de várias pesquisas, descobriu-se que pessoas com artrite reumatoide são cerca de 2,5% mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares do que a população em geral. Além disso, elas podem ter pericardite, uma inflamação do revestimento do coração que, geralmente, provoca dor no peito.
FIGADO E RINS
Embora não haja uma relação direta da artrite reumatoide com o fígado e os rins, alguns medicamentos para a doença podem afetar esses órgãos. Por isso, fazer o acompanhamento médico e exames periódicos é muito importante.
SANGUE E VASOS SANGUINEOS
A falta de controle da inflamação que acompanha a artrite reumatoide pode ocasionar anemia, bem como a formação de coágulos sanguíneos. Mas ambas as condições melhoram quando ela é controlada.
Em casos raros, pessoas que têm AR há muito tempo podem desenvolver a síndrome de Felty e a inflamação de pequenos vasos sanguíneos periféricos que suprem a pele.
A síndrome de Felty é caracterizada pelo aumento do baço e pela baixa contagem de células brancas do sangue. Essa condição pode elevar o risco de infecção e linfoma ou câncer dos gânglios linfáticos.
Já a inflamação dos vasos sanguíneos periféricos, conhecida como vasculite, pode ter consequências bastante sérias se não for tratada adequadamente. Muitas vezes, ela é anunciada por pequenos pontos vermelhos na pele. Em casos mais graves, pode causar úlceras nas pernas e sob as unhas.
SISTEMA NERVOSO
A artrite reumatoide pode originar problemas nos nervos dos braços e das pernas, causando dormência, formigamento ou fraqueza.
Pessoas com AR podem desenvolver a síndrome do túnel do carpo, uma condição em que o nervos que vai do antebraço até a mão é comprimido pelo tecido inflamado, causando dormência, formigamento e diminuição da força.
PELE
Cerca de 30% a 40% dos pacientes com artrite reumatoide desenvolvem nódulos reumatoides, que são pequenos caroços que se formam sob a pele, muitas vezes em áreas ósseas expostas à pressão, como os dedos ou os cotovelos.
A menos que o nódulo esteja localizado em um ponto sensível, como em regiões muito utilizadas para realizar alguma tarefa, o tratamento talvez nem seja necessário. Às vezes, eles desaparecem naturalmente.

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