DA PROVA

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
MARTA DA SILVA
DIREITO CIVIL II
DA PROVA
	
 VACARIA 07/11/2015
SUMARIO
1-INTRODUÇÃO	3
2-MEIOS DE PROVA ( Art. 212 do CCB )	5
2.1-Confissão	5
2.2- Documento	5
2.4- Presunção	6
2.5- Perícia:	6
3-BIBLIOGRAFIA	8
INTRODUÇÃO
Prova é meio usado para de mostrar a existência do ato ou negócio jurídico.
Na Prova não basta apenas alegar, é preciso provar. O que tem que se provado e o fato que foi alegado é atribuição do juiz conhecer e aplicar o direito.
A regulamentação dos princípios referentes à prova é encontrada no código civil e no código de processo civil.
O que se busca apurar é a verdade processual e não a verdade real. De uma maneira geral pode-se afirmar que o ônus da prova incumbe ao autor da demanda.
Os fatores notórios, que são de conhecimento comum da sociedade, onde o processo esteja em curso, não precisam ser provados (art. 334, I, CPC.).
Quando a lei exigir forma especial, como instrumento público, para o negócio jurídico ter verdade, nenhuma outra prova pode ser usada em seu lugar (art. 366, CC).
MEIOS DE PROVA ( Art. 212 do CCB )
Art. 212 Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fator jurídico pode ser provado:
I. confissão;
II. documento;
III. testemunha;
IV. presunção;
V. perícia.
2.1-Confissão
Ocorre a confissão quando uma das partes admite a verdade num fato que tenha ocorrido contrária ao seu interesse pessoal, com a confissão o fato será favorável ao seu adversário, art. 348, CPC. A confissão é judicial ou extrajudicial.
2.2- Documento
O documento pode ser público ou particular. Tem função apenas probatória. Públicos são elaborados por uma auditoria pública, dentro de sua função exemplo: certidões. Particular elaborado por um particular, exemplo: uma carta.
Documento não se confunde com instrumento público ou particular. Documentos são espécies e aqueles são o gênero. O instrumento quando criado tem finalidade de servir de prova e deve ser feito perante o oficial público, observando o art. 215, CC. Os particulares podem ser feitos somente com a assinatura dos particulares. Art. 221, CC.
Mesmo sem ter testemunhas o documento particular vale entre as próprias partes, art. 219 CC.
O instrumento deve ser exigido o original estatuto, (art. 216, CC).
Os documentos que estão escritos em língua estrangeira serão traduzidos para o português, para os efeitos legais no país. Art. 224, CC.
2.3- Testemunha
As testemunhas podem ser instrumentários ou judiciais. Instrumentário são as que assinam. Judiciários são as que prestam depoimento em juízo.
Observa-se que a prova testemunhal é menos segura que a documental. Por essa razão, só se admite prova testemunhal nos casos que o art. 227, CC permite.
Não pode ser admitido como testemunha o art. 228, menciona os menores de dezesseis anos; aqueles que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem discernimento para pratica dos atos da vida civil; os cegos e os surdos, quando a ciência do fato de que se quer provar depende dos sentidos que lhes faltam; o interessado no litígio o amigo intimo ou inimigo capital das partes; e os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade. Mas o juiz pode admitir os seus testemunhos, se for fator que somente elas conheçam art. 228, CC.
O CPC, no art. 405, relaciona os incapazes para testemunhar, os impedidos e os suspeitos.
O art. 229, do CC dispõe que ninguém pode ser obrigado a depor sobre o fato.
2.4- Presunção
Presunção é a conclusão que se extrai de um fato conhecido, para se chegar a um desconhecido. Não se pode confundir com indicio, que é meio de se chegar a uma presunção. Exemplo de presunção: como é conhecido o fato de que o credor só entrega o título ao devedor por ocasião de pagamento, a sua posse pelo devedor conduz a presunção de haver sido pago.
A presunção pode ser legal ou comum. Legais são as que decorrem da lei. Comum são as que se baseiam no que ordinariamente acontece na experiência da vida.
As presunções que não são não se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. Art. 230, CC.
As presunções legais dividem-se em:
- Absolutas: são as que não admitem prova em contrário. Exemplo: a de que são fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art. 163, CC.
- Relativas: são as que podem admitir prova em contrário. Exemplo: a presunção de paternidade atribuída ao marido, em relação ao filho de, sua mulher nascido durante o casamento, pode ser eliminada por meio da ação negatória de paternidade. Art. 160, CC.
2.5- Perícia:
O código de processo civil denomina prova pericial o exame e a vistoria (art. 420). Exame é a apuração feita por peritos, para auxiliar o juiz a formar a sua convicção. Exemplo: exame grafotécnico, exame hematológico nas ações de investigação de paternidade. Vistoria é também uma perícia, mas está é apenas uma inspeção ocular. E diligência freqüentemente nas ações imobiliárias, como possessórias e demarcatórias. A vistoria destinada a perpetuar a memória de algum fator transitório, antes que desapareçam, é denominada ad perpetuam rei memoriam, que está regulado no CPC, que trata da produção antecipada de provas (art. 846- 851).
BIBLIOGRAFIA
 Direito Civil- parte geral, Editor Silvio de Salvo Venosa, Nona Edição, Editora Atlas, volume I, 2009.
 Direito Civil Brasileiro, Editor Carlos Roberto Gonçalves, volume I, parte geral, Editora Saraiva, ano 2003.